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ANO V Nº 23

Set. 09
E m 1909, nascia Léa Pentagna, do casamento de
Ruggero, com sua sobrinha Alzira. Nasceu em
Piracicaba só vindo residir em Valença depois da morte de
seu avô Vito em 1914. A partir desta ocasião não mais saiu Léa no escritório - Acervo Fundação Léa Pentagna
do casarão, que em 1927 sofreu um reforma total deixando-
o com o aspecto atual. convivência com os artistas no Rio de Janeiro,
Como toda moça de principalmente poetas e escritores como Lúcio e Maria
sua época, de família Helena Cardoso, Walmir Ayala, etc. Também através de
abastada, teve uma Vito conheceu Timoteo Perez Rubio pintor espanhol que se
educação esmerada, com refugiou no Brasil por motivos políticos e que se tornaria o
horários regrados, como grande amor de sua vida. Desta paixão que durou cerca de
mostram suas anotações 35 anos ficaram as belas
deixadas no escritório da cartas, poesias e outros
casa. Seus horários eram registros.
todos divididos, Mulher de grande cultura e
inclusive os dedicados a p r e c i a d o r a d e
as folgas e ao laser. De manifestações artísticas Léa
sua estada no foi uma grande
educandário de incentivadora da Academia
Petrópolis ficou um livro
Léa por Timoteo Valenciana de Letras tendo
Peres Rubio
com dedicatória e sido patrocinadora de
Léa, o avô e a Avó
acervo Fundação elogios. diversos eventos organizados pela academia e tendo
Léa Pentagna
Muito ligada ao cedido, por diversa vezes, sua casa para utilização de
irmão caçula Vito, deixou inúmeras cartas trocadas, reuniões, encontros etc.
principalmente em 1934, quando de sua viagem a Europa, Ao falecer em 1983 deixou sua bela chácara com o
com os pais, ocasião em que depois de inúmeras passagens casarão e pertences para que fosse criada a fundação que
p o r c l í n i c a s p a r a Léa 1943 por leva seu nome, deixando Vito por Timoteo
Peres Rubio
tratamento seu pai Rubio
Timoteo Peres registrado em testamento 1941
Ruggero faleceu e Léa as diretrizes a serem
regressou ao Brasil com seguidas na organização
seu restos mortais. Em da mesma. Com seu
seu pequeno diário de coração generoso
viagem, durante a saída estabeleceu uma pensão
do porto do rio, ela vitalícia a ser recebida por
a n o t a , c o m o todos seus empregados
pressentindo este enquanto vivessem.
desfecho “ ...lentamente A Fundação Léa
o navio se afasta do porto Pentagna tem cumprido
e ao longe vejo a imagem com suas finalidades,
do cristo de braços apesar de todas as
abertos como num dificuldades de se
adeus...” administrar e se manter
De sua grande um patrimônio de tal
ligação com Vito veio a magnitude.
Timoteo Perez Rubio A FUNDAÇÃO com dezenas de árvores
Auto retrato anos 40
No primeiro mapa da frutíferas e um belo
Vila de Valença, em jardim em estilo inglês,
1836, a chácara onde se com um memorial, onde
situa a fundação Léa estão depositados seus
Pentagna já estava restos mortais,
assinalada. Por volta cumprindo assim um
dos anos 50 ela já era de desejo seu.
propriedade de Manuel A casa com uma bela
Barcelos. Os herdeiros fachada eclética passou
de Barcelos se por uma grande
desfazem da chácara restauração em fins do
vendendo-a Brasílio século XX, é composta
Ferreira da Luz que por de 20 cômodos. No salão
sua vez a vende em de entrada encontra-se
1894, aos irmãos um belo conjunto francês
Foto Luiz Francisco
italianos Caetano e Vito Pentagna. Vito adquire a parte de de palhinha olho de
Caetano, mas não reside na casa, Com a morte de Vito em perdiz estilo Luiz Philipp, uma mesa italiana em
1914 a casa passa a ser residência de outro irmão de Vito o marchetaria, e quadros do pintor espanhol Timothéo Perez
Dr. Ruggero Pentagna que nesta época residia em Rúbio; a esquerda em um dos quartos encontra-se uma
Piracicaba, estado de São Paulo, em 1917 Ruggero compra exposição de fotos de família, um busto de Léa quando
a chácara e em 1927 realiza uma grande reforma, menina, documentos e objetos que pertenceram a família e
construindo a atual fachada em estilo eclético. Após a morte um pequeno histórico, com fotos, sobre Timothéo Perez
do casal, Ruggero, em 1934 e Alzira em 1955, a chácara é Rúbio; o escritório
herdada pelos filhos do casal, Léa, Vito e Léo. Através de comporta uma biblioteca
seu irmão, o poeta Vito Pentagna, que vivia no Rio de com mil cento e noventa
Janeiro, cercado de intelectuais e artista da época (anos 30 a volumes em 5 idiomas,
Fundação léa Pentagna - Foto Luiz Francisco com destaque para os
vários livros com
dedicatória ao poeta Vito
Pentagna e a Léa, tais como
os dos escritores Lúcio e
Maria Helena Cardoso,
Manuel Bandeira, Rossini
Camargo Guarnieri, Jorge
Lima, Oto Lara Resende,
Antonio Olinto e outros; a
direita da sala de entrada
está localizado um grande Foto Luiz Francisco

