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CIPA OQUE É
Grupo de pessoas, representantes do empregador e dos empregados, especialmente
treinados para colaborar na prevenção de acidentes.
CIPA significa: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
A Cipa foi criada pelo governo federal na década de 40 objetivando reduzir o grande
número de acidentes de trabalho nas indústrias.
NORMA REGULAMENTADORA 5 (NR. 5 COM REDAÇÃO
DADA PELA PORTARIA 08 SST PUBLICA NO DOU DE 23 DE
FEVEREIRO DE 1999)
Cumpre nos essclarecer que a portaria 3214 expedida aos 08 de junho de 1978, pelo
Ministério do Trabalho era composta por 28 Normas Regulamentadoras (NR) relativos à
Segurança e Medicina do Trabalho; 1988 iniciou-se o processo de atualização das normas
existentes bem como a criação de normas para atender situações de riscos existentes em
setores específicos em que NR 05 não abrangia. Diante disso em:
• 12.04.1988 a Portaria 3067 aprova as Normas Regulamentadoras Rurais e
dentre elas a NNR 03 que cria quesitos especificas para as CIPAS das empresas rurais;
• 04.07.1995 a Portaria 04 alterou a NR 18 incluindo quesitos específicos às
Cipas das empresas da Construção Civil;
• 17.12.1997 a Portaria 53 criou a NR 29 com quesitos específicos para às das
empresas Portuárias;
• 23.02.1999 a Portaria 08 alterou profundamente a NR 05 criando uma melhor
estruturação do processo eleitoral, inclusive, com a constituição de Comissão Eleitoral; um rol
de atribuições compatíveis com uma Cipa eficiente; um curso objetivo a compreensão dos
determinantes dos acidentes e doenças do trabalho. Definiram-se, ainda, as relações das Cipas
das empresas contratantes com as das contratadas, das Cipa´s de estabelecimentos de uma
mesma empresa em um mesmo município e das Cipa´s dos “Shoppings” ou de conglomerados
de empresas.
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Ressaltamos, ainda, a redução de burocracias, tanto para as empresas quanto para o


Ministério do Trabalho e Emprego. Esta redação faz com que a sociedade, através das
representações de trabalhadores e empregadores e as próprias Cipa´s, efetivamente,
desenvolvam ações necessárias à prevenção de Acidentes e de doenças decorrentes do
trabalho.
A nova norma abona o critério de grau de risco criando agrupamento de empresas com
base em similaridade de processo produtivo ou em critérios de negociação coletiva.
“Entedeu-se que a classificação de empresas em grau de risco não é mais
condizente com a realidade, na qual se percebeu aumento significativo de problemas à
saúde em setores anteriormente considerados como de baixo grau de Risco. (Fonte manual
da Cipa DRT)”.
15.12.1999 a portaria 2037m alterou a NR 22 incluindo quesitos específicos para as
Cipa´s das empresas de Mineração;
08.08.2001 a Portaria 19 criou a NR 30 com quesitos específicos para as Cipa´s das
empresas Aquaviárias;
22.10.2002 a Portaria 30 criou a NR 31 com quesitos específicos para as Cipa´s das
empresas com atividades no campo;
11.11.2005 A Portaria GM 485 aprova a NR 32 com quesitos para trabalhos na área da
saúde;
22.12.2006 A portaria SIT 202 aprova a NR 33 com quesitos para trabalho em
Espaços Confinados.

Para que alguém possa se iniciar devidamente no vasto campo da Segurança do


trabalho, deve seguir, acima de tudo, uma das leis mais antigas do mundo, primordial mesmo:

Tal lei poderia ser definida: PROCURAR RESOLVER DE FORMA RACIONAL E


LÓGICA QUALQUER PROBLEMA QUE LHESEHJA PROPOSTO, BUSCANDO
ABORDA-LO POR SEU ÂNGULO MAIS FAVORAVEL, MANTENDO SEMPRE EM
MENTE QUE SOLUÇÕES POSSÍVEIS DEVEM ESTAR EM HARMONIA COM O BEM
ESTAR DE SEUS COLEGAS E SEU PROPRIO, APRENDENDOCOK O DESENROLAR
DO PROCESSO E REPASSANDO O APRENDIZADO A SEUS PARES.
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Já para avançarmos com sucesso no campo da segurança do trabalho, é necessária a


participação ativa de todas as pessoas envolvidas na organização, participação essa que por
sua vez, depende da boa comunicação, fundamental para a correta troca de conceitos e o
entrosamento de idéias.
Mas se importante é ter idéias e manter canais de comunicação abertos entre as
pessoas, imprescindível é o correto registro das idéias e soluções que deram/dão certo.
Foi pensado em tal registro e na importância da segurança no trabalho que o
Ministério do trabalho estabeleceu normas regulamentadoras, que apresentam o mínimo
exigível das empresas em matéria de segurança e medicina do trabalho. Em especial as
normas que apontam as diretrizes para a organização e o funcionamento das CIPAs para cada
setor especifico. (NR 05, 18, 22,30).

A CIPA CONSIDERA O FATO DE O ACIDENTE DO TRABALHO SER FRUTO


DE CAUSAS QUE PODEM SER ELIMINDAS OU ATENDIDAS OU ATENUADAS,
ORA PELO EMPREGADOR, ORA PELO EMPREGADO OU PELA AÇÃO
CONJUGADA DE AMBOS.

Além de disso, é fora de dúvida que tento o empregador como o empregado tem
razões muito sérias para se unirem no esforço contra o acidente do trabalho.

CONSTITUIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA CIPA.

5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular


funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da
administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas,
cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.

5.1 a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a


prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador. Através do relato das condições de risco dos ambientes de trabalho, observados
pelos componentes da Cipa que solicitarão imediatas providências a quem de direito , possa
REDUZIR OU NEUTRALIZAR os riscos de acidentes.
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Você sabia?
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a
Que todas as empresa designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos
empresas precisam desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participação dos
ter pelo menos uma empregados, através de negociação coletiva. 5.6.4 Quando o
pessoa com curso estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um
de Cipa? responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser
adotados mecanismos de participação dos empregados, através de
negociação coletiva.

5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores


avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas a disposição estabelecida em
Normas Regulamentadoras de setores econômicos específicos.

5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos,


deverá garantir a integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de
harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho.

5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de


membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o
desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e
instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da administração do mesmo.

A Cipa será composta de representantes do empregador e dos empregados, de


acordo com as proporções mínimas estabelecidas no Quadro I da NR 05. Ressalvadas as
alterações em setores econômicos específicos.

5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles


designados.

5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em


escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.

5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os


representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.
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5.13 Será indicados, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu
substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a
concordância do empregador.

O PROCESSO ELEITORAL

5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos
empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato
em curso.

5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral


ao sindicato da categoria profissional.

5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo
mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão
Eleitoral - CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo
eleitoral.

5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída
pela empresa.

5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:

a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo


mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de
quinze dias;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;
d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
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e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato


da CIPA, quando houver;
f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e
em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.
g) voto secreto;
h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de
representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela
comissão eleitoral;
i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;
j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período
mínimo de cinco anos.

5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na votação,
não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação que
ocorrerá no prazo máximo de dez dias.

5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais


votados.

5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.

5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e


apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de
vacância de suplentes.

A eleição deverá ser realizada durante o expediente normal da empresa, respeitados os


turnos.

5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma
reeleição.

O membro titular perderá o mandato, sendo substituído pelo suplente, quando faltar a
mais de 4 (quatro) reuniões ordinárias sem justificativa.
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O Suplente assumirá como o membro titular nas condições a seguir discriminadas,


devendo o empregador comunicar ao órgão regional do MTB as alterações e justificar os
motivos:

a) Quando tiver participado de mais quatro reuniões ordinárias da Cipa, como


substituto do titular que faltou por motivo não justificado previamente.

b) Quando ocorrer cessação do contrato de trabalho do membro titular.

No caso de afastamento definitivo do presidente o empregador indicará o substituto,


em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.

O empregador pode substituir o presidente da Cipa por empregado que não seja
membro da comissão. No caso de substituição por pessoa não integrante, deverá ser
promovido seu treinamento.

5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da


representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis.

5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo
de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua
candidatura até um ano após o final de seu mandato.

Caso desejar sair da empresa, o empregado deverá primeiramente solicitar por escrito
sua renuncia ao mandato ou do direito da garantia de emprego, quando o mandato já houver
encerrado. A empresa deverá enviar correspondência ao MTE. Comunicando o fato e a
substituição do membro da Cipa por suplente.

5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas
atividades normais na empresa, sendo vedada à transferência para outro estabelecimento sem
a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da
CLT.

Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem anuência, para localidade


diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar
necessariamente mudança de domicilio.
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ATRIBUIÇÕES DA CIPA

• A Cipa terá por atribuição:

a) Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com


a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT,
onde houver;

“A Cipa não tem como atribuição fazer avaliações quantitativas para


identificação dos riscos. A atribuição de medir e quantificar é do SESMET, ou do
responsável pelo PPRA. A Cipa deve identificar os riscos para poder elaborar o mapa de
riscos que é uma metodologia de avaliação qualitativa e subjetiva dos riscos presentes no
trabalho.”

b) Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de


problemas de segurança e saúde no trabalho;

A Cipa deverá fazer um plano de trabalho simples o qual conterá objetivos, metas,
cronogramas de execução e estratégia de ação. A elaboração de plano do trabalho foi
escolhida dentro da visão de que a Cipa deve ser uma comissão proativa, que pretenda
efetivamente contribuir, dentro de suas possibilidades, para a melhoria das condições de
trabalho. Cabe ressaltar que o mesmo pode estar estruturado na própria ata, não necessitando
constituir documento separado. É importante que a empresa garanta aos membros da Cipa o
tempo necessário para que este plano seja elaborado e monitorado.
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Segue modelo de plano de trabalho.

AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS:

PERIODICIDADE AÇÃO RESPONSÁVEL

INSPEÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCO


Agendar no mês, a data e horário mais adequado para verificação do ambiente de trabalho,
visando anteceder a situação de risco. Emitindo o Relatório para avaliação na Reunião da
Ordinária da CIPA.
PREVISÃO SETORES RESPONSÁVEIS

MAPA DE RISCO
Classificar os riscos identificados com entrevista aos colegas e demonstrar em forma de
gráfico nos setores.
PREVISÃO AÇÃO RESPONSÁVEIS

SIPAT
PREVISÃO PALESTRAS RESPONSÁVEIS
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CAMPANHAS

AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
PREVISÃO AÇÃO RESPONSÁVEIS

PROCESSO ELEITORAL DA PRÓXIMA GESTÃO


DATA DOCUMENTO AÇÃO
Documento assinado pelo empregador (preposto) comunicando
Convocação da Eleição
a todos os funcionários para eleição.
Comunicar a data de realização da eleição para Sindicato da
Comunicação ao Sindicato
Categoria.
Selecionar funcionários que serão responsáveis pela
Constituição da Com. Eleitoral. divulgação, inscrição e acompanhamento de todo Processo de
Eleição.
Comunicação aos funcionários da abertura do Processo de
Publicação e Divulgação do Edital
eleição, divulgando a todos o período de inscrições.
Abertura das inscrições dos Período mínimo de inscrição de 15(quinze) dias e entrega de
Candidatos Comprovante de Inscrição.
Divulgação dos Candidatos inscritos para eleição, fixando a
Relação de Candidatos Inscritos
relação nos mura da empresa.
Imprimir este documento em 03(três) vias que serão enviadas
Ata de Eleição dos
ao sindicato e MTE, retornando a empresa 01(uma) via
Representantes dos Empregados
carimbada pelos mesmos.
Imprimir este documento em 03(três) vias que serão enviadas
Ata de Instalação e Posse ao sindicato e MTE, retornando a empresa 01(uma) via
carimbada pelos mesmos.
Imprimir este documento em 03(três) vias que serão enviadas
Calendário de Reuniões ao sindicato e MTE, retornando a empresa 01(uma) via
carimbada pelos mesmos.

c) Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de


prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos
locais de trabalho;
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d) Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho


visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores;
e) Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;
g) A melhor forma de despertar o interesse dos trabalhadores para a segurança e
saúde é através da divulgação de informações.
h) Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionado à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e
saúde dos trabalhadores;
j) 9.6.3. O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais
nos locais de trabalho que coloquem em situação de grave e iminente risco
um ou mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as
suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as
devidas providências. (NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais).
k) Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de
outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
l) Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem
como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à
segurança e saúde no trabalho;
m) Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;
n) Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
o) Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
p) Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
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q) Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de


Prevenção da AIDS.

5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao


desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas
constantes do plano de trabalho.

O tempo e os meios necessários para o desempenho das funções previstas no plano de


trabalho da Cipa deverão ser garantidos pelo empregador.

CABE AOS MEMBROS DA CIPA

Cabe ao Presidente da Cipa:

a. Convocar os membros para as reuniões da CIPA;


b. Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT,
quando houver, as decisões da comissão;
c. Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d. Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e. Delegar atribuições ao Vice-Presidente;

Cabe ao Vice-Presidente:

a. Executar atribuições que lhe forem delegadas;


b. Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus
afastamentos temporários;

O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes


atribuições:

a. Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o


desenvolvimento de seus trabalhos;
b. Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os
objetivos propostos sejam alcançados;
c. Delegar atribuições aos membros da CIPA;
d. Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
e. Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;
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f. Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;


g. Constituir a comissão eleitoral.

O Secretário da CIPA terá por atribuição:

a. Acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para


aprovação e assinatura dos membros presentes;
b. Preparar as correspondências; e
c. Outras que lhe forem conferidas.

CABE AO EMPREGADOR

• O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação


necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de
segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.
• 5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA,
titulares e suplentes, antes da posse.

FUNÇÕES DOS EMPREGADOS

Cabe aos empregados:

a. Participar da eleição de seus representantes;


b. Colaborar com a gestão da CIPA;
c. Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar
sugestões para melhoria das condições de trabalho;
d. Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
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TREINAMENTO

A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e


suplentes, antes da posse.

“O treinamento devera ser repetido quando o trabalhador for novamente indicado ou


reeleito ou mesmo quando indicado ou eleito já houver feito curso anteriormente, em outros
estabelecimentos ou em outra empresa. O curso deve ser realizado para cada membro de cada
mandato da Cipa.

5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo


de trinta dias, contados a partir da data da posse.

5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente


treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.

5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito
horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.

O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

a. Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos


originados do processo produtivo;
b. Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;
c. Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos
riscos existentes na empresa;
d. Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e medidas de
prevenção;
e. Noções sobre as legislações trabalhistas e previdenciária relativas à segurança e
saúde no trabalho;
f. Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
g. Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das
atribuições da Comissão.
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EMPRESAS CONTRATANTES E EMPRESAS CONTRATADAS.

5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-


se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus empregados
estiverem exercendo suas atividades.

O dimensionamento da Cipa, para empreiteiras ou empresas prestadoras de serviço, é


calculado com base no número de seus empregados em cada estabelecimento, separadamente,
não podendo ser somados com os empregados do estabelecimento onde prestam suas
atividades.

5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a


CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou
com os designados, definir mecanismos de integração e de participação de todos os
trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes no estabelecimento.

5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão


implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho,
decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de
segurança e saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento.

5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas


contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele
estabelecimento recebam as informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho,
bem como sobre as medidas de proteção adequadas.

5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o


cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas de
segurança e saúde no trabalho.

“Os itens 5.47,5. 48,5. 49 e 5.50 tratam da relação e das responsabilidades de


contratantes e contratadas. A norma responsabiliza, solidariamente, contratantes e contratadas
na criação de mecanismos de integração de políticas de segurança e saúde e de CIPA ou
designados, de forma a garantir o mesmo nível de proteção a todos os trabalhadores do
estabelecimento. A Contratante deve: passar informações sobre os riscos presentes nos
ambientes de trabalho às contratadas, às Cipa´s ou designados e aos demais trabalhadores do
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estabelecimento; definir as medidas de proteção adequadas aos riscos da empresa e


acompanhar a implantação das medidas indicadas. A forma como se dará o cumprimento
desses itens deverá ser definida pela empresa ou estabelecimento em acordos e convenções
coletivas.

REUNIÃO DA CIPA

COMO FAZER?

Todos os membros da Cipa devem reunir-se uma vez por mês, obedecendo a um
calendário anual, em local apropriado e durante o expediente normal, para que os problemas
referentes à segurança sejam discutidos em conjunto.

5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário


preestabelecido.

5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da


empresa e em local apropriado.

5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento
de cópias para todos os membros.

5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do


Trabalho - AIT.

5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:

a) Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação


de medidas corretivas de emergência;
b) Ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
c) Houver solicitação expressa de uma das representações.
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Objetivos da Reunião:

• Receber e analisar informações e sugestões referentes à prevenção


de acidentes, vindos de membros de Cipa ou não;
• Elaborar conclusões para situações de risco encontradas;

5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.

5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com


mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião.

5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento


justificado.

5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião


ordinária, quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os
encaminhamentos necessários.

• Promover a divulgação de assuntos que vissem a redução de acidentes;


• Analisar acidentes e afastamentos;

ESTRUTURA GERAL DE UMA REUNIÃO


TIPICA

• Ler a ata da ultima reunião;


• Verificar oque foi feito;
• Determinar pendências e descobrir o por
que;
• Propor novos assuntos e designar
responsáveis;
• Fazer analise de acidentes;

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SEMPRE REALIZAR A AVALIAÇÃO DA REUNIÃO:

• Os objetivos da reunião foram alcançados?


• Que medidas de prevenção apresentam dificuldades de solução e por
quê?
• Todos os participantes tiveram oportunidade de se manifestar durante
a reunião?
• Com base na experiência de hoje oque podíamos acrescentar ou
modificar?
• Quais novas sugestões foram apresentadas?

No final de cada reunião deve-se definir o dia, local e horário do próximo


encontro.

Devemos lembrar que a estrutura geral de reunião colocada acima é apenas um


exemplo e que cada grupo poderá encontrar a rotina de trabalho mais adequada para si.

ACIDENTES DE TRABALHO

CONCEITO LEGAL (CLT)

É todo aquele acidente que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa,
provocando lesão corporal, perturbação funcional, doença que cause a morte, a perda ou a
redução permanente ou temporária.
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CONCEITO PREVENCIONISTA (NBR 14280/99)

“Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionado com o


exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre próximo ou remoto
dessa lesão.”

São considerados acidentes de trabalho, os acidentes ocorridos durante o horário


de trabalho e no local de trabalho em conseqüência de:

• Agressão física;
• Ato de sabotagem;
• Brincadeiras;
• Conflitos;
• Ato de imprudência;
• Negligencia ou imperícia;
• Desabamento;
• Inundação;
• Incêndio

OS ACIDENTES OCORRIDOS FORA DO LOCAL DE TRABALHO:

• Quando o empregado estiver executando ordem ou realizando serviço sob o


mando do empregador;
• Em viagem a serviço da empresa;
• No percurso da residência para o local de trabalho;
• Do trabalho para casa;
• Nos períodos de descanso, ou por ocasião da satisfação de necessidades
fisiológicas, no local de trabalho;
• As doenças de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade.
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DOENÇAS PROFISSIONAIS:

Quando são considerados acidentes de trabalho?

