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Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Departamento de Educação Campus XIV


Colegiado de Comunicação Social - Rádio E TV

GLÉCIA CARNEIRO, JACIMAR OLIVEIRA, JUÇARA OLIVEIRA, MAICOM


EMERSON E OSMÉRIA ALMEIDA

Etnografia Portuguesa

Conceição do Coité,
2009
GLÉCIA CARNEIRO, JACIMAR OLIVEIRA, JUÇARA OLIVEIRA, MAICOM
EMERSON E OSMÉRIA ALMEIDA

Etnografia Portuguesa

Trabalho solicitado pelo professor Jorge


Soares, como componente curricular da
disciplina de Antropologia cultural do curso
de Comunicação Social – Rádio e TV.

Conceição do Coité,
2009
Sumário

1. Introdução...............................................................................................................01

2. Origem de Portugal................................................................................................02

3. Cultura portuguesa.................................................................................................04

3.1 Arquitetura............................................................................................................04

3.2 Pintura..................................................................................................................05

3.3. Artesanato...........................................................................................................07

3.4 Gastronomia.........................................................................................................08

3.5 Folclore.................................................................................................................09

3.6. Religião................................................................................................................09

3.7. Literatura.............................................................................................................10

4. Economia...............................................................................................................14

5. As Comunicações...................................................................................................14

6. Influencia portuguesa no Brasil..............................................................................15

7. Considerações Finais............................................................................................17.

8. Referências Bibliográficas......................................................................................19
1. Introdução

Durante os séculos XV e XVI, Portugal foi uma potência mundial econômica,


social e cultural, constituindo-se o primeiro e o mais duradouro império colonial de
amplitude global. É hoje um país desenvolvido, economicamente próspero, social e
politicamente estável e com Índice de Desenvolvimento Humano elevado. Encontra-
se entre os 20 países do mundo com melhor qualidade de vida, apesar de o seu PIB
per capita ser o menor entre os países da Europa Ocidental.
Portugal é um país situado a sudoeste da Europa, abrange uma superfície de
92 391 Km2, fazendo fronteira com a Espanha ao Norte e banhado pelo Oceano
Atlântico a oeste. O território é composto por três unidades territoriais: Portugal
continental, e as regiões autônomas de Açores e Madeira, tendo estas duas últimas,
órgãos de poder próprios, embora subordinados aos órgãos supremos da Nação. A
parte continental divide-se em 18 distritos: Viana do Castelo, Vila Real, Bragança,
Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém,
Portalegre, Lisboa, Setúbal, Évora, Beja e Faro; A Região Autónoma dos Açores é
constituída por nove ilhas que se dividem em três grupos: O Ocidental, o Central e
Oriental. Do grupo Ocidental fazem parte as ilhas Flores e Corvo, do grupo Central
as ilhas Graciosa, S. Jorge, Terceira, Faial e Pico e do grupo Oriental as ilhas de S.
Miguel, Santa Maria e ilhéu das Formigas. Por sua vez, a Região Autónoma da
Madeira é formada pelas ilhas da Madeira Porto Santo, Desertas e Selvagens.
Possui clima temperado marítimo, no Noroeste, e clima mediterrâneo, no Sul. A
capital da República Portuguesa é Lisboa, destacando-se, no entanto, outras
cidades de dimensão significativa como Porto, Coimbra, Setúbal, Aveiro, Braga e
Faro.
Tem uma população aproximada em mais de 10 milhões1 de habitantes
originadas dos povos Celtas, Iberos, Celtiberos e majoritariamente por Lusitanos.A
esperança média de vida é de 78 anos e 93,3 % da população é alfabetizada. Na
religião, estima-se que 90% da população são católicos e os outros 10% são
protestantes, islâmicos, hindus, entre outros. A economia portuguesa tem um
passado predominantemente agrícola, hoje devido ao alto desenvolvimento que o
1
Dados referentes ao Anuário Estatístico de Portugal, divulgado em 2008 pelo Instituto Nacional de
Estatística.
país vem mostrando esse quadro se reverteu atualmente a economia baseia-se nos
serviços e nas indústrias, que juntos são responsáveis por 67,8% do total, contudo a
agricultura ainda tem sua parcela na economia portuguesa, com o cultivo das
oliveiras, dos vinhedos, do trigo, milho, além de frutas de qualidade selecionada.
Não esquecendo que Portugal possui também uma diversidade cultural gigantesca
espalhada por todo o país, destacando-se a literatura, dança, grupos folclóricos,
arquitetura, música, artesanato entre outros.

