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TÓPICOS

• A história do petróleo
• Noções de geologia
• Curiosidades
• Escala geológica do tempo
• A chegada do homem
• Estudo das rochas
• Meios de transportes e ambientes deposicionais
• Bacias sedimentares
• Geologia do petróleo (origem, migração e acumulação)
• Teoria orgânica
• Condições necessárias à acumulação de petróleo
• Prospecção de petróleo
• Métodos de investigação

1 – A HISTÓRIA DO PETRÓLEO

TREINAMENTO DE TÉCNICOS DE OPERAÇÃO - MFP 1


1.1 - No mundo

Os antigos, muito antes de Cristo, já conheciam o petróleo e alguns dos


seus derivados, o asfalto e o betume.
Nos livros dos antigos historiadores há referências do seu emprego em
templos, construções, embarcações e para fins bélicos.
É difícil separar a lenda da realidade, quando voltamos ao remoto passado.
Na fase pré-histórica da utilização do petróleo, referências esparsas nos levam a
crer que era conhecido do homem há 4 mil anos a.C.
Segundo Heródoto, grande historiador do século V a.C., Nabucodonosor
usou betume como material de liga na construção dos célebres jardins suspensos
da Babilônia.
Você mesmo pode consultar um livro muito antigo e encontrar nele
referências ao petróleo. Pegue uma Bíblia (que é um dos livros mais antigos do
mundo), abra no livro Gênesis, capítulo 6, versículo 14 e você encontrará
referência ao uso do petróleo pelo patriarca Noé na construção de sua famosa
arca.
No livro de Êxodo, capítulo 2, versículo 3 é feita a referência ao uso do
petróleo na impermeabilização da cesta em que Moisés foi colocado. Além disso,
uma descoberta arqueológica, efetuada alguns anos atrás, revelou indícios do
emprego de asfalto, no século IV, como material de construção de cidades.
Os egípcios utilizaram o petróleo para o embalsamamento de mortos
ilustres (múmias) e como elemento de liga nas pirâmides. Os romanos e os gregos
usavam-no para fins bélicos. Nos cercos de Plateia e Delium, por exemplo,
lançaram dardos incendiados, impregnados de betume, para destruir as muralhas
inimigas.
Na Ásia Menor (Oriente Médio), onde se acham atualmente as maiores
jazidas petrolíferas do mundo, o imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia,
numa de suas famosas expedições, observou na zona asiática de Bactriana a
presença de chamas surgidas do seio da terra e de uma fonte de combustíveis,
que chegava a formar um lago. Este é um exemplo de ocorrência superficial do
petróleo.
Estes fatos que se deram muito antes do nascimento de Cristo, e muitos
outros que poderiam ser citados fazem parte de uma época da história do
petróleo, que só vai terminar em 1669 e que é chamada fase PRÉ-COMERCIAL.

A fase COMERCIAL começa na Rússia em 1700, com a aplicação do


petróleo como remédio e na iluminação. Até essa época, o petróleo era utilizado
em seu estado bruto ou através de seus derivados naturais. Os primeiros poços
foram perfurados à mão, chegando a profundidade de 10 a 30 metros.
Em 1859, nos Estados Unidos da América, foi perfurado o primeiro poço
pelo Coronel Edwin Drake, fornecendo 19 barris diários. A esta época, o petróleo,
sob a forma de QUEROSENE, substituiu as velas e o óleo de baleia na
iluminação.

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A fase comercial durou até o ano de 1901, que marca o início da FASE
INDUSTRIAL. Neste ano, ocorreu o primeiro “BLOW OUT” – erupção
descontrolada do petróleo.
A partir de 1901, o petróleo, que até então era usado de forma limitada e
predominantemente na iluminação, passou a ser empregado como combustível.
Daí para cá, com o desenvolvimento tecnológico, seu uso tem sido ampliado, com
uma infinidade de utilizações, estendendo-se da agricultura à indústria.

