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Lobisomem: Olhos Garou

Autor: Aaraon_Thomas
Publicado: 4/4/2004
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"Parei de correr, mas não voltei.


Não sou Garou"
Mark Hein•Hagen

Feche seus olhos. Respire profundamente. Tente sentir o mundo em torno de você. O
que você ouve, o que você cheira. O que está em volta quando não é óbvio, quando você
não pode ver o que se aproxima.
Abra seus olhos. Afaste-se do computador por alguns momentos. Olhe por uma janela.
Tente olhar para o horizonte, se isso for possível. Tente ver o mundo, para além de você,
para além do seu mundo.
Abra uma torneira, e deixe água escorrer sobre a sua mão. Feche a torneira, mas não
seque as mãos. Coloque-as no sol por alguns momentos. Sinta a diferença do frio da água e
do calor do fogo.
Ao voltar para casa, pare por alguns momentos na calçada. Se afaste do fluxo de
pessoas que vão e vem. Observe-as por alguns momentos... estranhos próximos, cada
pessoa tão imersa em seus próprios problemas quanto você está... tão imersas em seu
próprio mundo que provavelmente não vão notar você. Ou talvez não. Poucas coisas são tão
surpreendentes quanto receber um bom dia, boa tarde ou boa noite no meio da multidão da
cidade.
Eu sei que é impossível seguir os conselhos acima lendo este texto, encare-os como
uma sugestão. Ou então, como um bom RPGista, imagine. Tudo o que sugeri tem como
objetivo apenas uma coisa lembrar que há muita coisa no mundo que vale à pena, mas que
normalmente estamos ocupados demais para prestar atenção nisso.
E o que tem isso a ver com o RPG?
Se imagine um Garou.
Antes de se imaginar um Garou, se lembre de como é ser humano. Você pode
acreditar ou não em um deus, ou deuses. Você pode crer, mas você não tem certeza. Você
pode sentir-se bem quando coloca a sua mão sob o sol, mas a sensação é tão vaga.
Cientistas podem lhe explicar sobre termorreceptores, e o porquê da sua sensação boa ao
calor do sol. Cientistas podem lhe dar o nome de cada uma das folhas de capim em um
pedaço de mato, assim estragando por completo o mato.
Agora, seja Garou.
Feche seus olhos. Respire profundamente. Tente sentir o mundo em torno de você. O
que você ouve, o que você cheira. O que está em volta quando não é óbvio, quando você
não pode ver o que se aproxima.
"A imagem que você tem ao respirar é quase tão perfeita quanto a que vem aos seus
olhos. Você percebe... coisas distantes, coisas próximas... é como enxergar através de
paredes quando o quase imperceptível aroma de alguém que você gosta está perto, e você
simplesmente sabe que a pessoa está chegando. O ar em torno de você está vivo. A vida
canta ao seu redor. Você não precisa, realmente de olhos para ver..."
Abra seus olhos. Afaste-se do computador por alguns momentos. Olhe por uma janela.
Tente olhar para o horizonte, se isso for possível. Tente ver o mundo, para além de você,
para além do seu mundo.
"A cidade se estende à sua frente. Os prédios e ruas parecem mortos... eles são
mortos, se você compará-los com a majestade de uma floresta. Mas você vê... O pai da
cidade repousa adormecido enquanto não o chamam. Alguns prédios brilham, verdadeiros
até mesmo na Umbra, por serem espírito, não apenas matéria. Escolas, hospitais, igrejas.
Casas que são lares. A cidade está viva e pulsa à sua frente, e o brilho de Hélios ou Luna no
céu não é o brilho frio de uma gigantesca explosão termonuclear ou o reflexo desse brilho
em pedra. Você sabe que o espírito deles tem luz própria e verdadeira."
Abra uma torneira, e deixe água escorrer sobre a sua mão. Feche a torneira, mas não
seque as mãos. Coloque-as no sol por alguns momentos. Sinta a diferença do frio da água e
do calor do fogo.
"A água escorre e você sente o roçar do seu espírito, lavando sua alma junto com as
sujidades da sua mão. O calor de Hélios acaricia sua mão, fazendo desaparecer a água, mas
