FORTALEZA
2014
local
encontra-se
em
precrias
condies
de
Os pichadores deixam suas marcas, gritam para ns que sim, que eles
existem, e que sim, eles no nos pedem permisso para existir, pelo contrrio,
o pixo se alimenta da pulsante adrenalina que jorra de atos ilegais. Hoje pixam,
a ordem tenta se impor, mas os pixos reaparecem, tomam conta do espao,
dos muros, da paisagem. Brissac (2003, p. 51) nos diz: A arte na cidade
contempornea s pode aludir ao que ali nos escapa, ao que ali no tem lugar.
Na metrpole que ferve, em pleno centro da cidade, ruas apinhadas de
pessoas em busca de compras e servios, quem repara nas rstias de luz a se
refletir nos prdios? Quem repara na deteriorao das fachadas, nas camadas
de tinta e nos rebocos a se desgrudar das paredes? Olhares curiosos recaam
sobre ns, a indagar porque fotografvamos essas paredes rabiscadas. E o
que registramos? Levamos para casa histrias daqueles lugares? No.
Fragmentos de luz foi o que furtamos com nossas cmeras.
Apenas um trecho do trajeto, um recorte do percurso urbano. [...] No
se sabe de onde vm nem para onde vo essas pessoas. A fotografia
se faz poesia, capaz de interromper a narrao, de dissolver o
espao, de suspender o tempo. (BRISSAC, 2003. p. 51)
Foi
nesse
fluxo,
onde
os
sujeitos
hibridizam-se
nas
novas
Fontes:
Anurio
de
Fortaleza,
perodo
de
2012
2013.
Disponvel
em: