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Resumo do Texto 1: Patrimônio histórico.

Sustentabilidade e sustentação

Autor: Flávio de Lemos Carsalade

As três ações inerentes à proteção da memória associada ao patrimônio histórico são:


proteção, conservação e a promoção. A eficácia dessa atuação preconiza a integração destas
vertentes de maneira coesa e sistêmica. Porquanto, leis aprovadas, por exemplo, nas
Assembleias Legislativas, Câmaras e outros fóruns, são inócuas, estéreis. Possuem,
predominantemente, o escopo político. Conquanto, falta àquelas a linha do tempo, no caso de
patrimônio imaterial. Ou seja, pesquisa, registro para que se promova a preservação,
conservação e promoção. Esse processo não é de pouca monta. A pesquisa abarca o inventário
(metodologia) é efetuada em documentos, Cds, gravações, depoimentos. Além disso, a
diversidade, as especificidades tem que ser, necessariamente, respeitada.

A elaboração do registro é efetuada num espaço de dez anos. Se positiva permanece


com a titulação e memória. Caso contrário, mantém a titulação, todavia o caráter de memória
cessa. Por essa forma, carrear recursos financeiros públicos para viabilizar a conservação de
patrimônio material não dá conta e não satisfaz, racionalmente, as demandas. Haja vista que
as áreas contempladas do orçamento público (saúde, educação, etc.), são premidas pela
lendária falta de recursos. Grande parte do conjunto de imóveis tombados são propriedades
particulares. Tornando-se passível de questionamentos acerca desse investimento público em
conservação de imóveis particulares. Embora o Estado tenha co-responsabilidade sobre estes.

Entrementes, é perceptível que o fator da conservação não pode somente ficar a cargo
do Estado. Necessariamente, é premente envolver a sociedade civil nesse projeto. Então,
cultura é política pública, todavia precisa se fortalecer, se fazer presente, através das entidades
civis e iniciativa privada. A cultura faz parte da economia em que pese ser geradora de
emprego e renda. Políticas públicas não podem prescindir de parcerias com a sociedade civil,
associações, etc. Logo, quando a sociedade civil se fortalece, mais facilmente, as políticas
públicas, podem ser implantadas pelo Estado. Assim, este poderia atuar, através da educação,
com ênfase na educação patrimonial, estreitando, mormente, a ponte: Estado - sociedade civil.

Não cabe, assim, a imobilidade face à falta de recursos financeiros. Tampouco que a
perspectiva econômica se restrinja apenas a alocar recursos financeiros para a conservação.
Ou seja, há dois conceitos envolvidos no processo: Sustentação e Sustentabilidade. A
sustentação se estende aos investimentos diretos no patrimônio histórico e artístico os quais
resultam benefícios de conservação para ambos, seja governo, seja o proprietário do imóvel,
bem como a parceria entre ambos. A sustentação cuja base é o dinheiro utilizado pelo Estado
com vistas à continuidade nas ações de conservação.

A sustentabilidade se refere a ações que promovam diversas formas de conservação e


preservação instigando a comunidade, base legal ou outras formas de atração de investimentos
financeiros ou de trabalho. Nesse sentido para que os projetos de conservação se efetivem
convém relacioná-los à noção moderna de patrimônio histórico. Pois o senso comum é de que
o bem imóvel isolado reflete resquícios de estilos, ou do poder civil ou eclesiástico. A
percepção contemporânea do patrimônio vige ao cotidiano da vida, na cultura, e
principalmente, no desenvolvimento sócio-econômico das comunidades de cuja identidade e
qualidade de vida são bases para o desenvolvimento.

Assim, o desenvolvimento da sociedade reflete a preocupação da população e seus


diversos grupos (políticos, econômicos e sociais), mormente, se a visão de um Estado faz-
tudo fosse substituída por formas democráticas de co-gestão e incentivo à atuação cidadã.
Portanto, reverteria a relação poder público – sociedade civil, marcadamente autoritária,
unilateral, excludente para parceira, ética, companheira, inclusiva, solidária. Cabe ao Estado a
indução de políticas públicas que promovam a mobilização social, a articulação com parcerias
sociais e orientação da aplicação de recursos de modo que ao se obter sucesso haverá
convergência, lucratividade. Posto que as cidades ganhem em qualidade de vida, no turismo,
na economia (geração de emprego e renda), cidadania, história e a possibilidade de promover
a sustentabilidade.

