www.embalagemmarca.com.br
Ano VI • Nº 61 • Setembro 2004 • R$ 9,00
Em boca própria é vitupério
mbora saibamos leitores traduz o reconheci- ano a equipe da revista esta-
10
palhares@embalagemmarca.com.br
Entrevista:
Assis Kavaguchi
16 Estratégia
Produtores de refrigerantes
Reportagem
Flávio Palhares
Vice-presidente da Abflexo segmentam mercado com
flavio@embalagemmarca.com.br
novidades de marcas líderes Guilherme Kamio
fala sobre a evolução da
guma@embalagemmarca.com.br
28 Mercado
flexografia no setor de
Leandro Haberli Silva
embalagem Cervejas diferentes criam nicho leandro@embalagemmarca.com.br
para apresentações mais nobres
20
Maria Luisa Neves
Reportagem de capa: redacao@embalagemmarca.com.br
Plásticos de rápida 34 Mercado
AmBev quer cerveja sem álcool Diretor de Arte
degradação em novas situações de consumo Carlos Gustavo Curado
Desenvolvimento de emba- arte@embalagemmarca.com.br
lagens mais amigas do
ambiente acelera no Brasil
36 Abre divulga os vencedores
Prêmio Assistente de Arte
José Hiroshi Taniguti
de seu Prêmio de Design
Administração
40 Prêmio
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Empresas brasileiras perderam Eunice Fruet (Diretora Financeira)
oportunidade no iF Design Award Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
44 Fechamentos
Novas alternativas às rolhas de
Karin Trojan
Wagner Ferreira
cortiça no mercado de vinhos
Circulação e Assinaturas
62 Rotulagem
Marcella de Freitas Monteiro
RFID
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Pressão das redes de varejo Assinatura anual: R$ 90,00
50
impulsiona avanço de smart label
Materiais Público-Alvo
Vinícolas cada vez mais
aderem ao bag-in-box e
66 Ambiente
Recipet bate recorde de reci-
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
clagem de embalagens de PET e supervisão em empresas fornecedoras, con-
às caixinhas longa vida vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem
como prestadores de serviços relacionados
A capa desta edição foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2, com a cadeia de embalagem.
da Ripasa, termolaminada com filme Prolam® aplicado pela Lamimax. Filiada ao
3 Editorial
A essência da edição do mês, nas palavras do editor
8 Espaço Aberto
Esta revista foi impressa em Papelcartão
Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores Art Premium Novo 250g/m2 (capa) e papel
Image Mate 90g/m2 (miolo), fabricados pela
60 Internacional Ripasa S/A Celulose e Papel, em
harmonia com o meio ambiente.
Maior garrafa de vidro para vinho é criada por americanos e tchecos
Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
64 Rotulagem Laminação: Lamimax Tel.: (11) 3644-4128
Produtos e tecnologias de decoração, identificação e rastreabilidade Filme da laminação: Prolam Tel.: (11) 3611-3400
74 Display Filiada à
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
54 Panorama www.embalagemmarca.com.br
Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
78 Painel Gráfico resguardado por direitos autorais. Não é permi-
tida a reprodução de matérias editoriais publi-
Novidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens cadas nesta revista sem autorização da Bloco
82 Almanaque de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
matérias assinadas não refletem necessaria-
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens mente a opinião da revista.
chegou e já a li inteira! Adorei a re- uma lata com a nova tampa Secu-
portagem sobre marcas (edição nº rity, desenvolvida e patenteada
60, agosto de 2004): atualíssima. pela Renner e comercializada com
Maria Elisa Cappellano exclusividade pela Brasilata; a
Planejamento imagem mais adequada seria a que
Agência Toro aparece na foto A;
São Paulo, SP
3) na reportagem de capa da
Consultas e sugestões edição nº 60 (agosto de 2004), no
quadro intitulado “Outra boa op-
P arabenizamos EMBALAGEM-
MARCA pelo quinto aniversário e
ção para mix machines”, o uso de
fotos de uma máquina de mistura
informamos que mantemos, desde de tintas (sistema tintométrico)
o primeiro número, todos os exem- com a marca da Suvinil estampa-
plares arquivados para consultas e da, ao lado de uma tampa Safe
sugestões aos nossos clientes com Mix, da Prada, pode, na opinião da
relação aos temas relativos a emba- Brasilata, induzir o leitor a con-
lagem. Mais uma vez, parabéns a cluir que seja este o sistema de fe-
Queijo tipo reino toda a equipe e muito sucesso. chamento utilizado pela fábrica de
Aderbal L. Bonfante tintas, quando ela usa com exclusi-
N ão poderíamos deixar o belo
trabalho de reportagem sobre o
Gerente de marketing
EMIL Empresa Mineira Ltda.
vidade seu sistema Biplus, “dupla-
mente premiado na categoria Bri-
queijo tipo reino, com uma analogia Além Paraíba, MG colagem, pela WPO (World Packa-
bem humorada, passar em branco. ging Organization), pela ABRE
(“Uma nova bola da vez”, edição Correções (Associação Brasileira de Embala-
nº 60, agosto de 2004). Estou en- gem), e ganhador do prêmio Brasil
viando esta mensagem para agrade-
cer a oportunidade que EMBALA-
A seguir, retificações de equívo-
cos cometidos em reportagens nas
Premium, do Ministério de Desen-
volvimento, Indústria e Comércio
GEMMARCA nos proporcionou. To- quais foram citados nomes de pes- Exterior” (foto B).
dos estamos eufóricos e nos sentin- soas e produtos da Brasilata, pelos
do valorizados. Como é bom ser- quais registramos nossos pedidos B
mos lembrados pelos meios de co- de desculpas:
municação! Este trabalho funcio-
nou como uma alavanca de motiva- 1) na reportagem “Ração sequinha
ção para todos que aqui trabalham. e crocante” (edição nº 59, julho de
A reportagem com a história do 2004, página 24), o nome correto
Edam foi ótima. Gostaria de saber do gerente geral da divisão alimen-
como conseguiram esta informa- tícia da empresa é João de Masi Mensagens para
ção, pois não a enviei. Tuma, e não João Teixeira Tuma,
Maria Tereza Ladeira Abud como foi publicado;
EMBALAGEMMARCA
Diretora industrial Redação: Rua Arcílio Martins, 53
Metalgráfica Palmira Ltda. CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Santos Dumont, MG Tel (11) 5181-6533
A Fax (11) 5182-9463
Sem “encher lingüiça” redacao@embalagemmarca.com.br
vidas impossíveis de serem pagas. ca, onde atuo diretamente. Mas os fabricantes de equipamen-
tos também sofrem com essa característica do mercado bra-
Como têm evoluído as exportações das impressoras flexo- sileiro. No mercado de máquinas flexográficas de seis e oito
gráficas nacionais? cores, que são as mais usadas hoje, as empresas sempre exi-
Atualmente, em torno de 60% da produção brasileira de equi- gem o equipamento mais barato. Como não existe milagre,
pamentos flexográficos estão voltados ao mercado interna- esse tipo de opção nem sempre tem resultados finais de qua-
cional. Mas já há fabricantes exportando quase toda a sua lidade. Esse é, por sinal, um dos motivos que fizeram os fa-
produção. Hoje o maior mercado bricantes de impressoras buscarem
para essas máquinas está na Améri- “Os fabricantes mercados fora do Brasil. Muitos per-
ca do Sul, mas as remessas para a ceberam que, sem exportar, o cresci-
África e para a Europa são cada vez nacionais de impressoras mento dos seus negócios seria limi-
maiores. Até em países como Fran- tado. Já lá fora, a possibilidade de
ça, Holanda e Alemanha, berço de
excelência quando se fala em im-
flexográficas se atuar com impressoras mais sofisti-
cadas é maior. A questão do custo,
pressão, já há fabricantes nacionais enfim, se tornou o fiel da balança no
com escritórios de representação.
multiplicaram nos últimos nosso mercado. Eu diria que a flexo-
Enquanto uma máquina alemã pode grafia só não cresceu mais no Brasil
custar até 11 milhões de dólares, anos, e hoje dominam 90% porque não conseguiu manter uma
nossas flexográficas não passam de constância em termos de qualidade.
