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Tobias 13, 2-8a

a The Old Testament in Greek According to the septuagint:Vol. II. (I Cho-


nicles – Tobit). H.B. Swete. Cambridge Univerdity Press. 1887. pp. 842 a
843.
Cântico Tb 13,2-8
Deus castiga e salvab
Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande miseri-
córdia nos fez nascer de novo, para uma esperança viva (1Pd 1,3).
–2 Vós sois grande, Senhor, para sempre, *
e vosso reino se estende nos séculos!
– Porque vós castigais e salvais, *
fazeis descer aos abismos da terra,
– e de lá nos trazeis novamente: *
de vossa mão nada pode escapar.
–3 Vós que sois de Israel, dai-lhe graças *
e por entre as nações celebrai-o!
– O Senhor dispersou-vos na terra *
4
para narrardes sua glória entre os povos,
– e fazê-los saber, para sempre, *
que não há outro Deus além dele.
–5 Castigou-nos por nossos pecados, *
seu amor haverá de salvar-nos.
– Compreendei o que fez para nós, *
dai-lhe graças, com todo o respeito!
6
– Vossas obras celebrem a Deus *
e exaltem o Rei sempiterno!
– Nesta terra do meu cativeiro, *
haverei de honrá-lo e louvá-lo,
– pois mostrou o seu grande poder, *
sua glória à nação pecadora!
– Convertei-vos, enfim, pecadores, *
diante dele vivei na justiça;
– e sabei que, se ele vos ama, *
também vos dará seu perdão!
–7 Eu desejo, de toda a minh’alma *
alegrar-me em Deus, Rei dos céus.
–8 Bendizei o Senhor, seus eleitos, *
fazei festa e alegres louvai-o!

b Ofício Divino: Renovado conforme o decreto do Concílio Vaticano II e Pro-


mulgado pelo Papa Paulo VI; Tradução para o Brasil da segunda Edição Tí-
pica. Liturgia das Horas. Vol I. Tempo do Advento e Tempo do Natal, Vo-
zes, Paulinas, Paulus, Ave-Maria, 1994. p. 648.
Catequese do Papa João Paulo II
Audiência Geral,
(Tobias 13,2-9 – Quarta-feira, 25 de julho de 2001)c
Deus castiga e salva
Caríssimos Irmãos e Irmãs:
1. “De toda a minha alma louvarei o meu Deus, Rei do céu”
(Tb 13,9)d. Quem pronuncia estas palavras, no cântico agora
proclamado, é o velho Tobi, do qual o Antigo Testamento traça
uma breve história edificante, no livro que toma o nome do fi-
lho, Tobias.
Para compreender plenamente o sentido deste hino, é preci-
so considerar as páginas narrativas que o precedem. A história
passa-se entre os israelitas exilados em Nínive. O autor sagrado
olha para eles, escrevendo muitos séculos depois, para os apon-
tar aos irmãos e irmãs de fé, dispersos no meio de um povo es-
trangeiro e tentados a abandonar as tradições de seus pais. O
retrato de Tobi e da sua família é oferecido como um programa
de vida. Ele é o homem que, apesar de tudo, permanece fiel à
lei e, em particular, à prática da esmola. Sobre ele se abate a in-
felicidade com a chegada inesperada da pobreza e da cegueira,
mas não lhe falta a fé. E a resposta de Deus não tarda a chegar,
através do anjo Rafael, que guia o jovem Tobias numa viagem
perigosa, preparando-o para um matrimônio feliz e, enfim, cu-
rando o pai Tobi da cegueira.
A mensagem é clara: quem faz o bem, sobretudo abrindo o
coração à necessidade do próximo, agradará ao Senhor e, ainda
que seja posto à prova, experimentará, por fim, a Sua benevo-
lência.
2. É sobre este fundo que tomam todo o seu realce as pala-
vras do nosso hino. Ele convida a olhar para o alto, para “Deus
que vive eternamente”, para o seu reino que “dura por todos os
c © Copyright 2006 – Libreria Editrice Vaticana; site:
<<http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/audiences/2001/docu-
ments/hf_jp-ii_aud_20010725_po.html>>
d
séculos”. A partir deste olhar voltado para Deus se desenvolve
um breve esboço de teologia da história, em que o Autor sagra-
do procura responder à interrogação que o Povo de Deus, dis-
perso e provado, apresenta a si mesmo: porque é que Deus nos
trata assim? A resposta faz um apelo conjunto à justiça e à mi-
sericórdia divina: “castiga-vos por causa das vossas iniquida-
des, mas a seguir, compadece-se de vós”e (cf v. 5). O castigo
aparece assim como uma espécie de pedagogia divina, onde,
todavia, a última palavra é sempre reservada à misericórdia:
“Ele castiga e compadece-se, conduz ao sepulcro e dele faz
sair; nada existe que escape à sua mão” (v. 2 )f.
Podemos, pois, confiar de modo absoluto em Deus, que nun-
ca abandona a sua criatura. Aliás, as palavras do hino condu-
zem-nos a uma perspectiva, que atribui um significado salvífi-
co à própria situação de sofrimento, fazendo do exílio uma oca-
sião para testemunhar as obras de Deus: “louvai-O, filhos de
Israel, diante dos gentios, porque Ele dispersou-vos no meio
deles, para proclamar a sua grandeza” (vv. 3-4)g.
3. Deste convite a ler o exílio como chave providencial, a
nossa meditação pode alargar-se na consideração do sentido
misteriosamente positivo que assume a condição de sofrimento,
quando é vivida no abandono à vontade de Deus. Algumas pas-
sagens no Antigo Testamento, esboçam já este tema. Basta pen-
sar na história narrada pelo livro do Gênesis, sobre José vendi-

