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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES:


METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)

TAREFA/PLANO DE TRABALHO

Elaborar um quadro que permita cruzar o tipo de informação


resultante da auto-avaliação da BE nos seus diferentes domínios
com os campos e tópicos estabelecidos pela IGE, nos quais
aquela informação deve ser enquadrada.

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1. Quadro legislativo e conceptual

A Lei 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos


estabelecimentos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo
orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o
programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um “programa
nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões
fundamentais do seu trabalho”.

A referida Lei, no seu artigo 6º, determina que a auto-avaliação das escolas “tem
carácter obrigatório, desenvolve-se em permanência e conta com o apoio da
administração educativa”.

Cabe, portanto, à escola implementar o seu próprio modelo de avaliação interna


e reflectir sobre o seu desempenho, os percursos encetados e os resultados alcançados,
tentando encontrar respostas ajustadas aos problemas identificados.

A par disto, a Inspecção Geral da Educação tem levado a cabo um programa de


avaliação externa das escolas, operado a partir de um referencial composto por
domínios-chave que são analisados e avaliados, constituindo um olhar privilegiado
exterior à escola.

Um dos domínios da avaliação externa é precisamente a “capacidade de auto-


regulação e progresso da escola”, em que a equipa inspectiva solicita a avaliação interna
do agrupamento/escola para que a mesma mostre, prove, o modo como se organiza, os
climas e ambientes educativos geradores de interacção e de integração que cria, como
concretiza o seu Projecto Educativo, o ensino e as aprendizagens, como fomenta e
pratica uma cultura de colaboração e como se envolve para a melhoria dos seus
resultados, com vista ao sucesso escolar.

Com o Programa Rede de Bibliotecas Escolares e a consequente expansão da


rede de bibliotecas, o forte investimento, quer a nível nacional, quer local, cria-se um
recurso fundamental ao serviço do ensino e da aprendizagem, pelo que se impõe um
modelo para avaliar o modo como se concretiza o trabalho das BE e se conheça o
impacto que as actividades realizadas no seu âmbito têm no sucesso dos seus
utilizadores e nos resultados escolares.

O Modelo de Auto-Avaliação da BE deve “desenvolver uma abordagem


essencialmente qualitativa, orientada para uma análise dos processos e dos resultados

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numa perspectiva formativa, permitindo identificar as necessidades e as fragilidades
com vista à melhoria” (Modelo de Auto-Avaliação da BE, RBE, Nov. 2009, pág. 5).

Resumindo, a avaliação interna, a avaliação externa e o Modelo de Auto-


Avaliação da BE assentam numa base comum, uma vez que todas partem da recolha de
dados, análise de evidências, definição de pontos fortes e pontos fracos – os atributos,
identificação de obstáculos que prejudicam o cumprimento dos objectivos
(constrangimentos) e as oportunidades que estão na linha de actuação/orientação para
se alcançar as metas traçadas, para se elaborar um plano de acção/melhoria, com vista à
superação das lacunas identificas no Relatório da Avaliação.

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2. Inter-relação/Convergência do Modelo de Auto-Avaliação da BE e da Avaliação
Externa da Escola

Modelo de Auto-Avaliação da BE Avaliação Externa

RBE Modelo da IGE

Alguns pressupostos

- Verificar o impacto nas aprendizagens, nas - Fomentar nas escolas uma interpelação
atitudes e competências dos alunos; sistemática sobre a qualidade das suas
práticas e dos seus resultados;
-Definir o grau de eficiência dos serviços
-Contribuir para um melhor conhecimento da
prestados;
escola e do serviço público de educação;
-Identificar o nível de satisfação dos -Articular os contributos da avaliação externa
utilizadores da BE; com a cultura e os dispositivos de auto-
avaliação das escolas;
-Verificar o nível de desempenho de
funcionamento global da Escola; -Concorrer para a regulação do
funcionamento do sistema educativo;
- Identificar práticas de sucesso e impacto no
processo ensino/aprendizagem a manter e -Fomentar a auto-avaliação;
identificar pontos fracos que importa -Proporcionar oportunidades de melhoria
melhorar; para a escola.

Estes pressupostos, que aplicados a cada uma das realidades avaliativas, inter-
relacionam-se e cruzam-se num sistema mais vasto de avaliação “com carácter relevante para
o desenvolvimento das escolas, da melhoria da qualidade das aprendizagens, numa perspectiva
reflexiva e de aperfeiçoamento contínuo” (IGE). Isto é, espera-se que um processo de avaliação
(interna, externa, da BE) resulte numa oportunidade de melhoria para a escola/agrupamento,
constituindo o Relatório um importante instrumento de reflexão e de debate de toda a
comunidade educativa. A avaliação oferece sempre elementos para a construção ou
aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação
com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

Vejamos agora alguns pontos em que os dois Modelos de Avaliação podem convergir e
atingir uma base comum.

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Modelo de Auto-Avaliação da BE Avaliação Externa

RBE Modelo da IGE

Fontes/Recolha de dados/evidências

-Auto-Avaliação da BE; -Análise dos documentos estruturantes da


escola/agrupamento:
- PE, PAPA, PCA, RI, PCT’s;
PE, PAPA, PCA, RI, PCT’s;
-Questionários a docentes, discentes, não
-Análise dos resultados escolares;
docentes e comunidade,
-Análise do contexto;
-Estatísticas de utilização, de requisição
(domiciliários ou sala de aula), de -Auto-Avaliação da escola/agrupamento;
empréstimos, frequência da BE;
-Avaliação da BE;
-Análise do acervo documental; -Entrevistas em painéis, com
representatividade de docentes, discentes,
-Grelhas de observação;
não docentes, pais/encarregados de educação,
-Checklist comunidade educativa.

