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O documento descreve a vida e obra de Zedequias Manganhela, um pastor presbiteriano moçambicano que lutou contra o colonialismo português. Manganhela ensinou a necessidade da independência de Moçambique e foi perseguido pelo regime colonial. Ele recusou-se a colaborar com as autoridades coloniais e foi assassinado em 1972. O documento também resume um livro recente sobre a biografia e legado de Manganhela.
O documento descreve a vida e obra de Zedequias Manganhela, um pastor presbiteriano moçambicano que lutou contra o colonialismo português. Manganhela ensinou a necessidade da independência de Moçambique e foi perseguido pelo regime colonial. Ele recusou-se a colaborar com as autoridades coloniais e foi assassinado em 1972. O documento também resume um livro recente sobre a biografia e legado de Manganhela.
O documento descreve a vida e obra de Zedequias Manganhela, um pastor presbiteriano moçambicano que lutou contra o colonialismo português. Manganhela ensinou a necessidade da independência de Moçambique e foi perseguido pelo regime colonial. Ele recusou-se a colaborar com as autoridades coloniais e foi assassinado em 1972. O documento também resume um livro recente sobre a biografia e legado de Manganhela.
ZEDEQUIAS MANGANHELA (1912-1972): O homem que disse no
A vida de Moambique durante o colonialismo foi tudo
menos fcil para os seus cidados, dadas as vicissitudes advindas daquele sistema. Porm, de diversas formas e durante o percurso que levou o pas independncia, que foi de luta, muitos foram os nomes que se destacaram por nunca terem aceitado as privaes que s a conquista da soberania podia eliminar. O nosso pas conquistou a independncia por via das armas, mas a heroicidade dos seus filhos no veio apenas dos canos, na medida em que houve tambm outras formas de luta, igualmente importantes para o desfecho que se pretendia e consumado a 25 de Junho de 1975. O pastor presbiteriano Zedequias Manganhela um desses nomes, incontornvel quando se fala de uma da vertente clandestina da luta pela libertao de Moambique. A sua histria de vida deste homem, que se destacou na instruo e sobretudo na sensibilizao dos seus compatriotas contra as injustias do colonialismo, tema de um livro lanado semana passada em Maputo.
Zedequias Manganhela: uma biografia contextualizada (1912-1972), da autoria da historiadora Teresa Cruz e Silva, que assina a organizao da obra e que contou na autoria com a colaborao da tambm historiadora Amlia Souto e da jurista Gita Honwana-Welch, traa o percurso de um homem que dedicou parte da sua vida a uma causa: a da libertao dos moambicanos, tendo sido, por isso, que foi perseguido e assassinado pelo regime colonial a 11 de Dezembro de 1972. A produo deste livro remonta de 2010, quando o Centro Junod, associaoeclesistico-cultural criada em Ricatla, Marracuene, em homenagem ao missionrio suo Henry Junod, um dos percursores da Igreja Presbiteriana em Moambique, organizou uma conferncia na capital do pas uma conferncia sobre a vida e obra deste heri. Desse evento nasceu a ideia de se produzir um livro, ao que coube historiadora Teresa Cruz e Silva, que produziu e publicou pesquisas sobre as igrejas protestantes e a conscincia nacionalista dos moambicanos. A edio da Marimbique. Em Zedequias Manganhela: uma biografia contextualizada (1912-1972), a organizadora escreve a biografia (Parte I), enquanto a colega Amlia Souto contribui com um artigo sobre o perodo de Marcello Caetano e o contexto da morte de Zedequias Manganhela e a jurista Gita Honwana-Welch traz um artigo re-editado sobre Manganhela, que havia sido publicado nos anos 1980 na revista "Justia Popular" (as duas autoras Parte II). A Parte III apresenta documentos inditos, dos Arquivos da ento Misso Sua, hoje Dpartment Missionnaire change e Mission, e dos arquivos colonias, e um poema laudatrio de Gabriel Macbi (contemporneo e tambm j falecido) a Zedequias Manganhela. A organizadora e a colaboradora Amlia Souto trataram deste captulo. A reconstituio da vida de Zedequias Manganhela foi feita a partir de documentos escritos e de fontes orais consultadas no pas e no estrangeiro, nomeadamente na Sua. Segundo a organizadora da obra, alguns depoimentos de pessoas que conheceram e outras que admiravam o religioso. A conscincia nacionalista ensinada no Chamanculo Zedequias Manganhela, que nasceu em Matutuine em 1912, teve um percurso em que se destacou como professor (formado em Alvor, na Manhia) e como pastor presbiteriano, vindo a dirigir a parquia do Chamanculo. No seu tempo, em que as liberdades dos moambicanos, incluindo a de ter uma nacionalidade prpria, estavam amordaadas, o pastor Manganhela soube fazer das suas pregaes momentos para consciencializar compatriotas para a necessidade de se procurar caminhos para a emancipao do pas. Um dos momentos marcantes dos seus tempos de proco da igreja do Chamanculo aconteceu em 1961, quando pela sua mo o homem que seria eleito no ano seguinte primeiro presidente da FRELIMO, Eduardo Mondlane, foi l proferir uma palestra, para muitos inspiradora para a necessidade de luta pela independncia do pas. As autoridades coloniais, cuja religio oficial era o catolicismo, praticamente no toleravam ou condicionavam fortemente as religies protestantes e muito especificamente a Igreja Presbiteriana, a que vigiaram das mais variadas formas, incluindo a espionagem. A priso do pastor Zedequias Manganhela em Junho de 1972 e o consequente assassinato na cadeia da Machava, semanas antes do Natal foi corolrio dessas aces de perseguio contra a Igreja Presbiteriana e seus dirigentes. Na cerimnia de lanamento da biografia sobre o pastor Manganhela, o historiador Mota Lopes, docente nas universidades Eduardo Mondlane (UEM) e Tcnica de Moambique (UDM), fez a apresentao da obra e referiu-se a Zedequias Manganhela como o homem que disse no. O no que Manganhela disse ao regime no foi nico. Disse-o por vrias vezes e de vrias formas. Por exemplo cita Mota Lopes, porque incluso no livro , as autoridades administrativas e padres catlicos tentaram por vrias vezes aliciar Manganhela a deixar as suas convices incluindo religiosas para integrar as fileiras oficiais. Queriam fazer dele mais um dos colaboradores do regime, conforme diz Mota Lopes. Depois de se formar como professor, em 1937, Manganhela foi de novo instado a deixar a sua igreja e, como professor, aceitar trabalhar para o sistema escolar colonial, em troca de um aparente prestgio, alguma segurana pessoal e um salrio maior ao que receberia ao leccionar em escolas da Misso Sua. Mais uma vez e mais outras vezes, em vrias outras circunstncias, Zedequias Manganhela disse no a estes perigos do colonialismo, preferindo caminhar em trilhos que tinha ele a certeza eram correctos e justos a uma nao cuja independncia estava presa aos caprichos do colonial-fascismo portugus. A dimenso de Manganhela est, ainda que no esgotada, exaustivamente tratada no livro de Teresa Cruz e Silva, Amlia Souto e Gita Honwana-Welch, que trazem, para alm de muitos outros dados, documentos inditos (entre eles cartas, documentos pessoais, relatrios e documentos da PIDE), entrevistas com personagens que se cruzaram ou foram influenciadas pela aco de Zedequias Manganhela, fotografias, entre outros, para alm de uma profunda consulta a fontes diversas. NOTCIAS 23.09.2014 FONTE : http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2014/09/zedequias-manganhela- 1912-1972-o-homem-que-disse-n%C3%A3o.html