g
do pelos irmãos (cf. Gn 37,2-36)h e destinado a ser, no futuro, o
seu salvador. E como esquecer o livro de Job? Aqui, é verda-
deiramente o homem inocente que sofre e não encontra expli-
cação para o seu drama, senão confiando na grandeza e sabedo-
ria de Deus (cf. Job 42,1-6)i.
Para nós, que lemos cristãmente estas passagens do Antigo
Testamento, o ponto de referência não pode deixar de ser a
Cruz de Cristo, na qual se encontra uma resposta profunda para

h Gn 37,2Segue aqui a história dos descendentes de Jacó. Quando tinha dezessete anos, José apascentava
as ovelhas com os irmãos, como ajudante dos filhos de Bala e Zelfa, mulheres de seu pai. E José falou ao pai
da péssima fama deles. 3Ora, Israel amava mais a José do que a todos os outros filhos, porque lhe tinha nas-
cido na velhice; e por isso mandou fazer para ele uma túnica de mangas compridas. 4Os irmãos, percebendo
que o pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no e já não podiam falar-lhe pacificamente. 5Ora, José
teve um sonho e contou-o aos irmãos, que o ficaram odiando ainda mais. 6Disse-lhes ele: “Escutai o sonho
que tive: 7Estávamos no campo atando feixes de trigo. De repente o meu feixe se levantou e ficou de pé, en-
quanto os vossos o cercaram e se prostraram diante do meu”. 8Os irmãos lhe disseram: “Será que irás mesmo
reinar sobre nós e dominar-nos?” E odiavam-no mais ainda por causa de seus sonhos e de suas palavras. 9Jo-
sé teve ainda outro sonho, que contou aos irmãos. “Tive outro sonho”, disse, “e vi que o sol, a lua e onze es-
trelas se inclinavam diante de mim”. 10Quando contou o sonho ao pai e aos irmãos, o pai o repreendeu, di-
zendo: “Que sonho é esse que sonhaste? Acaso vamos prostrar-nos por terra diante de ti, eu, tua mãe e teus
irmãos?” 11Os irmãos o invejavam, mas o pai guardou o assunto. 12Ora, como os irmãos de José tinham ido
apascentar os rebanhos do pai em Siquém, 13Israel disse a José: “Teus irmãos devem estar com os rebanhos
em Siquém. Vem! Vou enviar-te a eles”. Ele respondeu-lhe: “Aqui estou”. 14Disse-lhe Israel: “Vai ver se teus
irmãos e os rebanhos estão passando bem e traze-me notícias”. Assim o enviou do vale de Hebron, e José
chegou a Siquém. 15Um homem o encontrou vagando pelo campo e perguntou: “Que procuras?” 16Ele res-
pondeu: “Estou procurando meus irmãos. Dize-me, por favor, onde estão apascentando”. 17O homem respon-
deu: “Eles foram embora daqui, pois os ouvi dizer: ‘Vamos para Dotain’”. José foi à procura dos irmãos e
encontrou-os em Dotain. 18Eles, porém, tendo-o o visto de longe, antes que se aproximasse, tramaram a sua
morte. 19Disseram uns aos outros: “Aí vem o sonhador! 20Vamos matá-lo e lançá-lo numa cisterna. Depois di-
remos que um animal feroz o devorou. Assim veremos de que lhe servem os sonhos”. 21Rúben, porém, ou-
vindo isto, tentou livrá-lo de suas mãos e disse: “Não lhe tiremos a vida!” 22E acrescentou: “Não derrameis
sangue. Lançai-o naquela cisterna no deserto, mas não levanteis a mão contra ele”. Dizia isso porque queria
livrá-lo das mãos deles e devolvê-lo ao pai. 23Assim que José se aproximou dos irmãos, estes o despojaram
da túnica, a túnica de mangas compridas que trazia, 24agarraram-no e o lançaram numa cisterna que estava
sem água. 25Depois sentaram-se para comer. Levantando os olhos, avistaram uma caravana de ismaelitas, que
se aproximava, proveniente de Galaad. Os camelos iam carregados de especiarias, bálsamo e resina, que
transportavam para o Egito. 26E Judá disse aos irmãos: “Que proveito teríamos em matar nosso irmão e ocul-
tar o crime? 27É melhor vendê-lo a esses ismaelitas. Não levantemos contra ele nossa mão, pois ele é nosso