• São aquelas produzidas ou desencadeadas pelo exercício do trabalho peculiar a


uma determinada atividade, e possuam nexo com a atividade que a empresa
realize.

COMUNICADO DE ACIDENTES DO TRABALHO (CAT)

O que é?

É um formulário que deve ser preenchido quando ocorrer acidente de trabalho.

“O acidente de trabalho deverá ser comunicado a empresa imediatamente,


quando possível pelo acidentado.”

Isto está baseado na necessidade de que os fatores ocasionais do acidente devem


ser investigados o mais rapidamente possível, para que todas as medidas de correção e
prevenção sejam prontamente tomadas, além de serem imediatamente efetuados os
primeiros socorros ao acidentado.

“A CAT deve ser emitida pela empresa do acidentado em até 24 horas úteis apos
o acidente. Em caso de morte deve ser emitida imediatamente, além de ser comunicada à
autoridade policial.”

CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

São várias as causas dos acidentes, que sejam eles de trabalho, de trajeto, ou
doenças profissionais.

Essas causas são basicamente separadas em três grupos, a saber:

AÇÕES INSEGURAS

Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou


favorecer a ocorrência de acidentes.
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Exemplos:

• Agir sem permissão, sabendo que deve pedi-la;


• Brincar em local de trabalho;
• Inutilizar dispositivos de segurança, sendo conhecedor de suas necessidades;
• Dirigir perigosamente, sendo habilitado;
• Não usar EPI, sabendo que é para usá-lo;
• Não cumprir as normas de segurança, sendo conhecedor das mesmas.

FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA:

Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do


acidentado ou à prática do Ato inseguro.

Dividem-se em dois grupos:

• Erro inconsciente do acidentado, ou seja, quando ele não sabe ou não


percebe que está errando;
• Distração;
• Esquecimento;
• Falta de conhecimento
• Falhas orgânicas:
• Desmaio;
• Cãibras;
• Ataque epilético;

CONDIÇÃO AMBIENTE DE INSEGURANÇA:

Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência.

OBS: A PALAVRA AMBIENTE SIGNIFICA TUDO O QUE SE REFERE AO


MEIO, DESDE A ATMOSFERA DO LOCAL D ETRABALHO ATÉ AS
22

ISNTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, SUBSTANCIAS UTILIZADAS E METODOS DE


TRABALHO EMPREGADOS. (NBR 14280/99)

a) Na construção e instalações em que se localiza a empresa: áreas insuficientes,


piso fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e de
limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização;
b) No maquinário: localização imprópria das maquinas, falta de proteção em partes
moveis e pontos de agarramento, máquinas apresentando defeitos;
c) Na proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou totalmente ausente, roupas
não apropriadas, calçados impróprios, equipamentos de proteção com defeito;

É sabido que as partes móveis das máquinas formam pontos de agarramento que
representam constante fonte de perigo para o operador.

Eis alguns exemplos de pontos de agarramento:

• Cilindros;
• Polias;
• Correias;
• Correntes;
• Partes sobressalentes;
• Engrenagens
• Eis algumas partes que poderão ser agarradas:
• Cabelos compridos;
• Roupas soltas;
• Camisa e mangas compridas;
• Adornos.

Todos os aspectos precisam ser observados, estudados e tratados para conseguir


resultados duradouros ou definidos, mas algumas providências podem ser tomadas de
imediato para minimizar os riscos.
23

RISCOS AMBIENTAIS

Consideram-se riscos ambientais, tudo que tem potencial para gerar


acidentes ou doenças no trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade
e tempo de exposição. Dividem-se em agentes

Físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.

A norma regulamentadora NR 09, no subitem 9.1.1 trata dos riscos ambientais,


onde estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implantação do PPRA- Programa de
Prevenção dos Riscos Ambientais, no qual a CIPA tem sua participação conforme está
prevista na NR 09 subitem 9.2.2.1

9.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração


e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA,
visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção
do meio ambiente e dos recursos naturais. (109.001-1 / I2)

9.2.2.1. O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser


apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR 5,
sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão. (109.008-9 / I2)

Agentes Físicos

Estes são Representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho, tais


como vibração, radiação, ruído, calor e frio que, de acordo com as características do
posto de trabalho, podem causar danos à saúde.
24

Vibração

Os problemas orgânicos motivados pela vibração aparecem na grande maioria


dos casos, após longo tempo de exposição. Nos casos de vibração de todo o corpo, podem
aparecer problemas renais e casos de dores fortes na coluna.

As vibrações localizadas nos braços e mãos provocam


deficiências circulatórias e nas articulações.

Exemplo de vibração localizada: Mangote vibrador de concreto, martelete


pneumático, compactador pneumático e motosserra.

MEDIDAS DE CONTROLE:

a) Instalação de suportes antivibratórios;


b) Podem ser usados: plástico, borracha, fibras e cortiça como absorventes;
c) Manutenção adequada;
d) EPI;
e) Limitação de tempo de tempo de exposição.
f) Treinamento e exames periódicos.

CALOR

Os Trabalhadores expostos a trabalhos de fundição, siderúrgica, indústria de


vidro, etc., são os mais propensos a problemas como: desidratação, cãibras e, em alguns
casos, de problemas com o cristalino do globo ocular, mais conhecido como catarata.
Convém esclarecer que os fatores comentados, geralmente, aparecem devido à exposição
excessiva ao calor.
25

MEDIDAS DE CONTROLE:

a) Uso de barreira;
b) Isolamento da operação;
c) Controle de trabalhador;
d) Limitação de tempo de tempo de exposição.

RUÍDO

Certas máquinas, equipamentos ou operações produzem um ruído agudo e


constante. Estes níveis sonoros, quando acima da intensidade, conforme legislação
especifica e, de acordo com a duração de exposição no ambiente de trabalho, provocam,
em principio, a irritabilidade ou uma sensação de audição do ruído mesmo estando em
casa. Com passar do tempo, a pessoa começa a falar mais alto ou a perguntar
constantemente, por não ter entendido. Este é o inicio de uma surdez parcial que, com o
tempo, passará a ser total e irreversível.

Exemplos: Trânsito, sala de máquinas, geradores, serrarias, teares e prensas.

MEDIDA DE CONTROLE:

a) Controle de ruído na fonte;


b) Controle de ruído na trajetória;
c) Controle de ruído no trabalhador;

PROGRAMA DE CONTROLE AUDITIVO – PCA

A implantação do uso de protetores auriculares requer acompanhamento e


treinamento do trabalhador. Este EPI com muitos outros, precisa de um período de
adaptação do usuário, além de supervisão médica.
26

Frio

Os casos mais comuns que se destacam pela ação do frio são: dermatites, gripes,
inflamações das amídalas e da laringe, resfriados, algumas alergias, congelamento nos
pés, mãos e problemas circulatórios.

Geralmente essas ocorrências predominam em empresas, tais como:


industrialização de pescados, frigoríficos, indústria de alimentos congelados, etc.

Radiações

• Ionizante: Causam queda de cabelo, tumores, câncer de pele, leucemia e até


morte. Estão na radiação solar, nos procedimentos de radiologia e gamografia,
em usinas atômicas.
• Não ionizantes: Causam queimaduras na pele e nos olhos. Estão presentes nos
processos de soldagem, em aparelhos de microondas, em fornos e sistema de
aquecimento. Estão geralmente relacionados ao calor.

MEDIDAS DE CONTROLE:

Os trabalhadores expostos a radiação ionizantes devem portar dosimetro, o


tempo de exposição deve ser limitado, o controle radiometrico tem que ser feito
periodicamente, para ver se foram ultrapassados os limites de tolerância epi´s especiais.
27

Quanto à radiação não ionizante, podemos nos proteger usando: barreiras na


trajetória, treinamento do trabalhador, epi´s como óculos com lente apropriada, luvas,
aventais, protetores faciais, mascaras de soldador, etc.

Pressões Anormais

Causa embolia, aneurisma, derrame. Estão relacionadas a serviços de mergulho,


construção de túneis ou de fundações submersas, de pontes, escavações de áreas de
alicerces.

Umidade

Causa problemas de pele, fuga de calor do organismo. Pode ser proveniente de


qualquer processo que utilize a água (lavagem de maquinas e ambientes, lavagem de
alimentos), pintura de ambientes com produção de vapor (estufas), ou também do
próprio clima.

AGENTES QUÍMICOS

Os agentes químicos podem ser encontrados na forma, gasosa, líquida, sólida e/ou
pastosa. Quando absorvidos pelo nosso organismo, produzem, na grande maioria dos
casos, reações diversas, dependendo da natureza, da quantidade e da forma da
exposição à substância.

Riscos Químicos

Poeiras:

São partículas sólidas dispersas no ar por ação mecânica, ou seja, por ação do
vento, de lixadeiras, serviços de raspagem e abrasão, polimento, acabamento, escavação,
colheita, etc. Dependendo do tamanho da partícula, podem causar pneumoconiose (caso
da sílica) ou até tumores de pulmão (caso do amianto); as poeiras mais grossas causam
alergias e irritações nas vias respiratórias.
28

Fumos:

São partículas sólidas dispersas no ar, originadas da condensação de gases


provenientes de alguma queima, por exemplo, durante processo de soldagem. Também
podem causar pneumoconiose (caso da siderose, em siderúrgicas) ou envenenamento por
metais pesados (caso do saturnismo provocado pelo chumbo, em fundições).