1.2 No Brasil

A história do petróleo no Brasil começa em 1858, quando o Marquês de


Olinda assina o Decreto nº 2.266 concedendo à José Barros Pimentel o direito de
extrair mineral betuminoso para fabricação de querosene, em terrenos situados às
margens do Rio Marau, na então província da Bahia. No ano seguinte, o inglês
Samuel Allport, durante a construção de Estrada de ferro Leste Brasileiro, observa
o gotejamento de óleo em Lobato, no subúrbio de Salvador.
Em 1871, em Alagoas, foi feita a primeira sondagem, que em nada resultou.
Em 1918 é feita a segunda tentativa, agora, obedecendo a um programa, foi
estabelecido, que seriam realizadas perfurações nos estados de Alagoas, Bahia e
Paraná, estes esforços também em nada resultaram.
Somente em 1939, na Bahia – Começaram os sucessos que o Brasil vem
alcançando no setor, como consequência da criação em 1938 do:
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL e do CONSELHO
NACIONAL DO PETRÓLEO.
Em Lobato (Bahia), a 21 de Janeiro de 1939, foi descoberto petróleo no
Brasil pela primeira vez.
Até o final de 1939, tinham sido perfurados aproximadamente 80 poços. O
primeiro campo comercial, entretanto foi descoberto somente em 1941, em
Candeias, BA.
Em 1953, o Brasil inaugura nova fase petrolífera, em que recursos mais
poderosos e capazes vão dar solução a seu problema de abastecimento nacional.
Instituiu-se o monopólio estatal da pesquisa, da exploração, da refinação do
petróleo de poço, do xisto e do gás natural.

A CRIAÇÃO DA PETROBRÁS

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Para executar estas tarefas, cria-se a PETROBRÁS pela Lei 2.004, e 3 de
Outubro de 1953. Esta Lei, além de criar a PETROBRÁS, deu novas retribuições
ao Conselho Nacional do Petróleo.
O CONSELHO NACIONAL DO PETRÓLEO é um órgão subordinado ao
Ministério das Minas e Energia, com as funções de orientar e fiscalizar o
monopólio, além de superintender as medidas concernentes ao abastecimento
nacional de petróleo, inclusive a fixação dos preços dos derivados.
A PETROBRÁS é uma sociedade por ações, de economia mista, com
predominância obrigatória de capital subscrito pelo Governo da União,
responsável pela execução do monopólio, isto é, responsável pela execução das
tarefas de pesquisa, de exploração e de refinação do petróleo de poço e de xisto.
Desde a sua criação a PETROBRÁS já descobriu petróleo nos estados do
Amazona, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia,
Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Santa Catarina. Cada década
tem sido marcada por fatos de grande relevância na exploração de petróleo no
país.
Na década de 50 foram as descobertas dos campos de petróleo de
Tabuleiro dos Martins, em Alagoas, e em Taquipe, na Bahia. Na década de 60
foram descobertos os campos de Carmópolis, em Sergipe, e Miranga na Bahia.
Ainda em Sergipe, um marco notável dessa década foi a primeira descoberta no
mar, o campo de Guaricema.
O grande fato dos anos 70, quando os campos de petróleo do Recôncavo
Baiano entravam em maturidade, foi a descoberta da província petrolífera da
Bacia de Campos, através do Campo de Garoupa. Nessa mesma década outro
fato importante foi a descoberta de petróleo na plataforma continental do Rio
Grande do Norte, através do Campo de Ubarana.
A década de 80 foi marcada por três fatos de relevância: A constatação de
ocorrências de petróleo em Mossoró, no Rio Grade do Norte, apontado para o que
viria a se constituir, na maior área produtora de petróleo do país, as grandes
descobertas dos campos gigantes de Marlin e Albacora em águas profundas da
Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e as descobertas do campo terrestre na
província de Urucu, no Amazonas.
Na década de 90, várias outras grandes descobertas já foram
contabilizadas, como campos gigantes de Roncador, Marlin Sul, Barrracuda e
Caratinga, na Bacia de Campos, estado do Rio de Janeiro.
A produção de Petróleo no Brasil cresceu de 750 m3/dia na época da
criação da Petrobrás para mais de 182.000 m3/dia no final dos anos 90, graças
aos contínuos avanços tecnológicos de perfuração e produção na plataforma
continental.

