COMANDO DA AERONÁUTICA
METEOROLOGIA
FCA 105-3
CÓDIGOS METEOROLÓGICOS
METAR E SPECI
2004
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
METEOROLOGIA
FCA 105-3
CÓDIGOS METEOROLÓGICOS
METAR E SPECI
2004
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
RESOLVE:
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 25
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 ÂMBITO
1.3 CONCEITUAÇÃO
NOTA 2: A abreviatura RMK indica o início de uma seção contendo informações incluídas
por decisão nacional, e que não serão divulgadas internacionalmente.
NOTA 1: Numa seqüência onde o horário da observação de cada informe for o mesmo
(dentro de 10 minutos), o grupo data-hora (YYGGggZ) poderá ser omitido.
NOTA 2: Quando a palavra AUTO for inserida antes do grupo de vento indica que a
mensagem METAR ou SPECI foi gerada por uma estação automática sem a
intervenção humana. Somente aplicável em horários que o aeródromo não estiver
em funcionamento.
FCA 105-3 / 2004 9
Exemplo codificado:
2.2.1 DESCODIFICAÇÃO
2.2.1.1 Normalmente, teremos um grupo de cinco algarismos indicando o vento médio dos
dez minutos precedentes à observação, seguido da unidade usada (kt). Os três primeiros
algarismos indicam a direção e os dois últimos, a velocidade.
Exemplo: 31015KT
Exemplo: 31015G27KT
2.2.1.4 O vento informado deverá ser a média dos dez minutos precedentes à hora da
observação. Se durante este período tiver ocorrido descontinuidade significativa de, no
mínimo, 2 minutos, os valores médios deverão ser medidos no período pós-descontinuidade.
2.3 VISIBILIDADE
2.3.2 Além da visibilidade predominante, será informada a visibilidade mínima quando esta
for inferior a 1.500 metros ou inferior a 50% da predominante. Será notificada esta
visibilidade e sua direção geral em relação ao aeródromo, indicando um dos pontos cardeais
ou colaterais.
NOTA 1: Quando for observada visibilidade mínima em mais de uma direção, deverá
notificar a direção mais importante para as operações.
NOTA 2: Quando a visibilidade for igual ou superior a 10 km, esta será informada como
9999.
2.4.1 Quando o RVR puder ser determinado e for informado, o grupo será formado pela
letra R seguida do designador de pista e de uma barra (/) seguida do RVR em metros.
2.4.2 O valor de 50 metros será considerado como o limite inferior e o valor de 2.000 metros
como o limite superior para as avaliações do alcance visual na pista. Fora destes limites, as
informações serão dadas, unicamente, como sendo o alcance visual na pista inferior a 50
metros ou superior a 2.000 metros.
2.4.4.1 Quando a visibilidade no aeródromo for menor que 2.000 metros e o valor do RVR for
maior que o máximo que pode ser medido, será informado como P2000.
Exemplo: 1900 R10/P2000 (RVR na pista 10, maior que 2.000 metros)
2.4.4.2 Quando o RVR for menor que o mínimo valor que pode ser medido, será informado
como M0050.
2.4.4.3 Quando existirem sistemas por instrumentos para a avaliação do alcance visual na
pista, serão informadas as variações no período de dez minutos precedentes à observação.
Caso as variações dos valores mostrem uma tendência ascendente ou descendente, esta será
indicada em “i”, por “U” ou “D”, respectivamente. Se não houver qualquer tendência
significativa, será usado “N”. Quando não se dispuser de informações relativas a tendências,
não será incluída nenhuma das letras anteriores.
Exemplo: R10/1000V1500
Exemplo codificado:
2.5.1 DESCODIFICAÇÃO
Exemplo:
é pancada ............................. SH
é forte .................................. +
2.5.2 Se forem observados mais que um fenômeno, serão codificados grupos separados,
exceto se existir mais que uma forma de precipitação, devendo esta ser combinada num único
grupo com o tipo de precipitação dominante reportado na frente.
