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Módulo 6 – O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:

metodologias de operacionalização (conclusão)

Referências à BE nos Relatórios de Avaliação Externa (IGE) – análise e


comentário crítico

Para este trabalho, escolhi três escolas, de diferentes regiões e tipologias, para
verificar melhor a importância da BE, enquanto núcleo gerador de saberes de uma
escola. Quis ver se a resposta da periferia seria muito diferente da que é dada por uma
escola mais central. Assim, e após uma análise aos relatórios da IGE, verifiquei as
seguintes referências:

IGE Referências à BE

Campos de análise Agrupamento de Escola Secundária Escola Secundária


/Domínios de Escolas de Agrela e com 3º Ciclo do com 3º Ciclo do
referência Vale do Leça ensino Básico da Ensino Básico do
Batalha Restelo
Campo 1. Inexistente Directa Inexistente
Caracterização da
escola
Campo 3. Inexistente Directa Inexistente
Organização e
gestão escolar
Domínio 1.2. Indirecta Inexistente Directa
Participação e
desenvolvimento
cívico
Domínio 2.3. Directa Inexistente Inexistente
Diferenciação e
apoios
Domínio 2.4. Directa Inexistente Inexistente
Abrangência do
currículo e
valorização dos
saberes e da
aprendizagem
Domínio 3.1. Directa Inexistente Inexistente
Concepção,
planeamento e
desenvolvimento
da actividade
Domínio 3.3. Directa Directa Directa
Gestão dos
recursos materiais
e financeiros
Domínio 4.3. Indirecta Directa Inexistente
Abertura e
inovação
Domínio 4.4. Indirecta Inexistente Directa
Parcerias e
protocolos
Domínio 5.1. Inexistente Directa Inexistente
Auto-avaliação

Verifica-se, pela análise da tabela, que os campos de análise e os domínios de


referência da IGE, em que as BE são mencionadas, variam de escola para escola. Ora,
tal facto, poderá ter a ver com a importância que cada escola atribui à sua BE, ou
então, com a própria equipa de avaliação externa, que nem sempre atribui à BE o
mesmo grau de importância. O facto é que as referências nem sempre ocorrem da
mesma forma (directa ou indirecta), nem nos mesmos campos/domínios.

Assim, nos relatórios analisados, só a Escola da Batalha aparece referida no campo da


caracterização da escola (“… dispõem de biblioteca (integrada na rede de Bibliotecas
Escolares)…”). Neste campo, não há referências à BE em nenhum dos outros relatórios.

Também no campo da organização e gestão escolar, só o relatório da Escola da Batalha


contém uma referência à BE (“Destaca-se a biblioteca, integrada na Rede Nacional de
Bibliotecas Escolares, importante pólo dinamizador de iniciativas e projectos
diversos.”). Isto não significa, não pode significar, que as outras BE, também elas
integradas na RBE, não dinamizem iniciativas e projectos. Omissão da IGE, ou falta de
assunção da importância da BE neste campo pela escola?

Chegados aos factores que contribuem para os domínios de referência para a avaliação
de escolas e agrupamentos, também aqui se sentem diferenças nos relatórios da IGE.
No domínio da participação e desenvolvimento cívico, a Escola da Batalha não contém
referências à BE. Já a Escola do Restelo, contém uma referência directa, dizendo que o
Regulamento interno se encontra disponível na biblioteca. E, quanto ao Agrupamento
da Agrela, surge uma referência à feira do livro, mas não diz que a mesma é organizada
pela BE. Será esta, apenas, a participação destas BE no desenvolvimento cívico dos
alunos?

No domínio da diferenciação e apoios, seria de esperar uma referência à BE! No


entanto, essa apenas surge no Agrupamento da Agrela, onde fica registado o
contributo do centro de recursos educativos para as necessidades educativas especiais
e dificuldades de aprendizagem dos alunos. Nos outros relatórios não é referido esse
contributo, que seria de esperar de uma BE.

No domínio da abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem,


é novamente o Agrupamento da Agrela que leva vantagem: são referidas actividades
da BE que “contribuem para o aprofundamento da Língua Portuguesa… (e) estimulam
a valorização do conhecimento e da aprendizagem contínua.” No que diz respeito às
outras escolas, uma vez mais, o relatório da IGE é omisso.

No domínio da concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade, novamente


o Agrupamento da Agrela sai em vantagem: “Há preocupações com o desenvolvimento
transversal da Língua Portuguesa, reforçadas pelas iniciativas da Biblioteca Escolar e do
Plano Nacional de Leitura…”. Nos outros relatórios, também não há referências ao
envolvimento da BE na concepção, planeamento e desenvolvimento de actividades
escolares.

No domínio da gestão dos recursos materiais e financeiros, em todos os relatórios


surgem referências directas à BE. No entanto, na Escola do Restelo, a mesma surge
apenas relacionada com as obras de requalificação escolar. Já nos relatórios das outras
escolas, as referências são mais abrangentes, focando aspectos como formação de
utilizadores, bibliotecas itinerantes e espaços agradáveis.

No domínio da abertura e inovação, não aparece referência à BE da Escola do Restelo.


No relatório da Escola da Batalha, há uma referência directa à Biblioteca Escolar, e no
Agrupamento da Agrela, há uma referência indirecta, através da menção ao PNL e à
biblioteca itinerante.

No domínio das parcerias, protocolos e projectos, o relatório da Escola da Batalha não


refere a BE. Já o da Escola do Restelo, refere o PNL e a integração da biblioteca na RBE.
Quanto ao relatório do Agrupamento da Agrela, refere a parceria com a Biblioteca
Municipal de Santo Tirso, mas não diz se essa parceria contempla a BE.

Finalmente, no domínio da auto-avaliação, apenas há uma referência à BE no relatório


da Escola da Batalha, onde se apontam relatórios anuais dos detentores de cargos (BE
incluída), que são analisados em Conselho Pedagógico.

Da análise destes três relatórios, podemos concluir que a biblioteca escolar ainda não
é devidamente valorizada (independentemente da tipologia da escola e da zona do
país) muito embora as diversas referências (directas ou indirectas) feitas nos relatórios
da IGE apontem no sentido da sua importância. Penso que, após uma verdadeira auto-
avaliação, constante e sistemática, a BE será capaz de impor a sua presença também
nestes relatórios. O futuro o dirá…

A formanda: Maria Madalena Santos Azevedo

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