50), Léa travou conhecimento com vários deles, alguns Curso Lider
chegaram a freqüentar o casarão. Mulher de Cultura Vestibular Seriado
refinada, apreciadora e incentivadora das artes, Léa dividia
seu tempo entre o casarão em Valença, o Rio de Janeiro e
UFJF (PISM)
temporadas na Europa. Ao morrer em 1983, aos 74 anos de Educação Com Responsabilidade
idade, Léa deixa sua chácara e outros imóveis em
testamento, para que fosse criada a Fundação Cultural e
Pré-Vestibular
Filantrópica Léa Pentagna, com a finalidade de promover, Aulas de Reforço
divulgar e *Professores Experientes
incentivar a
cultura as artes e *Simulados Periódicos
a filantropia em *Ambiente Saudável
Valença. *Turmas Reduzidas
O casarão com
uma área *Equipe Motivada
construída de Preparatório p/ Concursos Públicos
cerca de 500 m²,
está localizado
em uma chácara
Tel.: 2453-2278
de 17.000 m² Foto Luiz Francisco Rua do Barroso, 88 - Barroso
Foto Luiz Francisco salão social os armários três grandes
conhecido como g a v e t õ e s p a r a
salão dourado, armazenamentos de grãos, um
logo a entrada, caixote para separação de
dois belos grãos, louças inglesa e
móveis chineses diversos utensílios em pedra
em jacarandá sabão; ao lado a copa com
com acabamento mobília laqueada em branco e
em marfim e azul, sobre a pia interessante
madrepérola, escorredor de louças em
com pés em talha madeira, conjunto de louça
no formato de cabeça de elefante, em cima, finalizado em inglesa com pintura baseada
baixo por patas de leão, um belo conjunto francês em estilo em lenda chinesa, fogão a
Luiz XV, um piano inglês de 1850, e vários quadro de lenha com acabamento
autoria de Peres Rúbio retratando a família; mais a frente o esmaltado, louças inglesas Foto Luiz Francisco
quarto de Léa com uma bela cama francesa com "borrão"; completando,
acabamento em marchetaria e sobre esta um dossel, no teto cozinha com fogão a lenha do século XIX, diversos
um lindo lustre italiano em cristal, nas paredes gravuras utensílios, tábua de frios pendente do teto; geladeira da
francesas além de dois Foto Luiz Francisco década de 1960 ainda em pleno funcionamento; ao fundo
guarda roupas com dependências de empregados com dois quartos, que hoje
espelhos de cristal são utilizados como escritório e depósito de material, um
bisotado; na sala de banheiro e no final do corredor um quarto de banho.
repouso ao lado, cadeiras Na década de 70 a casa foi utilizada como cenário
de balanço e recamier em para locação do filme "A Casa
palhinha, gravuras italiana Assassinada" dirigido por Paulo
da região de Pompéia, César Sarraceni e protagonizado
louças de Sévres e oratório por Norma Benguel,
mineiro em estilo barroco; considerada na época a mais
no salão de jantar móveis importante atriz do cinema
sob medida com lambris brasileiro. Timothéo Perez
acompanhando e Rúbio foi um importante pintor
revestindo as paredes, Espanhol do século XX, grande
cadeiras em couro lavrado, paisagista e retratista, natural de