600 mil dólares. Até por uma ques- do mercado brasileiro, Se um dia o mercado interno for
tão de redundância, as empresas co- mais receptivo a equipamentos mais
meçam a preferir investir em cinco além de exportar, em sofisticados, não há dúvidas de que a
máquinas mais baratas do que em flexografia conquistará muito mais
uma que custou milhões e que pode participação no mercado de embala-
parar toda a produção se apresentar
média, 60% de sua pro- gens flexíveis e semi-rígidas.
problemas. Por mais que soe óbvio,
a grande diferença dos fabricantes dução. O segredo dessas Muitos dos países para os quais os
brasileiros de impressoras flexográ- fabricantes nacionais têm exportado
ficas tem sido saber combinar preço empresas é combinar suas máquinas flexográficas apre-
e qualidade. sentam economias semelhantes à
preço e qualidade” brasileira. Por que, então, esses
Em linhas gerais, o que explica ta- mercados são mais receptivos a
manha diferença de custos entre as máquinas nacionais e as equipamentos sofisticados?
importadas? Na verdade não são. Na América do Sul e na África, a con-
Basicamente, a tecnologia de fabricação e os periféricos en- dição de fato é a mesma da nossa, quando não pior. Por isso
volvidos. Na Europa, hoje, a maioria das flexográficas usa as empresas nacionais estão se movimentando mais recente-
uma tecnologia chamada de gearless. Isso significa que essas mente rumo à Europa. Isso é muito importante, pois no Brasil
impressoras não têm engrenagens. É um conceito mais evo- e em outros mercados com o mesmo nível de desenvolvi-
luído, que permite grande flexibilidade nas tiragens e na ve- mento não há demanda para as soluções mais sofisticadas.
locidade de produção das embalagens, além de opções muito Um dos principais fabricantes brasileiros de flexográficas, a
maiores em termos de medidas. São máquinas robustas, com Feva, por exemplo, já conta com equipamentos gearless.
facilidade de ajustes, ideais para grandes tiragens. Como no Mas tem encontrado dificuldades em vendê-los no Brasil. O
mercado nacional as grandes tiragens praticamente deixaram caminho é exportar.
de existir, pela pulverização do varejo e pelas cada vez mais
freqüentes mudanças visuais das embalagens, muitas empre- Apesar da pressão por custos, o crescimento da flexografia
sas têm optado por máquinas mais simples. no mercado brasileiro de embalagens tem sido constante...
Uma das razões para isso está nas empresas de banda estrei-
Esse tipo de opção não teria, em contrapartida, reflexos na ta. A cada dia surgem novas gráficas para atuar com esse tipo
qualidade de impressão das embalagens? de impressão flexográfica. Ao mesmo tempo, também se
De certa maneira sim. No Brasil ocorre um fenômeno curio- multiplicam no Brasil os fabricantes de máquinas de banda
so: em vez de brigar por boa qualidade, muitas empresas estreita, que até pouco tempo atrás praticamente não exis-
optam por produzir embalagens de qualidade inferior. Isso tiam. Mas não há dúvidas de que, em breve, esse mercado
fica muito claro na área de tintas para impressão flexográfi- também estará saturado. Por outro lado, é preciso lembrar
12 >>> EmbalagemMarca >>> setembro 2004
entrevista >>> Assis Kavaguchi
que na última década a flexografia foi certamente a área que gens a flexografia continua sendo mais vantajosa. Diante de
mais se desenvolveu no mundo em termos de qualidade de tiragens decrescentes, como ocorre no Brasil, a tendência é a
impressão. Lançando mão de uma alegoria, pode-se dizer rotogravura cair cada vez mais, em benefício da flexografia.
que há dez anos estávamos na Idade Média, e hoje vivemos
num mercado complexo e moderno. Além da evolução dos Além dos custos, uma das supostas vantagens da flexografia
equipamentos em si, outros elos da cadeia flexográfica con- é a rapidez dos set-ups. Em que medida a questão dos ajus-
tribuíram para a modernização do setor, com destaque para as tes de máquina tem contado pontos a favor do sistema?
áreas de substratos e tintas. Em Ocorre que a flexibilidade dos equi-
eventos internacionais, embalagens “A flexo não cresceu pamentos influi na produtividade
impressas em flexografia são colo- das empresas. Há impressoras flexo-
cadas ao lado de outras, impressas mais no Brasil porque gráficas em que é possível fazer uma
em rotogravura e off-set, e poucos troca em minutos, ao passo que pro-
especialistas conseguem identificar cessos semelhantes na rotogravura
diferenças. Além da evolução em
não conseguiu manter podem demorar até quatro horas.
termos de qualidade, a flexografia é Por outro lado, os clichês de fotopo-
um sistema que, dependendo das ti- uma constância de límero podem ter preço maior do
ragens, apresenta o menor custo de que a gravação de cilindros da roto-
impressão no mercado de emba- qualidade. Quando o gravura. Enfim, há prós e contras.
lagem hoje. Seu custo operacional Mas sem dúvida a flexografia é o
também é muito menor que o de ou- mercado for receptivo a sistema que tem sido beneficiado
tras tecnologias, porque as perdas do pelo maior número de inovações
processo são mínimas. tecnológicas. O desenvolvimento da
processos mais sofistica- área de pré-impressão para flexogra-
Quais os segmentos do mercado de fia tem sido fantástico. Hoje é possí-
embalagens em que o emprego da dos, conquistaremos vel evitar erros de impressão que an-
flexografia tem crescido com mais tes eram comuns. As chapas, os ani-
velocidade? muito mais participação lox, quase tudo melhorou.
As áreas de embalagens flexíveis e
de rótulos são sem dúvida muito im- no mercado de No ano passado foi anunciado que o
portantes para nós, mas eu gostaria mercado de rotogravura seria
de destacar o mercado de embala-
gens de papelão ondulado. É um
embalagens flexíveis” abrangido pela Abflexo. Essa idéia
se consolidou?
setor em que se notam excelentes oportunidades para a flexo- Quando a Abflexo foi fundada, a rotogravura fazia parte da
grafia, porque, entre outros aspectos, o Brasil tem se esforça- sua área de representação. Mas, com o passar dos anos, isso
do para melhorar a qualidade das embalagens de papelão usa- foi deixado de lado. Tentamos no ano passado retomar essa
das no mercado de hortifrutigranjeiros, que historicamente ligação. Lamentavelmente, porém, houve um movimento
enfrenta enormes perdas em virtude de acondicionamentos contrário por parte de alguns associados. É uma lástima, pois
deficientes. Mas felizmente as empresas dessa área já perce- hoje não há no Brasil associações nem palestras técnicas de-
beram que é importante investir em embalagem, não só para dicadas à rotogravura.