2. Origem de Portugal

A formação do povo português corresponde ao período entre 20 000 a.C. a 10


000 a.C. na região da Península Ibérica onde foi registrada a chegada dos primeiros
grupos humanos os Cro-Magnon e logo em seguida os Neandertais no Paleolítico
Superior, essas populações constituem a grande base dérmica dos povos europeus,
em particular dos portugueses cuja população se desenvolveu a partir de uma
linhagem genética formada pelo haplogrupo-R1b predominante atualmente em
Portugal e na Espanha.
As estruturas genéticas compõem uma importante fonte de pesquisa para
uma possível reconstrução da historia de um povo, pois as linhas genéticas são
formadas através das migrações de grupos étnicos que se misturam provocando o
surgimento de outras raças, e com os portugueses não foi diferente já que a
formação dessa população sofreu interferências de varias etnias desde seus
primórdios.
Durante o Paleolítico Superior os Neandertais dizimaram os Cro-Magnon
fazendo emergir culturas humanas mais modernas dando inicio ao povoamento que
abrangiu grande parte do território europeu e formando, a partir dos cruzamentos
genéticos e culturais, vários grupos distintos como os mouros, os celtas, os
romanos, os lusitanos, outros menos significativos, mas que também contribuíram
para o processe de formação e evolução do povo português.
Sendo que esse processo de povoamento se deu por várias invasões e
conflitos que se caracterizaram pelas disputas territoriais entre os vários grupos
humanos, provocando uma grande rotatividade de migrações das populações
européias por isso os processos de aculturação e intercambio cultural desse período
foram responsáveis pela grande riqueza da cultura portuguesa.
Durante todo esse processo algumas características são fundamentais para a
compreensão histórica da formação dos portugueses, pois as mudanças ocorridas
na natureza e as transformações do espaço físico acarretaram inúmeras alterações
no comportamento humano dos europeus. Assim são definidos alguns períodos
mais significativos como:
A Idade do Cobre a cerca de 3000 a.C. que trouxe ao território português a
cultura da metalurgia com a qual as civilizações alcançaram um grau maior de
complexidade passando a produzir e comercializar bens metálicos, principalmente
aqueles usados em rituais religiosos, esse período marca também a expansão
cultural e dérmica dos ibéricos pelo território que hoje corresponde a maior parte de
Portugal.
Nesse período chamado também de Calcolítico começaram a aparecer as
primeiras comunidades urbanas com níveis mais complexos de relações sócias, ou
seja, os grupos passaram a conviver em sociedade que se estabeleceram ao sul de
Portugal.
A Idade do Bronze a partir de 1800 a.C. acentuou o crescimento populacional
que se estendeu para o leste do território português incorporando a cultura fenícia
como base para o desenvolvimento do primeiro sistema de escrita de Portugal.
A Idade do Ferro no período de 600 a.C. caracterizou-se pelas migrações de
populações que compõe atualmente os traços étnicos dos portugueses, foi durante
esse período que os Celtas, as civilizações Tartéssicas, os gregos e os romanos
influenciaram diretamente (pela alimentação, habitação...) e indiretamente (pela
religiosidade, pensamentos...) na formação de Portugal.
Destaca-se nessa época a ocupação das civilizações Romanas como a mais
significativa de Portugal, essa ocorreu mais intensamente durante a Guerra civil de
Cezar entre 49 a.C. – 45 a.C. deixando aos portugueses o Latim como o maior
legado, sendo usado como base para a formação da língua portuguesa que se
expandiu extinguindo todas as línguas pré-romanas em todo território português.
Esse período ficou conhecido como romanização, porque alem da língua os
romanos também introduziram o catolicismo, o qual permanece até hoje como
religião oficial e predominante em Portugal, e em mais de 300 paises.
Ao longo dos anos os povos foram formando populações e constituindo reinos
por varias partes do território português, sendo que a primeira vez que o nome de
Portugal aparece é numa carta de doação da Igreja de São Bartolomeu de Campelo
por D. Afonso Henriques em 1129 e dez anos depois nacia oficialmente o Reino de
Portugal com sua primeira dinastia pelo Rei Afonso I de Portugal (D. Afonso
Henriques), logo depois no ano de 1143 foi proclamada e reconhecida a
independência de Portugal.
A partir do seculo XV começaram as expansões marítimas que
proporcionaram a difusão da cultura portuguesa, que ao colonizar novas terras
exploravam suas riquezas e estabelecia novos costumes, como aconteceu com o
Brasil, com as novas práticas de comercialização e a relação com novos povos os
portugueses influenciaram na mudança e a criação de novos aspectos cultturais
nessa nação que estava em formação.
O Brasil então surgiu da miscigenação cultural o que dificulta hoje saber quais
aspectos corresponde a qual povo, mas como inicialmente as aculturações mais
profudas vieram com os portugueses podemos verificar que o que temos de Brasil
hoje é muito do que os portuguses trouxeram e aqui se misturaram.

3. Cultura portuguesa

De acordo com Jorge Dias2, a cultura portuguesa tem as suas raízes na


cultura latina da Roma Antiga com influências celtas. A diferenciação cultural
manifesta-se através dos tipos de habitação, das manifestações religiosas, da
gastronomia, do folclore, da produção artística( arquitetura, pintura, artesanato) e de
uma imensidão de elementos culturais que caracterizam os portugueses.