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2 – Noções de Geologia
GEOLOGIA: Noções
Tempo geológico
Minerais/rochas
Bacias sedimentares

A Geologia: É uma ciência que estuda o planeta terra, a sua origem, a sua
estrutura, os materiais constituintes e a história neles registradas ao longo dos
ciclos de processos que os modificam.

2.1 - CURIOSIDADES

A terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos, mas somente há 600 milhões de anos
surgiram os primeiros animais e vegetais e há 1 milhão de anos aproximadamente
surgiram os primeiros homens.

Nosso planeta tem um raio de 6.000 Km, sendo o Monte Everest o ponto mais alto
do globo com cerca de 8.800 m de altura e o ponto mais baixo em torno de 10 Km.
Altitude e profundidade relativas ao nível do mar.

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No que se refere a temperatura da terra, esta aumenta progressivamente para o
interior da terra. Para calcular esse aumento de temperatura usamos o grau
geotérmico. Por exemplo: a temperatura no fundo da Mina do Morro Velho (MG),
com aproximadamente 2. 500 m de profundidade está em torno de 64°C.
Descontando-se a temperatura média anual da superfície de 18ºC, teremos um
grau geotérmico igual a 54,3 m.

Calculando: 2.500m/ (64°C – 18ºC) = 54,3 m


Logo, podemos dizer que nesta mina há um aumento de 1ºC a cada 54,3m em
média.

2.2 - ESCALA GEOLÓGICA DO TEMPO

• 4,4 Bilhões - Acresção planetesimal


• 4,0 Bilhões - Começa a formar a crosta terrestre.
• 3,6 Bilhões - Vidas unicelulares se formam.
• 3,2 Bilhões - Fotossíntese de algas gera O2.
• 2,8 Bilhões - Organismos multicelulares.
• 2,4 Bilhões - Colisões das placas continentais.
• 2,0 Bilhões - Invertebrados marinhos
• 1,2 Bilhões: Extensa vida marinha. Super continente.
• 800 Milhões - Primeiros fósseis, ruptura continental.
• 400 Milhões - Peixes, anfíbios, florestas
• 300 Milhões - Dinossauros, Super-continente Pangea (Gondwana)
• 200 Milhões - Mamíferos e pássaros
• 120 Milhões - Nasce o Oceano Atlântico

2.3 - A CHEGADA DO HOMEM

• 65 Milhões - Fim dos dinossauros.


• 50 Milhões - Primeiros Primatas.
• 5 milhões - Primeiros hominídeos bípedes. (Australopitecíneos) - África (Rift
Valley).
• 3 milhões - Homo Habilis.
• 100.000 anos - Homo Sapiens (Homem moderno).
• 12.000 anos (??) - Homem na América.

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2.4 - ESTUDO DAS ROCHAS

Definição de Rocha: É todo agregado natural composto por um ou mais minerais


com características próprias quanto à sua origem, à natureza e disposição dos
minerais que a constitui, portanto, o que caracteriza uma rocha é a sua morfologia,
disposição e percentagens de minerais constituintes, bem como o mineral ou
minerais dominantes.
Por exemplo, o granito é uma rocha ígnea formada por quartzo, feldespato e mica,
que são minerais comuns na crosta terrestre. A palavra rocha, não reflete
obrigatoriamente dureza. Mesmo as mais duras sofrem desintegração pela água e
gases da atmosfera.

Classificação das Rochas: Ígneas, Metamórficas e Sedimentares

Rocha Ígnea: São aquelas produzidas pela solidificação de um magma (massa


fundida do interior da terra), constituído de uma solução de silicatos e mantido
líquido por uma temperatura extremamente elevada. Vulcões ativos nos dão
amostra de vários tipos de magma. Ex:: Basalto, granito, diabásio.

Rocha Metamórfica: São aquelas que se originam pela transformação de rochas


preexistentes, em virtude de novas condições de pressão e temperatura.
Ex: Ardósia, gnaisse, xisto e o mármore.

Rocha Sedimentar: Rocha originada da consolidação de detritos de rochas que


foram transportados, depositados e acumulados, ou de produtos de atividade
orgânica, precipitados químicos por evaporação ou atividade bioquímica.
Geralmente forma estratos ou camadas. Ex: Arenitos, siltitos, coquinas e
carbonatos.

