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René Pollesch é um diretor de teatro alemão nascido em 1962. Ele é conhecido por combinar entretenimento televisivo e discursos acadêmicos de forma inovadora no palco. Seu teatro explora temas como globalização e marketing de uma maneira satírica e intensa. Atualmente é diretor artístico do Prater em Berlim.
René Pollesch é um diretor de teatro alemão nascido em 1962. Ele é conhecido por combinar entretenimento televisivo e discursos acadêmicos de forma inovadora no palco. Seu teatro explora temas como globalização e marketing de uma maneira satírica e intensa. Atualmente é diretor artístico do Prater em Berlim.
René Pollesch é um diretor de teatro alemão nascido em 1962. Ele é conhecido por combinar entretenimento televisivo e discursos acadêmicos de forma inovadora no palco. Seu teatro explora temas como globalização e marketing de uma maneira satírica e intensa. Atualmente é diretor artístico do Prater em Berlim.
1 Ren Pollesch Nasceu em 1962 em Friedberg, Hessen.
Entre 1983-1989, estudou teatro
aplicado em Gieen, entre outros, com Heiner !"ller, George #abori, $o%n $esurun. & partir de 1992, desen'ol'eu pro(etos noTheater am Turm (TAT) em Fran)*urt+!ain sob a intend,ncia de #om -tromberg. Em 1996 *oi bolsista do Royal Court Theatre London participando de semin.rios de Harold /inter e 0ar1l 0%urc%ill. 2esde 1998, encena em teatros estaduais de 3erlim, 4eip5ig e -tuttgart. Entre 1999+2666, *oi ator e diretor do Luzerner Theater, depois do teatro Deutsches Schauspielhaus em Hamburgo, onde desen'ol'eu seu pro(etoTheater-Soap-Projekt orld ide e!-Slums "-"#, 7ue recebeu o pr,mio $%lheimer Dramatikerpreis de 2661. 2esde a temporada de 2661+2662, /ollesc% 8 diretor art9stico da salaPrater do teatro &olks!%hne, de 3erlim :2iretor; Fran) 0astor*<. Em 2662 /ollesc% *oi eleito o dramaturgo do ano pela cr9tica da re'istaTheater heute. 0ostuma encenar seus trabal%os em 3erlim, -tuttgart, 4u5ern, Hamburgo, Fran)*urt e =iena. 2-Teatro e discurso Combinar o entretenimento televisivo e os discursos acadmicos de uma maneira que seja apropriada para o tablado 2esde os anos de aprendi5agem no >nstituto de 0i,ncias #eatrais &plicadas em Giessen, 7ue 8 a ?nica escola de teatro na &leman%a na 7ual a teoria e a pr.tica s@o ensinadas de modo interrelacionado, /ollesc% 'em seguindo uma id8ia *undamental; combinar o entretenimento tele'isi'o e os discursos acad,micos de uma maneira 7ue se(a apropriada para o tablado. &o cru5ar esses *ormatos, 7ue tomados separadamente n@o s@o bem 'istos no palco, /ollesc% criou um #eatro da Histeria 7ue 8 ?nico em sua dinAmica e intensidade. $ogos mentais sobre conceitos como outsourcin'( marketin'municipal, globali5aB@o, ou net)orkin', citados e combinados por /ollesc% com base em literatura t8cnica, s@o trans*ormados em di.logos, numa esp8cie de montagem sat9rica. /essoas estressadas 7ue moram em cidades grandes usam esses teCtos para discutir, aos gritos, sua mis8ria emocional. >sso resulta em um Ally $c*eal como uma li'raria de es7uerda on speed. "Isso no apenas porque seu teatro prope uma maneira absolutamente desierarquizada de articular texto e cena, trazendo para o palco fragmentos tericos de autores como iorgio !gamben, illes "eleuze, "onna #ara$a%, entre tantos outros, mas sobretudo pela prpria posio ambivalente ocupada por Pollesch, com rela&o a seus prprios te'tos, no cen(rio teatral alemo contempor)neo* +o somente diretor de suas pe&as, mas tambm diretor art,stico do teatro em que so apresentadas -o Prater, teatro pertencente . /ol0sb1hne, em 2erlim3, autor dos te'tos, ganhador do mais importante pr4mio de dramaturgia da !lemanha, o Pr4mio de 51llheim, Pollesch, ao mesmo tempo, no se considera um autor de peas teatrais 6 ainda que em sua maioria elas este7am publicadas em forma de li8ro 6 no permitindo sua utilizao por nenhum outro diretor." 9*1 !