3.1 Arquitetura

Pode se dizer que Portugal é um pequeno museu arquitetônico e artístico.A


arquitetura portuguesa é influenciada na maioria por outros países da Europa. A
história da arquitectura portuguesa começa ainda na Idade do Bronze quando as
2
Etnólogo português, nascido no Porto. Estudou filosofia germânica na Universidade de Coimbra e
Especializou-se em etnologia na Alemanha, onde fez doutoramento em 1944, com a tese Vilarinho
dos Furnas, Uma Aldeia Comunitária, na Universidade de Munique. Escreveu o livro, trabalhado em
questão, O Essencial Sobre os Elementos Fundamentais da Cultura Portuguesa.
primeiras aldeias começam a surgir de forma minimamente organizada, com casas,
assembleias, balneários e muralhas em seu redor. Nessa época apareceram os
Lusitanos. Foi depois, no séc. III, com a ocupação romana, que as primeiras cidades
começaram a crescer de forma organizada com inúmeros edifícios públicos e
estradas pavimentadas que melhoram as comunicações em certas partes. Após a
queda do Império Romano do Ocidente o panorama artístico ficou quase esquecido.
Apenas no séc. VIII, com a invasão muçulmana a arte voltou a ser praticada de
forma mais organizada e uniforme. Mesquitas e palácios apareceram nas principais
vilas e cidades do país. Contudo no século XII começou a reconquista.
Transformaram-se as mesquitas em igrejas, como se fez com a Mesquita de
Mértola, e de forma progressiva passou-se para o românico com a construção do
Domus Municipalis de Bragança. As grandes igrejas pesadas começaram a povoar o
território até que o gótico, e depois o Manuelino as tranformaram em edifícios mais
esbeltos e decorados.
No séc. XVI, chega de Itália o Renascimento, que começa a racionalizar todas
as formas, e os edifícios ficam mais pragmáticos em detrimento da sua decoração.
De forma natural passa-se para o maneirismo que segue os passos da arquitectura
renascentista. A Igreja de São Vicente de Fora é um dos melhores exemplos desse
tempo. Nesta época, e desde o românico, a principal produção da arquitectura eram
as igrejas, e assim seria até ao rococó.
No barroco, séc. XVIII as igrejas e conventos tornam-se mais luxuosos e
ornamentados, exemplo disso é o Convento de Mafra. No início do séc. XIX vêm
influências de vários países europeus que culminam no neoclassicismo. Poucas
décadas depois aparece, como reacção, o romantismo. A Estação do Rossio ou o
Palácio da Pena são obras românticas. No final desse mesmo século, os
engenheiros tomam contam dos projectos com a arquitectura do ferro. O Elevador
de Santa Justa é exemplo disso. Com o fim da ditadura, e abertura ao meio
internacional, a arquitectura enriqueceu o seu espólio tanto em quantidade como em
qualidade. Na atualidade destacam os arquitectos portugueses Álvaro Siza Vieira,
Eduardo Souto de Moura, Fernando Távora, Gonçalo Byrne, entre outros.

3.2 Pintura
Da mesma forma que as outras artes, a pintura portuguesa surgiu também
seguindo uma linha histórica que acompanha as fases do cotidiano da sociedade em
questão. Segundo alguns historiadores a escassez de relíquias pictóricas em
Portugal anteriores ao século XV levou à formação de uma crença de que neste país
a pintura floresceu somente a partir da Renascença, a qual coincidiu com a fase dos
descobrimentos e do estabelecimento de diversas colônias, as grandes riquezas que
passaram a afluir para a metrópole serviram como poderoso estímulo para a
intensificação do intercâmbio cultural e comercial com o restante da Europa e para
um desenvolvimento acelerado e importante em todas as artes, beneficiando-se
logicamente a pintura desse novo contexto. São muitos os pintores portugueses,
tentaremos aqui apenas fazer um resumido esboço dos principais artistas desse
país.
André Gonçalves, de obra vasta, é um dos melhores representantes do
Barroco Joanino. Foi muito influente, fazendo escola onde se destacou José da
Costa Negreiros. Nuno Gonçalves, a quem se atribui a autoria do célebre Políptico
de São Vicente, do final do século XV, hoje no Museu Nacional de Arte Antiga. É a
obra maior do gótico, estilo, que chega a uma culminação com português, e um
exemplo superior de todo o estilo.Domingos António de Sequeira, nascido em
Lisboa é considerado em termos estéticos o pintor de transição do Neoclassicismo
para o Romantismo. E ficou muito conhecido por suas duas principais obras. Conde
de Farrobo e Junot protegendo a cidade de Lisboa, 1808
Tendo ainda alguns pintores que tiveram sua parcela de influência no Brasil
com diversos pintores portugueses que vieram para cá esboço da linha histórica
pela qual se desenvolveu a pintura portuguesa, relacionando-a com a pintura no
Brasil.
Maria Helena Vieira da Silva (1908-92). Nascida em Lisboa e falecida em
Paris, a grande pintora Vieira da Silva, viveu de 1940 a 1947 no Rio de Janeiro onde
chegou a realizar duas exposições, em 1942 e 1944, além de executar um mural na
antiga Universidade Rural, no subúrbio de Campo Grande. A residência do casal em
Santa Teresa tornou-se lugar de reunião de artistas e intelectuais de vanguarda, que
até ali chegavam a fim de adquirirem conhecimentos atualizados sobre os novos
rumos da pintura, e não poucos moços assim encontraram seu próprio caminho.
Vieira da Silva recebeu, em 1961, o Grande Prêmio de Pintura da VI Bienal de São
Paulo.
Antônio Carvalho da Silva nasceu na cidade do Porto em 1850 e faleceu em
Lisboa em 1893. Mais tarde, acrescentou o cognome Porto ao sobrenome, para
homenagear sua cidade natal Em 1879, sua fama entre os patrícios era enorme,
causando uma forte impressão na Exposição da Sociedade Promotora de Belas-
Artes, onde se apresentou com 29 paisagens. A Salmeja, que é reproduzida
abaixo, em branco e preto, é uma das mais importantes obras do pintor e foi
adquirida «por el-rei D. Luís». O outro quadro reproduzido, O campino, é outra
importante pintura de Silva Porto.