2.5 - MEIOS DE TRANSPORTE E AMBIENTES DEPOSICIONAIS

Ventos, rios, correntes marinhas e geleiras são os principais responsáveis


pelo transporte de rochas, fragmentos de rocha, animais e vegetais ao longo da
superfície da terra. A tendência natural é que esses materiais sejam levados
sempre para os locais mais baixos, ou seja, para as bacias sedimentares.
Margens e fundo de rios, lagos e mares, são os principais ambientes
deposicionais.
Correntes de turbidez (turbiditos), são fortes correntes marinhas que
deslocam grandes massas no oceano. São elas que justificam a presença de areia
e matéria orgânica em locais profundos do oceano.

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2.6 - BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRA

Uma bacia sedimentar é uma depressão da crosta terrestre preenchida por


rochas sedimentares. Dentre os tipos existentes, encontramos no Brasil:

• Bacias de Margem Continental: Bacia da foz do Amazonas, bacia


potiguar, Sergipe-Alagoas, Espírito Santo, Campos, Santos, etc.

• Bacias Intracratônicas: Bacia do Amazonas, Paraíba, Paraná etc.


caracterizam-se por grandes dimensões e rampas com mergulhos suaves.

Origem das bacias da margem continental

As bacias sedimentares brasileiras, onde estão situados nossos principais


campos petrolíferos são as da margem continental, ou seja, se encontra ao longo
da costa leste brasileira. A Bacia de Campos se enquadra neste tipo de bacia e se
destaca em termos nacionais pela sua produtividade e reservas. Existe uma
estreita associação entre a formação destas bacias e o afastamento dos
continentes Africano e Sul-Americano, gerado pela Tectonia de placas.
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2.7 - MOVIMENTOS TECTÔNICOS

São movimentos internos da terra que causam alteração na crosta terrestre,


como dobras, fraturas e falhas. As erupções vulcânicas e os terremotos são
exemplos vivos desses movimentos tectônicos. Graças a esses movimentos foi
possível a formação de armadilhas estruturais capazes de acumular petróleo.

3 – NOÇÕES DE GEOLOGIA DO PETRÓLEO

Origem Migração E Acumulação

 O petróleo (composição/geração)
 Rocha geradora/capeadora/reservatório
 migração
 trapas

3.1 - O PETRÓLEO

Substância oleosa menos densa que a água, constituída pela mistura de


milhares de compostos orgânicos, formados pela combinação de moléculas de
hidrogênio e carbono. Hidrocarbonetos, a palavra petróleo vem do Latim petra =
rocha e oleum = óleo. (óleo de rocha)
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O petróleo tem origem a partir da matéria orgânica depositada junto com os
sedimentos. A matéria orgânica marinha à basicamente originada de
microorganismos e algas que formam o fitoplancton e não pode sofrer processo de
oxidação.
A matéria orgânica proveniente de vegetais superiores também pode dar origem
ao petróleo, todavia sua preservação torna-se mais difícil em função do meio
oxidante em que vivem.
O tipo de hidrocarboneto gerado, óleo ou gás, é determinado pela
constituição da matéria orgânica original e pela intensidade do processo térmico
atuante sobre ela. A matéria orgânica proveniente do fitoplancton, quando
submetida a condições térmicas adequadas, pode gerar hidrocarboneto líquido. O
processo atuante sobre a matéria orgânica vegetal lenhosa poderá ter como
consequência a geração de hidrocarboneto gasoso.
Admitindo um ambiente apropriado, após a incorporação da matéria
orgânica ao sedimento, dá-se aumento de carga sedimentar e de temperatura,
começando então, a se delinear o processo que passa pelos seguintes estágios
evolutivos:

3.1.1 - Teoria orgânica

A matéria orgânica depositada com os sedimentos é convertida por


processos bacterianos e químicos, durante o soterramento, num polímero
complexo chamado de querogênio. Este processo é acompanhado por remoção
da água e compactação dos sedimentos. “O querogênio, por sua vez, é convertido
em hidrocarbonetos por craqueamento térmico a maiores profundidades e
temperaturas relativamente elevadas.”