Para isso, é importante a participação de cada um no processo. Seja no entendimento


que a construção de uma nação e o uso das coisas públicas são coletivas e, portanto
responsabilidade comum e abrangente. A ideia de mercado e lucro vai de encontro à
relativização de profundos impactos sociais na sociedade sendo suplantada pela percepção do
interesse comum induzindo a uma sociedade equilibrada e mais rica. Dessa forma, é
importante a participação da sociedade nessa construção de nação. Pois é ela que eivada desse
entendimento produz e promove cultura. Não há recursos para todos os projetos, porém cabe à
sociedade civil a vanguarda em lutar pelos interesses maiores e comuns desta. Ademais, à
iniciativa privada: o zelo e investimentos. Logo, as três vertentes aliadas à sociedade civil e à
co-responsabilidade governamental formulam o preceito do que seja patrimônio cultural. É
definir o papel de cada um, Estado e sociedade civil nesse processo.

Sustentabilidade é mais ampla que a sustentação em si. A sustentabilidade é a forma


de desenvolvimento cujas necessidades do presente não comprometeriam a possibilidade de
desenvolvimento das futuras gerações. Culturalmente, se promove a preservação de valores e
mensagem que conformam sentido e pertencimento de determinado grupo cultural e étnico.
Então, se sistematizou quatro grupos. O primeiro grupo relaciona preservação preventiva e
propositiva, no qual o Estado acautela-se através do tombamento. Grosso modo, o Estado age
antes que o bem caia ou sofra descaracterizações. É uma forma de mitigar os gastos com
recuperação e preservação.

Além disso, a gestão pública através da intervenção física no imóvel tombado tem que
ser fundamentada, escorada nas leis de preservação patrimonial. Por exemplo, leis de uso e
ocupação do solo e planos diretores com o fito de promover o desenvolvimento, o controle
ambiental racional, revisões periódicas e instalação de equipamentos de segurança. O segundo
grupo proporciona instrumentos de Gestão e Articulação cuja premissa é a sociedade civil
como guardiã do seu patrimônio e para isso é necessário que se promova a conscientização
desta. Algumas medidas: a) criação de conselhos públicos para o patrimônio cultural,
envolvendo a sociedade. b) maior permeabilidade dos órgãos patrimoniais junto à sociedade.
c) inserção da cultura no desenvolvimento e planejamento econômico e social. Cabe ao
terceiro grupo, o desenvolvimento dos campos científicos correlatos cuja forma instila o
incremento de pesquisas. Ao quarto grupo, o compromisso de ações de informação e difusão
pautadas pela educação patrimonial na conscientização das comunidades.

A sustentação se constitui no entendimento que conservar é inerente ao Estado e à


sociedade, não sendo somente do proprietário do imóvel. Investir diretamente em conservação
não pode ser função somente estatal. Pode ser implantada pela iniciativa privada e sociedade
civil de cujos resultados seriam: o incremento cultural, a alavancagem da cadeia produtiva
proporcionando negócios e oportunidades. Destarte, o investimento público se efetiva de
forma direta através do Tesouro Nacional ou indiretamente, através da manutenção de
institutos, órgãos e renúncia fiscal. O exemplo é o programa Monumenta do Governo Federal
que investe recursos federais na área. Entrementes, o Monumenta está sendo substituído pelo
Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas. Aqui no Estado do Pará é
representado pelo “Viva Cidade”. Outro viés do programa governamental é a isenção de IPTU
para imóveis tombados. Em relação ao investimento privado, o patrimônio cultural é gerador
de emprego e renda. Seja na construção civil, na prestação de serviços, no turismo, no lazer,
formação de mão-de-obra, tais como: advogados, arquitetos, historiador e trabalhadores
ligados ao setor.
Logo, as ações de conservação do patrimônio cultural englobam inúmeras situações e
mecanismos os quais tem que respeitar as especificidades das sociedades locais. Ou seja, estas
se percebem partícipes no processo cultural. É preciso inculcar esses valores na comunidade.
O Estado retira os impostos do bem com o propósito que o proprietário invista nessa
memória. Porquanto, a cultura, a educação se faz base para que essas políticas públicas
avancem. Assim, União, estados e municípios buscariam entrosamento na condução dessas
ações.

Resumo do Texto 2: Novas Fronteiras e


Novos Pactos Para o Patrimônio Cultural

Autora: Cecília Rodrigues dos Santos

A noção de patrimônio induz à associação de sagrado, ou herança, de memória individual, de


bens de família. No final do século XVIII, a percepção de patrimônio inerente a grupo social
norteou o conceito de identidade logrando proteção e abarcando a visão moderna de história e
de cidade. Conquanto, patrimônio deve ser preservado por todos. Mormente, estabelecer
critérios para a eficácia dessa ação. O processo de consolidação dos estados-nação modernos
cuja base foi a construção de uma identidade nacional utilizou-se também o conceito de
patrimônio.