3.3 Artesanato:

O artesanato é o produto de uma cultura, material, que através da utilização


de técnicas e saberes tradicionais, expressa vivências e sensibilidades tão diversas
quanto os "mundos dos artesãos" e os seus imaginários.
O Barro é muito trabalhado pelos artesãos portugueses, desde os tempos
memoriais que são conhecidos e trabalhados como arte, revelando sempre as
influências Romana e Árabe.
A azulejaria é trabalhada desde há cinco séculos que ocupa uma posição de
relevo entre as artes decorativas portuguesas e apesar de em sua historia ter sofrido
influencias, desenvolveram em Portugal características especificas entre as quais
merecem destaque a riqueza cromática e a monumental idade. A arte feita no
azulejo manifesta-se através de exemplares menos elaborados ou de caráter
popular como os revestimentos da fachada da casa dos imigrantes e os registros,
cartelas e painéis naturalistas. Através de todas essas formas de expressão o
azulejo português, continua a revelar a sua vitalidade e a reafirmar-se como uma
das manifestações mais originais das artes decorativas européias.

3.4 Gastronomia

A culinária Portuguesa é bastante diversificada e esta é representada por pratos


específicos das diferentes regiões do país. A gastronomia portuguesa apenas não
se diferencia de uma região para outra, como também entre cidades vizinhas, que
podem apresentar sob o mesmo nome pratos que podem diferir bastante na forma
de confeccionar ainda que partilhem a mesma receita. Em sua riquíssima
gastronomia destacam-se o pão, o vinho e o azeite que se repete em todo território
nacional.
O pão: é um dos alimentos base da alimentação portuguesa sendo
considerado o mais representativo o pão alentejano por ser utilizado em diversos
pratos a exemplo são aqueles servidos com carne ou sardinhas.
O azeite: é usado nas sopas de legumes e na doçaria o azeite se faz
presente em alguns bolos e nas chamadas “broas de azeite”, as batatas são
regadas com azeite e o mais interresante é que a grande parte dos pratos são
preparados a partir de um refogado de cebola ou alho em azeite.
O vinho: Portugal apresenta uma variedade de vinhos de sabor geralmente
doce e entre eles estão o vinho do Porto, o vinho da Madeira, o vinho de Carcavelos,
os vinhos “abafados” sendo o Alantejo e o Douro as principais regiões produtoras.
As sopas: as sopas também fazem parte da culinária portuguesa e são
freqüentes as sopas frias presentes na região do Alantejo que geralmente são
chamadas de “picadas”, um exemplo é a sopa feita com pepino picado com água
fria, sal, vinagre e azeite.
Peixes: entre os peixes estão a sardinha portuguesa e o bacalhau que são
tradicionalmente consumidos em Portugal.
Apresentadas algumas representações da culinária portuguesa cabe ainda
citar o prato nacional considerado por muitos, no país que é famoso “cozido a
portuguesa” feito com uma diversidade de ingredientes cozidos em água abundante
como: a couve, batatas, feijão, cenoura e carnes que são geralmente de porco.

3.5 Folclore

Internacionalmente conhecido por sua tradição folclórica Portugal tem como


um de seu mais relevante símbolo folclórico o fado, estilo musical mais conhecido e
que melhor caracteriza o espírito português mais também vem tendo uma expansão
em diversos estilos musicais. Estão presentes também na música pimba, erudita, a
música de intervenção enfim uma variedade de estilos oriundos do cruzamento com
outras culturas. Outro aspecto são os trajes tradicionais como os trajes de lavadeira
do Minho, as belíssimas roupas da região de Braga, os trajes de vila da região do
Alantejo, as roupas especificas para as colheitas de azeitonas, os trajes tradicionais
masculino, traje típico de Viana do Castelo, os de Lisboa capital do país dentre
outros e cada um característico dos diferentes lugares e de determinadas
representações. O folclore português é bastante variado isso devido a
particularidade apresentada pelas diferentes regiões.. Do folclore fazem parte as
danças do Vira, do Minho, dos pauliteiros de Miranda, e nos últimos anos o
intercâmbios culturais entre países de todo o mundo deram origem a escolas que
ensinam estilos de dança internacionais como o tango, o hip-hop, o samba entre
outros. E como instrumentos típicos enquadram-se o cavaquinho, a gaita-de-foles, o
violino, os tambores, a guitarra portuguesa, instrumento característico do fado como
também uma variedade de instrumento de sopro e percussão.

3.6 Religião:

A Religião em Portugal é constituída de diversos segmentos religiosos.


