actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular”
Professora Bibliotecária: Regina Gadanho
1.Introdução
A Auto-avaliação da BE, no âmbito do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas
Escolares, é proposta como parte essencial da avaliação interna da escola e como base para a avaliação externa a realizar pela Inspecção Geral de Educação. Atendendo a que a avaliação dos impactos da BE no sucesso educativo é particularmente complexa, por não ser possível isolar o seu contributo, os resultados da sua acção devem ser avaliados mediante a análise de determinadas actividades, serviços ou projectos e não de uma forma global. Avaliar a BE é, então, sinónimo de avaliar a sua acção em vários aspectos e os resultados obtidos, de acordo com objectivos pré-definidos e tendo em conta o referencial – indicadores e factores críticos de sucesso apontados no Modelo.
Os indicadores considerados para avaliação são os seguintes:
C.1.2 – Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural na escola C.1.3 – Apoio à utilização autónoma e voluntária da BE como espaço de lazer e livre fruição de recursos
2.Plano de Avaliação
2.1. Objecto da avaliação
É do conhecimento da comunidade que a BE tem desenvolvido um trabalho
contínuo na “dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural”, sobretudo através de um programa de animação cultural de que são exemplos iniciativas como exposições; palestras; sessões de teatro; concursos; celebração de efemérides; ciclos de cinema. Muitas das quais em parceria com a actividade dos vários Departamentos da escola. Tem, ainda, apoiado “a utilização autónoma e voluntária da BE como espaço de lazer e livre fruição dos recursos”, daí advindo prioridades do serviço relativamente ao acesso permanente à BE e à selecção criteriosa das colecções documentais.
No entanto e apesar do trabalho desenvolvido nestas áreas, desconhece-se qual
o impacto que tem tido na comunidade e, mais especificamente, no sucesso educativo dos alunos. Desta forma, a avaliação torna-se um instrumento imprescindível para obter essa informação e capacitar a BE para um trabalho contínuo de melhoria.
2.2. Métodos e instrumentos a utilizar
Para poder conhecer e fundamentar a actuação da Biblioteca no subdomínio a
avaliar (C.1) será necessário recolher as seguintes evidências: Indicador C.1.2 – Plano de Actividades da BE
Registos sobre a preparação, o desenvolvimento e a avaliação
das actividades
Questionários aos alunos (QA 3)
Questionários aos pais/encarregados de educação (QEE 1)
Questionários aos professores (a elaborar)
Grelhas de registo da frequência com que são realizadas
actividades com recurso à BE
Número de alunos inscritos/professores/pais nas actividades
Reuniões e encontros de trabalho/para auscultação
Indicador C.1.3 – Horário da BE
Observação da utilização da BE (O 5)
Estatísticas de utilização da BE em situação de utilização livre
Resultados da avaliação das colecções documentais
Conversas informais
Taxa de utilização de documentos e recursos de apoio
produzidos pela BE
Livro de comentários
Análise do ambiente de trabalho na BE: organização do espaço,
localização dos recursos
A análise e a interpretação destas evidências permitirão responder às seguintes
questões:
(Indicador C.1.2)
• Os alunos encontram na BE um conjunto de propostas de actividades visando
a utilização criativa dos seus tempos livres? • Os alunos usufruem de um programa de animação cultural regular e consistente? • A BE envolve a família na participação/colaboração de iniciativas culturais? • Qual o grau de satisfação dos docentes relativamente à colaboração da BE na dinamização de actividades dos Departamentos e à participação dos docentes em actividades da BE? (Indicador C.1.3)
• Os alunos beneficiam de acesso livre e permanente à BE?
• Os alunos dispõem de condições favoráveis à utilização individual e em pequenos grupos? • Os alunos adquirem hábitos de utilização livre da BE, cultivando um clima de respeito, liberdade e descontracção? • Os alunos desfrutam de uma boa colecção na área da literatura juvenil, dos jogos educativos, da música e dos filmes de ficção?
A análise e interpretação das evidências permitirão identificar os principais
impactos, ou seja, os benefícios para os utilizadores da sua interacção com a biblioteca, traduzidos numa mudança de conhecimento, competências, atitudes, valores, níveis de sucesso, bem-estar, inclusão.
2.3. Intervenientes
A colaboração dos utilizadores neste processo constitui-se como aspecto
fundamental para o sucesso da avaliação. A aplicação dos instrumentos será feita a 20% do número total de professores e a 10% do número total de alunos em cada nível de escolaridade, de modo a obter amostras representativas. Relativamente aos encarregados de educação, a amostra será obtida em função dos níveis de participação.
Pode ser útil a existência de um elemento exterior na análise e interpretação dos
resultados e na elaboração de conclusões (por exemplo a Coordenadora Interconcelhia).
2.4. Planificação da recolha e tratamento de dados (análise e interpretação)
Depois de recolhidas as evidências, será desenvolvida uma análise sobre o
trabalho realizado na BE no subdomínio escolhido em relação com os padrões estabelecidos, decidindo em qual dos níveis de desempenho se situa a biblioteca, de acordo com os perfis de desempenho enumerados (vd. Modelo de Auto- avaliação).
Da análise e tratamento dos dados poderão determinar-se pontos fortes e pontos
fracos. Da organização em pontos fortes e pontos fracos apresentar-se-ão sugestões para a melhoria.
Após a análise e interpretação dos dados, é necessário proceder ao registo do
tipo de evidências recolhidas, do nível atingido e das formas como se pensa poder melhorar o nível de desempenho. 2.5. Comunicação da informação
Os resultados da auto-avaliação realizada devem ser registados no “Relatório
Anual da Biblioteca Escolar”, para que possam ser utilizados internamente, na auto- avaliação da escola, e como fonte de informação para a avaliação externa, conforme já foi referido na introdução.
A comunicação dos resultados da avaliação realizada, a análise colectiva e
reflexão da escola sobre esses resultados, e a identificação das acções de melhoria dos pontos fracos identificados é muito importante, de modo a obter comprometimento e apoio.
2.6. Calendarização
Apresentação do Modelo de Auto-avaliação à Direcção,
Final do 1.º período lectivo ao C. Pedagógico e restantes professores Apresentação do Plano de Avaliação ao C. Pedagógico e Início do 2.º período lectivo restantes professores
Recolha de evidências Março e Abril
Tratamento dos dados Junho e Julho
Comunicação da informação Setembro
2.7. Restrições
É essencial o compromisso institucional dos órgãos de gestão pedagógica e
executiva da escola para com o processo, a disponibilidade da equipa da BE e até de professores e alunos, já que uma parte significativa das evidências requer o envolvimento e a colaboração destes últimos.