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Este documento descreve a vida e as ideias filosóficas de Heráclito de Éfeso, um dos primeiros filósofos gregos. Ele acreditava que tudo está em constante mudança e fluxo, e que nada permanece idêntico a si mesmo. Sua ideia principal era o "devir eterno", onde todas as coisas estão em transformação contínua através do logos, que representa a mudança e contradição no universo.
Este documento descreve a vida e as ideias filosóficas de Heráclito de Éfeso, um dos primeiros filósofos gregos. Ele acreditava que tudo está em constante mudança e fluxo, e que nada permanece idêntico a si mesmo. Sua ideia principal era o "devir eterno", onde todas as coisas estão em transformação contínua através do logos, que representa a mudança e contradição no universo.
Este documento descreve a vida e as ideias filosóficas de Heráclito de Éfeso, um dos primeiros filósofos gregos. Ele acreditava que tudo está em constante mudança e fluxo, e que nada permanece idêntico a si mesmo. Sua ideia principal era o "devir eterno", onde todas as coisas estão em transformação contínua através do logos, que representa a mudança e contradição no universo.
Nascido na cidade de feso, na Jnia, colnia grega situada na regio da sia
Menor (regio que atualmente representa a parte asitica da Repblica da Turquia), Herclito pertencia famlia real dessa cidade. considerado por numerosos autores da histria da filosofia o mais importante dos pr-socrticos (grupo de filsofos que historicamente antecederam ou foram contemporneos de Scrates), apesar de ter sido conhecido como o obscuro, por apresentar seu pensamento por meio de aforismos (frases que expressam, de maneira condensada, uma ideia, um fato ou uma regra moral, por exemplo). A escassez de relatos biogrficos sobre Herclito tornam imprecisas suas datas de nascimento e falecimento. Encontramos na literatura diversas provveis datas de nascimento (544 a.C., 541 a.C., 540 a.C., 535 a.C.) e de falecimento (484 a.C., 480 a.C., 475 a.C., 474 a.C.). Por essa razo, mais conveniente apontar que ele viveu entre os sculos VI e V antes de Cristo. Sua obra constituiu-se de uma srie de frase isoladas (os j mencionados aforismos), que foram consideradas durante muito tempo fragmentos de um texto original. Foi a partir dos escritos do filsofo grego Herclito de feso que a palavra logos passou a ter um significado mais amplo. Conforme salienta Fabio Renato Villela, possvel encontrar em Herclito pelo menos quatro significados diferentes, mas inter-relacionados, para o termo logos. A saber: 1) Como Principio ou Lei Csmica, ou divina; 2) Sendo a Racionalidade do Real; isto , o termo Logos indicando que a Realidade est ou de acordo com a Racionalidade; com as Leis que regem o Raciocnio coerente; 3) O Esprito ou a Alma do Fogo, que para Herclito era o Elemento (terra, ar, gua, fogo) Primeiro, Primordial, do qual todos os outros derivam (dizia: Este mundo, o mesmo de todos os seres, nenhum deus, nenhum homem o fez, mas era, e ser um fogo sempre vivo, acendendo-se em medidas e apagando-se em medidas Herclito, citado por Clemente de Alexandria); e 4) Significando a Razo ou o Raciocnio ou a Racionalidade humana cuja serventia a de proporcionar a capacidade de entender a Realidade. Ainda segundo Herclito, o logos seria a mudana e a contradio operada em todas as coisas. Ora, os primeiros filsofos (chamados de pr-socrticos) praticavam uma Filosofia voltada fundamentalmente compreenso racional da origem, da transformao e do desaparecimento de todos os seres (isto , preocupavam-se com o chamado devir). A ideia mestra de Herclito era a do devir eterno (leia-se mudana eterna), da transformao incessante, pela qual as coisas se constroem e se dissolvem em outras. Assim, a ideia absolutamente original trazida por Herclito a de que a Natureza (o mundo, a realidade) no esttica, mas um fluxo perptuo, onde nada permanece idntico a si mesmo, mas tudo se transforma permanentemente; um constante vir-a-ser. Comparava o mundo chama de uma vela que queima sem cessar, transformando a cera em fogo, o fogo em fumaa e a fumaa em ar. De acordo com o pensamento de Herclito, o mundo est em constante movimento e transformao; nada permanece o mesmo, nem por um instante; o que hoje, amanh no mais ser. Dizia: No podemos banhar-nos duas vezes no mesmo
rio, porque as guas nunca so as mesmas e ns nunca somos os mesmos. As coisas
nascem, evoluem, se desenvolvem, tm o seu tempo de utilidade ou maturidade, depois decaem e tendem a desaparecer. O que fica dela so os vestgios ou, no caso das pessoas, a memria de quem as conheceu ou a memria do que ficou registrado sobre elas. Tudo flui, tudo passa, tudo se move sem cessar. A vida cede lugar morte, a morte d origem vida; o frio esquenta, o quente esfria; o mido seca, o seco umedece; a noite torna-se dia, o dia torna-se noite; a viglia cede ao sono, o sono cede viglia; o jovem torna-se velho, o velho se faz criana; o grande diminui, o pequeno cresce; o doente ganha sade, o saudvel sucumbe doena; a treva se faz luz, a luz transformase em escurido. O mundo um perptuo renascer e morrer, rejuvenescer e envelhecer; nada permanece idntico a si mesmo. Assim, para Herclito, a essncia verdadeira est na transformao, isto , no logos. Alm disso, em todo ser est contido o no-ser, o seu oposto. Assim, tudo no Universo est em permanente conflito com o seu contrrio. Os seres vivos morreriam por que j trariam em si a morte, oculta. Conhecer qualquer coisa s possvel porque existe o contrrio. Sabemos o que a alegria porque j experimentamos a tristeza, e vice-versa. O mesmo, segundo Herclito, aconteceria com as qualidades de tudo o que existe, sempre aos pares: a guerra e a paz, o quente e o frio, o amor e o dio, etc. Assim, para Herclito, a essncia verdadeira (a realidade) est na harmonia da mudana e da contradio, que no cessam de se transformar uns nos outros, responsveis pela ordem racional do universo. Nas palavras de George Eldon Ladd (1911 1982), para Herclito [...] todas as coisas estavam em um determinado curso, e [...] nada permanecia da mesma maneira. Entretanto, a ordem e o padro podem ser percebidos em meio ao fluxo e ao refluxo eternos e incessantes das coisas no Logos o princpio eterno de ordem no universo. Ainda segundo ele o Logos, por trs de qualquer mudana duradoura, que faz com que o mundo se torne um cosmos e um todo ordenado. Ora, se tudo no cessa de se transformar perenemente, como explicar que nossa percepo nos oferea as coisas como se fossem estveis, duradouras e permanentes? Com essa pergunta o filsofo indicava a diferena entre o conhecimento que nossos sentidos nos oferecem e o conhecimento que nosso pensamento alcana: nossa experincia sensorial nos oferece a imagem da estabilidade e permanncia, mas nosso pensamento sabe que nada estvel e permanente, tudo muda continuamente e se torna contrrio de si mesmo. Ora, o logos seria justamente essa mudana e essa contradio.