Estima-se que aproximadamente 90%3 da população sejam predominantemente
católica, isso devido à tradição e as circunstancias históricas, em que a igreja tinha
forte influência sobre a sociedade, hoje esse quadro não é o mesmo, pois se mostra
presente também outras religiões como: as evangélicas, com as igrejas Assembléia
de Deus e Universal do Reino de Deus, estas são as mais conhecidas; aparece
também com uma menor parcela os testemunhas de Jeová, judeus, anglicanos,
hindus etc.
A constituição portuguesa consagra a liberdade de consciência de religião e
culto. Essa liberdade foi definida por dois documentos: a concordata assinada pelo
Estado português e Santa Fé (2004) e a Lei de liberdade religiosa (2001). O primeiro
trata-se de um tratado que substituiu a concordata de 1940, onde se definem as
relações entre a igreja católica e Portugal. O segundo estabelece os princípios, os
direitos individuais e coletivos e o Estado português não se adaptam a qualquer
religião oficial nem se pronuncia sobre questões religiosas.

Religião na TV

3
Dados referentes ao Anuário Estatístico de Portugal, divulgado em 2008 pelo Instituto Nacional de
Estatística.
Essa lei garante que os canais públicos de TV garantam que as comunidades
religiosas inscritas tenham um tempo de emissão em programas específicos.

Religião nas escolas públicas

Essa lei define que em estabelecimento de ensino a disciplina de educação


moral e religiosa seja opcional, as comunidades religiosas podem solicitar
autorização para lecionar essas disciplinas, essa experiência já é praticada por
algumas religiões como, por exemplo, a igreja católica e algumas evangélicas.

3.7 Literatura

A Literatura Portuguesa no período colonial - no período de 1500/1836,


evidenciou-se um momento de firmação da cultura portuguesa. Foi um tempo de
exploração marítima e por isso informativa. Para nós brasileiros, esta se iniciou com
a carta de Pero Vaz de Caminha, neste método também tinha a intenção
nacionalista.

A evolução de uma literatura se processa entrelaça a de comunidades


vizinhas, no caso português houve um envolvimento com as literaturas européias,
conforme as espocas e os tipo de relacionamento, mais tarde esta foi à formação da
literatura brasileira. Esta evolução perpassa por processos artístico cultural, sócio-
político e econômico. Divididas em Escolas, Gerações e Movimentos literários.

Para compreender a literatura portuguesa iniciando os estudos pela idade


média – séc. XII ao séc. XV - lirismo provençal - Constitui da mais variada e original -
composições poéticas que incluem particularidade como a de que indicam serem
escritas por uma mulher, embora sejam homens a compô-las. – Um tipo peculiar de
cantigas – devotadas aos amigos, aos amores e aos inimigos. Remetendo, nas suas
origens, para a tradição oral, esta produção lírica é difundida por trovadores (poetas)
e segréis (instrumentistas) e jograis. Nesta época registram-se também as Novelas
de cavalaria, com entrecho amoroso e guerreiro que obedece ao melhor das
convenções do gênero, salienta-se por um esboçar de realismo em pormenores da
ação e da incipiente psicologia e, sobretudo, pela atmosfera de sensualidade que
une o par amoroso.
Ao lirismo de raiz, por vezes carregado de pieguice e morbidez, corresponde
um sentimento hipercrítico, exagerado, pronto a agredir, a ofender, a mostrar no
"outro" a chaga ou a fraqueza. A sátira, não raro levando ao desbocamento e ao
destempero pessoal, dialoga com o culto fetichista da sensação, do sentimento,
exacerbado por atitudes de confecionalismo adolescente. Uma atitude esconde a
outra, a tal ponto que na base íntima de todo satírico ou erótico se percebe logo o
sentimental, o hipersensível, que defende suas tibiezas com o verniz do
procedimento contrário. E vice-versa.

No séc. XVI ao séc. XVIII – o Galaico-português um resultado do


renascentismos italiano, o barroco espanhol e o iluminismo francês. – onde se
apresenta o maneirismo camoniano e a informatividade da literatura de viagens.
Onde entra o Brasil.

A literatura portuguesa de viagens radica na atividade dos descobrimentos


marítimos e na necessidade pragmática de registrar rotas, condições atmosféricas,
acidentes da costa e todos os elementos que pudessem facilitar a repetição e
prosseguimento dos percursos, entretanto efetuados.

Assim, os roteiros e os diários de bordo, documentos técnicos para orientação


náutica, são os antecedentes desta literatura, que, no entanto, começa já nesses
textos a emergir em comentários que alargam a pura notação descritiva, em
apontamentos de pitoresco, em descrições surpreendidas ou em segmentos
narrativos que dão conta de certo empenho na relação entre o sujeito perceptivo e o
mundo que lhe vai sendo.

Na seqüência da regularidade e multiplicação das viagens (dado que a sua


divulgação era restrita e, em muitos casos, como parece ter acontecido com o texto
de Caminha, se tornava confidencial pela política de sigilo dos descobrimentos),
aparecem autênticas relações de itinerários e percursos, por mar ou por terra, mas
matricialmente desencadeados pelas viagens ultramarinas, que aliam por vezes o
interesse documental a procedimentos narrativos que adquirem sobretudo para o
leitor de hoje, efeitos de ordem literária. São disso exemplos, numa produção que na
cultura portuguesa é vastíssima, a Verdadeira Informação do Preste João das Índias
(1540), do Pe. Francisco Álvares, o Tratado das Cousas da China (1570).

