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1) Os operários da Estrada de Ferro Central apedrejaram um trem de luxo em protesto pela falta de pagamento.
2) O Ministro da Viação suspendeu os trabalhos de construção de uma ferrovia em Santo Ângelo, deixando os empreiteiros em situação precária devido à falta de pagamento.
3) Os chauffeurs de Porto Alegre entraram em greve em protesto contra as multas frequentemente aplicadas pela Inspetoria de Veículos por apagarem as lanternas traseiras dos automóveis.
1) Os operários da Estrada de Ferro Central apedrejaram um trem de luxo em protesto pela falta de pagamento.
2) O Ministro da Viação suspendeu os trabalhos de construção de uma ferrovia em Santo Ângelo, deixando os empreiteiros em situação precária devido à falta de pagamento.
3) Os chauffeurs de Porto Alegre entraram em greve em protesto contra as multas frequentemente aplicadas pela Inspetoria de Veículos por apagarem as lanternas traseiras dos automóveis.
1) Os operários da Estrada de Ferro Central apedrejaram um trem de luxo em protesto pela falta de pagamento.
2) O Ministro da Viação suspendeu os trabalhos de construção de uma ferrovia em Santo Ângelo, deixando os empreiteiros em situação precária devido à falta de pagamento.
3) Os chauffeurs de Porto Alegre entraram em greve em protesto contra as multas frequentemente aplicadas pela Inspetoria de Veículos por apagarem as lanternas traseiras dos automóveis.
Trem apedrejado Rio, 6 (pelo cabo submarino) Os operrios da Estrada de Ferro Central apedrejaram um trem de luxo que vinha de S. Paulo. O motivo desse fato foi falta de pagamento.
Correio do Povo Porto Alegre, 8 de janeiro de 1914.
Suspenso dos Trabalhos Ferrovirios
Santo ngelo, 7 Causou aqui pssima impresso o telegrama do Ministro da Viao mandando suspender os trabalhos de construo do trecho da via frrea de Iju a esta Vila. Os empreiteiros por falta de pagamento acham-se em situao precria. O Ministro da Viao at os ltimos dias do ano passado autorizara reiteradas vezes o prosseguimento dos trabalhos, garantindo a necessria verba.
Correio do Povo Porto Alegre, 13 de janeiro de 1914.
Correio do Povo Porto Alegre, 16 de janeiro de 1914.
Diversas Construo de uma ponte O Governo do Estado vai mandar construir uma ponte sobre o arroio dos Moinhos, em Mariana Pimentel. Para a sua construo a Secretaria das Obras Pblicas fez publicar, ontem, um edital chamando a concorrncia. As obras dessa ponte foram oradas em 19:534$900.
Correio do Povo Porto Alegre, 21 de janeiro de 1914.
Diversas Portos e canais interiores O Engenheiro representante da Compagnie Franaise dEnterprises de Dragages nesta Capital, Doutor Heilmann, apresentou Diretoria da Viao Fluvial da Secretaria das Obras Pblica as suas emendas sobre a minuta do contrato formulado por aquela Diretoria com a referida Companhia para a construo do porto desta Capital e dragagem dos canais interiores.
Correio do Povo Porto Alegre, 21 de janeiro de 1914. Greve dos Operrios Construtores J aguaro, 20 Acham-se em greve os pedreiros e carpinteiros daqui. Reclamam eles nove horas de servio, pois trabalham atualmente onze horas. Os grevistas acham-se em atitude pacifica. Os construtores continuaro a observar o horrio antigo no se submetendo a exigncia dos operrios. A Sociedade Operria daqui telegrafou a sua congnere de Rio Grande pedindo obstar o embarque de operrios dali.
Correio do Povo Porto Alegre, 22 de janeiro de 1914.
Rio, 20 O Jornal do Brasil em sua edio de hoje aludindo aos emprstimos contratados pelo Estado, especifica o caso do Rio Grande do Sul. Diz tratar-se desta vez felizmente de uma das mais prosperas unidades da Federao e que bem podo ser mostrada como um dos melhores modelos de administrao. Termina dizendo que para seu maior desenvolvimento e prosperidade o rio Grande realizar com xito o emprstimo de 2.200.000 de libras que est negociando no exter4ior.