Névoas:

São partículas liquidas dispersas no ar por ação mecânica, ou seja, por ação do
vento, de jatos de esguicho, de spray etc. Podem provocar os efeitos da umidade, ou
outros efeitos diversos, conforme a natureza do liquido que foi disperso, por exemplo,
uma névoa de óleo da máquina pode provocar dermatite se cair na pele, ou pode causar
problemas alérgicos e pulmonares se for respirada.

Neblina

São partículas liquidas dispersas no ar, originadas da condensação de gases


provenientes de algum processo térmico, por exemplo, cozimento de produtos
alimentícios. Podem causar efeitos da umidade, ou outros efeitos, em razão da natureza
do liquido que foi evaporado, por exemplo, uma neblina de ácidos pode se formar dentro
de uma galvanizadora, irritando os olhos, a pele e as vias respiratórias das pessoas.
29

Gases:

São elementos ou substâncias que, na temperatura normal, estão no estado


gasoso. Podem ser asfixiantes (gás de cozinha, acetileno, argônio, gás carbônico) ou
tóxicos (monóxido de carbono, amônia, cloro).

Vapores

São elementos ou substâncias que, em temperaturas acima do normal, estão no


estado gasoso. Podem causar efeitos diversos, conforme sua natureza. Estão geralmente
relacionados aos efeitos da umidade e das neblinas.

Substância, compostas ou produtos químicos em geral:

Seus efeitos estão relacionados à natureza de sua composição, podendo ser


corrosivos, cáusticos irritantes, alergênicos, etc. Como exemplo pode-se citar os ácidos,
os álcalis (soda), detergentes, desumidificantes, sabões, dentro de uma lista infindável de
produtos.

Ação no Organismo

VIA RESPIRATÓRIA

Nas operações de transformação de um produto, pelo processamento industrial,


dispersam-se na atmosfera substâncias, tais como: gases, vapores, névoa, fumo e poeiras.
Exemplos:

Pintura, pulverização, ácidos, fumos de solda.

Esses elementos penetram no organismo, pela via respiratória, atingindo desde as


vias aéreas superiores até os alvéolos e o tecido pulmonar, originando casos de asma,
bronquites, pneumoconiose.
30

VIA CUTÂNEA

Existem vários grupos de substâncias químicas que penetram, principalmente


pelos poros, algumas substâncias e vapores tem o poder de fixar-se no tecido adiposo.

Uma vez absorvida, a substância tóxica entra na circulação sanguínea,


provocando alterações, aos quais poderão criar quadros de anemia, alteração nos
glóbulos vermelhos e problemas da medula óssea.

O fígado tem propensão a assimilar o chumbo, mercúrio, arsênio etc. benzeno


fixa-se na medula óssea e pode provocar leucemia. A substância, uma vez no órgão de
afinidade, inicia no organismo distúrbios, prejudicando seriamente a saúde.

VIA DIGESTIVA

Certos hábitos como roer as unhas, comer no ambiente de trabalho e fumar são
as principais causas de ingestão de substâncias tóxicas.

EXISTEM OUTRAS VIAS DE ACESSO COMO SEROSA (OUVIDO) E


CONJUNTIVAL (OLHOS),

MEDIDAS DE CONTROLE:

a) Substituição do produto tóxico;


b) Mudança ou alteração do processo;
c) Enclausuramento da operação;
d) Segregação da operação;
e) Ventilação geral diluidora;
f) Ventilação geral exaustora.
g) EPI
31

Agentes Biológicos:

São microorganismos presentes no ambiente de trabalho tais como: bactéria,


fungos, vírus, bacilos, parasitas e outros.

Estes agentes biológicos são capazes de produzir doenças, deterioração de


alimentos, mau cheiro, etc. Apresentam muita facilidade de reprodução, além de
contarem com diversos processos de transmissão

Os casos mais comuns de manifestação são:

Ferimentos e machucados que podem provocar infecção por tétano, hepatite,


tuberculose, micoses de pelo, etc, e podem ser levados por outros funcionários para o
ambiente de trabalho;

Diarréias causadas pela falta de asseio e higiene em ambientes de alimentação;

Alergias provocadas por bolor;

Pediculoses e escabiose.

MEDIDAS DE CONTROLE;

São aplicadas no ambiente e ao trabalhador: rigorosa higiene pessoal das roupas


e dos ambientes de trabalho, esterilização, vacinação, EPI e controle médico.

Agentes Ergonômicos:

Ergonomia estuda a relação do entre o homem e seu ambiente de trabalho. Tais


conhecimentos são fundamentais ao planejamento de tarefas, postos e ambientes de
32

trabalho, ferramentas, máquinas e sistema de produção, a fim de que sejam utilizados


com o máximo de conforto, segurança e eficiência.

Os casos mais comuns de problemas ergonômicos são:

• Esforço físico intenso: Podem causar fadiga progressiva, levando a problemas


como: enfraquecimento muscular, alterações articulares e queda das reservas de
energia do corpo.
• Levantamento e transporte manual de peso: Sendo o peso excessivo e a forma
para seu transporte. Cada pessoa tem um limite de peso que pode levantar,
transportar e descarregar.
• Exigência de postura inadequada: Trabalhar constantemente em pé ou
constantemente sentado, dobras, encurvar, torcer a coluna de maneira excessiva,
podem causar desvios de coluna vertebral, distensões, luxações, cãibras,
deformações musculares.
• Controle Rígido de produtividade;
• Imposição de ritmo excessivo;
• Trabalho em turnos diurnos e noturnos: Este tipo de atividade causa descontrole
do relógio biológico, faz com que o funcionamento do organismo seja alterado,
causando insônia, má digestão etc.
• Jornadas de trabalho prolongadas;
• Monotonia e Repetitividade
• Outras situações causadoras de stress físico/ ou psíquico:

 Iluminação inadequada;
 Ruído perturbador;
 Odores incômodos;
 Poluentes;
 Comunicação visual descontrolada;
 Clima muito seco;
 Trabalho em ambiente confinado;
 Excesso de responsabilidade.
33

MEDIDAS DE CONTROLE:

Os agentes ergonômicos podem ser prevenidos ou minimizados através de


mudança no processo e organização do trabalho, ajustes e bancadas, alterações nas
dimensões de móveis e utensílios, inspeções de segurança, treinamentos e outras.

Risco de Acidentes

São todos aqueles que podem ocasionar algum tipo de lesão a integridade física
do trabalhador

 Arranjo físico inadequado: máquinas em posição incômoda, materiais mal


dispostos, móveis sem boa localização;
 Falta de ordem e limpeza: passagens obstruídas, obstáculos que impedem
o trânsito de pessoas; Obstáculo que possa provocar queda; Chão sujo de óleo e graxa.
 Máquinas e equipamentos sem proteção: correias, polias, correntes,
esteiras, eixos rotativos;
 Ferramenta inadequada ou defeituosa;
 Eletricidade;
 Probabilidade de incêndio ou explosão;
 Armazenamento inadequado;
 Animais peçonhentos;
 Outras situações que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes:
Falta de treinamento, EPI inadequado, falta de sinalização, falta de manutenção em
equipamentos; maquinário muito antigo, piso escorregadio etc..

MEDIDAS DE CONTROLE:

As condições inseguras presentes nos postos de trabalho podem ser detectadas


através de um programa de inspeção de segurança.

Antes da ocorrência dos acidentes, temos tempo para fazer um exame criterioso
de todas as máquinas e instalações, com o objetivo de levantar problemas e adoção de
medidas preventivas, reparando as situações de risco potencial.
34

Atividade.

No primeiro quadro os riscos estão distribuídos de maneira errada, pesquisa e


ordeneos conforme o grupo no quadro abaixo:

R I S C OS
RISCO
(Biológicos) (Ergonômicos)
Químico (Físicos) (Mecânicos)
CIPA COMISSÃO QUE DEFINE ATIVIDADES POR CONSENSO.
DESTAQUE ENTRE OS RISCOS ABAIXO QUAIS EXISTEM NA EMPRESA E ONDE VOCÊS
OS ENCONTRAM.

RISCO Onde RISCO Onde RISCO Onde RISCO Onde RISCO DE Onde
FÍSICO estão... QUÍMICO estão... BIOLÓGICO estão... ERGONÔMICO estão... ACIDENTES estão...
Esforço físico Arranjo Físico
Ruído
Poeira Vírus intensos inadequado
Máquinas e
Levantamento e
Vibrações equipamentos sem
Fumos Bactéria transp. de peso
proteção
Radiações Exigência de Ferramentas
Ionizantes Protozoários Postura inadequadas ou
Névoas
inadequada defeituosas
Radiações
Não Controle rígido de Iluminação
Ionizantes Neblinas Fungos produtividade inadequada

Imposição de
Frio Eletricidade
Gases Parasitas ritmo excessivo
Situações
Probabilidade de
causadoras de
Calor incêndio ou
Vapores Bacilos Stress físico e
explosão
psíquico
Jornada de
Armazenamento
Umidade Trabalho
Inadequada
prolongada

MAPA DE RISCO

Mapa de risco é uma representação gráfica dos pontos de risco encontrados em


cada setor. É uma maneira fácil e rápida de representar os riscos de acidentes do
trabalho.
35

Para que Serve?

 Indicar todos os pontos de risco que a Cipa encontrar;


 Tornar possível a visualização do ambiente, do ponto de vista dos riscos
encontrados, por todos os trabalhadores do local, pelo SESMET;
 Facilitar a discussão e escolha das prioridades a serem trabalhadas pela
Cipa;

Como elaborar?