O Presidente Getúlio Dorneles Vargas promulgou em 1937, o Decreto-Lei nº 25 o qual


instituiu a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional e caracterizou o instrumento
do tombamento. Além disso, a inscrição em um dos quatro livros do tombo, de bens móveis
ou imóveis os quais impliquem conservação por parte estatal e impedem legalmente que estes
sejam destruídos. Assim, o Estado não retira a propriedade, apenas a limita. Todavia, o
tombamento é uma das variáveis legais de preservação. Atualmente, um dos maiores desafios
à gestão patrimonial é caracterizar novas formas de acautelamento que se coadune com o
exercício dos direitos culturais do cidadão de cuja expressão é exposto nos artigos 215 e 216
da Constituição Federal. Conquanto, o Decreto-Lei nº 25 é atual em face sua materialidade
(conteúdo) está de acordo com a Constituição de 1988.

Assim, o caráter simbólico do patrimônio foi sendo ampliado passou-se a envolver o


vernacular, - aquilo que é produzido a partir de um hábito cultural, o cotidiano, a
imaterialidade, entretanto sem abandonar a perspectiva contemplativa. Porquanto, a
diversidade de patrimônio cultural começou a ser pensado como um dos principais fatores na
gestação de planejamento e ordenação das cidades. Estabelecendo um elo estratégico na
afirmação identitária das comunidades e grupos sociais, portanto abandonando a concepção
fundadora de nacionalidade em um novo espaço global. Logo, sai do plano imaterial e alcança
o material.

Ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), cabe desde a


promulgação do Decreto-Lei nº 25 a gestão e o norteamento legal da proteção. Desde sua
criação, o IPHAN atua de forma desconcentrada, - nos Estados e municípios com o objetivo
de atender as especificidades e na variedade das manifestações culturais. Porquanto, com o
intuito de implantar as medidas necessárias à defesa do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, em 1970, o MEC (Ministério da Educação e Cultura) patrocinou a assinatura do
Compromisso de Brasília que no seu bojo estabeleceu metas e rumos à descentralização. Ou
seja, uma política patrimonial voltada, preferencialmente, às especificidades locais de cuja
base serviria num plano federal para a orientação técnica, a proteção de bens culturais de
valor regional. Ademais, a recomendação da criação de órgãos estaduais e municipais visando
uma uniformização da legislação.

Depreende-se que os municípios não eram autônomos, existia uma hierarquia, todavia
a Constituição Federal de 1988 alterou esse status. Pois delegou aos municípios também a
proteção do patrimônio histórico-cultural local, empalmada pela legislação federal e estadual.
Note-se que coube ao Estado, também, a intervenção sob o viés educacional. É a formalização
de novas alianças, parcerias entre os entes federativos com vistas a estabelecer um
entendimento entre o nacional e o local. Pensou-se que a reforma e a modernização
administrativa seriam suficientes, no entanto a continuidade e a modernização de métodos de
trabalho os quais visassem à produção de conhecimento, atrelada à autonomia técnica. Dessa
forma, esse não seqüenciamento impediu o estabelecimento de novos órgãos de preservação.

É com a UNESCO, em 1982, ao estabelecer uma definição mais abrangente para a


cultura referenciando-a: “conjunto de características distintas, espirituais e materiais,
intelectuais e afetivas, que caracterizam uma sociedade ou um grupo social (...) englobando
além das artes e letras, os modos de viver, os direitos fundamentais dos seres humanos, os
sistemas de valor, as tradições e as crenças” (UNESCO, 2000). Um exemplo de parceria,
cooperação e prioridade entre União, estados e municípios na condução dos planos de gestão
patrimonial é o caso paulista do Condephaat. Este órgão, desde 1968, um dos primeiros de
preservação estadual contou com apoio técnico e político do IPHAN o qual não tombou
nenhum centro histórico no Estado de São Paulo. Fato, teoricamente, relevante, pois a
proteção poderia ser mais eficiente se fosse conduzida pelo órgão estadual.

Atualmente, alguns municípios paulistas já contam com seus conselhos municipais de


patrimônio e respectivas legislações. Entrementes, todas as críticas efetivadas a São Paulo
podem ser direcionadas, por exemplo, ao Pará. Em face também de alguns municípios não
disporem de conselhos municipais. Nesse ínterim a proteção patrimonial ficou sendo
entendido como responsabilidade da União subjacente ao planejamento das cidades,
entendido como enfoque do desenvolvimento econômico ou, às vezes, ignorado. Então, a
descontinuidade administrativa, a ausência de investimentos na capacitação de técnicos, a
inexistência de políticas culturais locais, são alguns indutores à rápida perda de identidade
cultural e patrimonial de algumas cidades do interior paulista. Como afirma Claude Levis-
Strauss, em 1953: ”cidades que passam do frescor à decrepitude sem conseguir ser antigas”.
Basicamente, existem dois fatores concorrentes que expressam o processo de preservação
cultural. Um é a inexistência de um pensamento urbano no âmbito dos órgãos de preservação.
O segundo cujas bases são: priorizar os fluxos de tráfego, economicidade de espaços, uso
racional da infra-estrutura urbana os quais inviabilizam os componentes históricos entendidos
por Argan (1992) como a “rejeição da história pelo pragmatismo”.