diminuir o desperdício, como também para aumentar as ex-
portações. A caixa de papelão ondulado já não é algo que ser- Que tipo de balanço o senhor faz por ocasião dos recém-
ve apenas para o transporte de produtos. Hoje as empresas completados quinze anos da entidade?
usuárias desse tipo de embalagem querem cromias e sistemas O mercado de flexografia tem grande carência de profissio-
de impressão mais aprimorados, buscando projeção no mer- nais especializados. Um dos nossos objetivos é lutar pela
cado internacional. A flexografia é praticamente o único sis- capacitação e aprimoramento de impressores, para melhorar
tema de impressão usado em embalagens de papelão ondula- ainda mais a qualidade da flexografia. Muitas empresas têm
do hoje. O mesmo não ocorre no setor de rótulos. profissionais que não tiveram nenhum tipo de treinamento
teórico. Precisamos contar com os convertedores para capa-
Como anda a competição entre a flexografia e a rotogravu- citar essas pessoas. Se isso ocorrer, e os equipamentos e pe-
ra no mercado de embalagens? riféricos de flexografia continuarem a evoluir, teremos con-
Eu diria que a flexografia está ganhando. Isso se explica pelo dições de deixar de competir apenas com a rotogravura, para
custo unitário da impressão. Quando se tem grandes tiragens, passar a brigar também com o off-set. Para isso é preciso pro-
a rotogravura é mais barata. Mas em médias e pequenas tira- mover uma convergência maior entre nossos associados.
14 >>> EmbalagemMarca >>> junho 2004
estratégia >>> refrigerantes
Segmentação à toda
AmBev e Coca-Cola apostam em diversificação de marcas de bebidas gaseificadas
parentemente menos preocupadas No que pese essa característica, a nova
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A com as chamadas marcas regionais,
as líderes do mercado brasileiro
de refrigerantes deixaram de pri-
vilegiar medidas recorrentes no auge do
marca não está posicionada na categoria de
energéticos. Menos ainda na de isotôni-
cos. Trata-se na verdade de uma bebida
gasosa industrializada e com sabor ado-
processo de “tubainização” do setor, cicado – isto é, um autêntico refrige-
como diminuição de margens e distri- rante. Por sinal, uma medida de sua
buição mais pulverizada, e se voltam importância nos planos futuros da
cada vez mais para a diversificação de AmBev está no fato de que o Guaraná
seus portfólios. Essa é uma das possí- Zon é apenas a terceira versão do Gua-
veis leituras de dois recentes lançamen- raná Antarctica desde seu lançamento,
tos feitos pelas gigantes AmBev e Coca- em 1921, e a primeira desde a fusão
Cola, que respondem por quase 70% entre a Antarctica e a Brahma, em
dos mais de 11,5 milhões de litros de re- 1999. A segunda versão do produto foi
frigerantes produzidos por ano no Brasil o Guaraná Antarctica Diet, que chegou
(ver quadro). ao mercado em 1989 e hoje responde
No primeiro caso, a dona das mar- por mais de 30% das vendas da marca.
cas Antarctica e Brahma anunciou um
produto que vem sendo considerado sua Fase de avaliação
maior aposta na categoria de refrigeran- A estratégia de distribuição revela, en-
tes desde o lançamento da Pepsi Twist, tretanto, que o Guaraná Zon deverá en-
em 2002. Com o nome de Guaraná An- frentar razoável período de testes antes
tarctica Zon, numa alusão à Amazônia, de se consolidar no portfólio da Am-
a nova bebida é uma versão energética Bev. Por enquanto, o lançamento só
do segundo refrigerante mais consumi- está sendo vendido nos mercados pau-
do no país depois da Coca-Cola. Em ou- lista, fluminense e mineiro, e não há pre-
tras palavras, o Guaraná Zon possui concen- VIGOR – Guaraná
visão de lançamento nacional. Na parte das
trações maiores de guaranina – substância res- Antarctica Zon tem doses embalagens, um outro indício de que o produ-
ponsável pelas propriedades revigorantes do maiores de guaranina, to está sendo submetido a uma fase de avalia-
substância energética do
fruto guaraná – do que o tradicional Guaraná ção de mercado: inicialmente, o Guaraná Zon
fruto guaraná
Antarctica. será distribuído apenas em latas de alumínio de
350ml, fornecidas pela Crown Embalagens,
Mercado brasileiro de refrigerantes com layout da agência Narita Design.
Participação por marca* – em % Neste último aspecto, a identidade visual
do novo guaraná se destaca pelo uso de cores
Coca-Cola..............................................................34,4 vibrantes e grafismos modernos. A idéia, diz
Guaraná Antarctica..................................................8,4 Mario Narita, diretor da agência responsável
Pepsi ......................................................................6,1 pelo projeto, é atrair jovens e adolescentes, que
Fanta .....................................................................5,9 compõem o público-alvo do Guaraná Zon.
Guaraná Kuat ..........................................................2,9 Pensando nesse mesmo perfil de consumidor, a
Outros..................................................................42,3 Coca-Cola anunciou, quase que simultanea-
* FONTE: ACNIELSEN/AMBEV
18
CONGRAF
19
reportagem de capa >>> plásticos
Soluções mais am
Tecnologias para a rápida degradação de plásticos m
Por Guilherme Kamio
Y
DO
GO
RÉ cenário atual da indústria de plás-
O
D
– AN
IO
AG ticos, como ela própria alega, está
UD
ST longe de ser entusiástico. Em que
pesem os recentes sinais de aque-
cimento da atividade econômica, ela enfrenta
ociosidade média de 25% de sua capacidade
instalada, e os transformadores se vêem
numa queda-de-braço sobre repasse de
preços com a clientela. Um nicho, porém, tem
conseguido manter-se em certo nível imune
aos problemas do setor: o das embalagens
plásticas de rápida degradação, obtidas a par-
tir da mistura de um aditivo aos seus proces-
sos triviais de fabricação.
Desde a sua estréia em ações de
vulto no país, no fim de 2003, na
forma de sacolas de duas gigantes
nacionais do setor de cosméticos e perfu-
maria, a Natura e O Boticário, tais
embalagens, capazes de sumir do am-
biente em questão de meses em vez
dos decênios inerentes às suas versões
comuns, tornaram-se objeto de uma grande
corrida de desenvolvimentos no Brasil – e de
uma corrida em que preços maiores, pelo plus
do aditivo, não vem sendo entrave.
Num viés, esse quadro pode levar a uma
constatação negativa: a de que essas embala-
gens diferenciadas estão em alta por-
que o país enfrenta sérios problemas
com o descarte das versões corriquei-
ras. É verdade. O momento, no entanto, me-
rece também ser analisado por outra embo-
cadura – essa, inegavelmente positiva. “A
escalada dessas embalagens, capitaneada
ESTRÉIA – Sacolas
atualmente pelo empresariado, tende a fazer
de rápida
degradação estão com que, num passo adiante, a consciência
chegando aos ambiental de fato cresça entre os consumi-
supermercados dores”, sinaliza Maurício Groke, diretor co-
através da rede
Pão de Açúcar mercial da Antilhas, a provedora das sacolas
utilizadas no ano passado pelo O Boticário.
“Haverá, então, a esperada maior exigência
da ponta da cadeia por soluções ambiental-
mente mais corretas.”
DIVULGAÇÃO
programado em sua fase de fabricação (veja o
infográfico).