&o e discurso: "a integrao de perspectivas tericas que levam em conta aspectos afetivos, e'ibindo simultaneamente formas ino8adoras de lidar com os sentimentos no teatro, tematizando performaticamente a cr,tica da e'plora&o da economia dos sentimentos como aspecto da produ&o de normalidade a partir da comunica&o* ;egundo o autor, esse mo8imento supe uma passagem da terceira para a primeira pessoa, de modo que quando um ator enuncia determinados trechos tericos, ocorre a tenso entre um te'to escrito em terceira pessoa, dito por um ator em primeira pessoa* <sta tenso complementada por outra: a exaltao vocal, que se confgura como a ao corporal mais em evidncia, se comparada forma relativamente tranquila com que agem os atores. !uitos desses textos tericos so, ento, gritados e acompanhados de insultos e palavr"es, marcando uma esp#cie de confronto entre ator e texto." !o mesmo tempo em que se obser8a nas pe&as de Pollesch certo distanciamento, como ele prprio frisou, no sentido da tentati8a de tratamento do tema =fora de si>, de =falar sobre emo&es>, a no e'ist4ncia de personagens reconhec,8eis em termos de indi8idualidades ?'as permite aos atores uma constante auto$ observao e questionamento do texto e de si prprios <m sua tica, as pessoas incorporam discursos e sentimentos a partir de suas e'peri4ncias midi(ticas, os quais reproduzem posteriormente em suas prprias 8idas: ="e repente as pessoas esto no apenas falando, mas tambm sentindo como nas no8elas@> -AagnerBCippo0, 9D1D3* !o promo8er em cena e de maneira performati8a essa problematiza&o das condi&es de produ&o de emo&es na contemporaneidade, a partir da prpria utiliza&o de estruturas e fragmentos de no8elas, sries e ?lmes, 7ustapostos aos comple'os trechos tericos antes mencionados, o teatro de Ren Pollesch parece ser fundamental para simultaneamente e'perimentar e entender formas alternati8as de percep&o que fa8orecem a contamina&o rec,proca entre teoria e pr(tica na cena teatral do presente* EI"!"< RFG2!"! escrita em 9DD1 -feita durante um pro7eto com estudantes em ;tuttgart3 Halar sobre o pro7eto* NIKOLAS MLLERSCHLL No Stadt als Beute 2 ( "A Cidade como Prey 2 ') , um show que ele produziu junto com os alunos em Frankfurt, o mtodo tornou-se mais transparente do que em qualquer um de seus outros trabalhos, uma vez que o material utilizado na obra comum foi apresentada pela primeira vez por os alunos em uma discusso pblica . Dois especialistas em desenvolvimento de cidade deu palestras sobre a influncia cada vez menor de polticos na era da globalizao, sobre o crescente poder dos investidores , e na transformao do espao pblico em presa, de prefeitos para gerentes, e assim por diante ; ativistas contavam histrias de suas batalhas contra a extenso do aeroporto de Frankfurt, contra a Siemens, o Deutsche Bank , a-histrica e a reconstruo do Ro merberg no interior da cidade de Frankfurt. Desde a audincia consistia principalmente de like-minded politicamente interessados e engajados intelectuais liberais , o evento assumiu a natureza de um sermo que est sendo pregado aos convertidos. Produo teatral do Pollesch mostrou a mais-valia de um teatro preocupado com a poltica de representao . O trabalho teatral refere ao material do simpsio da maneira que sonha se referem a resduos do dia de acordo com Freud. Os problemas mais ou menos bem conhecidos e sua apresentao um tanto estereotipado reapareceu privados de sua mensagem, condensado e acelerado - com o efeito que o que foi dito se perdeu na atual da performance. Ele sobreviveu apenas em algum tipo de absurdo para ser visto mais de perto mais tarde. Embora o estilo de Pollesch repetitivo, os problemas colocados pelos espaos singulares e alto-falantes em suas vrias produes so sempre diferentes. Portanto pode-se dizer que at o prprio ato de transformar todos os seus artistas em membros de uma mquina como um coro de falar, ele traz a especificidade ou singularidade de cada um, como as diferenas so criados dentro da unidade assumida. Na produo Frankfurt isso se tornou ainda mais evidente pelo fato de que os estudantes jogaram em suas prprias roupas. Como os defensores de teorias de atuao clssicos, Pollesch usa a agressividade ou passividade, o exibicionismo ou a vergonha dos artistas; No entanto, contrariamente aos diretores que trabalham ao longo das linhas de essas teorias, ele no usa o que ele encontra nos artistas, a fim de criar uma iluso da natureza, mas sim para atingir as interrupes a-rtmicos ou contra-rtmica do ritmo de a representao e, assim, momentos em que o ato de representar se torna visvel. I atores* +o h( personagens, mas e'istem =e8oca&es>J %o h& 'personagens( ou 'personas( sendo desenvolvidas no palco, so apenas textos) con*untos de gerenciamento popular e de literatura empresarial e teoria 'ps$moderna(. + que est& totalmente ausente # qualquer tipo de sa,da 'brechtiana( imposta aos espectadores. -e.es, /0012. HalasKlimite !s falas parecem sugerir sempre um limite, como se a qualquer momento tudo pudesse ser e'plodido ou algum le8ante possa ser feito a qualquer momento* L sempre um lugar de desespero, que parece estar se tornando insuport(8el* F te'to lido parece um manifesto, mesmo que confuso e mesmo que muitas 8ezes atacando a si mesmo* -neste momento no compreendo se o ataque de 8itimiza&o ou de culpa3* "3o grito # ao mesmo tempo compreenso e desespero. 