Para a elaboração do mapa, convencionou-se atribuir uma cor para cada tipo de
risco e representa-lo em círculos:

VERDE: RISCO FÍSICO

VERMELHO: RISCO QUÍMICO

MARROM: RISCO BIOLÓGICO

AMARELO: RISCO ERGONÔMICO

AZUL: RISCO DE ACIDENTES

Para evidenciar o grau de risco, utilizam-se três tamanhos:

Risco
Grande
Risco
Médio
Risco Pequeno

Quando num mesmo ponto há incidência de mais de um risco de igual gravidade,


utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-se em partes, conforme exemplo abaixo:
36

ETAPAS DE ELABORAÇÃO

a) Conhecer o processo de trabalho no local analisado:


 Os instrumentos e matérias de trabalho;
 As atividades exercidas;
 O ambiente.
b) Identificar os riscos existentes no local analisado;
c) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia;

 Medidas de proteções coletivas;


 Medidas de organização do trabalho;
 Medidas de proteção individual;
 Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários,
bebedouro, refeitório, área de laser.

d) Identificar os indicadores de saúde:

 Queixas mais freqüências e comuns entre os trabalhadores expostos aos membros


riscos;
 Acidentes de trabalho ocorridos;
 Doenças profissionais diagnosticadas;
 Causas mais freqüentes de ausência ao trabalho.

e) Conhecer os levantamentos ambientes já realizados no local;


f) Elaborar o mapa de risco, sobre o layout da empresa, indicando através de circulo:

 O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor;


 O número de trabalhadores;
 A especificação do agente (por exemplo: químico – sílica, hexano, acido
clorídrico etc..);
37

 A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser
representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos;

Como Utilizar?

Uma vez preenchido o Mapa de risco, o mesmo deverá ser analisado, observando-se:

a) Os riscos de maior gravidade e os que merecem prioridade no saneamento das


irregularidades;
b) Que, à medida que forem sendo corrigidas as irregularidades, os círculos
indicativos do problema devem ser retiradas do mapa;
c) Se o problema foi apenas atenuado, retira-se o círculo e substitui-se por outro
menor, desde que a atenuação signifique redução no risco encontrado;
d) Se novos riscos forem encontrados, devem-se adicionar no mapa os círculos
correspondentes.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO

Todo e qualquer dispositivo individual (EPI) ou (EPC), de fabricação em série ou


desenvolvido especialmente para o caso, destinado a proteger a saúde e a integridade
física do trabalhador, projetado conforme os riscos levantados e os tempos de exposição
observados, instalado em campo por pessoal especializado, segundo as peculariedades do
ambiente e/ou do trabalhador que será treinado no correto emprego do dispositivo - e
tendo seus resultados monitorados para averiguação da manutenção de sua eficiência.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC

São equipamentos instalados no local de trabalho, que servem para proteger mais
de uma pessoa ao mesmo tempo.
38

Por exemplo: biombos, exaustores, ventiladores, paredes acústicas e térmicas,


iluminação de emergência, alarmes, extintores, exaustão localizada para solda,
dispositivo anti-vibratório, cabine pintura com exaustão e cortina d’a água, isolante
termo acústico, enclausuramento acústico e isolamento térmico.

A legislação vigente, em matéria de segurança e medicina do trabalho, da ênfase


ao uso de equipamentos de proteção coletiva, devendo estar em primeiro lugar em
Programas e Sistemas de Proteção.

Os EPC´s são importantes como medidas de controle perante a ação de agentes


potencialmente insalubres, tendo como objetivo a neutralização ou eliminação da
insalubridade, conseqüentemente a preservação da saúde e integridade física do
trabalhador.

Equipamentos de Proteção Individual EPI

Os equipamentos de proteção individual são identificados usualmente pela sigla


EPI.

São recursos amplamente utilizados para ampliar a segurança do trabalhador,


assumindo papel de grande responsabilidade, tanto por parte da empresa no tocante à
seleção. Escolha e treinamento dos usuários, como também do próprio empregado em
dele fazer uso do bem da sua própria integridade física diante da existência dos mais
variados riscos aos quais se expõe nos ambientes de trabalho.

Os epi´s são empregados quando:

a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
Exemplos: Em operação com o esmeril, em processos de pintura
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; exemplo:
Enquanto uma proteção acústica estiver sendo implantada;
39

DEVEMOS TER EM MENTE QUE OS EPI´S NEUTRALIZAM OS EFEITOS


NOCIVOS DECORRENTES DOS AGENTES AGRESSIVOS EXISTENTES NO
MEIO AMBIENTE DE TRABALHO, DESDE QUE DEVIDAMENTES
RECOMENDADOS PELO PPRA

Exigência Legal para Empregador e Empregado:

Aspectos Legais:

A lei nº6514 de 22/12/77, que alterou o capítulo V Título II, da CLT-


Consolidação das Leis do Trabalho, relativo á Segurança e Medicina do Trabalho, em
seu artigo 166 – Do Equipamento de Proteção Individual, informa que:

Art. 166. A empresa é abrigada a fornecer aos empregados gratuitamente,


equipamento de proteção individual adequado ao risco e em prefeito estado de conservação e
funcionamento sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra
os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.

Art. 157. Cabe às empresas:

I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar


no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;

IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Art. 158. Cabe aos empregados:

I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de


que trata o item II do artigo anterior;

II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.

Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:


40

a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do


artigo anterior;

b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecido pela empresa

Art. 167. O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

Cabe a.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; (206.005-1 /I3)


b) Exigir seu uso; (206.006-0 /I3)
c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho; (206.007-8/I3)
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
(206.008-6 /I3)
e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; (206.009-4 /I3)
f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, (206.010-8
/I1)
g) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)

6.7 Cabe ao empregado

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;


b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
41

c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;


e,
d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Nas empresas desobrigadas de constituir


CIPA, cabe ao cipeiro designado,
mediante orientação de profissional
tecnicamente habilitado, recomendar o
EPI adequado à proteção do trabalhador.

A escolha do Epi

O EPI deve ser escolhido de acordo com a necessidade de uso e a parte do corpo que
precisa ser protegida. Em função dos riscos específicos, a cada atividade são
desenvolvidos vários modelos de Epi´s, com formatos e materiais distintos, como luvas
de borracha, de PVC, de couro, etc.

Implantação

Passos para correta implantação de um epi:

1º Identifique e reconheça a existência do risco;

2º Avalie o risco;

3º Amostra de EPI

Todo o Epi deverá apresentar em caracteres


4º Testando EPI indeléveis e bem visíveis, o nome
comercial da empresa fabricante, o lote de
5º Treinando o Pessoal fabricação e o numero do CA, ou, no caso
de importador, o nome do importador, o
lote de fabricação e o número do CA.
42

Guarda e Conservação do EPI

É necessário que se ajude o usuário a conservar o seu equipamento de proteção


individual, não só conscientizando-se de que com a conservação ele estará se protegendo
como, também, oferecendo-lhe lugar próprio para guarda-lo após o seu uso.

NÃO SE ESQUEÇA DE ANOTAR E REGISTRAR EM


DOCUMENTO APROPRIADO A DATA DO
TREINAMENTO, COLHENDO NOMES E ASSINATURAS
DE TODOS OS QUE FORAM TREINADOS.

Características e Classificação dos Epi´s:

• Proteção para a cabeça

Cita-se aqui a proteção para o crânio e para os cabelos ou couro cabeludo.

A. Capacete para segurança – consiste em um casco e uma suspensão (carneira e


coroa), sendo que aquele tem como função principal, receber impactos, e a ultima
de absorve-los, distribuindo adequadamente a força de impacto.
B. Capuz de segurança, contra riscos de origem térmica, respingos de produtos
químicos e onde exista risco de contato com partes giratórias ou móveis de
máquinas.

 Proteção de Olhos e face

Citam-se os diversos tipos de óculos e protetores faciais com visor, mascara e escudo
para soldar.
43

Protetores

Óculos: A “alma” deste EPI reside fundamentalmente em suas lentes. As lentes são
constituídas de vidro ótico, devidamente endurecidas ou de resina sintéticas de boa qualidade.

Outra peça fundamental é a proteção lateral.

Tipos:

• Contra impacto de partículas sólidas e fagulhas;


• Contra gases e vapores;
• Contra aerodispersóides e respingos líquidos (poeiras, fumaças, fumos, névoas e
neblinas);
• Contra Ofuscamento e radiações lesivas (infravermelha, ultravioleta e térmica).

• Protetores Facias

Consistem essencialmente de um anteparo especifico, articulado a uma suspensão


ajustável e, quando necessário, um protetor para a cabeça, como adicional.

Função:

Visam das proteções à face e ao pescoço, contra impacto de partículas volantes e


respingo de líquidos prejudiciais e, também, a dar proteção contra ofuscamento em calor
radiante, onde necessário. Destacam-se cinco tipos básicos, a saber:

• Visor de plástico incolor;


• Visor de plástico com tonalidade;
• Visor de tela;
• Anteparo de tela com visor de plástico;
• Anteparo aluminizado com visor.
44

Proteção Respiratória.

Riscos

Os riscos que requerem proteção respiratória são:

• Deficiência de oxigênio no ambiente, assim entendida de oxigênio abaixo de


um limite crítico definido como 18% em volume.
• Contaminantes nocivos presentes no ambiente, que são os gases, os vapores e
os aerodispersóides, com partículas sólidas (pós e fumos) e líquidas (névoas e
neblinas)

Protetores

• Respirador purificador de ar

a) Respirador purificar de ar das vias respiratórias contra poeiras e névoas;


b) Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas e fumos;
c) Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas e fumos e radionuclídeos;
d) Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra vapores
orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50ppm;
e) Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e
gases de produtos químicos;
f) Respirador purificador de ar motorizado das vias respiratórias contra poeiras,
névoas, fumos e radionuclídeos;

 Respirador de adução de ar;


 Respirador de fuga
45

Proteção Auditiva

Riscos

Ruído excessivo > 80Db(A). Níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na


NR 15, Anexos I e II.