mesa elástica, aparelho de Oliva de la Frontera, Badajoz na
jantar em louça inglesa, lustre italiano, nas paredes dois Região Autônoma da
quadros de Iberê Camargo da década de 40; na parte mais Estremadura, fronteira com
interior da casa, a direita do corredor o quarto que pertenceu Portugal, teve seu talento
a Léo e um banheiro, na parede dois quadros de D. Alzira, reconhecido desde muito jovem,
mãe de Léa, a esquerda pequenos quadros em motivos Foto Luiz Francisco foi vice-presidente do Museu de
florais pintado por Léa, o quarto de Vito, mais tarde Arte Moderna de Madri e
transformado em quarto de hóspedes, local onde Lúcio nomeado Presidente da Junta de Salvação dos Tesouros
Foto Luiz Francisco Cardoso iniciou o Artísticos da Espanha durante a guerra civil espanhola, que
seu livro "A Crônica foi encarregada de retirar as obras de artes da Espanha e
d a C a s a preserva-las dos bombardeios indiscriminados das forças
Assassinada", ali franquistas. Chegou ao Brasil em 1940, oriundo da França,
habitou e faleceu em onde se encontrava exilado, junto com sua esposa Rosa
1 9 7 7 Ti m o t h é o C h a c e l , i m p o r t a n t e Foto Luiz Francisco
Perez Rúbio, mais a romancista espanhola.
frente um pequeno Travou amizade com o poeta
banheiro, com Vito e através deste com a
destaque para o família Pentagna, amizade
lavatório oriundo de esta que durou até sua morte
vagão ferroviário; em 1977. Logo ao chegar
chegando na área de realizou exposição no Museu
serviço, logo a Nacional de Belas Artes,
direita a despensa tornou-se um dos mais
com armários requisitado retratista da
embutidos e sociedade carioca, teve
protegidos por telas, também boa aceitação entre
uma tábua de frios os críticos da época.
pende do teto, entre Em Valença fundou a
Keramike, fabricante de cerâmica refratária e bloquetes
para calçamento e acabamento de ruas e calçadas, os
bloquetes que calçam o Jardim de Cima e a rua de acesso a
FAA são oriundos da Keramike. Timoteo Peres Rúbio
faleceu em 1977 no casarão da Rua Vito Pentagna aos 81
anos de idade, foi sepultado no mausoléu da família
Pentagna e seus restos foram transladados, em 1999 para a
Espanha por seu filho Carlos Peres Chacel, que hoje la
reside.
Por ocasião do centenário de seu nascimento em
1996 o museu de Badajoz, na Estremadura, realizou uma
grande exposição de suas obras, tendo para isto solicitado a
museus e colecionadores de várias partes do mundo a
cessão dessas obras, editando um belíssimo catálogo em
espanhol e português com reproduções de alguns de seus
quadros e comentários de diversos artista e amigos de
vários países e de sua terra natal.
Pesquisa e Texto de Luiz Francisco Moniz Figueira, Pesquisador e
Guia de Turismo, Criador do Projeto “Conhecendo Valença a Pé e
do Tributo aos 150 Anos de Nascimentos do Comendador Antonio
Jannuzzi

Fotos acervo
Fundação Léa pentagna

Fotos Luiz Francisco

INFORMAÇÕES - PEDRO BRUN


(24)2484-8274 - 9968-4339 9292-9198

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