Porquanto, essa cizânia condenou as construções históricas, os referenciais da cidade,


os marcos, os casarios, as paisagens, as festas, enfim, a alma da sociedade local. O equilíbrio
o qual Argan (1992) sustenta é a aproximação de ações as quais visem relacioná-las à sua
história e à sua vocação. Passando a constituir as políticas urbano-territoriais. Atualmente, há
uma tentativa para se recuperar patrimônio cultural, através do segmento de turismo. Criaram-
se processos de ressemantização de estruturas vazias associada aos novos ícones da pujante
indústria de cultura de massas, bem como a construção de cenários contendo personagens
distanciados com a realidade local como, por exemplo, os parques temáticos. Conquanto, não
há comunicação com a história cultural local. Às vezes, existe ligação com partes da cidade.
Uma justificativa, para isso, é a geração de empregos.

Por outro lado, existem cidades que conseguiram perceber e estabelecer novos pactos
com vistas a enfrentar desafios da relativização cultural ou da porosidade (aberturas,
influências) das fronteiras. Àquelas buscam apoio técnico para a condução de um processo
mais harmônico que englobe a perspectiva de um desenvolvimento sustentável. Outra seara de
discussão é como desenvolver, sustentavelmente, cultura e patrimônio. A Conferência da
Unesco, em 1970, relacionou cultura e desenvolvimento econômico e social. A partir desta
data começaram os questionamentos dos modelos de desenvolvimento baseados em
sustentabilidade econômica e racionalidade técnica. Foram inseridos os fatores culturais como
base na formulação de novos modelos. Ou seja, em 1982, durante a Conferência Mundial
sobre Políticas Culturais, a Unesco, afirmou que as políticas públicas deveriam ser norteadas
nas forças culturais: patrimônio, identidade e criatividade. De modo que é consenso não ser
mais possível desconsiderar o fator da globalização, entendida não somente como o
espraiamento do capital, em contrapartida com um processo de natureza histórico-cultural as
quais induzem à porosidade das fronteiras tradicionais gerando novos entrelaçamentos
culturais das sociedades. Ou seja, a cultura vai se modificando.

Então, se a globalização significa a abertura de novas perspectivas, ela apresenta-se


como forma de uniformização e plasticização de produtos de consumo os quais atingem
centros consumidores desprovidos de cultura patrimonial. Nota-se que os menos possuídos
tem dificuldades em perceber sua cultura. Por isso, se faz presente a atuação do estado com
políticas públicas que contemplem as diversidades. A cultura patrimonial tem encontrado
ressonância nos fóruns internacionais os quais propiciam novos parâmetros para identificação
de um bem cultural ou universal.

Somente a partir dos anos 90, o conceito de universalidade foi sendo substituído pelo
de representatividade. A relação de bens aumentou cuja contemplação seguiu à reivindicação
dos direitos culturais dos cidadãos do mundo na sua especificidade e diferença. As decisões
não se efetivaram. A lista aumentou, entretanto a simples inscrição pressupunha
“reconhecimento”, logo um “direito” prestes à reivindicação. Foi como um “selo” de
qualidade.

Logo, a possibilidade de se estabelecer uma lista que contemplasse a todos expôs o


problema da universalidade dos valores culturais na seara da educação patrimonial. O novo
pacto revela uma articulação maior e bem mais ampla que a anterior. É necessário assumir
compromissos e responsabilidades de todas as partes, todas as instâncias as quais
contemplassem a garantia do direito cultural de cada cidadão. Todas as culturas são
importantes, são tão, quanto à americana, à européia, à asiática. Do rincão amazônico ao
cadinho da Ilha de Marajó. O Tejo de Fernando Pessoa é belo, entretanto o rio que corta a
aldeia do poeta lhe aquece mais a alma, lhe traz mais recordações. Vai desaguar formando o
oceano mais belo ainda.

Resumo dos Textos 1 e 2. Patrimônio Histórico. Sustentabilidade e Sustentação


Trabalho apresentado ao curso de Pós-
e Novas Fronteiras e Novos Pactos Para o Patrimônio
Graduação em Cultural
Patrimônio Cultural e
BELÉM- PARÁ
Educação Patrimonial sob a orientação da
2010
Autores: FlávioANTONIO
de Lemos REGINALDO
Carsalade SALES
e Cecília
Profª. DUARTE
Rodrigues
Rafaela . dos Santos

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