Hipertensão Arterial na
Gravidez
Realizado por:
9º CLE, Turma A
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Epidemiologia
• Distúrbios hipertensivos:
– 7 a 10% grávidas
– 20 a 40% em grávidas com antecedentes de HTA,
doenças cardiovasculares e renais, diabetes
mellitus, LES.
HTA Gravidez
Desconhecida
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Diagnóstico da HTA na Grávida
ou
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Classificação da Hipertensão na
Gravidez
Hipertensão Hipertensão
Crónica Induzida pela
Hipertensão
Gravidez transitória
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Hipertensão Crónica
• Quando já existia HTA prévia à gravidez
• Hipertensão grave
– Riscos de complicações graves
– Vigilância clínica frequente
– Aconselha-se a indução do parto entre as 36 e as 37 semanas.
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Hipertensão Crónica
• Risco aumentado de surgir pré-eclâmpsia sobreposta e/ou
descolamento prematuro da placenta
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HIPERTENSÃO CRÓNICA COM
Pré-
Pré-Eclâmpsia sobreposta
• Estabelece-se quando:
– Proteinúria
• TA diastólica: + 15 mmHg
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Hipertensão Induzida pela Gravidez
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Pré-
Pré-Eclâmpsia
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PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA
Etiologia e Factores de Risco
• Os sinais e sintomas surgem
Primíparas
somente durante a gravidez e Idade >
Gemelari- 35/40
anos
desaparecem rapidamente dade
eclâmpsia.
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PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA
Fisiopatologia
• Sinais e Sintomas:
HTA
Edema Proteinúria
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PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA
Fisiopatologia
• Doença multisistémica, relacionada com as alterações
fisiológicas da gravidez
• Causa Desconhecida
• Origem: Placenta
• A base da doença: dificuldade e incapacidade da
invasão do lúmen das arteríolas espiraladas pelo
citotrofoblasto extravilositárico.
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PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA
Fisiopatologia
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PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA
Fisiopatologia
• Diminuição da perfusão dos orgãos maternos
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PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA
Fisiopatologia
• Hipertensão + Proteinúria:
– Resultado do aumento da perfusão renal (mecanismo
protector como consequência de uma lesão
endotelial)
• Factores imunitários
– Resposta imunitária à placenta e feto (primíparas e
multigestas de novo parceiro)
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PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA
Tipos
• Pré-Eclâmpsia Leve/Moderada:
Diagnóstico com base no aparecimento de HTA, proteinúria e/ou
edema após 20ª semana gestação. Não requer internamento.
Recomendações
• Pré-Eclâmpsia Grave:
Agravamento mulsissistémico. Surgem outros sintomas para além
dos tradicionais e característicos da Pré-eclâmpsia leve/moderada.
Esta situação requer internamento.
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Avaliação
• Consulta Pré-Natal
– Despiste dos factores de risco e primeiros
sintomas de pré-eclâmpsia.
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Eclâmpsia
”É o desenvolvimento de convulsões ou
coma em pacientes com sinais e
sintomas de pré-eclâmpsia em que
aquelas não possam ser atribuídas a
patologia neurológica pré-existente”
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Síndrome de HELLP
H – Hemolysis
EL – Elevated Liver enzymes
LP – Low Platelets
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SÍNDROME DE HELLP
Tratamento
• O tratamento da síndrome de HELLP é
semelhante ao da pré-eclâmpsia/eclâmpsia
grave.
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Hipertensão Transitória
”É o desencadear de hipertensão
durante agravidez, ou 24 horas após
o parto, sem quaisquer outros sinais
de pré-eclâmpsia ou hipertensão
pré-existente.”
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Atitudes Terapêuticas
• Para o tratamento da eclâmpsia e pré-eclâmpsia a terapêutica anti-
hipertensora só deve ser utilizada quando os valores de T.A. são
extremamente elevados (possível hemorragia Intra-craniana).
