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D-US NÃO QUER SACRIFÍCIOS
HUMANOS
Abraão era um crente com um coração fiel e generoso, disposto a dar o melhor
a D-us. Eis a razão pela qual foi escolhido para ser o pai dos patriarcas e a
origem do Povo Bíblico.

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2010
D-US NÃO QUER SACRIFÍCIOS HUMANOS
Por Teólogo Calmeiro Matias

Abraão era um crente com um coração fiel e generoso, disposto a


dar o melhor a D-us.
Eis a razão pela qual foi escolhido para ser o pai dos patriarcas e a
origem do Povo Bíblico.
Certo dia, o Senhor convidou Abraão para construir uma aliança de
amizade e comunhão com D-us, garantindo-lhe que todas as famílias da terra
seriam abençoadas na sua descendência (Gn 12, 3).
Abraão aceitou e decidiu dar o melhor de si e dos seus bens a D-us, a
fim de mostrar a sua fidelidade e gratidão.
E foi assim que um dia, pensando que isso agradaria a D-us, Abraão
decidiu oferecer o seu filho como sacrifício.
No momento em que estava a fazer os preparativos para levar a
efeito o sacrifício de Isaac, D-us envia um anjo a Abraão, dizendo-lhe para
desistir do seu intento, pois Deus não quer sacrifícios humanos (Gn 22, 1-16).
E foi assim que, logo no começo da história da revelação, D-us
manifestou aos homens a sua ternura de Pai bondoso e o seu coração cheio
de compaixão.
Através de Abraão D-us disse à Humanidade que não quer sacrifícios
humanos, nem precisa deles para perdoar o pecado dos homens.
Os primeiros cristãos, face à morte cruel de Jesus Cristo, tiveram
grandes dificuldades para justificar esta morte cruel, a qual mais parecia um
castigo de Deus do que a confirmação da missão de Jesus.
Se Jesus era o Filho amado de Deus, perguntavam-lhes as pessoas,
como é possível ter sofrido e ser morto daquela maneira?
Não tendo ainda aprofundado o bastante esta faceta da história de
Jesus Cristo, os cristãos começam a pregar, dizendo que a morte de Jesus
não significou uma rejeição por parte de Deus, mas antes que esta morte
significa a morte do justo da qual falara o profeta Isaías (Is 52, 13-53, 12).
Os justos, na Babilónia, foram sujeitos a cruéis sofrimentos por parte
dos caldeus, os quais mantiveram o povo bíblico escravizado durante cerca
de setenta anos.
Os justos sofriam tanto ou mais como os pecadores.
D-us decidiu libertar o povo em atenção ao sofrimento dos justos.
O profeta Isaías e o salmo vinte e um atribuíram a libertação do povo
ao sofrimento dos justos, mas isto queria dizer que Deus precisava do
sofrimento dos justos para perdoar aos pecadores.
Jesus ensinou de modo muito claro que Deus não é violento nem
vingativo.
Não quer nem precisa de sacrifícios humanos para perdoar o pecado.