4lgo # entendido e ao mesmo tempo algo causa desespero...5 67ollesch, /008) p. 89/2." : prop"e a concepo do grito como reao ao conhecimento racional, no existindo temas interiorizados para serem emocionalizados no teatro) 3+ esclarecimento caminha em direo possibilidade de falar sobre emo"es. +u se*a, o tema precisa ser tratado como se existisse fora de si, ainda que tenha muito a ver consigo5 6/00;, p. 8<92. Parece ter uma cad4ncia que se repete, na leitura, no sei como ele resol8e isso em cena* 5as parece bastante circular, ou repetiti8o o encadeamento das pala8ras, pala8res, por e'emplo esto na maioria das 8ezes em cai'a alta, para ser gritado* simultaneidade entre a enunciao de um discurso terico e a performance, . medida que as a"es consumadas so constantemente anunciadas pelos atores, manifestando uma espcie de auto$observao expl,cita." F encadeamento das pala8ras parece meio desconectado, estranho* Mueria poder ler no alemo pra 8er se essa a inten&o, pq a primeira 8ista parece at um problema da tradu&o* ;e no for, pro8a8elmente uma das qualidades do te'to* Cembro de /ina8er e as questes sobre a materialidade da l,ngua e toda a questo da tradu&o de um te'to como esse* Porque me parece ser um te'to feito e para ser falado de uma maneira totalmente coloquial* "iscurso que rege o te'to: <spa&os urbanos a transformao do local em comrcio. h& uma narrativa principal, um discurso dominante e absorvendo outros discursos poss,veis, e # uma narrativa de empreendedorismo. :stabelece as regras e regulamentos para o que dizer, para o papel que a promulgar. :le oferece us = os atores com as pr&ticas de "regulares". :la produz a realidade. the instrument of social control is now called marketing. (Deleuze 1993) ! questo do corpo, o corporal, me interessa, porque aparecem corpos humanos que 8iram comrcio e se confundem com a casa empreendedora e a cidade empreendedora* :m vez de f&bricas e hierarquias claras, manifesta"es da sociedade disciplinar, os atores de ">idade de 7re." encontrar "os an?ncios dentro de si" exigindo sempre se comportam empreendedora, no encontram nada, mas os espaos empresariais, se*a de seus corpos, de suas casas $ outro 7ollesch *ogo # chamado de "internalizao de casa" $ ou cit.space. !ariana @imoni <m alguns momentos e'istem grande bifes que e'pressam uma opinio, ou um coment(rio resol8ido em si* Futras 8ezes estes bifes so totalmente descone'os, outros momentos ainda e'iste um grande discurso subdi8idido em falas de diferentes =pessoas> e outras 8ezes ainda, e'istem um semiBdi(logo onde as pessoas concordam ou discordam sobre determinado ponto* Referencias: !ngela "a8is, uiliani -toler)ncia zero3, 25A, ;on%, Piazza, teoria das cordas, "aimler 1* espa&osKterritriosKmultinacionaisKglobal pla%ers 9* cidade 8endida N* pornOKcorpo como mercadoria, I* empreendedorismo P* tecnologia l,quida Q* no somos americanos R* guerra contra os no domiciliados S* constru&o da Piazza T* Easa #itech 1D* Ha8ela digital -di(logo com a puta3 11* !utoadministra&o 19* !mor liquefeito pg 1N 1N* Fpera de hero,na 1I* /oltam a falar do amor, do corpo, do corpo empreendimento 1P* EasaKpresa 1Q* IndUstria pornogr(?ca e bolsa de 8alores 1R* Hazer o ?lme pornO -autoBcon8encimento3 pg 9S -lars 8on trier3 1S* "euscht ban0 e a arte -banco art,stico3 1T* Fpera sobre a teoria do caos 9D* PapaKopera 91* 5esmo com os espancamentos e gaseamento, o golpe de e'plosi8os, mesmo no assalto ao banco de in8estimentos, ele acha8a que ha8ia algo teatral sobre o protesto, insinuante, mesmo, nos p(raBquedas e s0ates, o rato de isopor, no golpe t(ctico de reprogramar o relgio de a&es com poesia e Varl 5ar'* <le pensou que Vins0i esta8a certa quando disse que isso era uma fantasia mercado* #a8ia uma sombra de transa&o entre os manifestantes e o <stado* F protesto foi uma forma de higiene sist4mica, de purga e de lubri?ca&o* <le atesta mais uma 8ez, para os dez milsima 8ez, ao brilhantismo ino8ador da cultura de mercado, a sua capacidade de moldarBse a seus prprios ?ns We',8eis, absor8endo tudo ao seu redor* Eosmopolis "om "eCillo