CRIATIVIDADE
Unidade 2 - Processos Criativos
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Senso crtico, neutralidade e objetividade
No difcil concordarmos com Eric Fromm, mas, refletindo sobre esse bom
encontro, sempre guardamos uma tendncia de julg-lo, enquanto ato de criar, uma
quase exclusividade do campo das artes. O que natural, pois os artistas tm a base
de sua atuao na criatividade.
Entretanto, a vertente da expresso e da comunicao, em que se pode
encontrar desde Da Vinci at Gilberto Gil, apenas a mais evidente (e talvez a mais
charmosa) face da criatividade qualidade que no somente prpria do homem, mas
tambm muito mais inerente a ele do que se costuma pensar.
Muitos autores dividem atos criativos em nveis de relevncia, classificando-os
de acordo com sua interferncia no contexto. Certo, a receita original de um prato,
criada pela mulher que precisava aproveitar sobras, no pode ser colocada no mesmo
plano de um projeto arquitetnico premiado. Ou pode?
Ambos no so atos criativos, produtos das rupturas das normas, eclodidos de
uma nova realidade? A dona de casa e o arquiteto no tiveram o mesmo tipo de
satisfao pessoal, s que em intensidades diferentes? Talvez.
Focalizemos a criatividade utilizada na soluo de problemas e na descoberta de
oportunidades, conscientes da importncia dessa abordagem, j que esses so os
campos da sobrevivncia e do desenvolvimento do homem. A partir do domnio criativo
do fogo, ele se imps aos animais mais fortes, solucionando um de seus primeiros
problemas. Mais tarde, com a inveno/descoberta da roda, acionou o progresso,
descobrindo as oportunidades geradas pela ausncia de atrito. Apenas para efeito de
facilitar a comunicao, batizamos essa vertente de criatividade aplicada. Como
poderia ser criatividade prtica, ou objetiva, ou no artstica, etc.