Correio do Povo Porto Alegre, 22 de janeiro de 2014.
Correio do Povo Porto Alegre, 23 de janeiro de 1914.
Correio do Povo Porto Alegre, 25 de janeiro de 1914.
Fabrica de Garrafas
Trata-se nesta capital da fundao de uma fbrica de garrafas, constituindo-se para este fim uma sociedade anonima. So incorporadores da nova empresa os Senhores Doutroes Rodopho Ahrons, Carlos Bopp e Willy Lderitz. J foram subscritas aes na importncia de quase 400 contos, figurando entre os subscritores proprietrios das fbricas de cerveja, gasosas bebidas e licores aqui existentes. A Companhia Vidraceira Sul-Riograndense ser instalada nesta capital ou num dos arrabaldes prximos. O novo estabelecimento possuir forno Bassin, com aparelhos de gs Generateur, sistema Siemens e maquinas patente Kning.
Correio do Povo Porto Alegre, 29 de janeiro de 1914.
Assalto a uma carroa de po A polcia administrativa do 4 distrito efetuou ontem diversas diligncias no sentido de descobrir o paradeiro dos quatro desconhecidos que ante ontem assaltaram a Avenida Terespolis uma carroa da Padaria Portuguesa, queimando-a.
Correio do Povo Porto Alegre, 5 de fevereiro de 1914.
Berlim, 3 - Telegramas de Brunswick anunciam que se esto dando naquela cidade violentas desordens desde quinta-feira da ltima semana, chegando s vezes, a haver renhidas lutas entre a polcia e as massas populares, capitaneadas por socialistas e democratas. Ontem os encontros se repetiram, resultando ficarem feridas numerosas pessoas de parte a parte. Os agitadores tem promovido uma srie de comcios de protesto contra medidas adotadas pelo Parlamento.
Correio do Povo Porto Alegre, 21 de fevereiro de 1914.
Priso de cocheiro A subintendncia do 1 Distrito identificou ontem, no gabinete mdico-legal da Chefatura de Polcia, o cocheiro de carro Francisco Martins, preso ante ontem por ter incitado os seus colegas a fazer greve, em virtude da Inspetoria de Veculos no permitir parada de caros gente do trapiche da Companhia Fluvial. Em seguida, Francisco foi posto em liberdade.
Correio do Povo Porto Alegre, 5 de maro de 1914.
Partido Socialista
Paris, 2 Reuniu-se ontem, o Congresso preparativo do Partido Operrio, sendo aprovada uma declarao afirmando que o partido no nem alemanista, nem Guedista, nem sindicalista, mas simplesmente Partido Socialista. O novo partido prope-se a agrupar sob sua bandeiro todos os trabalhadores da Frana, que esto atualmente divididos em classes diferentes e pretende prosseguir na obra de transformao da sociedade capitalista em coletividade comunista. A declarao conclui por afirmar que o partido socialista unificado no tem mais o direito de querer impor como nico defensor do verdadeiro socialismo. E termina constitumos o Partido Operrio, nico qualificado para representar a Frana na Federao Socialista dos Operrios Internacionais.
Correio do Povo Porto Alegre, 6 de maro de 1914.
A Situao poltica
Prises de Generais, de jornalistas e outros; Rio, 5 Reina calma nesta capital. Foram presos para no promover agitao: na Fortaleza de Santa Cruz o General de Diviso Feliciano Mendes de Moraes; na de S. Joo, o Marechal Mena Barreto e o General de Diviso Thaumaturgo de Azevedo; nos quartis do regimento, o Coronel Cariolano de Carvalho, o Capito Mario Clementino, o Major Paulo de Oliveira, os jornalistas Leal de Souza, Diretor de A Careta, Macedo Soares, Diretor do Imparcial; Doutor Pinto da Rocha e Doutor Caio Monteiro de Barros, desembargador Castello Branco, Doutor Mario Bhering, da Careta e do Imparcial, Doutor Frota Pessoa e o Tenente Plnio Moraes, este hermista exaltado.
Correio do Povo Porto Alegre, 7 de maro de 1914.