Por outro lado, os escritores «canônicos» (escrevendo com uma intenção


determinadamente literária) centraram muitas das suas obras na problemática da
viagem dos descobrimentos, como é o caso de Gil Vicente nomeadamente no Auto
da Índia e, sobretudo, de Luís de Camões que dela faz a trama fundamental em Os
Lusíadas. Também os cronistas não podem deixar de reelaborar essa matéria, por
vezes em páginas que são das mais importantes, mesmo sob o ponto de vista
estético, deste capítulo: Gomes Eanes de Zurara na Crónica da Guiné, João de
Barros na Ásia.Caso particular desta literatura é a proliferação que, durante a
segunda metade do séc. XVI, e até mais tarde, conhece um gênero específico das
nossas letras, o do relato de naufrágios (constituído por uma narrativa específica e
exclusiva de naus que naufragam, com descrição pormenorizada das reações
humanas a que o naufrágio dá lugar, e do esforço trágico, por vezes baldado, pela
sobrevivência); o mais antigo que se conhece, de 1554, é o do Galeão Grande São
João, conhecido por Naufrágio de Sepúlveda, de autor anônimo; outros, porém,
merecem beneficiar igualmente da atenção da análise literária, pela raríssima
capacidade de escrita do patético, pela descrição paralela do movimento físico e
psicológico, pela aliança de uma crença inabalável na missão militar e religiosa do
espírito de conquista com um pendor pessimista e desenganado que neles figuram a
contra-epopeia lusíada: Relação do Naufrágio da Nau Santiago, de Manuel Godinho
Cardoso, Relação do Naufrágio da Nau São Bento, de Manuel de Mesquita
Perestrelo, Relação do Naufrágio da Nau Conceição, de Manuel Rangel. Publicados
em folhetos avulsos, são reunidos no séc. XVIII por Bernardo Gomes de Brito na
História Trágico-Marítima, em dois volumes (1735-36).

Sec. XIX o Romantismo, realismo e simbolismo – sensibilidade de estéticas


européia.

A literatura incorpora habitualmente muitos escritos de idéias cuja finalidade


primeira não é exatamente literária, mas que, pelo teor lingüístico ou textual da sua
composição, ou segundo os cânones de apreciação estética de cada época, são
considerados mais ou menos próximos da elaboração especificamente literária.
Também durante o Iluminismo, as idéias de filosofia política e moral inspiram D. Luís
da Cunha, Alexandre de Gusmão, Cavaleiro de Oliveira e Matias Aires, mas é no
Verdadeiro Método de Estudar (1746), de Luís António Verney, que encontramos a
obra mais importante de reflexão cultural conjunta do século XVIII.
Este tipo de escritos vai proliferar durante o Romantismo, e não só com
Garrett e Herculano, e muito em especial na chamada «Geração de 70», que é
justamente constituída por um grupo de escritores que na sua maioria aliam a
produção literária estrita com os escritos de índole doutrinária (Eça de Queirós,
Antero de Quental, Teófilo Braga, Ramalho Ortigão e Oliveira Martins), e aliás se
caracterizam pela sua imbricação, desenvolvendo a poesia de idéias e o romance de
tese, quando não se notabilizam justamente neste gênero de reflexão, que hoje se
tende a considerar marginal em relação à centralidade da estesia literária.

O romance, que jamais foi o forte da Literatura Portuguesa, entrou em


depressão após a morte de Eça de Queirós, em 1900. Modernamente, sobretudo
depois de 1940, numa convergência de várias direcções no campo da ficção, o
romance português vive unia época de evidente esplendor, pela quantidade e
qualidade de seus cultores.

AO contrário da poesia, que corre mais ou menos Ofuscada pelo brilho da


obra pessoana, a prosa de ficção vem-se tornando nos últimos anos, o prato de
resistência da Literatura Portuguesa contemporânea. Se issoe a constituição escrita
da história moderna (que se inicia durante o Romantismo, com a figura polígrafa de
Alexandre Herculano, autor da História de Portugal até D. Afonso III, na qual o autor
põe em prática uma concepção do escrito histórico obedecendo a preocupações
científicas de rigor e a uma perspectiva da evolução dos sucessos fundada na
observação das transformações sociais e não na sucessão das personalidades e
dos acontecimentos.

Ao contrário da poesia, que corre mais ou menos ofuscada pelo brilho da obra
pessoana, a prosa de ficção vem-se tornando nos últimos anos, o prato de
resistência da Literatura Portuguesa contemporânea. Se isso denuncia alguma
transformação profunda na mentalidade do povo português, é um vaticínio que
ninguém pode fazer, em sã consciência.

Antes de respondê-la, importa salientar que a Literatura Portuguesa, em


conseqüência duma conjuntura histórico-cultural que não vem ao caso discriminar,
nasceu quase simultânea mente com a nação onde se enquadra. Em 1094, Afonso
VI, Rei de Leão, um dos reinos em que a Península Ibérica era dividida (os outros:
Castela, Aragão e Navarra), casa suas filhas, Urraca com o Conde Raimundo de
Borgonha, e Teresa com D. Henrique. Ao primeiro genro, doa uma extensa região
de terra correspondente à Galiza; ao segundo, o território compreendido entre o rio
Minho e o Tejo, com o nome de "Condado Portucalense". Após a morte de D.
Henrique (em 1112 ou 1114), D. Teresa toma as rédeas do governo e estreitas
relações com os galegos, especialmente com o Conde Ferrão Peres de Trava. O
Infante, Afonso Henriques, rebela-se contra a mãe, e inicia uma revolução que
culmina em 24 de Junho de 1128, na batalha de S. Mamede, nos arredores de
Guimarães: os revoltosos vencem.