Exemplos:
Exemplo codificado:
2.6.1 DESCODIFICAÇÃO
2.6.1.2 Os três últimos dígitos indicam a altura da base da nuvem em unidades de 30 metros
(100 pés).
Exemplo: 3/8 de Stratocumulus com base a 1.850 pés será codificado como
SCT018.
NOTA: A altura da base será arredondada para menos, neste caso para 1.800 pés.
FCA 105-3 / 2004 13
NOTA 1: Altitude mínima do setor é a mais baixa altitude que se pode utilizar e que permite
manter uma margem vertical mínima de 300 metros (1.000 pés) acima de todos os
obstáculos localizados em uma área contida dentro de um setor circular de 46 km
de raio, centrado em ponto com auxílio de rádio-navegação.
NOTA 2: Quando não houver nebulosidade e o termo CAVOK não for apropriado, será
usada a abreviatura SKC (sky clear).
NOTA 3: Quando os termos CAVOK e SKC não forem apropriados, será usada a
abreviatura NSC (No Signicant Clouds).
Exemplo codificado:
2.8.1 As temperaturas do ar e do ponto de orvalho observadas, cada uma com dois algarismos,
são arredondadas para os valores inteiros mais próximos, em graus Celsius.
Exemplo codificado:
2.9.1 O último grupo da parte principal indica o QNH arredondado para o hectopascal inteiro
imediatamente abaixo. O grupo é formado pela letra Q seguida por quatro algarismos.
NOTA: Em alguns países, usa-se polegada de mercúrio como unidade do QNH. Neste caso,
a letra indicadora será "A" no lugar de "Q".
2.10.1 Destinada à divulgação internacional, esta seção será usada apenas para:
a) tempo recente de significação operacional;
b) informação de cortante do vento nas camadas inferiores; e
c) temperatura da superfície do mar e estado do mar.
a) precipitação congelante;
b) precipitação moderada ou forte (inclusive pancadas);
c) neve soprada moderada ou forte (inclusive tempestade de neve);
d) tempestade de poeira ou de areia;
e) trovoada;
f) nuvem funil (tornado ou tromba d'água); e
g) cinzas vulcânicas.
Exemplo codificado:
a) WS RWYDR DR ou
b) WS ALL RWY.
16 FCA 105-3 / 2004
Exemplo codificado:
2.10.1.3.1 Descodificação
NOTA: O estado do mar será reportado de acordo com as descrições da Tabela 3700 do
MCA 105-10 “Manual de Códigos Meteorológicos”.
Exemplo: 09421595
2.10.1.4.1 Descodificação
Na pista 09, existe de 11% a 25% da pista coberta por neve seca, com 15 mm
de profundidade do depósito, onde o coeficiente de frenagem da pista é bom.
NOTA 2: O indicador de depósito na pista ER, o indicador de extensão de pista coberta CR,
a profundidade do depósito e ReR e o coeficiente de atrito/frenagem BRBR serão
indicados conforme as Tabelas 0919, 0519, 1079 e 0366, respectivamente, do
MCA 105-10 “Manual de Códigos Meteorológicos”.
NsNsNshshs hs
ou
KMH ou VVVV w'w' VVhs hs hs
TTGGgg dddffGfm fm KT ou ou ou
(TTTTT ou
MPS CAVOK NSW SKC
ou ou
NOSIG) NSC
3.1.2 O primeiro e mais importante ponto a ser apreciado é que as informações contidas na
TENDÊNCIA são uma previsão que cobre um período de duas horas, a partir da hora da
observação, e que os valores são as melhores estimativas que o previsor tem para a provável
ocorrência. Devido à heterogeneidade da atmosfera, ocorrem, naturalmente, imensas
variações na visibilidade e na altura da nebulosidade.
3.1.4 Uma TENDÊNCIA prevista consiste numa afirmativa concisa das mudanças
significativas, anexada ao METAR ou SPECI. O período de validade da TENDÊNCIA é de
duas horas a partir da hora do boletim e ele forma parte integrante da previsão. A
TENDÊNCIA indica mudanças significativas em relação a um ou mais dos seguintes
elementos: vento à superfície, visibilidade, tempo presente e nebulosidade.