3.1.2 - Processos de Transformação

Na faixa de temperaturas mais baixas, até 65ºC, predomina a atividade


bacteriana que provoca a reorganização celular e transforma a matéria orgânica
em querogênio. O produto gerado é o “metano bioquímico” ou biogênio. Este
processo é denominado de: DIAGÊNESE.

O incremento de temperatura, até 165ºC, é determinante da quebra das


moléculas de querogênio e resulta na geração de hidrocarbonetos líquidos e gás,
o processo é CATAGENESE.

A continuação do processo, avançando até 210ºC, propicia a quebra das


moléculas de hidrocarbonetos líquidos e sua transformação em gás leve, o
processo é METAGENESE.

Ultrapassando essa fase, a continuação do incremento de temperatura leva


à degradação do hidrocarboneto gerado, deixando como remanescente grafite,
gás carbônico e algum resíduo de gás metano: METAMORFISMO.
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Assim, o processo de geração de petróleo como um todo é resultado da
captação da energia solar, através da fotossíntese, e transformação da matéria
orgânica com a contribuição do fluxo de calor do interior da terra.

3.2 - CONDIÇÕES NECESSÁRIAS À ACUMULAÇÃO DE PETRÓLEO

3.2.1 - Rocha Geradora

Para se ter uma acumulação de petróleo é necessário que, após o processo


de geração, ocorra a migração e que esta tenha seu caminho interrompido, pela
existência de algum tipo de armadilha geológica.
O petróleo é gerado numa rocha dita geradora, e se desloca para outra,
onde se acumula, dita reservatório.
Podemos citar como exemplo de rocha geradora: (Argilitos, sapropel
litificado).

3.2.2 - Migração Primária: È o fluxo de petróleo, ao longo do tempo, da rocha


geradora à rocha reservatório.

3.2.3 - Migração Secundária: É o fluxo de óleo através da própria rocha


reservatório, até encontrar uma armadilha ou um caminho para zonas de menor
pressão.

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ROCHA CAPEADORA

ROCHA RESERVATÓRIO
MIGRAÇÃO

ROCHA GERADORA

A não contenção do petróleo em sua migração permitiria seu caminho


continuado em busca de zonas de menor pressão até se perder através de
esudações, oxidação e degradação bacteriana na superfície.

3.2.4 - Rocha Reservatório

O petróleo, após ser gerado e ter migrado, é eventualmente acumulado


numa rocha chamada de reservatório.

Ela é uma rocha porosa e suficientemente permeável para que o petróleo


possa ter chegado a ela. É composta de grãos ligados uns aos outros por um
material chamado de cimento. Para se constituir um reservatório deve apresentar
espaços vazios no seu interior, e que estes vazios estejam inter conectados.
Exemplos de rocha reservatório: arenito, carbonatos, calcarenitos.

POROSIDADE: Proporção entre o espaço livre (vazio) de uma rocha e o volume


total da mesma.

PERMEABILIDADE: É definida como sendo a medida da facilidade de uma rocha


reservatório ser atravessada por fluidos. A permeabilidade é grandemente

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influenciada pelo tamanho dos grãos; quanto menores forem os grãos, menor será
a permeabilidade.

3.2.5 - Rocha Selante

Atendidas as condições de geração, migração e reservatório, para que se


dê a acumulação do petróleo, existe a necessidade que alguma barreira se
interponha no seu caminha. Esta barreira é produzida pela rocha selante, cuja
característica principal é sua baixa permeabilidade.
Além da impermeabilidade, a rocha selante deve ser dotada de
plasticidade, característica que a capacita a manter sua condição selante mesmo
após submetida a esforços determinantes de deformação. Duas classes de rochas
são selantes por excelência: os folhelhos e os evaporitos (sal). Outros tipos de
rocha também podem funcionar como tal.

3.2.6 - Aprisionamento do petróleo (Trapas)

Um dos requisitos para a formação de uma jazida de petróleo é a existência


de armadilhas ou trapas, que podem ter diferentes origens, características e
dimensões.
Convencionalmente, as armadilhas são classificadas em: estruturais,
estratigráficas e mistas ou combinadas.