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O desejo de dar tudo ao seu D-us levou Abraão a levantar a hipótese
de oferecer o seu filho em sacrifício. Na verdade este era o sacrifício mais
doloroso que ele poderia fazer a Deus.
Abraão pensou que esta seria a maneira mais generosa e plena de
mostrar o seu amor e a sua plena sujeição a D-us.
Mas D-us não quer sacrifícios humanos, sejam culpados ou
inocentes.
E foi assim que Abraão compreendeu que a glória de D-us consiste
em dar vida e não em matar.
D-us é incapaz de esmagar inocentes para perdoar aos pecadores.
Face à morte cruel de Jesus Cristo, os primeiros cristãos, na
verdade, não viam com clareza o sentido daquela morte.
Na verdade, as pessoas da antiguidade pensavam que tudo o que
acontece é decidido pontualmente por D-us.
Foi esta a razão pela qual os cristãos começaram a pregar, dizendo
que a morte cruel de Jesus foi decidida por Deus, a fim de perdoar os
pecados dos homens.
Este modo de falar distorceu a imagem do Deus que ama de modo
incondicional. Este Deus perdoa de graça sem necessidade de sacrifícios.
De facto, a justiça de D-us não é a justiça dos tribunais humanos,
mas sim a justiça do amor, pois, como diz a Bíblia, Deus é Amor (1 Jo 4, 7-8).
Por outras palavras, D-us só pode o que pode o amor e não pode
nada contra o amor.
A justiça do amor é aquela que reina nas relações entre pais e seus
filhos, mesmo que estes, por vezes, façam asneiras.
A justiça do amor é também aquela reina entre o marido que ama a
esposa e a esposa que ama o seu marido.
Quando o casal recorre aos tribunais para resolver os seus
problemas ou dificuldades é sinal que, entre eles, o amor já morreu. Deus é
amor que não morre (1 Jo 4, 16).
Um pai humano, apesar de ser limitado, é incapaz de matar o seu
filho para perdoar ou satisfazer a sua sede de justiça.
Apesar de pecadores, os pais humanos sabem perdoar de graça.
Ao falar de D-us Pai, Jesus dizia que ele nos ama de modo
incondicional.
Pedia às pessoas para imitarem o Pai do Céu, procurando ser
bondosos e compassivos (Lc 6, 36).
Jesus explicou aos seus discípulos que deviam ser como o Pai do
Céu, tentando perdoar sempre.
Mandava-lhes exercitar a bondade, a fim de serem perfeitos
como Deus és perfeito (Mt 5, 48).
O próprio Jesus perdoou aos que o mataram. De facto, no momento
de morrer, ele pediu perdão para os seus assassinos.
O que agradou a D-us em Jesus Cristo foi a sua fidelidade
incondicional e não aquela morte cruel, a qual foi um crime e um pecado.
São Paulo diz que Jesus foi fiel e obediente até à morte e morte de
cruz (Flp 2, 8).
Foi pela sua paixão pelo Evangelho e por fazer a vontade de D-us,
isto é, curar e libertar os homens, que Jesus Cristo agradou a D-us.

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Mas foi também esta Paixão a causa da sua morte violenta, a qual
não foi querida por D-us, mas decidida pelas forças negativas e os interesses
mesquinhos que se opunham ao plano de D-us.
E Jesus continuou fiel até ao fim. Apesar de se aperceber que o iam
matar, não começou a desdizer-se.
Pelo contrário, continuou fiel à sua missão, apesar de saber o risco
que estava a correr. Isto quer dizer que a morte de Jesus nada tem a ver com
um plano determinado por Deus.
A Carta aos Efésios faz uma síntese dos ensinamentos de Jesus
sobre o amor e a misericórdia de D-us Pai, dizendo:
“Deus é realmente rico em misericórdia. Graças ao grande amor nos
tem vivificou-nos em Cristo, quando ainda estávamos mortos pelos nossos
pecados” (Ef 2, 4-5).
Como vemos, Deus não esteve à espera que fossemos bons para
gostar de nós!
Pelo contrário, perdoou-nos e acolheu-nos na Família Divina.
Os fariseus não gostavam de ouvir Jesus falar assim de D-us, seu
Pai.
Viviam enredados nos ritos, preceitos e normas religiosas.
Por seu lado, os sacerdotes pretendiam garantir a salvação das
pessoas através dos cultos.
Jesus denunciou estas falsas seguranças, dizendo que a salvação
não está nos ritos, nos cultos ou sacrifícios, mas na vivência do amor e da
misericórdia:
“Os fariseus, vendo-o comer com pecadores e cobradores de
impostos, perguntaram aos discípulos: “por que é que ele come com
cobradores de impostos e pecadores?”
Jesus ouviu e respondeu: “Não são os que têm saúde que precisam
de médico, mas sim os enfermos.
Ide aprender o que significa: “Eu quero misericórdia e não
sacrifícios.
Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9, 11-13).
Podemos dizer com toda a verdade que é assim o coração de Deus
Pai, o qual não quer sacrifício humanos.
Como é amor, D-us só pode aquilo que pode o amor, pois não se pode
negar a si mesmo.
Na verdade, o amor é incapaz de matar um inocente, para perdoar
aos pecadores.
Além disso, não precisa de sacrifícios humanos, pois perdoa de
graça.
Não temos razão para ter medo de Deus, pois ninguém tem razão
para ter medo do amor.
Nos evangelhos Jesus diz muitas vezes que só ele conhece o Pai.
Tudo o que se afirme dele que não esteja em sintonia com o que Jesus
ensina carece de fundamento.
Eis as palavras de Jesus no evangelho de São Lucas:
“Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o
Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o
quiser revelar” (Lc 10, 22).