Atentado Anarquista
Roma, 5 Telegrafam de Fiume (Austria) que o individuo ali preso, ontem, por ter colocado uma dinamite junto a porta do palcio do governador, chama-se Bellelli, natural de Ancona e anarquista militante.
Correio do Povo Porto Alegre, 8 de maro de 1914.
Nova Instituio Por iniciativa do Cnego Roberto Landell de Moura vai ser fundada nesta Capital a Instituio de Instruo e Socorros Mtuos Proletrio Porto Alegrense. Como o ttulo o indica, essa instituio tem por fim auxiliar os operrios, ministrando-lhes instruo e auxiliando-os em caso de infortnio. A instituio vai manter aulas noturnas, estando abertas as matrculas no Externato Santa Ins Rua Sans Souci, 13 onde as aulas funcionaro.
Correio do Povo Porto Alegre, 10 de maro de 1914.
Diversas
Os funcionrios da Viao Frrea
Realizou-se h poucos dias em Santa Maria a Assembleia Geral anual da Associao dos Funcionrios da Viao Frrea. O balano apresentado demonstrou o fundo de reserva liquido de 23:401$400; sendo de 51:501$600 a receita geral e 18:040$400 os benefcios, realizados durante o ano de 1913 a famlias de 18 scios que faleceram e mais um invalido que recebeu o peclio em vida. Entre as diversas resolues tomadas pela Assembleia Geral, figura a elevao do peclio que era de 800$000 para 1.200$000. Atualmente a sociedade conta 1.011 scios ativos.
Correio do Povo Porto Alegre, 12 de maro de 1914. FOTO
Correio do Povo Porto Alegre, 19 de maro de 1914. Diversas Greve Continuam em greve os operrios canteiros das pedreiras da Companhia Francesa, que trabalham no Capo do Leo, em Pelotas, e parece que a greve ameaa prolongar-se em consequncia da obstinao daquela empresa em no aceitar reclamao alguma dos operrios, que tem visto frustradas as suas tentativas de conciliao. A Comisso dos grevistas no conseguiu ser atendida pelos representantes da Companhia, e dizi-se que, nesta condies a situao tende a agravar-se.
Correio do Povo Porto Alegre, 27 de maro de 1914.
Greve dos Chauffeurs Ontem as 19 horas quando na Praa da Alfandega estavam parados muitos automveis, os Chauffeurs deliberaram declarar-se em greve. Ato continuo, mais de 80 daqueles veculos contornaram a Praa da Alfandega desfilando em caminho das respectivas garages. Segundo fomos informados por alguns Chauffeurs, o motivo da greve foi o grande nmero de multas impostas ultimamente, pela Inspetoria de Veculos, por se apagarem constantemente as lanternas colocadas na parte traseira dos automveis. Alegam os chauffers que no possvel se conservarem acesas aquelas lanterans porque, com qualquer solavanco dos autos, devido ao calamento, elas se apagam. Dizem os grevistas que as multas so descontadas dos seus ordenados pelos proprietrios dos veculos, representando esses descontos, quase todos os meses para menos nos seus vencimentos. Os chauffeurs conservar-se-o em greve pacifica at que obtenham da Intendncia Municipal uma mudana na cobrana das multas.
Correio do Povo Porto Alegre, 8 de abril de 1914. O Estado de Stio e as Imunidades Rio, 6 Foi posto em liberdade o Tenente Joo Propicio Carneiro da Fontoura, Deputado Estadual da Bahia, preso por ocasio da decretao do Estado de Stio e em favor do qual o Supremo Tribunal Federal acaba de expedir um habeas corpus.
Correio do Povo Porto Alegre, 12 de abril de 1914.