Estruturais: São trapas originadas por deformação local da rocha reservatório,


causada por falhamento e/ou dobramento.

Estratigráficos: São originadas pela variação das características das rochas


reservatório, como por exemplo: sua porosidade, seus constituintes ou
simplesmente sua falta de continuidade. Discordância erosiva.

Combinados: Associação de trapas estruturais e estratigráficas. ex:: Domo salino.

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Alguns tipos de
trapas:

A geração e a acumulação do petróleo pode ser resumido conforme abaixo:

1) Matéria Orgânica em qualidade e quantidade acumulada junto aos sedimentos

2) Soterramento rápido em ambiente adequado (redutor)

3) Preservação da matéria orgânica

4) Processo Geoquímico, pressão e temperatura

5) Transformação em hidrocarbonetos

6) Migração primária

7) Migração secundária

8) Acumulação nas rochas reservatório

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A ausência de qualquer um desses elementos impossibilita a existência de
uma acumulação petrolífera, portanto, a existência de uma bacia sedimentar não
garante, por si só, a presença de jazidas de petróleo. Como podemos ver o
petróleo não é encontrado por simples sorte e nem por acaso. Existem critérios
geológicos que nos indicam onde devemos procurar as acumulações de petróleo.

FORMAÇÃO DE UMA JAZIDA

4- RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO

A palavra reservatório que pode ser encontrada em qualquer dicionário


significa um recipiente onde se acumula alguma coisa, como por exemplo, uma
caixa d’água, um tanque de combustível de um carro, uma represa e etc.
Em geologia e engenharia de petróleo, reservatório é o nome que se dá a uma
rocha existente no subsolo, onde se acumulou petróleo em seu interior em épocas
muito antigas.

O reservatório de petróleo, tem a mesma função qualquer outro reservatório ou


seja armazenar. O que diferencia dos demais é sua forma física. Enquanto uma
caixa d’água é um recipiente que tem um espaço interno amplo, no qual se
deposita água, o reservatório de petróleo é um bloco aparentemente maciço de
rocha.

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No interior das rochas que compões o reservatório, existe uma significativa
quantidade de espaços vazios, em geral de dimensões milimétricas, nos quais o
petróleo é armazenado. Não existem grandes cavernas ou lagos subterrâneos
cheios de petróleo.

A analogia mais próxima de um reservatório de petróleo seria a de uma esponja


cheia de líquido.

Ao contrário de uma esponja que para retirar um fluido do seu interior basta
espremê-la, a retirada de um fluido do interior de um reservatório de petróleo é
feita através de poços e apresenta uma complexidade muito maior.

Um reservatório é composto de milhões de metros cúbicos de rocha que podem


ser encontrados desde algumas centenas, até alguns milhares de metros abaixo
da superfície da terra.

RESERVATÓRIO

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GÁS
ÓLEO

AGUA

4- PROSPECÇÃO DE PETROLEO

4.1- MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO

A descoberta de uma jazida de petróleo em uma nova área é uma tarefa


que envolve um largo e dispendioso estudo e análise de dados geofísicos e
geológicos das bacias sedimentares. Somente após exaustivo prognóstico do
comportamento das diversas camadas do subsolo, os geólogos e geofísicos
decidem propor a perfuração de um poço, que é a etapa que mais investimentos
exige em todo o processo de prospecção.
Um programa de prospecção visa fundamentalmente a dois objetivos: 1)localizar
dentro de uma bacia sedimentar as situações geológicas que tenham condições
para acumulação de petróleo; 2) verificar qual, dentre estas situações, possui mais
chance de conter petróleo. Não se pode prever portanto, onde existe petróleo, e
sim os locais mais favoráveis para sua ocorrência.
A identificação de uma área favorável à acumulação de petróleo é realizada
através de métodos geológicos e geofísicos, que, atuando em conjunto,
conseguem indicar o local mais propício para a perfuração. Todo programa
desenvolvido durante a fase de prospecção fornece uma quantidade muito grande

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de informações técnicas, com um investimento relativamente pequeno quando
comparado ao custo de perfuração de um único poço exploratório.