Interpretação dos dados/evidências/Definição do nível de desempenho por domínios

Relatório de Avaliação (pontos fortes/fracos, constrangimentos/oportunidades)

Plano de acção eficaz e orientador/ melhoria

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3. Informação resultante da Auto-Avaliação da BE nos seus domínios e
subdomínios/Campos e tópicos da avaliação externa da IGE.

Avaliação Externa Modelo de Auto-Avaliação da BE

Modelo da IGE RBE

Contexto: Caracterização da Escola D.2.3 Adequação da BE em termos de espaço às


necessidades da escola/agrupamento.

1. Resultados A.2.2. Promoção do ensino em contexto de


competências de informação da
1.1 Sucesso académico
escola/agrupamento.

1.2 Participação e desenvolvimento cívico A.2.5. Impacto da BE no desenvolvimento de


valores e atitudes indispensáveis à formação da
1.3 Comportamento e disciplina cidadania e à aprendizagem ao longo da vida.

1.4 Valorização e impacto das A.2.4. Impacto da BE nas competências


aprendizagens tecnológicas, digitais e de informação dos alunos
na escola/agrupamento.

2. Prestação do serviço educativo A.1.1. Cooperação da BE com as estruturas de


coordenação educativa e supervisão pedagógica da
2.1 Articulação e sequencialidade escola/agrupamento.

2.2 Acompanhamento da prática lectiva A.1.6. Colaboração da BE com os docentes na


em sala de aula concretização das actividades curriculares
desenvolvidas no espaço da BE ou tendo por base
os seus recursos.

2.3 Diferenciação e apoios A.1.3. Articulação da BE com os docentes


responsáveis pelos serviços de apoios
especializados e educativos (SAE) da
escola/agrupamento.

2.4 Abrangência do currículo e valorização A.2.5. Impacto da BE no desenvolvimento de


dos saberes e da aprendizagem valores e atitudes indispensáveis à formação da
cidadania e à aprendizagem ao longo da vida.

3. Organização e gestão escolar A.1. Articulação curricular da BE com as estruturas


pedagógicas e os docentes.
3.1 Concepção, planeamento e
desenvolvimento da actividade A.1.1. Cooperação da BE com as estruturas de
coordenação educativa e supervisão pedagógica da
escola/agrupamento.

A.2. Promoção das literacias da informação,


tecnológica e digital.

D.1.1. Integração/acção da BE na
escola/agrupamento.

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3.2 Gestão dos recursos humanos D.2. Condições humanas e materiais para a
prestação dos serviços.

D.2.1. Liderança do professor bibliotecário da


escola/agrupamento;

D.2.2. Adequação dos recursos humanos às


necessidades de funcionamento da BE na
escola/agrupamento.

3.3 Gestão dos recursos materiais e D.2.3. Adequação da BE em termos de espaço às


financeiros necessidades da escola/agrupamento.

D.1.2. Valorização da BE pelos órgãos de direcção,


administração e gestão da escola/agrupamento.

3.4 Participação dos pais e outros C.2.4. Estímulo à participação e mobilização dos
elementos da comunidade educativa pais/encarregados de educação no domínio da
promoção da leitura e do desenvolvimento de
competências das crianças e jovens que
frequentam a escola/agrupamento.

3.5 Equidade e justiça D.2. Condições humanas e materiais para a


prestação dos serviços.

4. Liderança C.1.4 Disponibilização de espaços, tempos e


recursos para a iniciativa e intervenção livre dos
4.1. Visão e estratégia alunos.

4.2 Motivação e empenho C.1.1 Apoio à aquisição e desenvolvimento de


métodos de trabalho e de estudo autónomos.

4.3 Abertura à inovação A.2 Promoção das literacias da informação,


tecnológica e digital.

4.4 Parcerias, protocolos e projectos C.2.5 Abertura da BE à comunidade local.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria D.1.4 A avaliação da BE na escola/agrupamento


da escola/ agrupamento

5.1 Auto-avaliação

5.2 Sustentabilidade do progresso

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4.Considerações finais

Já o referimos anteriormente que é fundamental proceder-se à auto-avaliação


porque mais que uma imposição legal é uma característica intrínseca das escolas e deve
fazer parte da prática profissional dos docentes. É um comportamento essencial ao seu
próprio desenvolvimento profissional e ao desenvolvimento das escolas.

A prática sistemática de se avaliar promove a auto-reflexão, o conhecimento dos


objectivos, o questionamento sobre a direcção que está a ser seguida, a
responsabilidade e a participação de todos.

A BE ao apoiar o desenvolvimento das competências de leitura, também está a


apoiar a aprendizagem das matérias curriculares e a promover a autonomia no estudo.
Esta afirmação da BE perante a escola também tem de ser avaliada e a escola deve
desenvolver uma auto-avaliação dos impactos da BE, encontrando os seus pontos fortes
e fracos para resolver problemas detectados.

A avaliação da BE deve integrar a avaliação interna da Escola e a avaliação


externa deve contar com o contributo desses esforços já desenvolvidos pela escola.

Avaliação interna, avaliação externa e auto-avaliação da BE não se excluem umas


às outras, não se repetem, nem se atropelam, mas antes complementam-se,
enriquecem-se e ilustram melhor a mesma realidade – uma escola com as suas
características, as suas limitações e as suas potencialidades, mas com possibilidades de
encontrar novas respostas para novos desafios!

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