Os Sucessos do Rio Como se sabe por ocasio da decretao do Estado de Stio no Rio de Janeiro, foram presos, vrios jornalistas entre estes, o Senhor Leal de Souza, Diretor da Revista A Careta. Posto em liberdade a 30 de ms findo Leda Souza dirigiu uma carta ao Marechal Hermes da Fonseca, protestando contra sua priso. O Imparcial do Rio, ia publica esta carta tendo-lhe porm impedido a censura. Essa missiva da qual obtivemos cpia era concebida nos seguintes termos: Exmo. Senhor Marechal Presidente da Repblica Sem ter praticado nenhum delito revolucionariamente em nome de Vossa Excelncia fui detido e conservado em priso incomunicvel, com sentinela vista de 5 a 30 do corrente. No tendo sido acusado, no tendo sido inquirido, no tendo sido ouvido, fui preso e solto sem explicao O Estado de Stio tem por fim, desembaraando-o de formalidades, facilitar a rapidez da ao repressiva, no legitima ociosas vinganas pessoais, nem justifica violncias de cuja inutilidade o Governo estava convencido quando se perpetrou. Ao reconquistar a liberdade, meu primeiro ato rigorosamente pelo meu modo de compreender os meus deveres de cidado para com as leis e para comigo apresentar s autoridades e ao povo este sereno protesto contra a violao do meu direito. Que a Paz seja com Vossa Excelncia Leal de Souza Rio, 30 de maro de 1914.
Correio do Povo Porto Alegre, 15 de abril de 1914. Congresso Operrio
Correio do Povo Porto Alegre, 26 de abril de 1914.
Curtume Caxiense
De sua viagem a Itlia regressou Caxias, o senhor Jos Zamboni, que fora ali adquirir as mquinas necessrias para a instalao naquela cidade do Cortume Social Caxiense, do que gerente. O maquinismo compe-se de 30 modernas mquinas para a preparao de obras de couro. As mquinas sero acionadas por um motor de fora de 50 cavalos. O edifcio onde ser instalado o cortume, que todo de material, j se acha quase concludo, ocupando uma rea de 1.200 metros quadrados. Ser iluminado a luz eltrica mediante instalao prpria. Anexo s oficinas ser instalado um gabinete.
Correio do Povo Porto Alegre, 30 de abril de 1914. Telegramas
1 de Maio Bag, 29 A Liga Operria realizar, para comemorar a data de 1 de maio, uma festa campestre. Reina grande animao entre a classe operria, para a projetada comemorao desta data.
Porto Alegre, 1 de maio de 1914. A Festa do Trabalho Comemora-se hoje a festa do trabalho. uma justa e dignificante comemorao esta em que se procura mostra o apreo tributado a classe operria, j incorporada sociedade moderna. pois, justo que o operariado universal celebre a data de hoje entre aclamaes e hinos de alegria numa confraternizao que eleva o que a faz consciente do papel que representa na evoluo do homem. A Classe Operria de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul que tanto tem cooperado para o progresso do Estado, no passar desapercebida a data de hoje. Nesta capital haver vrias comemoraes. A Federao Operria realizar hoje diversas solenidades. As 8 horas reunir-se- o na sede da Federao os diretores e scios das agremiaes federadas que seguiro com os respectivos estandeates em direo ao Coliseu, onde haver uma sesso solene s 10 horas. Por essa ocasio o operrio Ceclio Villar fara uma conferncia sobre As Origens do 1 de Maio e a emancipao do proletariado. Um grupo de meninos e meninas e alunos da Escola Operria cantar o Hino do Trabalho, que tambm ser executado pela banda musical Lyra Operria. Depois de fazerem uso da palavra os representantes das sociedades operrias, ser organizado um prstito que percorrer algumas ruas, seguindo aps para a sede da Federao Operria, onde ser entoado o Hino do Trabalho por todos os operrios. Ao ser aberta e encerrada a sesso solene a banda musical executar o Hino da Federao Operria.
Correio do Povo Porto Alegre, 07 de maio de 1914.
Correio do Povo Porto Alegre 9 de maio de 1914.
Correio do Povo Porto Alegre 14 de maio de 1914.
Correio do Povo Porto Alegre 17 de maio de 1914.
A mulher que mais criados tem as suas ordens a Czarina da Rssia, que conta com 30 mil fmulos distribudos pelos inmeros castelos e palcios da famlia.
Desastre Martimo Rio Grande, 16 Hoje pela madrugada garrou barra fora um batelo da Companhia Francesa, carregado de pedra e levando a seu bordo 3 tripulantes. Consta que estes ao passarem pelo molhe de leste, atiraram-se gua, morrendo afogados. Saram diversos rebocadores a procura do batelo. A estao radiogrfica da Juno comunicou o fato aos vapores em alto mar.