não a sensação de estar bem."
Ao voltar para casa, pare por alguns momentos na calçada. Se afaste do fluxo de
pessoas que vão e vem. Observe-as por alguns momentos... estranhos próximos, cada
pessoa tão imersa em seus próprios problemas quanto você está... tão imersas em seu
próprio mundo que provavelmente não vão notar você. Ou talvez não. Poucas coisas são tão
surpreendentes quanto receber um bom dia, boa tarde ou boa noite no meio da multidão da
cidade.
"A maioria deles está cega. Eles não conseguem ver o que você vê, eles destroem o
que não entendem... Você é um dos que precisam decidir se vale mais à pena tentar fazê-los
aprender ou matá-los antes que matem mais... eles não vêem o que destroem, mas isso não
muda o quão destrutivos são. Por alguns momentos, você se sente superior a eles, o
predador olhando para a presa, o sábio diante do cego, e então um deles lhe dá boa noite e
sorri. E você se lembra que é em parte eles também"
"Você é Garou. Você não acredita em Deus. Você tem certeza. Espíritos estão em
torno de você, o tempo todo, do outro lado do espelho. Você pode vê-los, falar com eles,
tocá-los. Você sabe que cada pessoa tem uma alma. Você pode ver essa alma. Você sabe
que não são apenas as pessoas que têm almas."
"Você sabe que Gaia existe, pois a sente junto de você. Mais forte quando está na
Umbra, em um Caern... mas sempre presente, mesmo na rotina, no dia-a-dia. Crenças são
pálidas diante da certeza que você tem."
" Mesmo que você jamais se encontre com Gaia propriamente dita, e possa assim se
perguntar sobre a natureza desta, você sabe que a magia existe. Você mesmo é uma prova
disso. E você sabe que o mundo é vivo. Você está à distância de um espelho de se encontrar
com os espíritos em torno de você, e tudo ao seu redor possui seu próprio espírito. Os
cientistas não conhecem os nomes do mato. Você os conhece. E você sabe que não só toda
pessoa possui uma alma. TUDO possui uma alma."
"E estas almas estão morrendo. Da mesma forma que você vê o magnífico, a magia
do mundo, você também se encontra cara a cara com a podridão, a corrupção daquilo que
deveria ter sido e não mais é. Embora as cidades tenham o seu próprio canto, ele é mais
baixo que o das florestas, e ele está desaparecendo. O mundo dos espíritos se afasta cada
vez mais do mundo material, e isso é a morte para ambos. O maior de todos os paraísos que
poderia existir, a sua casa, está sendo destruído."
"Mas você pode fazer alguma coisa quanto a isso."
Meio matéria, meio espíritos, os Garous têm uma visão única do mundo. Uma certeza
que humanos jamais terão (o.k., no WoD, alguns humanos podem tê-la). De que a magia
existe, mas mais que isso: de que o mundo está vivo, tudo está vivo e tudo funciona em
conjunto, em algo que deveria ser perfeito equilíbrio, mas deixou de ser. É o desespero de
tentar consertar isso que move os Garou, é a maravilha de se ter certeza da magia da vida
que os faz continuar sem desistir, mesmo quando o Apocalipse se aproxima cada vez mais.
Existem os que vêem os Garous como máquinas de matar, e isso é uma ótima imagem para
um vampiro ter dos "lupinos", mas não uma imagem para um Garou ter de si mesmo. Garous
são guerreiros, mas o mais importante da sua natureza é que eles sabem perfeitamente
porque lutam... e é por algo maior que eles mesmos.
A Terra está viva. Um Garou não acha isso, ele sabe disso. A Terra é viva, mas está
morrendo. E é para impedir essa morte que eles lutam. Tendo completa certeza de que tudo
está vivo ao redor de si, e de que o mundo precisa da sua ajuda.
Você não lutaria também?
"Para mim a espiritualidade está na mente, não na alma —– portanto sou um
deficiente sem esperanças. Minhas crenças religiosas contêm muitos aspectos de minha
formação luterana, mas são aspectos da minha racionalidade, não do meu coração.
Não sou Garou."

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