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Jesus ensinou-nos de muito claro que Deus não se vinga nem tem
necessidade de destruir pessoas para perdoar os pecados: “Deus quer
misericórdia e não sacrifícios (Mt 9, 13).
Segundo o retrato do Pai que Jesus nos desenha nos evangelhos
podemos afirmar com plena segurança que Deus não precisa de sacrifícios
para perdoar o pecado dos homens.
Na parábola do Filho Pródigo, Jesus fala do Pai como de uma pessoa
que ama de modo incondicional:
“O pai disse aos servos: “ide depressa, trazei a melhor túnica e vesti-
lha, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.
Trazei o novilho gordo e matai-o. Comamos e festejemos, pois este
meu filho estava moro e voltou à vida. Estava perdido e foi reencontrado” (Lc
15, 22-24)
E na verdade, Jesus falou muitas vezes de modo explícito e muito
claro sobre o Pai.
Muitas vezes Jesus, ao curar as pessoas, Jesus dizia que estas
curas eram apenas um sinal de que Deus lhes estava perdoando os seus
pecados.
Isto é exactamente o contrário das afirmações segundo as quais
Deus, para perdoar, exige sacrifícios.
Para Jesus, o perdão do pecado significava uma cura espiritual e
não um rito mágico ou um acto meramente jurídico.
O perdão de D-us é uma dinâmica recriadora que acontece no nosso
coração pela acção do Espírito Santo.
O relato de Zaqueu explicita esta acção transformadora do Espírito
Santo como uma capacitação para vencermos o egoísmo e passarmos a agir
de acordo com as propostas do amor (Lc 19, 1-10).
Ao perdoar o pecado, o Espírito Santo restaura o nosso coração e
cura as nossas feridas, dando-nos um coração novo, como diz o profeta
Jeremias (Jer 31, 33).
São Paulo diz que, através de Cristo, Deus reconciliou consigo a
Humanidade, fazendo dela uma Nova Criação (2 Cor 5, 17-19).
A vontade do Pai, dizia Jesus é que ele perdoe a todos e não perca
nenhum:
A vontade daquele que me enviou é esta: que eu não perca nenhum
daqueles que ele me deu, mas o ressuscite no último dia” (Jo 6, 38-39).
Um Deus que tem este jeito de amar e perdoar não podia exigir a
morte cruel e injusta de Jesus Cristo.
Como sabemos, D-us não ama o pecado. Ora a morte de Jesus foi um
pecado, pois ele era o mais inocente de todos os homens.
O Livro do Génesis diz que se houvesse dez justos na cidade de
Sodoma esta não teria sido destruída, pois Deus é incapaz de maltratar os
justos.
Como só lá havia um justo, Lot, o sobrinho de Abraão, Deus salvou-o
a ele e à sua família, destruindo a cidade de Sodoma com um fogo que veio
do céu.
Antes de destruir esta cidade pecadora, Deus teve um diálogo longo
com Abraão, garantindo-lhe que se lá houvesse dez pecadores não destruiria
a cidade em atenção aos justos que lá vivessem.

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Isto quer dizer que D-us perdoa aos pecadores em atenção aos
justos que ele quer poupar e não destruir.
Por outras palavras, o diálogo entre D-us e Abraão sobre Sodoma
significa, portanto, que os pecadores são poupados quando no seu meio haja
justos (Gn 18, 23-32).
Ao falar da paixão de Jesus, o evangelho de São João já não fala de
Cristo como de uma vítima expiatória, mas sim do grande amor de Jesus
pela Humanidade:
A morte de Jesus, para o evangelho de São João, é um crime
perpetrado pelos judeus.
Ao aceitar esta morte, Jesus está a levar o seu amor a D-us e à
Humanidade até à sua perfeição máxima, isto é, dar a vida pelos que ama.
Eis as palavras de Jesus no evangelho de São João:
“É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu
vos amei.
Na verdade, ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida
pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13).
Jesus nunca interpretou a sua morte como um sacrifício exigido por
D-us, a fim de perdoar aos homens.
Em resumo podemos dizer o seguinte: o que agradou a Deus foi a
fidelidade incondicional de Jesus à missão que lhe foi confiada e não a morte
cruel e injusta que sofreu.

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