A Symphony é representada com exclusi-
vidade no território nacional pela RES Brasil,
situada em Valinhos (SP). No fim do ano pas- FRANGALHOS – de Campinas (SP) para produzir localmente
Diagrama mostra
sado, a empresa contava com quatro conver- a evolução da os aditivos com tecnologia da Symphony. As
tedoras licenciadas para o trabalho com seu decomposição acelerada obras, diz Van Roost, deverão consumir 3 mi-
aditivo, chamado EMC. “Atualmente, já tra- da embalagem lhões de reais e começarão em fevereiro. Es-
balhamos com um universo de quase cin- pera-se que a planta comece operando com
qüenta transformadoras de plásticos, entre as capacidade total, produzindo 100 toneladas
já aptas a fornecer e aquelas em fases de tes- mensais de aditivos. Além da substituição de
tes ou de certificação de seus produtos”, afir- importações, 60 toneladas serão exportadas
ma Eduardo Van Roost, diretor superinten- para países asiáticos, africanos e vizinhos sul-
dente da RES Brasil. Além dos já citados, americanos. “As matérias-primas para a fabri-
outros nomes de peso em fabricação de emba- cação dos aditivos são derivadas do petróleo e
lagens aderiram a parcerias com a empresa disponíveis no mercado nacional”, esclarece o
nos últimos meses. Exemplos são a Diadema, diretor da RES Brasil. “O Brasil é uma praça
a Zaraplast, e a Incoplast. Em 2003, a empre- muito promissora para as tecnologias que ace-
sa comercializou 4 toneladas de aditivos no leram a degradação de plásticos”, disse a
país. Para este ano, a expectativa é de que as EMBALAGEMMARCA o inglês Michael Laurier,
vendas atinjam 24 toneladas. Mais à frente, CEO da Symphony. No fim de agosto, ele es-
em 2005, a RES crê num salto para 40 tone- teve em São Paulo, onde comandou uma pa-
ladas. lestra sobre seus produtos para empresários e
Esse volume, aliás, está em projetos para executivos na sede da ABIEF (Associação
serem fabricados por aqui já no próximo Brasileira da Indústria de Embalagens Plásti-
exercício. A RES abrirá uma fábrica na região cas Flexíveis).
Os plásticos são forma- Misturado aos plásticos Com suas ligações atômi- Os átomos livres de car-
dos por cadeias molecula- em sua fabricação, um cas fragilizadas, os plásti- bono e hidrogênio entram
ILUSTRAÇÕES: MÁRCIO TOMYA – FONTE: ANTILHAS
res compostas por áto- aditivo, que não altera as cos aos poucos se de- em contato com o oxigê-
mos de carbono e hidro- propriedades finais do compõem em fragmentos nio presente no ambiente
gênio fortemente ligados produto, faz com que fa- facilmente digeríveis por e formam novas molécu-
entre si, difíceis de serem tores como luz solar, umi- microorganismos (fungos las de água e dióxido de
digeridos por microorga- dade, temperaturas aci- e bactérias). Eles que- carbono, ou seja, aquilo
nismos e que custam a ma de 30ºC e stress do bram as ligações entre que exalamos na respira-
degradar sob condições material (fricção excessi- os átomos de carbono e ção. Assim, o plástico
normais – isso pode levar va) fragilizem as ligações hidrogênio, liberando-os “some” sem deixar sub-
até 100 anos entre os átomos no ambiente produtos nocivos
Carteira engordada
Entre os fregueses conquistados desde o fim
de 2003 estão, entre outros, nomes como os
laboratórios Aché, a rede de lojas de brinque-
dos Laura e a Petrobrás. Até o Governo do
Estado de Pernambuco entrou em sua cartei-
ra: ele distribui saquinhos de degradabilidade
acelerada para os visitantes da ilha de Fernan-
do de Noronha recolherem seu lixo. Outro
cliente vem da agroindústria. É a catarinense
Renar, que está se valendo de embalagens fle-
xíveis de rápida degradação para exportar SORTIMENTO – Em pouco menos de um ano, Nobelplast amealhou clientes para sua
maçãs para a Europa. “As frutas são direcio- divisão Bioplast em diversos segmentos. Um deles foi o Governo de Pernambuco
nadas ao varejo europeu já nessas embala- çamento da Polo Bio, uma linha de filmes de
gens, certificadas para o contato direto com BOPP de rápida degradação. Sua acolhida
alimentos”, explica Beni Adler, diretor execu- junto às indústrias nacionais pôde ser sentida
tivo da Nobelplast. rapidamente, conforme Eduardo Franco Bata-
Outro resultado do trabalho de prospecção gini, supervisor de desenvolvimento de mer-
da RES Brasil no mercado nacional se mate- cado da Polo, contou à EMBALAGEMMARCA.
rializou por meio da Polo, grande fabricante REMESSAS – Maçãs da Quase instantaneamente ao anúncio de seu
de filmes de polipropileno bi-orientado Renar estão ganhando desenvolvimento, diversas empresas sinaliza-
mercados internacionais
(BOPP). Ela divulgou em junho, durante a com embalagens de
ram receptividade ao produto. Entre eles, fa-
feira de negócios Fispal, em São Paulo, o lan- degradação acelerada bricantes de cigarros, dispostos a implemen-
tá-lo nos envoltórios de suas carteiras de ci-
garro, aplicação em que o filme de BOPP
goza de mercado cativo. “É uma vontade do
setor de diminuir o impacto ambiental de suas
embalagens”, disse Batagini.
PARA FÁRMACOS –
Apotek lançou linha de
frascos de rápida
degradação para cápsu-
las de medicamentos
com aditivo da Willow
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Um viva às diferentes
Mercado nacional recebe ifícil saber em que medida o fenô-
D crescentes lançamentos
meno pegou carona na onda do
“experimenta”, deflagrada pela re-
cente campanha publicitária de
uma marca do produto, mas o brasileiro vem
de cervejas especiais, abrindo a cabeça e o bolso para consumir ou-
tros tipos de cerveja que não o pilsen, respon-
com sabores, métodos sável por quase 99% da produção cervejeira na-
cional. Embora faltem índices de mercado para
produtivos, preços balizar esse corolário, é lógico crer que os fa-
bricantes locais não estejam lançando cada vez
mais tipos diferentes de cervejas – com sabores
e visuais distintos das e métodos de produção comuns em outros país-
es, porém pouco populares por aqui (veja qua-
hegemônicas pilsen dro abaixo) – a esmo.
Trata-se de um movimento capitaneado por
Por Maria Luisa Neves dois extremos. De um lado, pelas grandes cer-
vejarias, que encontraram nessas cervejas espe-
ciais, vendidas sob apelo premium, formas de
recuperar margens fora da guerra de preços das
pilsen (como já observado em EMBALAGEM-
MARCA nº 53, janeiro de 2004). De outro, pelas
microcervejarias, um negócio em alta no país.