4. Economia

A revolução comercial e industrial configurou o caráter comercial de todo o


mundo entre os séculos XV e VXII. O crescimento da economia estava estagnada e
enquanto encontrassem novos produtos e mercados consumidores, vários povos
lançaram-se aos mares em busca de novas terras e os pioneiros foram os
portugueses, mas hoje a economia depende da importação de petróleo e seus
derivados.Em 1986 quando Portugal juntou-se a União Européia, os governos
fizeram várias reformas e privatizações de diversas empresas e liberalizaram vário
setores da economia, entre eles o das telecomunicações e financeiros. Portugal
desenvolveu uma economia crescente baseada em serviços e foi um dos 11 (onze)
fundadores do euro. O crescimento do país esteve maior do que o da União
Européia na maior parte dos anos 90 e no último Fórum Econômico Mundial em
2005 estava em 22º lugar, à frente de países como a Espanha, Irlanda França e
Bélgica, investindo pesado, nas ultimas duas décadas, na infra-estrutura entre auto-
estradas, rodovias e ferrovias. Atualmente é o maior exportador de tomate e um dos
maiores exportadores de vinho, a vasta costa marítima e a abundancia de peixe
favorecem o desenvolvimento da indústria pescatória e seus produtos são
exportados por todo o mundo.
As maiores indústrias são as têxteis, calcados, imobiliárias, mármores,
cerâmica e a cortiça, as indústrias modernas desenvolveram-se significativamente,
como as refinarias de petróleo e petroquímica, produção de cimento, indústria de
automóvel, navais, elétricas e eletrônicas. A balança comercial de Portugal é muito
deficitária, com o valor das exportações a cobrir apenas 65% do valor das
importações.

5. As comunicações

As comunicações representam um papel importante na construção de uma


nação, pois a partir do que esta sendo vinculado os cidadãos podem ter a
compreensão daquilo que esta acontecendo nos vários contextos sociais e tomam
essas informações como base para pensar e agir, o que corresponde ao
comportamento humano diante do mundo.
Assim as primeiras disseminações de informações começaram a ser emitidas
através do sistema radiofônico em 1932 pela Empresa Nacional em Ondas Medias
atendendo aos interesses do governo no regime totalitário que durou ate 1974.
Depois que o regime foi derrubado às estações radiofônicas foram organizada
dentro da Radiodifusão Portuguesa (RDP), que hoje é denominada Radio e
Televisão Portuguesa (RTP).
A RTP é uma empresa publica estatal com sede em Lisboa e subdivide-se em
três emissoras e existem também as emissoras privadas como a Radio Renascença,
a Radio Comercial e a Radio Clube Português, alem das rádios locais e regionais, e
as WebRadios.
O sistema de televisão surgiu em território português em 1950 por iniciativa
do governo, sendo sustentada por um tripé constituído pelo governo, pelas
emissoras privadas e particulares que formaram uma sociedade anônima
controladora dessa atividade no país a partir de1956 quando começaram as
primeiras transmissões. Mas em 1975 o estatuto da empresa mudou transformando-
a em empresa publica que assou a conceder estações, então foram abertas mais
duas emissoras a SIC em 1992 e a TVI em 1993.
Nos meios impressos o Jornal Açoriano Oriental é o mais antigo, ele foi
fundado em 1835 e depois da promulgação da lei de liberdade de imprensa surgiram
vários jornais como O século, Diário de Noticias e as revistas Nova Gente, Caras,
Lux, Vip e Flash.
Com os avanços tecnológicos, a Internet e o sistema de transmissão digital
configuram um novo espaço de socialização na contemporaneidade e isso
conseqüentemente interfere no comportamento humano e na dinamicidade cultural
ao longo do tempo, pois em Portugal o acesso a internet está disponível em vários
centros comerciais e principalmente em locais públicos como os “Espaços de
Internet”.

6. Influência portuguesa no Brasil

O ser social
Considerando o Brasil na sua totalidade podemos perceber as influências
portuguesas não só nas manifestações culturais, mas também no modo de vida e
ate mesmo na formação psicosocial, pois o português é descrito como:

“É um misto de sonhador e de homem de ação, ou, melhor, é


um sonhador ativo, a que não falta certo fundo prático e
realista'. A atividade portuguesa não tem raízes na vontade
fria, mas alimenta-se da imaginação, do sonho (...).
Português é, sobretudo, profundamente humano, sensível,
amoroso e bondoso, sem ser fraco. Não gosta de fazer sofrer
e evita conflitos, mas, ferido no seu orgulho, pode ser
violento...” (DIAS. Antonio Jorge,acesso 05-07-09).