3.1.4.1 Somente serão incluídos aqueles elementos cujas mudanças são esperadas.
3.1.4.2 Quando não se espera ocorrer mudanças significativas, será incluída a abreviatura
“NOSIG" (No Significant Change).
3.2.1 FORMATO
3.2.1.1 Codificado
3.2.1.2 Descodificado
NOTA: Quando uma mudança significativa for esperada num dos elementos observados
(vento, visibilidade, tempo presente, nebulosidade ou visibilidade vertical), será
usado um dos seguintes indicadores para TTTTT: BECMG ou TEMPO.
3.2.2 O grupo horário GGgg será usado precedido, sem espaço, por um dos indicadores TT:
FM (from - a partir de), TL (until - até) ou AT (at - hora precisa), conforme o caso.
3.2.3 BECMG
3.2.3.1 O indicador de mudança BECMG será utilizado para descrever mudanças esperadas
das condições meteorológicas que alcancem ou ultrapassem os limites especificados como
critérios num regime regular ou irregular.
3.2.3.2 O período (ou horário) pelo qual a mudança é prevista ocorrer, será indicada pelas
abreviaturas FM, TL ou AT, conforme os casos que se seguem.
3.2.3.2.1 Quando a mudança for prevista começar e terminar dentro do período da previsão, o
começo e o fim desta alteração serão informados por FM e TL respectivamente, seguidos de
seus grupos horários associados.
3.2.3.2.3 Quando a mudança for prevista começar durante o período e se completar no fim do
período, será usado FM seguido do grupo horário associado para indicar o começo da
mudança.
3.2.3.2.4 Quando a mudança for esperada ocorrer numa hora específica durante o tempo da
tendência, será usado AT seguido do grupo horário associado para indicar a hora da mudança.
3.2.3.2.6 Quando as mudanças forem previstas acontecerem à meia-noite UTC, o horário será
indicado por:
3.2.4 TEMPO
3.2.4.1.1 Quando o período das flutuações temporárias for previsto começar e terminar dentro
do período de tendência, o começo e o fim do período serão indicados pelas abreviaturas FM
e TL, respectivamente, com os seus grupos horários associados.
3.2.4.1.3 Quando o período de flutuações temporárias for previsto começar durante o período
de tendência e continuar ao longo do período restante, será usado FM seguido do grupo
horário associado para indicar o começo das flutuações.
3.2.5 NOSIG
3.2.5.1 Quando não forem previstas mudanças significativas para o período de tendência, os
grupos indicadores de mudanças serão substituídos por "NOSIG".
20 FCA 105-3 / 2004
3.2.5.2 Após os grupos indicadores de mudanças, somente serão incluídos os dados referentes
aos elementos cujas mudanças são previstas. Entretanto, no caso de mudanças significativas
na nebulosidade, todos os grupos, incluindo as camadas onde não se prevêem mudanças,
deverão ser indicados.
3.2.6.1 Formato
dddffGfm fm
3.2.6.2 Codificado
3.2.6.3 Descodificado
3.2.7 VISIBILIDADE
3.2.7.1 Formato
VVVV
3.2.7.2 Codificado
3.2.7.3 Descodificado
3.2.7.4 Alterações na visibilidade que se espera atingir ou ultrapassar os valores de 150, 350,
600, 800, 1.500 e 3.000 metros devem ser informadas. Dependendo do número de vôos
estabelecidos visualmente, o valor de 5.000 metros poderá ser adicionado à lista.
3.2.8.1 Formato
w'w' ou NSW
3.2.8.2 Codificado
3.2.8.3 O tempo significativo previsto será informado com as abreviaturas dos fenômenos
previstos, conforme indica a Tabela 4678. Será restrito para o começo, término ou mudança
de intensidade dos seguintes fenômenos:
a) precipitação congelante;
b) nevoeiro congelante;
c) precipitação moderada ou forte (inclusive pancadas);
d) poeira, areia ou neve levantadas pelo vento;
e) poeira, areia ou neve sopradas (inclusive tempestade de neve);
f) tempestade de poeira ou de areia;
g) trovoada com ou sem precipitação;
h) tempestade;
i) nuvem funil (tornado ou tromba d'água); e
j) outros fenômenos de tempo que causem mudança significativa na
visibilidade.