Segundo o presidente da Associação Brasileira
de Microcervejarias (ABMIC) e proprietário da
Cervejaria Colorado, Marcelo Carneiro da Ro-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
TIPOS DE CERVEJA
Cerveja Origem Coloração Teor alcoólico Fermentação
Pilsen República Checa Clara Médio Baixa
Dortmunder Alemanha Clara Médio Baixa
Stout Inglaterra Escura Alto Geralmente Baixa
Porter Inglaterra Escura Alto Alta e Baixa
Weissbier Alemanha Clara Médio Alta
FONTE: SINDICERV
Em garrafa e em lata
Atualmente, o segmento de cervejas sem ál-
cool, que representa 0,75% do mercado cerve-
jeiro do país, se divide entre a Kronenbier, da
própria AmBev, e a Nova Schin Sem Álcool,
da Schincariol. Essas marcas são comercializa-
das majoritariamente nas região Sudeste e Sul,
que consomem cerca de 88% da produção to-
tal do país. A Liber será vendida inicialmente
nas mesma áreas, em latas de alumínio de
Noite de prêmios
Divulgados os vencedores do Prêmio Abre de Design & Embalagem 2004
um jantar que reuniu importante parcela da que, Estudante e Embalagem do Futuro, o Prêmio laureou
Higiene e Limpeza
MÓDULO DESIGN Lata Omo Cores
Bebida Alcoólica Vencedor: Metalgráfica
Garrafa Bohemia Weiss Itaquá
Vencedor: Saint-Gobain Vidros Design: Romero Brito
Design: Saint-Gobain Vidros
Convertedor: Metalgráfica
Convertedor: Saint-Gobain Vidros
Itaquá
Usuário: AmBev
Usuário: Unilever
Alimentos Salgados
Linha de Pães Dr. Oetker
Vencedor: Segmento
Design: Segmento
Convertedor: Brasilgráfica
Usuário: Dr. Oetker
Cosméticos, Cuidados
Pessoais, Saúde e Farmacêutico
Embalagem do Perfume do Brasil
de Natura Ekos Redesign
Vencedor: Natura Cosméticos Nestlé Iogurte para Beber Molico
Design: Natura Cosméticos Vencedor: Sleever International
Convertedores: Pochet, Cerâmica Design: Future Brand
Teixeira e Embalagens Greco Prete Convertedor: Logoplaste do Brasil
Usuário: Natura Cosméticos Usuário: Nestlé
Bricolagem
Embalagens para
Misturadores
de Cozinha Deca
Vencedor: Deca
Design: Deca
Convertedores: Gráfica
São Januário e
Fenicce Embalagens
Usuário: Deca
Marcas Próprias
Linha de Embalagens
Pão de Açúcar
Vencedor: Grupo Pão
de Açúcar
Design: Esboço Design
Usuário: Grupo Pão
de Açúcar
Miscelânea
Da literatura ao prazer,
agora em cigarrilhas.
Vencedor: Menendez
Amerino & Cia.
Design: Multi
Participações
Convertedor: Tapon
Corona
Usuário: Menendez
Amerino & Cia.
MÓDULO MÓDULO
ESTUDANTE EMBALAGEM DO
Embalagem Laminada de
Sachê para Condimentos
FUTURO
Vencedores: Stéfannie
Ferreira e Flávio Vasconcelos
Instant
Water 2020
Vencedor:
Frederico
Hernandez
MÓDULO EMBALAGEM DE DESTAQUE
Alimentos Bebidas
Linha de Embalagens Garrafa Bohemia Weiss
para Frango Assado Vencedor: Saint-Gobain
Vencedor: Grupo Pão de Açúcar Vidros
Design: Esboço Design Design: Saint-Gobain Vidros
Convertedores: Reyco e Finepack Convertedor: Saint-Gobain
Usuário: Grupo Pão de Açúcar Vidros
Usuário: AmBev Cosméticos, Cuidados Pessoais,
Saúde e Farmacêutico
Intimus Days Micro
Vencedor: Kimberly-Clark
Design: Kimberly-Clark
Convertedores: C&D, IndPack e
WJA do Brasil
Usuário: Kimberly-Clark
Higiene e Limpeza
Detergente em Pó em Lata de Aço
Miscelânea
Vencedor: Grupo Pão de Açúcar
Pro Plan Biscuits
Design: Packing Design
Vencedor: Ápice Artes Gráficas
Convertedores: Brasilata e CSN
Design: Ápice Artes Gráficas
Usuário: Grupo Pão de Açúcar
Convertedor: Ápice Artes Gráficas
Usuário: Nestlé
Inovação Tecnológica
Lata Expandida
Galão 3,6 litros
Vencedor: Aro S/A
Design: M. Guarda
Convertedor: Aro S/A
Usuário: Tintas Coral
Embalagem
Promocional Design Industrial
Lata Expandida Queijitos Detergente em Pó Extra
Vencedor: CBL Vencedor: Grupo Pão
Design: Packing Design de Açúcar
Convertedor: CBL Design: Packing Design
Usuário: CBL Convertedores: Brasilata
e CSN
Embalagem Usuário: Grupo Pão de Açúcar
para Exportação
Tampa Child Proof Voto Popular
Vencedor: Védat CATEGORIAS ESPECIAIS Bombons Especiais
Tampas Herméticas Ecodesign Dia das Mães
Design: Védat Copimax Vencedor: Ibratec
Tampas Herméticas Vencedor: Müller Camacho Artes Gráficas
Convertedor: Védat Design: Müller Camacho Design: Nestlé
Tampas Herméticas Convertedores: PPPayne Convertedor: Ibratec
Usuário: Kral Farmaceutica e Finepack Artes Gráficas
Usuário: VCP Usuário: Nestlé
Empresa do Ano
Grupo Pão de Açúcar
Chance perdida
Poucas embalagens se inscreveram no importante iF Award
pesar de apresentar em muitos casos excelente em agosto último, apenas cin-
Tradição em xeque
Tampas alternativas ameaçam reinado da rolha natural no mercado vinícola
ada vez mais global, com varieda-
DIVULGAÇÃO
des de boa qualidade se multipli-
cando muito além dos limites da
área do Mediterrâneo, o mercado
vinícola tem à disposição um número cres-
cente de alternativas na área de sistemas de
fechamento. Feitas de diferentes materiais, as
novas tampas de vinhos são lançadas não ape-
nas com a missão de substituir a prosaica ro-
lha de cortiça, como também de aposentar o
tradicional saca-rolhas.
É o caso da Vino-Lok, tampa de vidro do-
tada de vedante plástico e membrana decora-
tiva de alumínio no topo, que foi desenvolvi-
da pela subsidiária alemã da multinacional AVALIAÇÃO – Feita pela unidade alemã da Alcoa, a tampa Vino-Lok está sendo
testada por vinícolas européias, e poderá ser distribuída no Brasil ainda este ano
americana Alcoa. Especializada em fecha-
mentos metálicos e plásticos, a empresa sur- Em contrapartida, por ser feita de vidro,
preendeu parte do mercado de bebidas ao essa nova tampa da Alcoa não apresenta, da
anunciar o desenvolvimento dessa nova mesma maneira que a maioria dos fechamen-
alternativa às rolhas de cortiça, que dispensa tos produzidos com materiais alternativos à
Alcoa
o uso de qualquer tipo de utensílio para sua www.alcoa.com.br cortiça, uma característica extremamente im-
abertura. Apresentada na edição de 2003 da 0800 159888 portante quando se pensa em marcas destina-
feira de vinhos ProWein, realizada em Düs- das a paladares mais sofisticados: porosida-
Amorim
seldorf, a Vino-Lok já está sendo testada por www.amorim.com de. A vedação total impede a entrada de do-
diferentes vinícolas no mercado europeu. +351 (22) 747-5434 ses mínimas de oxigênio nas garrafas, difi-
Embora a solução ainda não esteja dispo- cultando o processo de envelhecimento de-
Gardner Technologies
nível no Brasil, Rodolfo Haenni, analista co- www.gardnertech.com fendido por consumidores e vinicultores
mercial da Alcoa, informa que isso poderá +001 (707) 226-2400 mais exigentes, e fortalecendo a teoria de que
acontecer até o final do ano. Ele adianta que as rolhas naturais são “insubstituíveis”.
