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Folha de S.Paulo - Análise: País só ensina que rachar é perder - 21/01/2010 http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2101201006.

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São Paulo, quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

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ANÁLISE

País só ensina que rachar é perder


CLÓVIS ROSSI
COLUNISTA DA FOLHA

Se há alguma lição que os partidos políticos brasileiros


podem extrair do pleito chileno de domingo é algo tão óbvio
que vale para qualquer situação eleitoral: dividir um dado
campo político é abrir a porta para a derrota.
Em números: no primeiro turno no Chile, a "Concertación",
a coligação governante, liderada por socialistas e democrata-
cristãos, apresentou três candidatos. Seus votos somados
correspondem a uma tranquila maioria de praticamente 56%:
29,6% para Eduardo Frei, 20,1% para Marco Enríquez-
Ominami mais 6,2% para Jorge Arrate. Se houvesse
candidato único, teria em tese liquidado o pleito no primeiro
turno.
Ajuda para quem não acompanha o Chile: Frei (democrata-
cristão) foi o candidato oficial da "Concertación"; Ominami
(socialista dissidente) lançou-se como independente em
protesto contra a maneira como Frei foi escolhido; Arrate,
também dissidente, saiu pelo Partido Comunista.
Se se quiser voltar no tempo, mas permanecer no Chile, para
reforçar a obviedade de que a divisão leva à derrota, tome-se
a eleição anterior (2005), quando quem se dividiu foi a
direita.
Naquela ocasião, em vez do mesmo Sebastián Piñera agora
eleito candidato único, a direita mais extremada apresentou o
nome de Joaquín Lavín. Somados, Lavín e Piñera tiveram
48,6% dos votos, mais que Michelle Bachelet
("Concertación"), que ficou com 45,9%.
O resultado chileno deveria preocupar PT e PSDB não pelo
que os tucanos estão festejando, ou seja, o fato de que uma
presidente tão popular como Bachelet não tenha conseguido
transferir seu prestígio para Frei. Seria, conforme o desejo do
PSDB, um sinal divino de que Lula tampouco conseguirá dar
a Dilma Rousseff os votos necessários para ganhar.
Pode acontecer, mas as diferenças entre Brasil e Chile são
tão formidáveis, em todos os aspectos (institucionais,
políticos, partidários, econômicos, sociais, educacionais etc.),
que qualquer comparação se torna impraticável e até leviana.

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O que vale, para PT e PSDB, é o óbvio: para tucanos, se


Aécio Neves não se comprometer a fundo na campanha de
José Serra, a divisão se tornará letal. Da mesma forma, se a
coalizão hoje amplíssima que dá apoio a Lula rachar muito, a
tarefa de Dilma pode ficar impossível.
Quando digo rachar muito quero dizer ir além da defecção já
dada de Marina Silva. A candidatura Ciro Gomes, se se der,
tira votos de Dilma.
Mesmo que as famílias políticas tucana e petista
permaneçam unidas, não dá ainda para gritar "unidos,
venceremos". Mas quem rachar mais perde mais. Uma
obviedade que o pleito chileno reforçou enormemente.

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