FACULDADE DE LETRAS
LITERATURA LATINA
Goiânia
2009
INTRODUÇÃO
O período arcaico foi entre o século II a.C. que foi a origem da literatura,
inicio-se com rudimentos de poesias de caráter religiosos e heróico, como
exemplos: carmina fratrum arvalium (hinos para benzer os campos), carmina
convivalia (cantos durante os banquetes), carmina triunphalia (exaltação da
vitória), nenine (lamentações fúnebres).
E na fase primitiva entre os séculos 753 a 250 a.C. e também o gênero
dramático, onde os latinos tentam adaptar as heranças gregas á sua realidade,
imitando suas formas estéticas e seus assuntos históricos e mitológicos.
E na fase helenística que foi de 250 a 81 a.C., tendo como exemplos as
comédias de Plauto (“ Anfitrião”, “Aululária”, “Casina”, “Maenechmi” ) e de
Terêncio (“ Adelphoe”).
* Lívio Andronico- (Terento, 280 a.C. a 200 a.C.): traduziu versos satúrnios de
“Odisséia” de Homero ( cujo título latino era “Odisía”). Além de grande
contribuição para a literatura latina ficou conhecida principalmente por traduzir
algumas comédias e tragédias do grego para o lati.
* Névio –(Campania, 275-200 a.C.): sua importância no início da literatura
latina está diretamente ligada ao modo particular de suas comédias. Névio
introduziu a “fabula togata” e a “fabula praetexto”, ou seja, a comédia e a
tragédia de argumento romano. Névio também introduziu o “Bellum Poenicum”.
*Plauto-(Sársina, 255? -184 a.C.), escritor e poeta, desenvolveu suas obras
nos gêneros teatrais e na comédia.
*Ênio-(Rudias, 239-169 a.C.)
*Terêncio- (Cartago, 193-150 a.C.)
*Catão- (Túsculo, 234-148 a.C.)
*Lucílio- (Campânia, 148-102 a.c)
*Vergílio-(Itália, 70 a.C.)
*Horácio-(Itália, 65 a.C.)
*Ovídio-(Abrúzios, 43 a.C.)
* Tito Lívio-(Pádua, 59 a.C.)
De Vulpe ET Vua
TRADUÇÃO
A raposa e a uva
Coagida (impelida) pela fome, a raposa cobiçava o cacho de uva.
Na alta parreira, pulando com todas as forças;
Como não pôde tocá-la, disse afastando-se:
“Ainda não esta madura: não quero apanhá (-La) verde (azeda)”.
(0s) que diminuem com palavras, (as coisas) que não podem fazer,
Deverão aplicar para si este exemplo.
A raposa e as uvas
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos
os tempos, saiu do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia
por um precipício a perder de vista. Olhou e viu além de tudo, á altura de um
salto, cachos de uvas maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o saltou,
retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de
novo, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo
entre dentes, com raiva: “Ah, também, não tem importância. Estão verdes”. É
foi descendo, com cuidado, quando viu á sua frente uma pedra enorme. Com
esforço empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva,
trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o rico de
despencar, esticou a pata e conseguiu! Com avidez colocou na boca quase o
cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes!
Moral: A frustração é uma forma de julgamento tão boa quanto qualquer outra.
LITERATURA LATINA
Goiânia
2009