Pasp
até outubro próximo um representante da Al- www.pasp.com.br
coa alemã deverá apresentar todas as caracte- (11) 3743-5546 Tratamento antifúngico
rísticas técnicas do produto. Haenni acres- Sabaté
Isso não significa, entretanto, que a indústria
centa que no Brasil a empresa está negocian- www.sabate.com vinícola mais ortodoxa será eternamente
do o fornecimento de uma de suas tampas de ameaçada por problemas relacionados a
Supreme Corq
alumínio – a Talog, que possui vedante plás- www.supremecorq.com substâncias que atacam a cortiça. Na verda-
tico e é usada no mercado de águas minerais +001 (253) 395-8712 de, tradicionais fabricantes de rolhas naturais
premium – a um fabricante de frisantes.
Como as demais alternativas às rolhas de
cortiça, a Vino-Lok apresenta entre suas prin-
cipais vantagens a garantia de ser feita de
material inerte, não suscetível a contamina-
ções. É um detalhe importante, a se conside-
rar a estimativa de que cerca de 10 bilhões de
dólares são perdidos anualmente pela conta-
minação de vinhos com substâncias provin- IMPORTADA – Também da Alcoa, tampa Talog, feita de
das de rolhas de cortiça. alumínio, poderá ser usada no mercado de frisantes
P complementos de embalagem de
que se tem notícia, a rolha de corti-
ça, que já era usada pelos antigos
gregos para tampar ânforas com azeite, vinho e
água, continua sendo vista por connaisseurs do
mundo vinícola como um acessório de vedação
insubstituível.
Acredita-se que elas se tornaram o sistema
de fechamento padrão dos vinhos a partir do sé-
culo XVII, e até hoje não surgiu nada mais
avançado nem mais eficaz para preservar a be- INSUBSTITUÍVEIS –
Produzidas com a casca
bida em garrafas. Mais do que a tradição, três
do sobreiro, rolhas
características ajudam a entender essa consagra- naturais permitem que
ção. Em poucas palavras, a rolha de cortiça, que os vinhos respirem, e
é obtida a partir da casca grossa e mole do so- “alcancem a plenitude”
Caixas de novidades
Bag-in-box e caixinha longa
vida aumentam participação
no mercado de vinhos como
soluções aos desafios de
popularizar a bebida e de
aumentar suas exportações
Por Guilherme Kamio
Modularidade
Apostando no potencial de crescimento desse
mercado, a Bielomatik resolveu investir, em
1999, no desenvolvimento de equipamentos
MODULAR – A série T-100
é totalmente modular, e
para aplicação e gravação do transponder (a
pode ser customizada e antena e o chip do smart label gravado sob
ampliada conforme a um substrato, normalmente de PET) em rótu-
necessidade do cliente.
los, etiquetas, embalagens flexíveis e semi-rí-
Na foto da esquerda,
equipamento com nove gidas. Desde então, tornou-se a maior forne-
blocos. Abaixo, máquina cedora mundial desse tipo de equipamento,
com dezoito da série T-100, cujo aspecto mais notável é a
modularidade, característica que permite cus-
tomizações e expansões posteriores.
Nos números da Bielomatik, cerca de
60% das máquinas desse tipo em todo o
mundo têm a sua marca. “Se falarmos em nú-
mero de transponders aplicados, chegamos a
85%, pois nossas máquinas são as mais rápi-
das do mercado, já que podem funcionar bo-
bina a bobina”, afirma Rexer.
Usando o exemplo de rótulos auto-adesi-
vos como ilustração, o funcionamento das má-
quinas – que não são colocadas em linha – se-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Crescimento esperado
Tendo como força motriz a exigência que o
Wal-Mart está fazendo aos seus principais
fornecedores para que passem a adotar o
RFID a partir de janeiro de 2005, inicialmen-
te em seus paletes e embalagens de despacho,
os smart labels, ou rótulos inteligentes, que
eventualmente substituirão os hoje onipresen-
tes códigos de barra, chegaram para ficar.
“Ainda há barreiras a serem superadas,
como o elevado custo dos tags, mas o fato é
que a força do varejo é muito grande, e o
RFID inevitavelmente se tornará padrão”, diz
Rexer. “Num primeiro momento, a indústria
terá de absorver esse custo adicional, mas ela
também pode se beneficiar se usar as infor-
mações da RFID em seu favor.”
Vale lembrar que um dos fatores que
podem contribuir para a queda nos preços dos
tags é o ganho de escala. Mas, para que se
ganhe escala, é necessário que o preço caia.
Nesse dilema do tipo “o ovo ou a galinha”, o
varejo parece estar dando um empurrãozinho.
Para aqueles que ainda acham que o RFID
é uma realidade distante, não custa lembrar
que, há alguns anos, o Wal-Mart “incentiva-
va” seus fornecedores a adotar códigos de
barra em suas embalagens. Hoje, seus princi-
pais provedores estão enquadrados nessa nor-
ma de fornecimento. No Brasil, sabe-se que
há redes que estudam exigir de seus suprido-
res de mercadorias a adoção de etiquetas inte-
ligentes. É sintomático também lembrar que,
nos mais diversos eventos em que o tema é
esse, é crescente a presença de representantes
das maiores bandeiras do varejo do país.
Mais flexibilidade Um jeito ameno na
O mercado de bisnagas plásticas, relação de negócios
cujo potencial foi retratado por
Na profusão de eventos técnicos
EMBALAGEMMARCA há mais de um
que toma crescentes parcelas de
ano (edição 47, julho de 2003) é o
tempo de empresários e funcioná-
principal foco da Avery Dennison
rios das empresas, a ABIEA – Asso-
para o seu laminado para auto-ade-
ciação Brasileira das Indústrias de
sivos Fasson FlexFilm, agora dispo-
Etiquetas Adesivas buscou um cami-
nível no Brasil.
nho diferente para estreitar o relacio-
Também conhecido como “squeeza-
namento entre os elos da cadeia
ble”, esse novo filme aposta no seu
produtiva desse segmento: um en-
nível de transparência e na resistên- à indústria usuária a compra de lotes
contro bienal de fornecedores,
cia à tração no sentido longitudinal de embalagens standard, sem deco-
prestadores de serviços e converte-
para ganhar espaço na decoração ração. A diversificação da linha seria
dores, no qual o traço principal é a
de bisnagas. Composto por uma pe- feita com o rótulo, reduzindo o custo
amenidade. Assim, de 19 a 21 de
lícula de poliolefina transparente de com estoques de diferentes embala-
agosto último, a entidade promoveu,
50 micra com top coating e com o gens e dando maior flexibilidade à
no Hotel Sofitel da Costa do Sauípe
adesivo Fasson S0250, o FlexFilm produção.
(BA), o 9º Encontro Nacional de
adere em diferentes substratos, Avery Dennison
Convertedores de Etiquetas Adesi-
como PEAD, PEBD, PP, PVC e PET. (19)3876-7600
vas. Apesar do lazer que o local ofe-
A opção por auto-adesivo permitiria www.averydennison.com.br
rece, a troca de informações carac-
terizou o aspecto profissional do
Um peso pesado na área de auto-adesivos evento, do qual participaram mais de
300 pessoas.
