MATEUS 13.44-52
É passado o Natal; o mundo volta ao normal. Os magos voltaram para o Oriente (MT
2.12). José precisou fugir para o Egito com sua família, pois Herodes queria matar o
menino Jesus (MT 2.13-15). Herodes era apenas um falso adorador (MT 2.8).
Tudo voltou ao normal. Já não se ouvem o cântico dos pastores.
É hora de voltarmos do século 1º para o século 21. As nossas autoridades fazem o
levantamento das ocorrências. Algumas famílias choraram perdas destes dias; a
irresponsabilidade deixou as suas marcas.
Estamos no século 21, mas voltaremos a pensar nas coisas que foram ditas bem lá atrás,
por Jesus e por outros. A igreja vive esse vai-e-vem, hora lá, hora cá.
Os ensinos de Jesus falavam também a respeito do Reino de Deus. Afinal, Ele veio por
causa do Reino. Ele não veio para fazer da estrebaria uma maternidade, e nem mesmo
para deslocar os magos adoradores de terras distantes, do Oriente.
Neste momento deixamos de falar da manjedoura, dos magos, dos pastores, dos anjos e
de presentes; é hora de falarmos do Reino.
Jesus, jovem pregador da Galileia, usa um recurso chamado ‘parábola’ e na própria
parábola outro chamado ‘símile’.
São três as personagens que as compõem: possivelmente um ‘peão de fazenda’
(Mounce), um rico negociante de pérolas e a ‘cooperativa’ de pescadores anônimos.
Mounce nos diz que as duas primeiras comparações ‘salientam o ponto básico, de que o
reino dos céus tem tão grande importância e valor, que tudo o mais deve ser sacrificado
a fim de podermos entrar nele’.
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2. O homem que acha é um personagem anônimo, possivelmente pobre, de poucos
recursos, não era um caçador de tesouros, talvez fosse um bóia-fria; mas que,
dada a importância do seu achado, decide vender tudo o que tem para comprar o
campo onde está o tesouro.
3. Não sei se ele foi chamado de louco pelo proponente vendedor; também não
sabemos o valor monetário do campo, se estava inflacionado ou não; mas Jesus
diz que ele fez tudo ‘em sua alegria’, ou seja, ele vislumbrava um futuro
diferente, pois naquele campo estava o seu tesouro.
4. Quando almejamos algo superior não devemos nos apegar ao inferior. É isso
mesmo que é dito a respeito de Moisés: “Ele considerou a afronta de Cristo
como uma riqueza maior do que os tesouros do Egito, pois tinha em vista a
recompensa” (Hb 11.26). Moisés tinha à sua frente um tesouro muito mais
precioso que qualquer coisa que se achasse no Egito.
5. É verdade que tem muito gente trocando as delícias do reino por um punhado de
alfarrobas (O filho pródigo desejou comer as alfarrobas que eram servidas para
engordar os porcos que cuidava (A alfarroba é uma vagem).
6. Mas a despeito de tudo que alguém pudesse dizer, aquele homem foi capaz de
tudo para adquirir algo que mudaria a sua vida.
7. Essa é a proposta de Jesus quando ensina a respeito do reino dos céus; só tem
acesso ao reino, como bem superior, quem tem a coragem de dizer não às coisas
do mundo, que são infinitamente inferiores.
3. Novamente nos deparamos com alguém que vendeu tudo o que possuía para
adquirir um bem de mais alto preço. Comparativamente, tudo o que ele
conseguiu durante tanto anos, daria suficientemente para que ele comprasse
aquela pérola de grande valor.
4. Ele adquiriu aquela pérola, pois sabia o seu real valor; o seu valor era
imensurável. É até possível que os seus amigos, vizinhos e parentes lhe
chamassem de louco. Não é diferente com aqueles que se apropriam do reino dos
céus. Também não é difícil imaginar que os amigos de Paulo chamando-o de
louco por trocar o Sinédrio pela missão.
5. Sendo o reino dos céus comparado a esses bens preciosos, o tesouro e a pérola
de grande valor, não devemos medir esforços para nos apropriarmos dele, ou por
ele sermos apropriados.
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4. Quando a rede se enche e é puxada para a praia, passa então a ser seletiva:
“Puseram os bons em cestos, mas, jogaram fora os ruins” (v.48). Comparando
duas parábolas Lockyer diz: “Se não somos trigo de Deus, somos com certeza
joio de Satanás”.
5. Jesus explica a parábola da rede: “Os anjos sairão e separarão os maus dentre
os justos” (v.49). Assim como aconteceu com o joio (v.40) acontecerá com o
peixe ruim: “Os lançarão na fornalha de fogo” (v.50).
CONCLUSÃO