• Objectivos da sua administração:
– ↓PA sem hipotensão do SNC materno e utero-placentar
• Principais fármacos
– Hidralazina
– Nifedipina
– Labetalol
– Metildopa
– Sulfato de Magnésio
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Condições que levam ao
desencadeamento do parto
Parto
Pré-Eclâmpsia Eclâmpsia
Dependem do
Indução do parto Atitude Conservadora
tempo de Gestação
Indicações obstrétricas Prolongamento da gravidez
para cesariana, com maturação do feto
principalmente se depois (Administração de
de 6/8h de indução o glucocorticóides)
parto não decorrer Critérios
(Prostaglandinas ou
oxitocina) (Graça, 2005)
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CRITÉRIOS DA INDUÇÃO DO PARTO
Anestesia
Tipos de Anestesia
Geral
Local Epidural
Não
recomendada Não recomendado em:
Grandes vantagens na
cesariana
pesquisa de hiper-reflexia
Efeitos hepáticos:
• Disfunção hepática
• Necrose periportal
• Hematoma subcapsular
Efeitos pulmonares:
• Edema pulmonar broncopneumonias
• Hemorragia intrapulmonar difusa
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Complicações Maternas
Efeitos cardiovasculares:
• Insuficiência cardíaca grave
Efeitos hematológicos:
• Hemólise
• Coagulação intravascular disseminada
Efeitos no SNC:
• Alterações visuais
• Hiperreflexia
• Convulsões
• Hemorragias Cerebrais (casos graves) 29
Complicações Fetais
Alteração da perfusão uteroplacentária
• Sofrimento fetal;
• Parto pré-termo
• Lesões no SNC
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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Prevenção Primária
Anamnese
Questionar a grávida:
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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Prevenção Primária
Exame físico
• Avaliar TA
• Avaliar o edema;
• Avaliar o peso diariamente;
• Avaliar o débito urinário de 8h/8h;
• Pesquisar a presença de protenúria com fita reagente;
• Avaliar os reflexos tendinosos profundos (reflexos de patela, bíceps e dos
tornozelos);
• Avaliar a altura do fundo do útero
• Avaliar a frequência cardíaca fetal
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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Prevenção Primária
Exames laboratoriais
• Hemoglobina/hematócrito Elevados
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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Prevenção Secundária
• Promover o repouso para bem-estar físico e emocional;
• Posição de decúbito lateral esquerdo alternando com lateral direito;
• Avaliar diariamente o peso e edemas;
• Avaliar a TA 8h/8h;
• Avaliação diária de protenúria;
• Avaliação do Balanço hídrico;
• Avaliação da altura do fundo do útero;
• Avaliação do bem-estar fetal (CTG e BCF);
• Admnistração da terâpeutica prescrita;
• Dar apoio emocional à grávida e à familia.
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ECLÂMPSIA
Sinais Período Prodrómico
• Amnésia;
• Cefaleias intensas (não cedem com analgésicos);
• Alterações visuais (Diplopia, escotomas);
• Náuseas e vómitos;
• Dores epigástricas intensas;
diplopia
• Início de convulsões:
– Contracções a nível facial;
– Flexão lateral da cabeça,
– Espasmos faciais (tensão do pescoço a companhado de fixação do
olhar)
( Graça, 2005 e Perry, 2008)
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PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE / ECLÂMPSIA
Cuidados Especiais
Cuidados Especiais
Isolamento da grávida num quarto Balanço hídrico e hidroelectrolítico;
obscurecido com temperatura amena e
agradável livre de ruídos;
Grades de protecção na cama Vigilância da pressão venosa central (PVC);
almofadadas;
Restrição das visitas; Vigilância dos BCF, CTG
Informar a grávida quanto: Administração de oxigénio (SOS),
- importância de repouso absoluto
- permanência no maior tempo possível
em decúbito lateral esquerdo,
-aspiração se necessário
-oxigenoterapia,
-monitorização do estado fetal e uterino.
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(Adaptado Graça, 2005)
PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE / ECLÂMPSIA
Cuidados Especiais
3 Cuidados Principais
Profilaxia das
Convulsões
Controlo da Planeamento
Sulfato de Magnésio Hipertensão do Parto
(MgSO4 )
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PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE / ECLÂMPSIA
Cuidados Especiais
Efeitos do Sulfato de Magnésio
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Alterações Psico-
Psico-Emocionais
• Algumas reacções a nível Psicológico ( Diagnóstico de gravidez de risco):
– Ansiedade,
– Baixa Auto-estima,
– Sentimento de culpa,
– Frustração,
– Incapacidade para resolver os seus problemas.
– encorajar a dizer os seus receios e medos( pode ser uma boa estratégia para aliviar um
pouco a tensão e o mau estar;
• Incluir os familiares no tratamento (é sem dúvida uma boa estratégia para que
estas mulheres se sintam menos sós). 41
Conclusão
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Hipertensão na gravidez
Leve/ Síndrome de
Grave Pré-eclampsia Eclampsia
Moderada HELLP
Pré-eclampsia
sobreposta 3 Tipos de Pré-eclampsia
Profilaxia
Leve Moderada Grave
Sulfato de
Magnésio
(MgSO4)
CURA
Parto
Induzido Conservado
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Bibliografia
• BRANDEN, Pennie Sessler - Enfermagem Materno-Infantil. 2ª ed. Reichmann & Affonso
Editores. 2000. ISBN 85-87148-41-9.
• GRAÇA, Luís Mendes da – Medicina Materno-Fetal. 3ª ed. Lisboa: Lidel, 2005 ISBN 972-
757-325-8.
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PRÉ-
PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE/MODERADA
Recomendações
• Repouso (Decúbito Lateral Esquerdo)
• Avaliação Diária da tensão arterial
• Avaliação do peso e da presença de edemas
• Tomar a terapêutica prescrita
• Estar atenta aos movimentos fetais
• Ingerir cerca de 8 copos água/dia
• Evitar o álcool e alimentos muito salgados.
Exemplos de atitudes a tomar consoante o tempo de gestação das mulheres grávidas com
pré-eclampsia grave