Como minimizar o risco?

Conhecendo a Geologia da área.


Eliminando as áreas de alto risco e baixo prêmio.
Aplicando recursos ($ e humanos) nas áreas mais favoráveis.
Utilizando métodos de investigação cada vez mais sofisticados($).

4.1.1- MÈTODOS GEOLÓGICOS

A primeira etapa de um programa exploratório é a realização de um estudo


geológico com o propósito de reconstituir as condições de formação e acumulação
de hidrocarbonetos em uma determinada região. Para esse fim o geólogo elabora
mapas de geologia de superfície com apoio da aerofotogrametria e foto geologia,
insere a geologia de subsuperfície a partir dos mapas de superfície e dados de
poços, como também analisa informações de caráter paleontológico e geoquímico.

Geologia de Superfície

Através do mapeamento das rochas que afloram na superfície, é possível


reconhecer e delimitar as bacias sedimentares e identificar algumas estruturas
capazes de acumular hidrocarbonetos. Os mapas geológicos que indicam as
áreas potencialmente interessantes são continuamente construídos e atualizados
pelos exploracionistas. Nestes mapas, as áreas compostas por rochas ígneas e
metamórficas são praticamente eliminadas, como também pequenas bacias com
espessura sedimentar reduzida ou sem estrutura favoráveis à acumulação.
Nesta fase existe a possibilidade de reconhecimento e mapeamento de
estrutura geológica que eventualmente possam incentivar a locação de um poço
pioneiro. As informações geológicas e geofísicas obtidas a partir de poços
exploratórios são de enorme importância para a prospecção, pois permitem
reconhecer as rochas que não afloram na superfície e aferir e calibrar os
processos indiretos de pesquisa como os métodos sísmicos.

Aerofotogrametria e Foto geologia

• A aerofotogrametria: É fundamentalmente utilizada para construção de


mapas base ou topográficos e consiste em fotografar o terreno utilizando-se
um avião devidamente equipado, voando com altitude, direção e velocidade
constantes.

• A fotogeologia: consiste na determinação das feições geológicas a partir


de fotos aéreas, onde dobras, falhas e o mergulho das camadas geológicas
são visíveis.

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Além das fotos aéreas obtidas nos levantamentos aerofotogramétricos, utilizam-se
imagens de radar e imagens de satélites, cujas cores são processadas para
ressaltar características específicas das rochas expostas na superfície.

• Aerofotogrametria:

• Sensoriamento remoto: Fotos feitas a partir de satélites

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Geologia de Subsuperfície

Consiste no estudo de dados geológicos obtidos em um poço exploratório.


A partir destes dados é possível determinar as características geológicas das
rochas de subsuperfície. As técnicas mais comuns envolvem:
- a descrição das amostras de rochas recolhidas durante a perfuração;
- o estudo das formações perfuradas e sua profundidade em relação a um
referencial fixo (o nível do mar);
- a construção de mapas e seções estruturais através da correlação entre
informações de diferentes poços;
- identificação dos fósseis presentes nas amostras de rochas provenientes da
subsuperfície.

4.1.2- MÉTODOS POTENCIAIS

A geofísica é o estudo da terra usando medidas de suas propriedades


físicas. Os geofísicos adquirem, processam e interpretam os dados coletados por
instrumentos especiais, com objetivo de obter informações sobre a estrutura e
composição das rochas em subsuperfície. Grande parte do conhecimento
adquirido sobre o interior da terra, além dos limites alcançados por poços, vem de
observações geofísicas.
A gravimetria e a magnetometria, também chamadas de métodos potenciais
foram muito importantes no início da prospecção de petróleo por métodos
indiretos, permitindo o reconhecimento e mapeamento das grandes estruturas
geológicas que não apareciam na superfície.