Sendo essas características muitas vezes atribuídas também aos brasileiros,


que é colocado como de comportamento tranqüilo, de ser paciente, mas que ao
confrontar com algo é capaz de lutar ate as ultimas conseqüências, percebemos isso
através dos discursos patriótico em defesa do Brasil em qualquer disputa seja
esportiva, seja política.
O folclore
O folclore brasileiro herdou muitas formas de linguagem, de poesia e de
prosa portuguesa construindo varias tradições e costumes pautados nessas
heranças. Na poesia, destacamos a trova ou quadrinha como uma formar de escrita
característica de Portugal, e na prosa, destacamos os lengalengas ou contos
acumulativos que são formas de tradição oral, passada de geração em geração, os
mitos como Porca dos Sete Leitões, Cabra Cabriola, e os mais conhecidos como o
da Cuca ou Coca, da mula-sem-cabeça e a do Lobisomem.
Na indumentária, o tamanco de pau ou plataforma foi introduzido no Brasil na
década de 30 por Carmem Miranda uma das imigrantes portuguesas que mais se
destacou e influenciou no cenário nacional nesse período. A capa de chuva de fibras
vegetais, usada pelo sertanejo goiano e do norte de Minas Gerais e o modo de se
vestir dos gaúchos também foram influencias portuguesas. A carroça como meio de
transporte de cargas e de pessoas.
Na comida temos os pratos a base de carne de porco, o bacalhau com
batatas, o uso do azeite de oliva, as sopas e o pão como as principais heranças
portuguesa na nossa gastronomia alem da nossa doçaria como os bolos, os pasteis
de nata e outros.
Na religiosidade, temos o catolicismo manifestado no culto ao Divino e a São
Gonçalo de Amarante, cuja imagem brasileira tem as características de um violeiro,
nos grupos religiosos das folias ou reisados, no da recomenda de almas do período
da quaresma, alem de cantorias como dos Martírios (observado em Ilhabela-SP) e
as novenas. Nas festas das rodas de violas, as cerimônias com musicas, foguetes
denominadas de alvoradas são também originadas nas tradições portuguesas.
As touradas, os rodeios e as Cavalgadas de São João e de outros santos, na
modalidade de cortejo a cavalo que percorre as ruas da cidade, por vezes
promovendo os jogos de argolinhas e de vaquejada também vieram dos
portugueses, pois a utilização do cavalo para as mais variadas formas durante o
período da colonização foi que marcou o inicio dessas tradições, as quais são
encontradas de diferentes formas nas regiões brasileiras, a exemplo dos rodeios na
região sul e da argolinha e da vaquejada no nordeste.
Na dança temos a Ciranda, Chamarrita, Pezinho, o folguedo popular, o
Pastoril; na dança de roda de crianças e adultos, como a da "Machadinha”,
"Viuvinha”, temos o fado, o vira, a shula/chula presentes principalmente nas festas e
comemorações nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na musica a
maior contribuição foi "viola” (violão), um dos nossos mais importantes instrumentos
musicais que serviu de base para muitas modalidades musicais brasileiras como o
chorinho e as chanchadas.
Os brasões usados no Brasil que servem para identificar principalmente as
instituições como as universidades publicam também tem sua origem em Portugal
que os utiliza para distinguir uma família da outra, sendo esta distinção feita por
meio dos sobrenomes. Os sobrenomes portugueses tinham origem no patronímico e
no matronímico, que indicava o nome do pai e da mãe, como Simões filhos de
Simão, Martins filhos de Martim; Alem de outros bastante disseminados no Brasil
como Oliveira, Silva, Soares originados dos antigos reis portugueses e das famílias
que povoaram o território brasileiro durante o período da colonização.
7. Considerações Finais

“A etnografia é uma linha da antropologia. A


antropologia estuda as pessoas e suas culturas em um alto
nível de abstração. Etnografia implica em tentar entender as
pessoas, não suas personalidades, aspectos psicológicos ou
movimentos sociais, mas as pessoas como seres embutidos
em ‘redes de significado’. É pensar nas pessoas da mesma
maneira como elas se identificam. Um dos principais aspectos
da etnografia é a participação: você entende os aspectos de
outra cultura vivenciando-a: indo lá, estando lá, fazendo as
coisas que eles fazem e como eles fazem…” (Genevieve Bell,
maio de 2004).

A partir dos estudos da etnografia é que descobrimos os aspectos culturais,


sociais, políticos e econômicos que dizem respeito a um determinado povo. E no
presente trabalho, estudamos a etnografia portuguesa passando assim a
compreender o processo da construção da identidade do povo português sendo
notória a presença de culturas distintas que se cruzaram construindo e reconstruindo
ao longo dos anos novas práticas culturais que caracteriza um estilo próprio, o que
não significa que esse deva ser considerado como essência portuguesa uma vez
que este foi criado através de vários processos de fricções culturais, o que
caracteriza a cultura portuguesa como uma das culturas mais ricas.
Então os portugueses através das relações comerciais, expansões marítimas
e as migrações começara a expandir sua cultura para outros povos como foi o caso
do Brasil que ao ser colonizado pela corte portuguesa sofreu interferências diretas
na sua cultura passando a reproduzir e adaptar vários costumes desse povo no seu
modo de vida. Portanto, é fato que os elementos representativos e constitutivos da
historia do povo brasileiro tem suas origens em Portugal
8.Referencias bibliográficas:

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CD-Rom "500 Anos da Pintura Brasileira
DIAS, Jorge. O Essencial Sobre os Elementos Fundamentais da Cultura
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