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As Fronteiras Raciais do Genocdio, Ana Luiza Pinheiro Flauzina, pgs. 119146
140 Direito.UnB, janeirojunho de 2014, v. 01, n.01
Churchill, cf. nota 4, p.367.
Id.
Docker., 2008:81-2.
Id.
Lippman, cf. nota 22, p.477-8.
Churchill, cf. nota 4, p.388.
Id.
Id., p.365.
Id.
Id.
Id., p.368.
Id.
Costa Vargas, 2008.
Lippman, cf. nota 22.
Fein, 2006:74.
Id., p.75.
Vargas, cf. nota 36:6.
Van Schaack, 2007:224.
Ratner/Becker in Bazyler2006.
Bazyler., 2003:23.
Ratner; Becker, cf. nota 42, p.346-47.
Id., p.348.
Bazyler, cf.nota 43, p.23.
Id.
Newborn,2003:615-6.
Id.:617.
O carter excepcional dos processos judiciais de reparao das vtimas do Holocausto nos
Estados Unidos ganha especial relevncia quando se considera o fracasso do litgio reparat-
rio para escravido. Os parmetros legais que descartam as reivindicaes reparadoras para
a escravizao de africanos e seus descendentes baseiam-se em dois pilares fundamentais.
O primeiro refere-se aos limites temporais impostos ao reconhecimento dos direitos. Neste
caso, o argumento ocial inverte o raciocnio de responsabilidade e arma que a compen-
sao no pode ser concedida porque houve atraso ou negligncia por parte dos afro-ameri-
canos ao enfrentar a questo (Best/Hartman, 2005). Essa posio ignora os esforos histri-
cos de afro-americanos para fazer o Estado responsvel pelas brutalidades e a explorao do
trabalho ilegal, que ocorreram durante o perodo da escravido. Na verdade, o litgio buscan-
do compensao monetria para o enriquecimento injusticado do Estado americano pela
explorao de trabalho escravo no pas data de 1800. Esse entendimento estreito tambm
contradiz o raciocnio dos autores que vem a passagem do tempo e a falta de qualquer
reconhecimento ou reparaes como uma intensicao da violao original e no como a
evaso do direito de processar o Estado. Deve-se tambm levar em considerao perspecti-
vas conitantes sobre o tempo da escravido. Aqui, os parmetros legais rgidos so desa-
ados por uma noo que defende a escravido como uma violao contnua, uma sentena
de morte reestabelecida e transmitida atravs das geraes (Churchill, 2001). Nesse contex-
to, o direito de buscar reparao no pode ser descartado, porque o tempo da escravido
ainda presente com as vvidas expresses de terror que so reproduzidas pela omisso insti-
tucional para confrontar o passado e o engajamento em novas formas de violncia visando
este grupo social.