Protetores

Destacam-se dois tipos principais:

• Protetores de inserção
• Protetores de circum-auriculares.

Protetores de Inserção

• São colocados na entrada do canal externo do ouvido. Dividem-se em dois


grupos: moldados e moldáveis.

1. Protetores de Inserção Moldados

• Tem forma definida e são geralmente fabricados em


borracha ou plástico, sendo estes macios e flexíveis,
permitindo melhor ajuste ao ouvido. Geralmente são
encontrados em três tamanhos: pequeno, médio e grande.

Manutenção:

O jogo de caixa e protetores deve ser esterilizado pelo menos uma vez por semana.
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Descarte:

Os protetores de inserção moldados perdem suas propriedades físicas com o tempo,


por isso devem ser substituídos periodicamente.

2. Protetores de Inserção Moldáveis

São constituídos de algodão, ou polímero-espuma. Devem ser formados e inseridos


com as mãos limpas, evitando que a presença de sujeiras venha causar irritação ou
inflamação.

Protetores moldáveis têm a vantagem sobre os moldados de serem adaptáveis a


qualquer tamanho de canais auditivos, e por outro lado, por serem descartáveis, torna o seu
uso normalmente mais caro.

Protetores Auditivos Circum-auricular

• São também chamados tipo concha. Constam de duas conchas sustentadas


firmemente por uma haste. Apresentam-se em um só tamanho para as diversas
conformações de cabeças.

Manutenção:

Observar a compressão da haste e a vedação oferecida pela parte acolchoada para


protetor, a fim de garantir a atenuação esperada. Manter os protetores limpos.

Descarte:

Os protetores circum-auriculares devem ser substituídos quando perderem suas


características de atenuação.

• Proteção para o Tronco

Riscos
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Cortes e atributos, projeção de partículas, golpes, abrasão, calor radiante, respingos de


material fundente, respingos de ácidos, substâncias nocivas, umidade.

Protetores

Aventais, jaquetas ou conjunto de jaqueta, calça e capas. A proteção oferecida por


estes equipamentos não se limita unicamente ao tronco, mas protege também outras partes do
corpo. Estes protetores podem ser constituídos dos mais diversos materiais, conforme o risco
envolvido. Assim, entram na confecção o couro, PVC, neoprene, amianto, amianto
aluminizado, tecido, borracha, plástico, malha de aço.

Proteção para os Membros Superiores

Anatomicamente, divididos os membros superiores em três partes: braço, antebraço e


mão. Temos protetores específicos para as partes ou que englobam as três partes, dependendo
da atividade executada e do risco envolvido. Material de confecção: couro, borracha,
neoprene, cloreto de polivinita (PVC), amianto, tecidos, malha de aço.

Riscos

Golpes, cortes, abrasão, substâncias químicas, queimaduras, choque elétrico, radiações


ionizantes.

Protetores

- Luvas

a) Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) Luva de segurança para a proteção das mãos contra agentes cortantes e
perfurantes;
c) Luva de segurança para a proteção das mãos contra choques elétricos;
d) Luva de segurança para a proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) Luva de segurança para a proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) Luva de segurança para a proteção contra agentes químicos;
g) Luva de segurança para a proteção das mãos contra vibrações;
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h) Luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

Creme Protetor

Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos, de acordo com a Portaria SSST nº 26, de 29/12/1994.

Este EPI deve ser usado da seguinte forma:

1. Antes de iniciar o trabalho, ou o serviço envolvendo substâncias químicas


(óleo, graxa, solvente, thinner, tinta, gasolina, verniz, cal cimento, querosene,
etc.). Aplique o creme com as mãos secas e limpas, cobrindo toda a mão e, se
necessário, os braços.
2. Reaplique o produto sempre que reiniciar o serviço, ou seja, após as refeições
ou mesmo após lavá-las ou ir ao banheiro.

Atenção: há diferentes marcas de creme já disponíveis no mercado, devendo-se ter


cuidado com o tipo e sua especificação.

Exemplos:

• Creme protetor- óleo resistente (hidrossolível);


• Creme protetor- pintura óleo resistente (hidrossolível);
• Creme protetor- água resistente (hidroresistente);
• Creme protetor- pintura água e óleo resistente (hidrorresistente);
• Creme protetor Biológico.
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Manga

a) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques


elétricos;
b) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes
abrasivos e escoriantes;
c) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes
cortantes e perfurantes;
d) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade
proveniente de operações com uso de água;
e) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes
térmicos.

- Braçadeira

Braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

- Dedeira

Braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

• Proteção para os Membros Inferiores

Riscos

Superfícies cortantes e abrasivas, objetos perfurantes, substâncias químicas, choque


elétrico, agente térmicos, impacto de objetos, estática (compressão), umidade.
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Protetores

- Calçados:

a) Calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os


artelhos;
b) Calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
c) Calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) Calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes;
e) Calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente
de operações com uso de água;
f) Calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos
químicos.

- Meia

Meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

- Perneira

a) Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e


escoriantes;
b) Perneira de segurança para proteção
c) Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes respingos de produtos
químicos;
d) Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e
perfurantes;
e) Perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente de
operações com uso de água.
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- Calça

a) Calça de segurança para proteção contra agentes abrasivos e escoriantes;


b) Calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos
químicos;
c) Calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) Calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de
operações com uso de água.

• Proteção para o corpo inteiro

- Macacão

a) Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores


contra chamas;
b) Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores
contra agentes térmicos;
c) Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores
contra respingos de produtos químicos;
d) Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores
contra umidade proveniente de operações com uso de água.

- Conjunto

a) Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para


proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para
proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos
químicos;
c) Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para
proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente
de operações com uso de água;
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d) Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para


proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas.

- Vestimenta de corpo inteiro

a) Vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de


produtos químicos;
b) Vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade
proveniente de operações com água.

Proteção contra quedas com diferença de nível

Riscos

Trabalhos em altura acima de 2 ( dois) metros.

Protetores

- Dispositivo trava-queda

Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em


operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de
segurança para proteção contra quedas.

- Cinturão

a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em


trabalhos em altura;
b) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no
posicionamento em trabalhos em altura.
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NOTA: O PRESENTE ANEXO PODERÁ SER ALTERADO POR PORTARIA


ESPECÍFICA A SER EXPEDIDA PELO ÓRGÃO NACIONAL COMPETENTE EM
MATÉRIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, DEPOIS DE OBSERVADO O
DISPOSTO NO SUBITEM 6.4.1.

Inspeção de Segurança

O que é ?

São vistorias e observações que se fazem nas áreas de trabalho para descobrir
situações de risco à saúde e à integridade física do trabalhador.

As inspeções de segurança são fontes de informações que auxiliam na determinação de


medidas que previnem a ocorrência dos acidentes de trabalho. Devem ser aplicadas em toda
extensão para proporcionar resultados compensadores.

Quando bem processadas e envolvendo todos os que assumir sua parte de


responsabilidade, as inspeções atingem os seguintes objetivos:

• Possibilitam a determinação de meios prevencionistas antes da ocorrência de


acidentes;
• Ajudam a fixar nos trabalhadores a mentalidade da segurança do trabalho e da higiene
do local de trabalho;
• Encorajam os próprios trabalhadores a agirem inspecionando o seu ambiente de
trabalho;
• Melhoram o entrelaçamento entre o serviço de segurança e os demais departamentos
da empresa;
• Divulgam e consolidam nos trabalhadores o interesse da empresa pela segurança do
trabalho;
• Despertam nos trabalhadores a necessária confiança na administração e angariam a
colaboração de todos para a prevenção de acidentes.
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MODALIDADES DE INSPEÇÃO

a) Inspeção Geral

Quando abrangem áreas geograficamente distintas da empresa ou toda a empresa, com


o objetivo de vistoriar de um modo geral os aspectos de segurança e da higiene do trabalho.

b) Inspeção Parcial

São as que se limitam a parte da área total de determinadas atividades ou a certos


equipamentos ou máquinas existentes dividindo-se em:

1. Inspeção de Rotina

São as mais comuns, estão sempre na “ ordem do dia” das atividades de várias
pessoas, como por exemplo: técnicos de segurança, supervisores, trabalhadores, pessoal de
manutenção e membros da cipa.

2. Inspeção Periódica / Manutenção Preventiva

São as efetuadas a intervalos regulares, de acordo com programas previamente


estabelecidos para cada caso. Em alguns casos é instituída por lei, como no caso de caldeiras,
fornos, extintores. Deve ser feita por profissional especializado.

3. Inspeção Programada

É realizada seguindo uma determinada ordem de datas, horários e locais.

4. Inspeção Eventual

São as efetuadas esporadicamente sem dias ou períodos estabelecidos.


55

5. Inspeções Oficiais

São as efetuadas pelos órgãos governamentais do trabalho ou securitários.

6. Inspeção Especial / Levantamento Ocupacional

São as que requerem conhecimento e/ou aparelhos especializados, caracterizando-se


por levantamento profundo no ambiente de trabalho.

