MINISTRIO DA EDUCAO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO
INTERESSADO: Cmara de Educao Bsica/ Conselho Nacional de UF: DF
Educao
ASSUNTO: Recreio como atividade escolar (referente Indicao CNE/CEB 2/2002, de
04.11.2002)
RELATORA: Sylvia Figueiredo Gouva
PROCESSO N.: 23001000204200214
PARECER N.:
COLEGIADO:
APROVADO EM:
CEB
CEB 02/2003
19.02.2003
I RELATRIO
No tive coragem de afrontar o recreio. Via de longe os colegas, poucos quela hora,
passeando em grupos, conversando amigavelmente, sem animao, impressionados ainda com as
recordaes de casa; hesitava em ir ter com eles, embaraado da estria das calas longas, como um
exagero cmico e da sensao de nudez nuca, que o corte recente dos cabelos desabrigara em
escndalo...
as longussimas horas de recreio... as provocaes no recreio eram freqentes... no recreio havia os
jogos...as transaes eram proibidas no Ateneu. Razo demais para interessar (Raul Pompia, O
Ateneu)
Com relao ao assunto, esta relatora apresentou, em 04 de novembro do ano passado, a
Indicao CNE/CEB 2/2002 nos seguinte termos:
Inmeras questes tm surgido a respeito da atividade denominada recreio ou
intervalo nas etapas da Educao Infantil e do Ensino Fundamental.
Julgamos conveniente que esta Cmara manifeste-se a respeito, a fim de orientar os sistemas
de ensino nesta matria.
O recreio escolar no s aparece na literatura universal, como faz parte das boas e ms
lembranas de todos os que j freqentaram escola. Momento de gloria ou de horror, oportunidade
de conquistar fama ou de passar vergonha, o perodo de recreio, mesmo quando tranqilo ou at
montono, tem muita importncia na formao da personalidade dos alunos.
Os problemas no recreio podem assumir tamanha gravidade que existe nos EEUU uma
ONG chamada Peer Support Foundation que ajuda e aconselha os pais como se dirigir ao colgio
indicando o que os pais devem saber sobre intimidao no recreio escolar
Estando os alunos sob a responsabilidade da instituio, tambm durante os intervalos ou recreios,
esses momentos podem se transformar em excelentes oportunidades para os educadores
conhecerem melhor os educandos, assim como para exercerem a sua funo educativa.
Conheo um exemplo marcante dessa funo: nas escolas da Noruega os alunos aprendem,
e assumem para si, como postura natural, no gozarem os colegas de forma desmoralizante