Exemplos: Para uma previsão tipo tendência, no período de 0300 a 0500 UTC,
de trovoada com chuva, prevista acontecer entre 0300 e 0430 UTC:
3.2.9.1 Formato
3.2.9.2 Codificado
3.2.9.4 Para informar uma mudança para céu claro será usada a abreviatura SKC (sky clear)
no lugar dos grupos de nuvens ou da visibilidade vertical.
3.2.10 Critérios para indicar mudanças na TENDÊNCIA, baseados nas operações mínimas
locais, adicionais às instruções acima, somente quando submetidos a acordos.
NOTA: A previsão tipo tendência será elaborada quando estabelecida por Acordo Regional
de Navegação Aérea, não sendo adotada pelo Brasil.
FCA 105-3 / 2004 23
4 DISPOSIÇÕES GERAIS
4.1 A ordem dos elementos, a terminologia, as unidades e as escalas usadas na confecção dos
códigos METAR e SPECI estão detalhadas no MCA 105-10 “Manual de Códigos
Meteorológicos”.
4.2 Os códigos METAR e SPECI são difundidos conforme estabelecido na ICA 105-1
“Divulgação de Informações Meteorológicas” e no MCA 105-10 “Manual de Códigos
Meteorológicos”.
24 FCA 105-3 / 2004
5 DISPOSIÇÕES FINAIS
5.1 Este Folheto entrará em vigor a partir de 0000 UTC de 1º de dezembro de 2004.
5.2 Este Folheto substitui o FCA 105-3, de 1° de junho de 2002, aprovado pela Portaria
DECEA nº 62, de 3 de abril de 2002.
5.3 Os casos não previstos nesta Instrução serão submetidos ao Exmo. Sr. Chefe do
Subdepartamento de Operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
5.4 As sugestões que visem o aperfeiçoamento deste Folheto deverão ser encaminhadas para:
REFERÊNCIAS
TABELA 4678
FZ Congelante GS Granizo
pequeno
e/ou grãos
de neve
1 - Os fenômenos inseridos nesta Tabela de códigos são baseados nas descrições dos
hidrometeoros e litometeoros encontrados na publicação n° 407 da OMM - Atlas
Internacional de Nuvens, Volume I (Manual de Observação de Nuvens e outros
Meteoros).
6 - Não será incluído mais que um descritor no Grupo w'w', por exemplo: -FZDZ.
8 - O descritor DR (flutuante baixo) será usado para poeira, areia ou neve levantadas pelo
vento, estendendo-se a menos de 2 (dois) metros do solo. O descritor BL (soprado) será
usado para indicar poeira, areia ou neve levantadas pelo vento, estendendo-se a uma
altura de 2 (dois) metros ou mais do solo. Os descritores DR e BL deverão ser usados
somente em combinações com as abreviaturas DU, SA e SN, por exemplo: BLSN.
9 - Quando neve soprada for observada com queda de neve das nuvens, ambos os fenômenos
deverão ser informados, isto é, SN BLSN. Quando devido à neve soprada forte, o
observador não puder determinar se a neve também está caindo das nuvens, então
somente +BLSN deverá ser informado.
10 - O descritor SH deverá ser usado somente em combinação com uma ou mais das
abreviaturas RA, SN, PL, GS e GR, para indicar precipitação do tipo pancada na hora da
observação, por exemplo: SHSN.
11 - O descritor TS deverá ser usado somente em combinação com uma ou mais das
abreviaturas RA, SN, PL, GS e GR, para indicar trovoadas com precipitação no
aeródromo, por exemplo: TSSNGS. Quando usado isoladamente, o descritor TS indicará
a ocorrência de trovoada ou raios e relâmpagos no aeródromo, sem que se observe algum
tipo de precipitação.