O laço de sangue: uma leitura kleinianada fraternidade
Palavras-chave: fraternidade, pensamento kleiniano, ética,conhecimento, verdade, tristeza.Resumo:O texto trabalha a questo do la!o fraterno pensado pela "tica dateoria de #elanie $lein. %ntroduz a idéia de que o aparelho mental éum mecanismo que, para se defender do contato com o conhecimentoe com a verdade, usa mecanismos de defesa to violentos e primitivosque implicam na constru!o de um estado mental que podemoscham&-lo de estado de 're(resso ética). *sse estado implica em umestreitamento mental que dificulta a forma!o do la!o fraternalespont+neo e a capacidade para transformar experincia bruta emconhecimento. clnica e o clnico em processo de aprendizado ou emtrabalho di&rio também so afetados por isso, ficando assimfortemente limitados e provavelmente adoecidos.
Summary:This text revolves around the question of the fraternal bond asconsidered by Melanie Klein´s otic! "t introduces the idea that the
mental aaratus is a device that uses# to defend itself from thecontact $ith the kno$ledge of truth# mechanisms of defense $hich areso violent and rimal# that imlicates in the construction of a mental state $hich $e could call as being of %ethical regression&! This stateimlicates in a mental shortening# $hich difficults the creation of theexontaneous fraternal bond and the hability to transform the bruteexerience in kno$ledge! The clinic and the analist in a learning rocess and daily $ork are also affected by this# thus becoming strongly imaired and robably ill
.
1
O laço de sangue:uma leitura kleiniana da fraternidade
/- o buscar em minha mem"ria, ao lon(o desses 0ltimos anosde estudo da teoria kleiniana, qual seria o lu(ar do pai em sua obra,no posso concluir diferente: ele est& com os filhos dentro da barri(ada me1 Reduzido a seu cone mnimo, reduzido ao seu valor de parte,reduzido 2 representa!o de um fra(mento do corpo do pai humano ereal, um fra(mento de seu ser, o pai em $lein é o pnis em seu estadoer"tico bruto, sexual e ensandecido. 3em media!o, nem toler+ncia,existe como um perse(uidor interno, insone, sempre em ere!o edesesperado para invadir delinq4encialmente a mente dos bebs quebuscam a teta da violenta me primeva. *m excita!o ininterrupta,esse pai vive em seu confinamento - condenado que est& pelaincapacidade simb"lica que a inve5a cria ao redor do pr"prio corpo aser conhecido e comemorado - o que seu fsico determina e suafinalidade condiciona. 3empre pronto para estabelecer uma fuso coma me dentro desse mundo thalassico onde habita, contra os filhosque os dois mesmos produziram, esse pai é um resto i(norante de simesmo. 6o quem so esses filhos, e o que podem si(nificar. 7essaexperincia de estranhamento e de morte da curiosidade é por ondese introduz, em nossa mente, as quest8es esquizofrnicas eparan"icas. 9nificados no "dio o casal parental encarna dessamaneira a repu(nante fi(ura bem desenhada pela ima(em de umcasal de pais xif"pa(os (enitais em coito ininterrupto, constituindo-seem um dos mais cruéis supere(os que habitam a mente do bebhumano, s" compar&vel em maldade e brutalidade ao supere(oprimordial materno. *ssas so as primeiras manifesta!8es dosupere(o delinq4encial que acompanharo o su5eito para o resto desua vida e que constituiro as bases cnicas do relacionamento dosindivduos em (rupo.Pai e me, fundidos como se fossem uma unidade m"rbida,misturada, deformada e desproporcional que do encontro com o bebrecebe como primeira forma expressiva a rela!o que a boca e omamilo induzem, mer(ulhados um no outro, completamentedependentes, viciados na execu!o de suas fun!8es, (rudados econfundidos, vivendo como horror qualquer forma de discrimina!o.
2
Pura fuso, pura indiferencia!o. #undo narcsico, mundo daescurido, mundo das rela!8es f0nebres. ue fratria, quefraternidade; <a!o de san(ue, la!o de "dio1Pai peda!o de carne desesperadamente dese5ante dos "r(os(enitais complementares da fmea, pai "r(o dese5ante de um outro"r(o, pai condenado 2 tirania da va(ina da me separada do resto deseu corpo. Pai inimi(o dos filhos, mecanicamente amorda!ado esentenciado pela obri(a!o imposta por seu corpo no concebidocomo expresso de beleza, pai "r(o instintivo de fecunda!o, pai nosonhado, pai reduzido 2 compulso e ao (ozo advindo da repeti!oem ato de um movimento que 5amais come!a uma vez que 5amais sepode conclu-lo. 6enhuma rela!o com a lei, nenhuma rela!o com osimb"lico. = um supere(o que castra por rea!o, por violnciapsic"tica, por cinismo e delinq4ncia, mas no interdita, apenassubmete o outro, horrorizando-o como su5eito, pois o obri(a a tomar sem o necess&rio prazer a forma que o corpo lhe empresta senso-perceptivamente e que a emo!o no elaborada pelo outro humanolhe acrescenta. 6o nasce da lei dos homens nem da cultura, éapenas l"(ica derivada da racionalidade com que n"s, os bebs-kleinianos, lidamos com esse come!o aflitivo de nossa vida.3ubmetido 2s formas asfixiantes derivadas da for!a formalizante dopr"prio corpo e do contato com a percep!o do outro, o su5eito quevive no interior desse mundo interno coloca a percep!o do ob5eto nocampo da devora!o e no suporta sua pr"pria capacidade paradescobrir a beleza ntima das coisas descobertas diariamente naexperincia de viver. 3ubmetido, escravizado, sub5u(ado pela pr"prialoucura e pelo sensorial experimenta o dia-a-dia como desespero,desamparo, como desafei!o.
3
Puaskan Keingintahuan Anda
Segala yang ingin Anda baca.
Kapan pun. Di mana pun. Perangkat apa pun.
Tanpa Komitmen. Batalkan kapan saja.