CICLO COMPLETO DAS INSPEÇÕES DE SEGURANÇA

As inspeções de segurança devem ser formalizadas e completar ciclo para que sejam
corretas. Este tipo se compõe de cinco fases:

• 1ª Fase

Observação:

Saber observar o que se pretende ver é de fundamental importância. A habilidade de


descobrir falhas por meio da observação é a melhor maneira de se conduzir a inspeção para se
obter a necessária colaboração de quem quer que seja.

Nesta fase o inspetor deverá observar cuidadosamente os atos das pessoas em seu
trabalho, as condições da máquina, dos equipamentos e dos ambientes da empresa.

Embora nem todas as situações possam ser resolvidas de imediato, é necessário que
tudo seja observado, pois sempre é possível que se encontre soluções parciais para situações
mais complexas, e soluções totais para a maior parte dos problemas observados.

Atos inseguros podem não ocorrer durante uma inspeção de segurança que, muitas
vezes, acontecem em poucos segundos. Por este motivo, é interessante que, junto com as
observações das condições inseguras durante a inspeção, seja feito um levantamento com os
empregados sobre seus atos no trabalho.
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• 2ª Fase

Relatório de Inspeção

Existem formulários denominados “ Inspeção Geral de Segurança” e “ Inspeção


Específica “, para o registro dos dados observados.

Os próprios formulários servem de roteiro para as inspeções e favorecem o controle da


situação dos problemas apontados.

Nesse registro deve constar:

• O que foi observado;


• O local onde foi observado;
• O pessoal envolvido;
• As proteções já existentes.

Deve conter as recomendações sobre o que se espera que seja feito para eliminar o
risco bem como algumas sugestões, se for o caso.

Os relatórios devem apontar, com clareza, o tipo de risco a ser corrigido.

Ás vezes, essa correção pode ser feita durante a própria inspeção. Riscos que podem
causar de imediato certos acidentes devem ter recomendações de solução imediata.

• 3ª Fase

Análise dos Riscos

Da inspeção de segurança pode resultar a necessidade de um estudo mais aprofundado


de determinada operação. Trata-se da Análise dos Riscos.Para realizá-la, o interessado deve
decompor e separar as fases da operação para verificação cuidadosa dos riscos que estão
presentes em cada fase.
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Com três perguntas básicas, é possível decompor uma operação para verificar riscos
individualizados.

a. O que é feito? Deve ser feito isso que está sendo observado ou existe algum risco
que sugere alteração?
b. Como é feito? A técnica desenvolvida é correta? Contém riscos que podem ser
eliminados com pequenas alterações?
c. Por que é feito? O objetivo da atividade será alcançado corretamente e em
segurança? Quando são eliminados os riscos, o “porquê é feito” justificará de
modo lógico tudo o que é feito?

• 4ª Fase

Encaminhamento

O relatório de inspeção deve ser encaminhado a quem de direito e ao **SESMT, para


estudo e tomada de medidas preventivas/corretivas.

• 5ª Fase

Acompanhamento

É importante que os membros da CIPA procurem acompanhar as providências


sugeridas na Inspeção de Segurança. Nas inspeções que efetua, o inspetor deve verificar
todos os aspectos de segurança.

Para tanto, dispõe de formulários próprios, como os apresentados em anexo, para


verificação de:

• Condições gerais de segurança;


• Prevenção de incêndios;
• EPI-Equipamento de Proteção Individual;
• Outros de destinação específica.

“VIA DE REGRA AS EMPRESAS


DESCONHECEM O MONTANTE DOS
PREJUÍZOS CAUSADOS PELOS ACIDENTES”.
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(inspeção de segurança)

LISTAGEM BÁSICA DE POSSÍVEIS IRREGULARIDADES QUE PODERÃO


SER OBSERVADAS NA INSPEÇÃO DE SEGURANÇA:

1. Corredores

- Inexistentes;
- Obstruídos;
- Pintura desbotada;
- Esburacados;
- Sujos ou molhados.

2. Piso

- Escorregadio;
- Sujo;
- Esburacado.

1. Parede

- Sem pintura;
- Rachada;
- Suja.

2. Teto

- Com furos ou vazamentos;


- Rachado;
- Sujo ou sem pintura.
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3. Empilhamentos

- Muito alto;
- Malfeitos (sem amarração);
- Em frente a painéis elétricos ou extintores;
- Estoque excessivo de materiais combustíveis.

4. Instalações

- Falta de limpeza ( papéis jogados no piso, pontas de cigarro e cinzas no piso);


- Paredes sujas, pisos sujos, bacias e pias sujas, portas e janelas sujas;
- Armários individuais danificados ou sujos;
- Bebedouros sujos e/ou sem filtros.

5. Bancadas- Armários- Prateleiras

- Em desordem ou sujo;

- Materiais mal-arrumados-Excesso de materiais ou excesso de peso.

6. Equipamento de Proteção Individual-EPI

- Colaboradores não usando;

- Usando incorretamente;

- Falta de conservação (ex: óculos de segurança depositados com as lentes


contra a bancada, sem as proteções laterais);

- Misturados nas gavetas com as ferramentas.


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7. Equipamentos de Transporte

- Carrinhos de transporte com rodas danificadas;

- Caminhões ou camionetes com carga malfeita, alta velocidade, defeitos


mecânicos;

- Transporte de cilindros de acetileno nãoamarrados, deitados ou sem capacete de


proteção;

- Vagonetes com defeito;

- Trilhos com defeitos;

- Monovias trancadas ou mal fixadas.

- Ponte-Rolante:

Cabo-de-aço arrebentado, oxidado, falta de inscrição da capacidade máxima, sem


chave de desligamento de emergência ou fim-de-curso, botoeiras não funcionando, ganchos
com defeitos, colaboradores ou outras pessoas sem habilitação usando a ponte-rolante;

- Escadas de mão com defeitos ou fora de lugar, sem sapatas ou travas;

- Escadas fixas com defeito ou sem proteção.

- Empilhadeiras;

- Sem buzina sem freio, em alta velocidade (não buzinar nas curvas ou entradas e
saídas), excesso de carga obstruindo a visão, transportando pessoas, máquinas com
defeitos.

8. Máquinas equipamentos

Sem proteção ou proteção mal fixada ou provisória;

Com defeito: defeito que dispara sozinha, esmeril com eixo torto, rebolo trincado;

Máquinas mal fixadas ou não fixadas (prensas, moinhos);

Máquinas sem sinalização de segurança (ex. use óculos);


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Falta de iluminação;

Máquinas ou equipamentos sem aterramento;

Manutenção de máquina com esta em movimento;

- Sistema Hidráulico:

Encanamento de água com vazamento, ou com defeitos, mangueiras mal fixadas ou


amarradas com arame, sem pintura.

- Sistema Pneumático:

Encanamento de ar com vazamento, com defeitos, soltos, amarrados com arame,


mangueiras jogadas, instalações malfeita, encanamento sem pintura, falta de suporte para
mangueira.

- Sistema Elétrico

Eletrodos danificados;

Fios elétricos desencapados ou expostos;

Extensões muito longas por falta de tomadas, ou com excesso de emendas;

Ligações improvisadas;

Falta de iluminação;

Lâmpadas queimadas ou piscando;

Interruptores danificados ou com defeitos (aquecendo);

Painéis elétricos com defeitos ou sem sinalização (indicar o que desliga);

Não utilização de luvas apropriadas para alta tensão;

10. Dispositivos de Segurança


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Ferramentas manuais com defeitos ou usadas de forma incorreta;

Extintores de incêndios obstruídos;

Extintores vazios (sem pressão- ver manômetro)- extintores sem sinalização;

Hidrantes com defeitos e desobstruídos;

Área perigosa sem isolamento ou sinalização de segurança.

INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES

Uma das principais funções da Cipa é prevenir acidentes. Porém, quando eles
ocorrem, cabe a CIPA estudar as causas, circunstâncias e conseqüências dos acidentes, ou
participar de seu estudo. A isso chamamos de

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES.

A investigação dos Acidentes tem por objetivo descobrir as causas de um acidente,


estuda-las e propor medidas que eliminem/neutralizem essas causas evitando assim acidentes
da mesma natureza.

Ela deve ser livre de implicação disciplinar.”Não interessa verificar a falta de


cuidado do trabalhador, mas as razões que o levaram a ter falta de cuidado”.

Passos que devem ser seguidos numa investigação:

COLETA DE DADOS: Possibilita a identificação da área, atividade, máquina,


material, etc. causador do acidente.

REGISTRO: Os dados serão registrados em formulários próprios.

ANÁLISE DOS FATOS: Compreendem o exame do ocorrido e a ponderação


dos efeitos sobre os indivíduos, o grupo e a produção.
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PROPOSIÇAO DE MEDIDAS: Medidas devem ser proposta para que o fato não se
repita.

VERIFICAÇÃO DE RESULTADOS: Acompanhar a aplicação das medidas,


verificando os resultados obtidos.

Análise de Acidentes

É o estudo do acidente para a pesquisa das causas, circunstâncias e


consequências.

A primeira informação que se tem para iniciar uma análise é a lesão sofrida e onde
esta se localiza. Portanto deve-se apurar os seguintes fatores:

A) SEDE DA LESÃO: È a parte do corpo onde se encontra a lesão: crânio, olhos,


mão etc..

B) NATUREZA DA LESÃO: É a expressão que identifica o acidente segundo


suas características: corte, perfuração, escoriação, contusão, queimadura, etc..

C) Agente da lesão: Aquilo que em contato com a pessoa provocou o acidente:


prensa, furadeira

Lesão –é o ferimento causado

Há três tipos que podem ser agentes de lesão:

1. Riscos locais: Piso escorregadio.

2. Riscos Ambientais: Físico, químico, biológico, ergonômico.

3. Risco de operação: Ferramentas defeituosas.

Risco de Operação- Ferramentas defeituosas, facas, etc.

