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O documento explica o que é um diário de campo para estágio supervisionado, descrevendo suas características e metodologia. O diário de campo utiliza a pesquisa participante e deve documentar as experiências do estagiário, incluindo observações, intervenções e reflexões. O documento fornece instruções sobre como construir e estruturar o diário de campo.
O documento explica o que é um diário de campo para estágio supervisionado, descrevendo suas características e metodologia. O diário de campo utiliza a pesquisa participante e deve documentar as experiências do estagiário, incluindo observações, intervenções e reflexões. O documento fornece instruções sobre como construir e estruturar o diário de campo.
O documento explica o que é um diário de campo para estágio supervisionado, descrevendo suas características e metodologia. O diário de campo utiliza a pesquisa participante e deve documentar as experiências do estagiário, incluindo observações, intervenções e reflexões. O documento fornece instruções sobre como construir e estruturar o diário de campo.
O dirio de campo uma modalidade de estgio que tem a possibilidade de ser vinculada ao Trabalho de Concluso de Curso. Para tanto, o estgio deve ser realizado entre o 5 e 6 semestres, obedecendo a uma metodologia diferente do estgio regular. Assim sendo, o(a) discente que faz esta opo deve, durante o perodo do estgio supervisionado, documentar todas as experincias de observao e interveno, criando literalmente um dirio de suas atividades de estgio.
(2) A metodologia do dirio de campo Bem como qualquer outro modelo de trabalho acadmico, o dirio de campo pressupe uma metodologia que lhe oriente. Neste sentido, a proposta do dirio adotada em nosso curso passa pelo mtodo denominado pesquisa participante. A pesquisa participante uma atividade orientada para a ao. Trata-se de um processo que considera a participao de outros indivduos alm do pesquisador 1 (a comunidade ou grupo) no exame de sua prpria realidade, objetivando a transformao da mesma em benefcio prprio e de outros. A novidade da pesquisa participante est em promover uma aproximao do universo acadmico com o cotidiano real das pessoas, entre a cincia e a vida, bem como a gerao de conhecimento que se possa utilizar de modo prtico no dia-a- dia. Sua proposta tomar a sabedoria e a tradio popular como fontes de possveis respostas crise social e humana caracterstica dos nossos dias.
1 Nesta modalidade o(a) aluno no apenas um(a) estagirio(a). Ele(a) tambm assume o papel de pesquisador(a). 2
A pesquisa participante um processo educativo que reconhece a interao dialtica entre teoria e prtica. Deste modo, o dirio de campo que a tem como pressuposto objetiva propiciar ao grupo de referncia o entendimento de seus problemas/carncias/necessidades para que ele mesmo possa criar alternativas que as respondam. Assim sendo, o dirio de campo privilegia a postura hermenutica e se conduz por tcnicas qualitativas de investigao, tais como a observao participante, conversas informais, entrevistas estruturadas, visitas e outras nesta direo. Neste modelo a pesquisa/estgio gira em torno de um problema existente. Assim, e para que ela se mantenha fiel ao mtodo (participante), o ideal o que o grupo participe do processo como um todo, desde identificao do problema, at a coleta e anlise dos dados, planejamento de aes e interveno na realidade. A ideia por detrs da proposta que o grupo, motivado pelo(a) pesquisador(a)/estagirio(a), possa agir primeiramente junto com ele e, posteriormente, sem a sua presena, de forma autnoma.