Correio do Povo Porto Alegre 19 de maio de 1914. Desastre em um bonde Rio Grande, 18 Marcelino Jos Mesquita, porteiro da Intendncia Municipal desta cidade viajando no estribo de um bonde aconteceu bater com a cabea no poste de iluminao pblica ficando muito ferido.
Correio do Povo Porto Alegre 26 de maio de 1914. Diversas O calamento de Porto Alegre Sabemos que em princpios de junho prximo, a Intendncia Municipal publicar edital chamando concorrentes para a construo e reconstruo do calamento desta capital. Esse servio abranger uma rea total de 500.000 metros quadrados. Destes, 100.000 sero de paraleleppedos. Todo o calamento ser assente sobre uma camada de macadagem, e sobreposta a esta uma de asfalto. Nesta capital, esto h dias dois Engenheiros um ingls e outro uruguaio, os quais esto procedendo a estudos com relao ao projeto do novo calamento com o fim de apresentar propostas ao referido servio.
Correio do Povo Porto Alegre 27 de maio de 1914. Paris, 23 Alex Caille publica um opusculo, intitulado Le Brsil e la commandite franaise, no qual mostra a importncia dos capitais franceses empregados no Brasil, sua aplicao e as condies atuais das respectivas empresas. Refere-se aos processos de especulao financeira, postos em uso pelos intermedirios, os quais mantem negcios no Brasil que j custaram mais de um bilho de franco economia francesa. Todavia insiste o autor em que apesar das grandes faltas j consumadas indispensvel um novo esforo para preservar quanto possa salvar-se dos quatro bilhes empregados pelos capitalistas franceses no Brasil e que esto atualmente em perigo. Termina Alexis Caille dizendo que se deve confiar nos recursos do Brasil, o qual passada a tormenta, progredira depressa.
Correio do Povo Porto Alegre 2 de junho de 1914.
Correio do Povo Porto Alegre 04 de junho de 1914.
Funcionrios dispensados Como ontem noticiamos o Governo do Estado por medida de economia dispensou alguns funcionrios que no pertenciam ao quadro das reparties em que serviam. Da Mesa de Rendas, foram dispensados 4 conferentes provisrios e 7 fiscais de aguardente.
Nova Indstria Em So Jos do Norte, trata-se da instalao de uma fbrica de tijolos em grande escala, empregando-se para isso a areia fina que ali abunda. A fbrica ser fundada por um industrialista estrangeiro estando j em viagem da Europa a maquinaria necessria. Os tijolos compostos de areia e cal, sero feitos por um processo usado na Alemanha, onde se procederam a experincias com a primeira daquelas matrias primas obtendo-se bom resultado. Fabricados dessa maneira, os tijolos de areia fina oferecem mais resistncia que os comuns, feitos de barro, ficam com a superfcie inteiramente lisa e vtrea, de forma que empregados sem reboco em construo externas, em nada prejudicam a esttica. O proprietrio da nova indstria conta empregar mulheres de preferncia em certa parte da fabricao.
Correio do Povo Porto Alegre 07 de junho de 1914.
Novo emprstimo na Europa A Europa espera com toda a confiana e simpatia a anaunciada visita do futuro Chefe de Estado do Brasil, com o fim de estudar um meio de regularizar as nossa finanas. Sua vinda a Paris ser de toda convenincia para a realizao do novo emprstimo de 20 milhes de libras esterlinas, cujas negociaes esto iniciadas e prestes a chegar a bom termo. Daqui seguiram, h dias, para o Rio, dois representantes dos banqueiros de Paris, em misso financeira junto ao governo do Brasil, com o fim de fixarem as bases do novo emprstimo. indiscutvel que o crdito do Brasil na Europa esta exigindo srios cuidados porque a verdade que os nossos ttulos esto inteiramente cados na bolsa. Arinos Brando.
