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‘Entendimento’ entre plataforma sindical e ministério: vitória ou derrota?

Sou da opinião que, independentemente de qualquer entendimento, se os professores se mantiverem unidos


têm todas as condições para vencer esta luta.
À primeira vista, os argumentos contra o ‘entendimento’ parecem correctos por variadas razões. A mais forte
prende-se com o facto de cerca de 100 mil docentes terem votado, no passado dia 8 de Março, contra qualquer
cedência dos sindicatos para alcançar um acordo com esta equipa ministerial.
Por outro lado, várias razões podem ser aduzidas para justificar o dito entendimento. Um dos principais
argumentos apresentados por docentes e sindicatos, acusava o ministério de ser inflexível. A ministra sempre
recusara sentar-se à mesa das negociações. Depois dos 100 mil, foi obrigada a ‘engolir o sapo’ e subitamente
passou a estar disponível para negociar, ela mesma, Maria de Lurdes Rodrigues em pessoa.
1. Se os sindicatos não tinham intenções de negociar, então para que foram à reunião com o ME.
2. Não fora este ‘entendimento’ e ninguém duvide que os reféns desta chantagem seriam os professores
contratados e os outros que estão em condições de progredir na carreira. Nesse caso sim, gerar-se-ia
ainda mais divisão.
3. Ora, depois de tantas cedências por parte do ME, caso a plataforma se tivesse mantido intransigente,
ninguém duvide que a máquina de propaganda do governo não iria perder tempo; corria-se o risco de se
virar o feitiço contra o feiticeiro. O ME e a comunicação social iriam acusar os professores de, eles sim,
serem inflexíveis, apesar da boa vontade da ministra. Correr-se-ia o sério risco de virar a opinião pública
contra nós, a qual tem vindo gradualmente a colocar-se do nosso lado. A este propósito, cito, em nota de
rodapé, Teresa de Sousa no jornal Público em artigo de opinião de 16 de Abril1.
4. Se o diploma da avaliação era subjectivo, confuso e burocrático, este ‘modelo simplificado’ é uma
verdadeira farsa. Garante a progressão a alguns e a renovação a todos os contratados, sem exigir
nada de relevante e rigoroso. Pelo menos se comparado com o que vigorava antes da chegada desta
equipa ministerial (11/98 de 15 de Maio)2, o qual era, sem dúvida, muito mais rigoroso e exigente. Apenas
serve para justificar o argumento da ministra de que afinal a avaliação sempre avançou.
5. Por conseguinte, esta avaliação apenas serve à ministra para cantar vitória, canção essa que cada vez
mais parece o canto do cisne. Assim os docentes não desmobilizem e permaneçam unidos.
6. Os professores e a plataforma só terão que ser mais astutos e pacientes que a equipa ministerial.
7. Toda a estratégia ministerial tem apostado na chantagem e na divisão:
• contratados, do quadro, titulares;
• remunerações acessórias para coordenadores, avaliadores e presidentes do executivo;
• ascensão garantida à categoria de titular aos membros dos sindicatos.
Até agora o ME não ganhou rigorosamente nada em definitivo. Os professores têm que se manter unidos e
continuar a pressionar. Temos que dar força à Plataforma Sindical e exigir que defenda os interesses da
profissão que representam. Não dividir, não desmobilizar. Cem mil professores representam uma força colossal
que governo algum pode travar. Temos todos os trunfos para vencer. O tempo, cada vez mais joga a nosso favor
– as eleições aproximam-se. Temos que ter serenidade, paciência e persistência. Nós cumprimos a lei e o ME
não, pelo que vai ser obrigado, por inconstitucionalidade, a lançar novo concurso para titular. Não temos que ter
qualquer espécie de receio quando lutamos pelos nossos direitos, pela justiça e pela razão.
Luís Moura, professor titular, apartidário e não sindicalizado

1
No passado mês de Fevereiro e no âmbito de um programa do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais, fui à Escola Secundária
Rodrigues Lobo, num daqueles velhos edifícios dos antigos liceus, participar numa sessão de esclarecimento sobre a Europa. Anfiteatro à
cunha. Alguns alunos escolhidos para apresentar os oradores e os temas em debate. Depois da exposição inicial, um conjunto de perguntas
que me deixaram verdadeiramente boquiaberta. Pela exactidão. Pela maturidade. Pela grau de reflexão prévia que significavam.
Os alunos eram do 11.º e 12.º. A sua participação não resultou certamente de um milagre, mas de professores empenhados e sabedores (…).
2
Em http://www.ramiromarques.blogspot.com em 16 de Março, 9 : 1 5 h

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