Mais uma evidência de que o mer- 3 milhões de reais, destinados à ade-
Os trabalhos começaram com a pos-
cado de rótulos auto-adesivos está quação de armazéns e à compra de
se da diretoria, que foi reeleita.Tam-
aquecido, devendo continuar a cres- equipamentos. Os filmes e papéis
bém houve palestras do jornalista
cer de forma significativa: o peso serão cortados e acondicionados nas
Alexandre Garcia, dos especialistas
pesado Gafor Distribuidora, do gru- dimensões determinadas no ato da
em recursos humanos e administra-
po Gafor, acaba de entrar na área, compra, em sistema de pronta entre-
ção Alfredo Rocha e Professor Gretz,
para comercializar e fornececer pro- ga, “para minimizar a necessidade
e do presidente da Abigraf – Associa-
dutos da italiana Arconvert, do Gru- de capital de giro dos clientes”.
ção Brasileira da Indústria Gráfica,
po Fedrigoni, líder europeu em pro- O fornecimento “on demand” repre-
Mário César de Camargo. Durante
dução de papéis especiais para ro- senta uma mudança significativa em
os intervalos para café, podia-se visi-
tulagem, segurança e moeda, com relação ao atendimento anterior, feito
tar os stands dos patrocinadores e
faturamento anual de 500 milhões pela subsidiária que a Arconvert
apoiadores, estabelecer contatos e
de euros. mantinha no país e cuja equipe de
trocar informações e cartões de visi-
A novidade foi marcada pela inaugu- vendas foi absorvida pela Gafor. Síl-
ta. Ao final do evento, o presidente
ração, no final de agosto último, de vio Fagundes prevê que a nova ope-
da ABIEA, Umberto Giannobile, pre-
uma grande unidade de distribuição ração elevará o faturamento da distri-
feriu não opinar sobre sua qualidade
em São Paulo. Nela, segundo infor- buidora dos atuais 25 milhões de
e seus resultados, deixando o julga-
ma Sílvio Fagundes, diretor da em- reais para 40 milhões de reais em
mento “a critério dos participantes”.
presa, foram investidos cerca de 2005. A nova atividade se insere na
O 9º Encontro de Convertedores teve
estratégia de expansão e diversifica-
o patrocínio das seguintes fornece-
ção de negócios do grupo Gafor, que
dores: ANI (Akzo Nobel Inks), Avery
atua nos segmenos de logística, ter-
Dennison, Braga Produtos Adesivos,
ceirização de frotas, empreendimen-
Colacril, Etirama, Fasson JAC, Gu-
tos imobiliários, agropecuária e distri-
tenberg, MLC Facas de Precisão,
buição de insumos para a indústria.
Otiam, Ripasa, Rotatek e RR Papéis.
Gafor Distribuidora
E o apoio de Arconvert/Gafor, Com-
(11) 3904-9693
print, GGS, KM Papel, Praxair, Voto-
www.gafor.com.br
rantim e Abflexo/FTA Brasil.
Proteção oculta
uem investe continuamente logia de retículas de segurança que
Q no fortalecimento de suas
marcas sabe os prejuízos que
possibilita ocultar logotipos, textos,
microtextos, assinaturas e imagens
a pirataria pode trazer. Produtos falsi- nos rótulos. Trata-se de um software
ficados hoje são oferecidos até por e- que esconde informações na impres-
mail. E, pior para os donos das marcas são, impedindo que essas sejam vistas
copiadas, as contrafações nem sempre sem o uso de um filme de checagem.
são grosseiras. Num mesmo produto pode-se
Nas artes gráficas, o avanço da combinar até cinco tipos de retícula
tecnologia digital, principalmente na estocástica e seis tipos de retícula con-
gravação de matrizes, melhorou muito vencional (esta pode ter diferentes li-
a qualidade de impressão. Mas a mes- neaturas dentro de uma mesma ima-
ma tecnologia que permite que se gem e/ou produto).
atinjam padrões de excelência impen- O problema para os falsificadores
sáveis num passado recente também é ocorre quando se tenta copiar o origi-
acessível aos contraventores. nal. Quando os fotolitos (ou as chapas,
Pensando em oferecer a seus quando o processo é filmless) são
clientes proteção contra a pirataria, a queimados, as mensagens escondidas
Gráfica RAMI, de Jundiaí (SP), espe- tornam-se visíveis, evidenciando as
cializada na impressão de rótulos, dis- reproduções não autorizadas.
ponibilizou em seu parque uma tecno- RAMI • (11) 4587-1100 • www.ramiprint.com.br
IMAGENS: DIVULGAÇÃO
Pensando nos
“membros da família”
Bayer muda embalagens para atrair mais os donos de animais de estimação
or mais que o público veja por trás
P
ANTES DEPOIS
das embalagens dos produtos uma
empresa como “confiável e com
sólida credibilidade”, ela pode não
obter o melhor rendimento dessa imagem se
for considerada também “relativamente fria e
distante”. Pelo menos foi o que deduziu a Ba-
yer, com base em recentes pesquisas que
mostraram tais resultados em relação à sua
Linha Pequenos Animais. Se isso é grave
quando se trata de gente, pior ainda no caso
de bichos de estimação, considerados como
membros da família por seus donos, como in-
dicou outra pesquisa, encomendada pela divi-
são de produtos veterinários da empresa. ANTES
Ocorre que as mesmas pesquisas suge-
riam que, no mundo de hoje, as pessoas cada
vez mais procuram produtos e empresas que
ofereçam não só credibilidade e responsabili- EQUITIES – Na reformulação
dade, mas também afetividade e relaciona- das embalagens da Linha
mento. Ante tais constatações, a Bayer tratou Pequenos Animais, da Bayer,
DEPOIS as mudanças introduzidas
de utilizar o mais poderoso instrumento de
foram sutis, como pode ser
comunicação direta de que dispunha – ou visto nas comparações das
seja, as embalagens dos produtos – para mos- versões antigas com as atuais
trar sua face mais amigável e chegar mais
perto do consumidor e do médico veterinário.
Assim os frascos, blisters e cartuchos das
linhas Vermicida, Parasiticida, Antipulgas,
Dermatológica e Antibióticos, que permane-
ciam inalterados desde o início dos anos ANTES
1990, foram redesenhados pela Zgraph De-
sign, com modificações sutis, a fim de que a
identidade dos produtos não fosse perdida.
As ilustrações e fotos que vinham estampa-
das nos rótulos de forma relativamente aca- DEPOIS
nhada foram substituídas por fotos novas de
animais domésticos, e a tipologia ficou mais
moderna.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
"
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NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS:
O Grupo Pão de Açúcar tem buscado a todo momento se diferenciar no mercado. Temos uma linha
de trabalho que busca o padrão de excelência em tudo o que nos propomos a fazer, pois temos
como missão exceder as expectativas dos nossos clientes. No caso de embalagens de Marcas Pró-
prias nossa missão é encantar nossos clientes, fazer com se sintam valorizados. Através de nossas
embalagens buscamos fidelizar os nossos consumidores. Ao agregarmos diferencial competitivo
em todos os nossos projetos de Marcas Próprias frente à concorrência (produtos e embalagens),
fortalecemos nossa imagem e incrementamos a lucratividade de cada uma de nossas bandeiras.
Sabemos onde queremos chegar, só estamos no começo da caminhada e há muito o que fazer. Pre-
tendemos fazer das Marcas Próprias da CBD uma referencia mundial em qualidade e inovação, co-
locando o Grupo Pão de Açúcar na vanguarda das melhores redes de varejo. Esse comprometi-
mento e profissionalismo fez com que o Grupo Pão de Açúcar recebesse em 2004 o prêmio de "Em-
presa do Ano - 2004" da ABRE - Associação Brasileira de Embalagem. Foi o reconhecimento à sig-
nificativa contribuição que o Grupo Pão de Açúcar deu ao avanço do mercado de embalagens.