(3) As etapas da pesquisa 2
Fase 1: Estudo preliminar do grupo de referncia e da sua situao vivencial Eleger o grupo com que se deseja interagir Tomar conhecimento do contexto e estrutura em que o grupo est inserido Identificar as situaes (problemas) que pedem anlise e respostas Fase 2: Planejamento metodolgico da pesquisa participante Discusso da proposta com o grupo Definio dos aspectos tericos da pesquisa: objetivos, conceitos, hipteses, mtodos, etc. Organizao do processo da pesquisa (distribuio das atividades, forma de discusso dos resultados, etc.) Definio do cronograma de execuo do projeto
2 O contedo deste item e do prximo (A construo do dirio de campo) se inspira em TONEZER, Cristiane; RIQUINHO, Deise; ALCNTARA, Luciana. Dirio de campo. Disponvel em <http://www.ufrgs.br/eenf/laboratorios/levi/projeto52/aulaI/Aula_Diario_campo2.pdf>. Acesso em 23/10/2009. 3
Fase 3: Anlise dos problemas Constituio dos grupos de estudo Anlise crtica dos problemas detectados Fase 4: Criao e aplicao de um plano de ao Eleger dispositivos que contribuam para a soluo dos problemas identificados Promover aes educativas com vistas efetivao desses dispositivos Pensar aes que permitam que as solues encontradas sejam promovidas a curto, mdio e longo prazo
(4) A construo do dirio de campo O propsito da criao de um dirio de campo detalhar as informaes adquiridas e observaes realizadas durante o estgio, com vistas a registrar a sua progresso. Grosso modo, o relato do que o(a) pesquisador(a)/estagirio(a) v, ouve, experimenta e pensa no decorrer da coleta de dados durante o perodo do estgio supervisionado. Tendo a pesquisa participante como referncia, o dirio de campo dever dar ateno especial ao comportamento do grupo que est colaborando com o desenvolvimento do projeto. Sua inteno registrar se e em que medida o grupo estabeleceu as crticas necessrias e compreendeu o seu papel como agente transformador da realidade. O dirio de campo possui duas dimenses essenciais para atingir os objetivos a que se prope: a. Dimenso descritiva: retrata os sujeitos e os espaos observados, reconstri os dilogos, relata acontecimentos, descreve atividades e a interveno do(a) pesquisador(a)/estagirio(a). b. Dimenso reflexiva: concentra-se na percepo do(a) pesquisador(a)/estagirio(a), suas ideias e preocupaes em relao ao que 4
est sendo observado. Explicita ou sugere os pontos do processo que precisam de mais clareza e ateno. Alm disso, possui tambm uma dinmica que pressupe a seguinte estrutura sistemtica: a. Dirio da observao: anotaes descritivas datadas e localizadas; anotaes das impresses pessoais (juno das dimenses descritiva e reflexiva). b. Dirio da pesquisa: questionamentos levantados a partir da observao e desenvolvimento de anlises; redao do relatrio da pesquisa. c. Sistematizao dos resultados: redao de um texto lgico que d conta de descrever as implicaes da pesquisa participante e da observao do(a) pesquisador(a)/estagirio(a).
(5) Roteiro para a elaborao do dirio de campo UNIVERSIDADE METODISTA DE SO PAULO Faculdade de Teologia Curso de Teologia EAD
LOCAL: DATA: HORRIO: DURAO:
PARTICIPANTES:
REGISTRO DESCRITIVO (relatar tudo o que se observou durante o estgio):
INTERVENO REALIZADA:
5
OBJETIVO DA INTERVENO:
REGISTRO REFLEXIVO (impresses pessoais):
(6) Referncias BARROS, Aidil de Jesus Paes; LEHFELD, Neide A. S. Projeto de pesquisa: propostas metodolgicas. 17 ed. Petrpolis: Vozes, 2006. BRANDO, C. R. Dirio de Campo: a antropologia como alegoria. So Paulo: Brasiliense, 1982. _________ (org.). Pesquisa participante. Vol. 1. So Paulo: Brasiliense, 1981. _________ (org.). Repensando a pesquisa participante. So Paulo: Brasiliense, 1999. _________; BORGES, Maristela Corra. A pesquisa participante: um momento da educao popular. In: Revista de Educao Popular 6 (2007): 51-62. _________; STRECK, Danilo (orgs.). Pesquisa participante: o saber da partilha. Aparecida: Idias & Letras, 2006. GIL, Antnio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. So Paulo: Atlas, 2002.
E-referncias RAMOS, Luiz Carlos. Modelo de Trabalho Acadmico: Verso 2009. So Bernardo do Campo, 47p. Trabalho no publicado. Disponvel em <http://www.luizcarlosramos.net/?page_id=1277> mediante registro gratuito. TONEZER, Cristiane; RIQUINHO, Deise; ALCNTARA, Luciana. Dirio de campo. Disponvel em <http://www.ufrgs.br/eenf/laboratorios/levi/projeto52/aulaI/Aula_Diario_camp o2.pdf>. Acesso em 23/10/2009.