• Gravimetria

Sabe-se que o campo gravitacional terrestre depende de cinco fatores: latitude,


elevação, topografia, marés, e variações de densidade em subsuperfície. Este
ultimo é o único que interessa na exploração gravimétrica para petróleo, pois
permite fazer estimativas da espessura de sedimentos em uma bacia sedimentar,
presença de rochas com densidade anômalas como rochas ígneas e domos de
sal,, e prever a existência de altos e baixos estruturais pela distribuição lateral
desigual de densidades em subsuperfície. A unidade de medida da aceleração do
campo gravitacional terrestre é o “gal”.

• Magnetometria

A prospecção magnética para petróleo tem como objetivo medir pequenas


variações na intensidade do campo magnético terrestre, consequência da
distribuição irregular de rochas magnetizadas em subsuperfície. A unidade de
medida é o “gamma.”

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Gravimetria Magnetometri
a

Sísmica Sondagem
Elétrica

4.1.3-MÉTODOS SÍSMICOS (Sísmica de Reflexão)

A sísmica de reflexão é o método de prospecção mais utilizado, atualmente,


na indústria do petróleo, pois além de fornecer alta definição das feições
geológicas em subsuperfície propícias à acumulação de hidrocarbonetos tem um
custo relativamente baixo. Este método consiste na emissão de ondas elásticas
que são geradas por fontes artificiais ao subsolo que, quando refletidas e
refratadas nas interfaces dos estratos geológicos, o “eco” das ondas é detectado,
amplificado e registrado por instrumentos especiais. O objetivo final da sísmica é
medir a profundidade das interfaces em pontos sucessivos do terreno para obter a
confirmação geral dos estratos de uma bacia sedimentar. As gravações são
armazenadas em meio magnético o qual oferece a vantagem de permitir
tratamentos posteriores e consequentemente, uma melhoria do registro obtido no
campo.
A interpretação sísmica é uma ferramenta poderosa, tanto para delinear a
geometria externa, quanto para quando se tem resolução suficiente, detectar as
intercalações impermeáveis do meio poroso, no auxilio dos compartimentos dos
reservatórios. Embora as aquisições sísmicas sejam geralmente realizadas na
fase exploratória de uma determinada área, têm sido crescentes os levantamentos
sísmicos em qualquer fase da vida de um campo, voltado para estudos de
reservatório.

TREINAMENTO DE TÉCNICOS DE OPERAÇÃO - MFP 22


Levantamento Sísmico no mar

airguns streamers

Streamers: São cabos que contém receptores , tem flutuação e podem ser
rebocados no mar.

Airguns: São canhões de ar comprimido que produzem ondas acústicas e servem


como fonte de energia sísmica no mar.
Síntese do levantamento Sísmico

Levantamento sísmico terrestre

TREINAMENTO DE TÉCNICOS DE OPERAÇÃO - MFP 23


Após gravados no campo, os dados sísmicos são tratados matematicamente
gerando imagens interpretáveis, as seções sísmicas.
As seções sísmicas são interpretáveis gerando mapas geológicos onde serão
selecionados os melhores pontos.

• Detonação de explosivos ou vibrosséis;


• Reflexão das ondas sonoras em interfaces acústicas;
• Volta das ondas refletidas em direção à superfície.
• Registro do tempo de trânsito da onda por geafones
• Transmissão para unidade de registro

SISMICA 3D

TREINAMENTO DE TÉCNICOS DE OPERAÇÃO - MFP 24


Se colocarmos todo o dado gerado por um levantamento 3D pequeno em
disquetes e empilharmos teremos uma pilha do tamanho do Word Tride
Center

1350 feet
(1350
Feet)

Índice de sucesso exploratório

Brasil - 1999 18%

Mundo 10 – 14%

Uma vez definido os pontos favoráveis, inicia-se a perfuração dos poços.

TREINAMENTO DE TÉCNICOS DE OPERAÇÃO - MFP 25


TRATAMENTO DE DADOS

ESTAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO

SALA DE
VISUALIZAÇÃO

Acompanhamento Geológico

• Coleta e descrição de amostras de calha e testemunhos

• Testes de formação e perfis elétricos.

• Geologia de Reservatórios

• Análise de campos produtores

• Poços exploratórios
• Monitoramento da produção
• Recuperação secundária

TREINAMENTO DE TÉCNICOS DE OPERAÇÃO - MFP 26

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