irmão, nossa carne”. E os irmãos concordaram. 28Ao passarem os comerciantes madianitas, os irmãos tiraram
José da cisterna e por vinte moedas de prata o venderam aos ismaelitas, que o levaram para o Egito. 29Quan-
do Rúben voltou à cisterna e não encontrou José, rasgou as vestes de dor. 30Voltando para junto dos irmãos
disse: “O menino sumiu! E eu, para onde irei agora?” 31Então os irmãos tomaram a túnica de mangas com-
pridas de José, mataram um cabrito e, embebendo-a de sangue, 32mandaram levar a túnica para o pai, dizen-
do: “Encontramos isso. Examina para ver se é ou não a túnica de teu filho”. 33Jacó reconheceu-a e disse: “É a
túnica de meu filho. Um animal feroz devorou José, estraçalhou-o por inteiro”. 34Jacó rasgou as vestes de
dor, vestiu-se de luto e chorou a morte do filho por muitos dias. 35Todos os filhos e filhas vinham consolá-lo,
mas ele recusava qualquer consolo, dizendo: “Em prantos descerei até meu filho no reino dos mortos”. As-
sim o chorava o pai. 36Entretanto, os madianitas venderam José no Egito a Putifar, ministro do faraó e chefe
da guarda.
i Job 42, 1Job respondeu ao SENHOR e disse: 2 “Sei que podes tudo e que nada te é impossível. 3Quem
é que obscurece assim o desígnio divino, com palavras sem sentido? De facto, eu falei de coisas que não en-
tendia, de maravilhas que superavam o meu saber. 4Eu dizia: 'Escuta-me, deixa-me falar! Vou interrogar-te e
Tu me responderás.' 5Os meus ouvidos tinham ouvido falar de ti, mas agora veem-te os meus próprios olhos.
6
Por isso, retracto-me e faço penitência, cobrindo-me de pó e de cinza.”
o mistério da dor no mundo.
4. Aos pecadores que são julgados pelas suas injustiças (cf.
v. 5), o hino de Tobi dirige um apelo à conversão e abre a pers-
pectiva maravilhosa de uma “recíproca” conversão de Deus e
do homem: “Convertei-vos a Ele, com todo o vosso coração e
com toda a vossa alma, para praticar a verdade na sua presença.
Ele voltar-Se-á para vós e não vos ocultará a Sua face” (v. 6)j. É
muito eloquente este uso da mesma palavra “conversão” para a
criatura e para Deus, embora com significado diverso.
Se o autor do Cântico pensa, porventura, nos benefícios que
acompanham o “regresso” de Deus, ou seja, o seu renovado fa-
vor para com o povo, nós devemos pensar sobretudo, à luz do
mistério de Cristo, no dom que consiste no próprio Deus. O ho-
mem tem necessidade dele, mesmo mais do que dos seus dons.
O pecado é uma tragédia não tanto porque nos atrai os castigos
de Deus, mas porque O repele do nosso coração.
5. Por isso, é para o rosto de Deus considerado como Pai
que o Cântico dirige o nosso olhar, convidando-nos à bênção e
ao louvor: “Ele é o nosso Senhor e o nosso Deus, é o nosso
Pai” (v. 4). Descobre-se que o sentido desta especial “filiação”
que Israel experimenta como dom de aliança e que prepara o
mistério da encarnação do Filho de Deus. Então, em Jesus, res-
plandecerá o rosto do Pai e será revelada a sua misericórdia
sem limites.
Bastaria pensar na parábola do Pai misericordioso narrada
pelo evangelista Lucas. À conversão do filho pródigo não cor-
responde só o perdão do Pai, mas um abraço de infinita ternura,
acompanhado da alegria e da festa: “Ainda estava longe quan-
do o pai o viu e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-
lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos” (Lc 15, 20). As expressões

j
do nosso Cântico estão na linha desta comovente imagem
evangélica. E dela nasce a necessidade de louvar e agradecer a
Deus: “Contemplai, agora, o que fez por nós, rendei-lhe graças
com a vossa boca: bendizei o Senhor da justiça e exaltai o Rei
dos séculos” (v. 7)k.

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