0 penilaian0% menganggap dokumen ini bermanfaat (0 suara)
88 tayangan2 halaman
O poema "Não", de Augusto de Campos, nega repetidamente o que é poesia através de quadrados com frases curtas. Pertence ao movimento concretista, que quebrou com a tradição poética clássica. Ao negar a poesia, o autor na verdade a constrói por meio da estrutura gráfica. O poema convida o leitor a participar e descobrir o significado de poesia entre as negações.
O poema "Não", de Augusto de Campos, nega repetidamente o que é poesia através de quadrados com frases curtas. Pertence ao movimento concretista, que quebrou com a tradição poética clássica. Ao negar a poesia, o autor na verdade a constrói por meio da estrutura gráfica. O poema convida o leitor a participar e descobrir o significado de poesia entre as negações.
O poema "Não", de Augusto de Campos, nega repetidamente o que é poesia através de quadrados com frases curtas. Pertence ao movimento concretista, que quebrou com a tradição poética clássica. Ao negar a poesia, o autor na verdade a constrói por meio da estrutura gráfica. O poema convida o leitor a participar e descobrir o significado de poesia entre as negações.
O poema No de Augusto de Campos, uma sequncia de quadrados com o
poema dentro. Tem como mensagem dizer o que no poesia; negar a poesia a cada pgina. Esse poema pertence poesia concreta, vanguarda que surgiu na dcada de 50 no Brasil, criada pelo prprio Augusto de Campos, seu irmo Haroldo de Campos e Dcio Pignatari. No apresenta trs principais caractersticas da poesia concretista: o aproveitamento do espao em branco da pgina para disposio das palavras; decomposio das palavras, possibilidades de mltiplas leituras.( http://www.mundoeducacao.com.br/literatura/poesia-concreta.htm) A cada quadrado, o poeta utiliza a negao para prender a ateno do leitor. Ao optar por expresses como ainda no , mas ainda no , quase, o poeta deixa o leitor apreensivo para descobrir o que realmente poesia. A quantidade de letras e palavras diminui a cada quadrado, aumentando tambm a expectativa do leitor. O discurso utilizado pelo autor no poema contraditrio, pois ao mesmo tempo em que nega a poesia, ele tambm a constri por meio da construo grfica que utiliza, caracterstica da poesia modernista. Aps negar a poesia, o autor apresenta a palavra oesia, fazendo com que o leitor possa pensar que seja esse o significado de poesia, mas no . Oesia se torna um sentido meio incompleto. Isso traz uma ideia que a poesia seja incompleta, no autossuficiente, no se explica sozinha precisando, portanto, de algum qu faa perguntas, encontre respostas na prpria poesia. Essa uma relao importante na poesia, o poeta no entrega todo o pensamento, suas ideias para o leitor, mas o incita a participar, a pensar, a interrogar e responder tambm. O no do poema,convida o leitor a participar do poema, a descobrir os nos e encontrar, talvez, alguma brecha entre essa proibio, como de fato encontra, se pensar que o poeta, ao negar o poema, acaba-o criando tambm. Transcrevendo o que se encontra escrito nos quadros, vemos: meu amor dor no poesia amar viver morrer ainda no poesia, ou ento: escrever pouco muito calar falar ainda no poesia. Tambm a autenticidade daquele que escreve no faz um bom poema: humano autntico sincero, mas ainda no poesia, ele transpira todo, mas ainda no poesia, porque mesmo ali onde h poesia ainda no poesia. O ser poeta desafia, mas ainda no poesia, pois no bastam rimas. Rimas ainda no poesia, so, na verdade, quase poesia, mas ainda no poesia. (CAMPOS, 2003, p.21-39) Essa ideia de contradio e tambm a utilizao das caractersticas citadas so importantes pra mostrar que Augusto de Campos, ao escrever seu poema, quebrou com a tradio clssica de poesia, o que , na verdade, uma das grandes caractersticas da vanguarda concretista.