Geralmente, os acidentes ocorridos por ricos locais e riscos de operação, provocam


lesões diretas e imediatas no trabalhador.

Os riscos do ambiente podem afetar a saúde do trabalhador a médio e longo prazo


provocando as doenças chamadas ocupacionais ou do trabalho. Essas doenças equiparam-se a
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acidente do trabalho para efeitos legais. Mas, os riscos ambientais, também podem provocar
lesões imediatas, como por exemplo, intoxicação aguda, com conseqüências graves à saúde
do trabalhador, advinda da emanação de gases tóxicos.

Acidente Tipo:

É a maneira como as pessoas sofrem a lesão, isto é, como se dá o contato entre a


pessoa e o objeto causador da lesão, seja este contato violento ou não. Ex.: batida por, batida
contra, quedas de objetos, exposição, etc.

Ato Inseguro:

É a maneira como a pessoa se expõe, consciente ou inconscientemente, ao risco de


sofrer acidentes. Ex: efetuar trabalhos sem autorização, limpar máquinas em movimento,
correr, brincar em serviço, etc.

Condição Insegura:

É aquela decorrente diretamente das condições do local ou do ambiente de trabalho ou


das características do próprio trabalho. Ex: falta de proteção no agente ou lesão, iluminação
inadequada do EPI usado, etc.

Fator Pessoal de Ato Inseguro:

São as falhas inerentes às pessoas como tal ou como profissional, e que dão origem
aos atos inseguros ou permitem que eles continuem existindo. Ex.: excesso de confiança,
defeitos físicos, alcoolismo, etc.

Fator Pessoal de Condição Insegura:

São falhas inerentes às pessoas como tais ou como profissional, e que dão origem ás
condições inseguras ou permitem que elas continuem existindo, Ex.: falta ou falha no exame
admissional, falha de projeto, etc.
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Todos nós temos características pessoais que podem interferir diretamente no


andamento normal do trabalho.

Elas podem ser físicas ou mentais, normais ou não.

Quando essas características interferem negativamente no andamento normal das


atividades são chamados de Atos Inseguros.

Como exemplo de características pessoais que podem provocar atos inseguros e, em


conseqüência, acidentes, podem ser citados:

• Tempo de reação e estímulos;

• Falta de boa coordenação motora;

• Instabilidade emocional.

• Extroversão;

• Agressividade;

• Nível de inteligência;

• Grau de atenção;

• Percepção

• Deficiência física;

• Força muscular.

È muito importante, na pesquisa das causa dos acidentes, verificar se determinados


atos inseguros são ou não conseqüência de um fator pessoal de insegurança.

Os relatórios do estudo dos acidentes pela CIPA, presta-se à orientação quanto à


medida que a empresa pode e deve tomar.

A repetição de um acidente comum pode revelar possíveis falhas nas medidas de


prevenção anteriormente adotadas que, por alguma razão determinada, não estão impedindo a
ocorrência de acidentes. Já o estudo de um acidente raro, pode revelar a existência de causa
66

ainda não conhecida, que permaneceria oculta e que ainda sido notada pelos encarregados da
segurança.

A análise completa de um acidente deve envolver:

• Identificação da empresa, do funcionário e das condições de trabalho.

• Investigação do acidente: agentes do acidente, fonte, natureza e localização da


lesão, etc.

• Comunicação do acidente á empresa (verbal) e ao INSS (CAT).

• Registros e estudo dos acidentes e acidentados: por meio do cadastro dos


acidentes, medidas de segurança, cálculos de dias perdidos e debitados, estudos e
estatísticas.

• É fundamental ressaltar que a investigação e análise dos acidentes têm caráter


eminentemente técnico e não punitivo.

Campanhas de Segurança

Uma das maneiras de transmitir a seriedade e importância da prevenção dos acidentes


do trabalho é fazer, pelo menos uma vez por ano, uma campanha bem organizada e
sistemática sobre o assunto.Vários tipos de atividades podem ser desenvolvidas, encontrado-
se sugestões em texto legal.

O Decreto n° 68.255, de 16 de fevereiro de 1971, cria, em caráter permanente, a


CAMPANHA NACIONAL DE PREVENÇAO DE ACIDENTE DE TRABALHO, cabendo à
Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho a promoção e realização da campanha. Os
órgãos da administração direta ou indireta, bem como as fundações instituídas pelo Poder
Público, deverão colaborara com o Ministério do Trabalho e da Previdência Social no
desenvolvimento da Campanha, prestando-lhe integral apoio e a assistência solicitada.
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Constituem atividades obrigatórias da Campanha:

O Congresso Nacional de Prevenção do Acidente de Trabalho- CONPAT;

A Semana Interna de Prevenção de Acidente do Trabalho- SIPAT;

do Trabalho- SIPAT

Entre as atribuições da CIPA, estão incluídas:

Despertar o interesse dos empregados pelos assuntos ligados à prevenção de acidentes


e doenças do trabalho, propor cursos e treinamentos para os empregados e promover à
Semana Interna de Prevenção de Acidente ( essas são promovias anualmente, não são pelas
Delegacias Regionais do Trabalho ( DRTs) como também pelas empresas em geral).

O primeiro objetivo de uma Semana Interna de Prevenção de Acidentes, é fazer com


que a maioria , senão todos os elementos que dela participam, receba as mensagens e as
coloque em prática. Para isso é necessário:

Que planeje cuidadosamente a SIPAT, elaborando um cronograma, não só da data,


horário e educação das palestras, como também com atividades que desenvolverão durante o
evento.

Que se faça um levantamento de necessidade e características das pessoas que


participarão da SIPAT.

A motivação e o interesse dos participantes das SIPATs

Algumas atividades poderão colaborar para motivação e o interesse dos participantes


das campanhas de segurança. Para tanto é importante que se saiba o que significa, motivo e
como se pode motivar esses participantes.

Motivo- É tudo que inicia um comportamento. Um incentivo largamente usado para


produzir comportamento motivados são os estímulos que levam á ação.
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Três características são atribuídas ao comportamento motivado: direção, vontade ou


desejo e excitação. Explicando com mais detalhes: se o individuo se encontra motivado para a
tarefa ou certo assunto, ele apresentará um estado de prontidão e abertura para assimilar tudo
o que diz respeito aquele assunto (excitação); apresentará vontade de participar em atividade
tanto quanto de entender o que se passa naquela área; seu pensamento focalizará, durante um
certo tempo, aquele assunto especifico (direção).

Sugestão de atividades

Algumas sugestões poderão ser úteis para motivação dos participantes nas SIPATs.

Conferências

Os temas sugeridos para conferencias, sem exclusão de quaisquer outros, são os


seguintes:

Base do comportamento humano e prevenção de acidentes. Didáticas no treinamento


em prevenção de acidentes;

Equipamento de Proteção Individual- EPI-, descrição e uso. Conscientização,


fiscalização e legislação do EPI;

Levantamento manual de cargas;

Riscos elétricos

Prevenção contra incêndios;

Arranjo físico, cor e sinalização;

CIPA;

Aluminação no ambiente de trabalho;

Risco inerentes ao uso de benzeno, chumbo e solventes;


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Ventilação;

Métodos de prevenção de doenças ocupacionais- construção civil, química, fiação e


tecelagem e metalúrgica: aspectos médicos;

Primeiros socorros.

Competição de cartazes

Os elementos participantes poderão ser divididos em grupos ou, no caso de indústrias


grandes, em seções. Cada grupo seções elaborará um cartaz que aborde o tema de prevenção
de acidentes. No ultimo dia da campanha, os cartazes serão expostos e colocados em votação.
Todos os participantes deverão votar. Um premio ou medalha será conferido ao grupo que
elaborou o cartaz mais votado.

Visita dos familiares à Indústria

Os familiares receberão, também, um folheto que delimitará o dia e a hora da visita.


No dia marcado, além de conhecer a fábrica, os familiares assistirão a um filme sobre
prevenção de acidentes.

Receberão também um folheto com atividades recreativas que envolvam o assunto


prevenção de acidentes. Desse folheto, perderam constar os seguintes tópicos:

Figuras levemente diferentes onde constem Equipamentos de Proteção Individual para


que sejam assinaladas as diferenças.

Assertivas para serem completadas.

Dominox.

Tais folhetos serão corrigidos e o nome do elemento que obtiver maior número de
pontos, anunciado publicamente.
70

Certificados

No fina da SIPAT, deverá ser conferido aos participantes um certificado que será
entregue, se possível, apos algumas palavras sobre a Prevenção de acidentes.

Outras atividades:

Exposição de EPIs;

Exposição de extintores;

Impressão em “holerits” e correspondências internas de frases relacionadas à


prevenção de acidentes;

Elaboração de calendários utilizando os cartazes vencedores;

Concursos de “Slogans” que possam ser utilizados em “holerit” ou cartazes.

Aqui estão algumas sugestões sobre como desenvolver uma SIPAT. O ponto
fundamental, porém, como já mencionado, é motivar os indivíduos para que assimilem a
maiôs quantidade possível dos conhecimentos transmitidos.

Certos de que os atos inseguros têm um papel nas causas de acidentes de trabalho,
podemos concluir que uma campanha de prevenção de acidentes, quando bem elaborada,
tenderá a aumentar a consciência do trabalhador quanto aos riscos envolvidos na sua vida
profissional. Estando mais consciente, terá maiores condições de evitar tais riscos e, ao
mesmo tempo, de alertar os colegas que estiverem expostos a riscos de acidentes.

Prevenção essa idéia é segura!

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