Segunda leitura
Da Regra mais longa, de São Basílio Magno, Bispo
(Resp. 2,1: PG 31, 908-910)
(Séc. IV)
Possuímos inata capacidade de amar
preceito do Senhor.
O mesmo diremos da caridade. Ao recebermos o
mandamento de amar a Deus, já possuímos capacidade de
amar, plantada em nós desde a primeira criação. Não há
necessidade de provas externas: cada qual por si e em si
mesmo pode descobri-la. De fato, nós desejamos,
naturalmente, as coisas boas e belas, embora, à primeira vista,
algumas pareçam boas e belas a uns e não a outros. Amamos
também, sem ser necessário que nos ensinem nossos parentes e
amigos e temos espontaneamente grande amizade por nossos
benfeitores.
O que haverá, pergunto então, de mais admirável do que a
beleza divina? Que coisa pode haver mais suave e deliciosa do
que a meditação da magnificência de Deus? Que desejo será
mais veemente e violento do que aquele inserido por Deus na
alma liberta de toda impureza e que lhe faz dizer do fundo do
coração: Estou ferida de amor? É na verdade totalmente
indescritível o fulgor da beleza de Deus.
Responsório Sl 17(18),2b-3b
Oração