Correio do Povo Porto Alegre 10 de junho de 1914. A Venda do Lloyd Brasileiro Rio, 8 O Doutor Rivadvia Corra, Ministro da Fazenda, conferenciou hoje demoradamente com o Diretor do Patrimnio Nacional, sobre a venda da Companhia de Navegao Lloyd Brazileiro. Tendo o referido Diretor exposto ao Ministro as condies das duas nicas propostas apresentadas para a compra do Lloyd, o Ministro resolveu anular a concorrncia porque as duas aludidas propostas no consultam os interesses da nao e no esto de acordo com o Edital da concorrncia. Foi resolvido mandar-se abrir nova concorrncia cujo Edital ser publicado no espao de 30 dias.
Correio do Povo Porto Alegre 14 de junho de 1914.
Distribuio de Carne aos pobres Camaqu, 13 Hoje Dona Anna Rodrigues de Almeida mandou distribuir aos pobres desta Vila carne de 12 vacas.
Construo de Estrada de Ferro Povinho, 13 Chegou hoje a esta localidade trazendo numerrio para o pagamento dos trabalhadores o Senhor Apparicio Corra, da firma Gomes & Corra, construtora da Estrada de Ferro S. Pedro a S. Luiz e S. Borja.
Compra da Companhia Ferro Carri Pelotas, 13 Consta aqui que a Companhia de Bondes Eltricos reencetou negociaes para a compra da Companhia Ferro Carril. Parece que prevalecer a proposta anterior, no valor de 150 contos.
Correio do Povo Porto Alegre 16 de junho de 1914.
Diversas Partido Socialista Recebemos comunicao de ter sido fundado nesta capital o Partido Socialista do Rio Grande do Sul. Segundo a referida comunicao o Partido Socialista far perante o povo a sua inaugurao pblica pretendendo obter pelo voto livre a representao do operariado no Congresso Nacional, Assembleia Estadual e Conselhos Municipais. O Partido Socialista concorrer ao prximo pleito eleitoral indicando a candidatura de um companheiro a Deputado Federal, fazendo para isso publicar um manifesto expondo os seus fins e pretende tambm fundar um peridico que ser o rgo do mesmo partido e defendendo seus ideais.
Correio do Povo Porto Alegre 17 de junho de 1914. Telegramas O emprstimo do Brasil Londres O Sunday Times de ontem diz que o novo emprstimo que se est negociando para o Brasil ser de 20 milhes esterlinos em aplices de 5.1/2% sendo emitidos 6 milhes aqui, 4 na Alemanha e 10 em Paris. Segundo a mesma informao tal operao ter uma garantia especial visto o Brasil estar agora sem os meios necessrios para atender ao pagamento dos juros.
Cais do porto de Rio Grande
Correio do Povo Porto Alegre 21 de junho de 1914. Telegramas
Construo de Casas para Operrios
Rio, 19 O Prefeito Municipal sancionou a resoluo do Conselho Municipal, e que autoriza a Prefeitura a construir um emprstimo interno, emitindo aplices de at 2.000 contos, ao juro mximo de 7%, e amortizveis em 25 anos, para construo de casas destinadas a operrios.
Estao Ferroviria de Bento Gonalves
Correio do Povo Porto Alegre 05 de julho de 1914 Telegramas Caada de ndios Buenos Aires, 3 Dizem de Lima que o Coronel Puentes, Prefeito, ordenou que se fizesse, a fim de servir de exemplo, uma caada de ndios Napa, no Amazonas, e que ultimamente tem praticado enormes atrocidades.
Correio do Povo Porto Alegre 12 de julho de 1914. Telegramas Grande emprstimo para o Brasil Londres, 9 Segundo se dizia, ontem, na Bolsa, o Governo brasileiro, sabendo a importncia que tem para as finanas europeias o lanamento do projetado emprstimo, persiste em recusar as propostas oferecidas, esperando que os banqueiros atendendo aos seus prprios interesses, resolvam melhorara as condies apresentadas.
Correio do Povo Porto Alegre 14 de julho de 1914.
Telegramas As obras da barra
Narra o Tempo, do Rio Grande, o seguinte sobre uma visita que o seu diretor fez as obras da barra: As chuvas torrenciais que tem cado, ultimamente, em nada alteraram os trabalho da linha frrea do Cocuruto 5 seco. O molhe de Leste est atualmente, com 3070 metros de extenso, construindo-se 10 metros de prolongamento, por dia. A frente desse trabalho, acha-se o Doutor Vallon, Engenheiro, que dirigiu outro, de natureza igual, em Singapura, Porto na Indochina inglesa. Trabalham sobre os banco, revolvendo as areias, as dragas Miguel Calmon e Marsoin, achando-se o Doutor Vallon muito esperanado com o incremento que os trabalhos tomam e crendo que construdos mais 500 metros de molhe a barra estar aberta.
Correio do Povo Porto Alegre 15 de julho de 1914. O emprstimo brasileiro Paris, 13 O Deputado Hands vai interpelar o Ministro das Finanas, Senhor Nouleurs, sobre o projetado emprstimo brasileiro e sobre as garantias que o governo exige do Brasil para a economia francesa.
Correio do Povo Porto Alegre 17 de julho de 1914.
Em tempos de exportaes em baixa e crise econmico-financeira, Brasil recorria a emprstimos.
Londres, 15 Conforme foi comunicado em telegrama anterior, a resistncia tenaz imposta pelo Ministro da Fazenda do Governo Brasileiro a certas condies para o grande emprstimo projetado para o Brasil, produziu excelente resultado sendo essa boa impresso aumentada ainda pela franqueza com que o ministro exps a situao financeira do pas, confirmando, assim, a lealdade com que tem falado aos banqueiros. Com certa precipitao foi dito que as negociaes haviam sido interrompidas e adiadas para outubro, mas sabe-se que ainda sexta- feira os banqueiros telegrafaram ao Ministro da Fazenda que respondeu sbado, mostrando-se irredutvel. Assegura-se que talvez se chegue a uma concluso imediata nos termos firmes propostos pelo Ministro da Fazenda. Mas, em qualquer caso, da-se como certo esta semana um adiantamento de 3 a 4 milhes esterlinos.
Correio do Povo Porto Alegre 19 de julho de 1914. Diversas Vila Proletria A Excelentssima Senhora Dona Luiza de Freitas Valle Aranha, residente em Itaqui, fundou uma Vila Proletria nessa cidade, localizando-a no lugar denominado cerro, nos subrbios. J esta terminado o primeiro grupo de casinhas da Vila, que sero alugadas por mdicos preos, revertendo o dinheiro a caixa da mesma Vila. Esta ter a denominao de Vila Freitas Aranha.
Emigrao para a Argentina Roma, 18 O comissariado de emigrao recebeu, ultimamente, comunicao de que a Buenos Aires chegam diariamente das Provncias Argentinas, numerosos operrios italianos que no encontram trabalho nas cidades e campos. O comissariado aconselha os italianos a no irem para a Argentina, enquanto as condies do pas no melhorarem.
Correio do Povo Porto Alegre 24 de julho de 1914.
Com populao elevada, Londres concentrava entre seus habitantes grande nmero de pobres
Os pobres de Londres
De todas as grandes cidades do mundo, Londres a que guarda o record com relao ao numero de famintos. Uma das mais interessantes maneiras de obviar a esse mal, a organisao de jantares baratissimos para as crianas. Acha-se essa tarefa beneficente entregue aos cuidados da Sociedade Vegetariana Londrina, que j tem fornecido mais de 2 milhes de raes as crianas pobres. A comida toda vegetariana e fornecida pelo preo de meio penny (30 ris). As crianas recebem uma boa sopa compo de centeio e um pedao de blo. A Sociedade custa essa refeio um pouco mais do dobro daquella quantia,uns 62 ris, mais ou menos.
Correio do Povo, 24 de julho de 1914.
Telegramas
Saque a mercados pblicos
Buenos Aires, 22 Os operrios que se acham sem trabalho e outros desocupados reuniram-se no Rosrio, assaltaram e saquearam os mercados pblicos, dando lugar a que interviesse a polcia, travando-se um conflito que terminou sem vitimas. Foram feitas algumas prises entre os mais exaltados.
Políticas de Identificação: Dinâmicas de de Reconhecimento Identitário de Comunidades Negras Rurais No Sul Do Brasil em Um Contexto de Relações Interétnicas