Em conseqüência do novo posicionamento adotado pelo grupo desde maio de 2001, visando e
priorizando a qualidade e a inovação, o segmento de embalagens passou a ser um dos grandes
focos de investimento pela empresa. Hoje as nossas linhas das marcas Mr. Valley, Pão de Açúcar,
Extra, Barateiro/Compre Bem, Sendas e Good Light somam aproximadamente 3.600 produtos dife-
rentes já lançados em nossas lojas.
Acreditamos que inovação e diferenciação são as palavras que ditam as regras para aquelas em-
presas que pretendem se destacar e crescer. Por isso acredito que a revista EmbalagemMarca,
dada sua reconhecida seriedade no setor de embalagens, pode contribuir muito para o crescimen-
to do negócio de Marcas Próprias no Brasil. Consideramos EmbalagemMarca um referencial para
o conhecimento e o desenvolvimento de todo profissional de embalagens.
inovação >>> chás
Apelo instantâneo
Dr. Oetker lança chá em pó e cria novo conceito de embalagem no segmento
Aymoré entra no
mercado de Trio vira cereal matinal
A United Mills, fabricante das barras Banana e Musli e Trio Frutas e Musli.
conveniência de cereais com a marca Trio, está Além dos novos cereais matinais, a
A Aymoré, fabricante de biscoitos, lançando novos produtos no seg- fabricante promoveu a total reformu-
está colocando no mercado o Minuto mento de alimentos funcionais. A em- lação da marca, introduzindo no mer-
Ayrado Aymoré, biscoito salgado em presa acaba de colocar no varejo cado novas embalagens, e ainda,
embalagem de conveniência de 189g, uma linha de cereais matinais batiza- novos sabores das barras de cereais.
com seis pacotinhos individuais. As da com a mesma marca das barras, A mudança da marca Trio foi condu-
embalagens, do tipo flow pack, são incluindo seis sabores – Trio Fiber zida pela a10 Design. As embala-
fornecidas pela Itap Bemis Bran Ameixa, Trio Fiber Bran, Trio gens de papel cartão são impressas
Granola, Trio Chocolate e Musli, Trio pela Gráfica Gonçalves.
Menos lactose
na caixinha
A Batavo amplia sua linha de
produtos especiais com o lan-
çamento do leite Sensy, que
tem 90% menos lactose que o
leite tradicional. A embalagem
é produzida pela Tetra Pak,
com impressão em photopro-
cess. O layout é da Komatsu
Design.
Café Giro em
pet metalizado
O café Giro mudou a embalagem
para aumentar o impacto no ponto-
de-venda e ser percebido como um
produto de melhor qualidade. As
imagens selecionadas procuram
mostrar o sabor do café e a quali-
dade dos grãos.
As embalagens impressas em
rotogravura são de pet metalizado
produzidas pela João F. Camargo,
com layout da Packaging Design.
PP na área de copos... UCB com intenção de sair dos filmes
A Braskem está desenvolvendo um po- A multinacional belga UCB anun- cas (celofanes) e em filmes de poli-
lipropileno para brigar com o poliesti-
ciou ter assinado um acordo para a propileno bi-orientado (BOPP), a di-
reno como matéria-prima de copos
plásticos descartáveis. Esse mercado venda de seus negócios em filmes visão Films da UCB emprega 1 600
consome anualmente cerca de 60 000 para embalagens, por um total de pessoas, tem fábricas localizadas
toneladas de resina. 320 milhões de euros. O comprador no Reino Unido, nos Estados Uni-
...para brigar com PS é um consórcio liderado por Dennis dos, na Austrália e na Bélgica e es-
Para tanto, a Braskem está investindo Matthewman, ex-executivo da área critórios de vendas em vários país-
R$ 30 milhões em P&D e vai adquirir química, e pela Candover Partners. es, inclusive no Brasil.
28 máquinas produtoras de copos, as www.ucb-group.com
Especializada em soluções celulósi-
quais pretende fornecer a transfor-
madores em regime de comodato, em
troca de exclusividade como provedo- Sopro de velas na Sinimplast
ra da resina por cinco anos. Grande fabricante de embalagens recipientes estão nomes como Unile-
plásticas sopradas – a maior da ver, Avon, Johnson & Johnson, Col-
Tilibra na agenda da Rigesa
América Latina, como ela própria res- gate-Palmolive, L’Oréal, Reckitt
Por meio de sua subsidiária brasileira,
a Rigesa Celulose, Papel e Embala- salta –, a Sinimplast está completan- Benckiser, Quaker, Natura, Total Quí-
gens, a americana MeadWestvaco Cor- do vinte anos de atividades. Nascida mica e DM Farmacêutica. Para aten-
poration adquiriu o controle acionário da aquisição da divisão de embala- der à demanda dessas indústrias de
da Tilibra, tradicional marca de cader- gens da indústria de produtos de lim- peso, consome cerca de 28 000 to-
nos e agendas. peza doméstica Orniex, em Diade- neladas de resinas por ano, entre po-
ma, na Grande São Paulo, a compa- lietileno de alta densidade (PEAD),
Maior desova
De acordo com a Associação Brasileira nhia hoje ostenta cinco plantas in- polietileno de baixa densidade
da Indústria de Máquinas e Equipa- dustriais, sendo três no Estado de (PEBD), polipropileno (PP), PVC,
mentos (Abimaq), o faturamento dos São Paulo (a de Diadema, uma em PET e PETG (PET aditivado com gli-
fabricantes de máquinas para plásti- Osasco e outra em Vinhedo, que fun- col). A Sinimplast integra um grupo
cos subiu 55,5% no primeiro semes- ciona in-house na fábrica de produ- empresarial que fatura anualmente
tre, passando de R$ 207 milhões para
tos de higiene pessoal e de cosméti- 2,1 bilhões de reais e cujos negócios
R$ 322 milhões. O motivo é a recupe-
ração econômica. cos da Unilever), uma no Rio de Ja- se estendem aos ramos de transpor-
neiro e outra no Recife. Ao todo, tes, revenda de automóveis e desen-
Relacionamento novo essas unidades abrigam oitenta volvimento de soluções de e-busi-
Lúcio D’Almeida, diretor de Customer máquinas, empregam quase 1 000 ness, através da empresa MasterBiz.
Management da Unilever Bestfoods pessoas e produzem mais de 1 bi- Neste ano, a companhia pretende
do Brasil, é o novo presidente da Asso- lhão de frascos por ano. Em 2003, desembolsar de 6 a 10 milhões de
ciação ECR Brasil pela indústria. Ele
a empresa faturou 200 milhões de reais em mais uma renovação de
substitui Orivaldo Onofre Galasso,
também da Unilever, que ocupava o reais. Para este ano, prevê um seus parques industriais. Para 2005,
cargo desde 1997. Em dezembro, ha- faturamento 10% maior. o plano é de aposta em internaciona-
verá eleição para o cargo. Apta a produzir frascos de até 20 li- lização, com a inauguração de unida-
Focada na fabricação de itens meca- tros, a Sinimplast atende hoje os des na Argentina e no México.
trônicos para a automação do chão de mais variados segmentos industriais. (11) 4061-8300
fábrica, como motores, servo-contro-
Entre os principais usuários de seus www.sinimplast.com.br
ladores e robôs, a subsidiária brasilei-
ra da japonesa Yaskawa está comple-
tando 30 anos no Brasil. Recentemen-
te, a empresa inaugurou um escritório
em Campinas (SP).