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Cientistas decifram código genético de duas formas de cancro

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1449362&seccao=Sa%FAde

DN, 2009-12-17

A identificação das mutações das células cancerosas nos tumores do pulmão e nos da
pele foi obtida por cientistas britânicos, naquele que parece ser o primeiro passo na
descodificação de todas as formas da doença. A descoberta abre caminho, num prazo
de anos, a novas terapias, meios de diagnóstico precoce e sobretudo à melhor
compreensão do cancro

A ciência conseguiu decifrar o código genético de dois dos cancros mais comuns e mortais, o da
pele e dos pulmões, abrindo caminho a potenciais curas e a inovadores meios de diagnóstico que
permitirão identificar a doença de forma precoce. As aplicações são enormes, embora à distância de
anos, e os estudos, publicados na Nature, estão a avançar em outras formas da doença.

Os cancros são mutações de células saudáveis causadas por factores ambientais. As células
doentes acumulam-se em tumores capazes de criar rupturas nas funções dos diferentes órgãos
atingidos. A identificação das mutações que ocorrem em células saudáveis permitirá compreender a
doença de forma mais detalhada e, eventualmente, levará a um simples teste de sangue que
permitirá perceber quais as melhores terapias para cada doente. A complexidade da doença é o
maior desafio: o tumor dos pulmões envolve 23 mil mutações das células saudáveis e o melanoma
da pele mais de 33 mil.

A descoberta foi anunciada pelo Instituto Wellcome Trust Sanger, de Cambridge, no Reino Unido.
Segundo explicou Mike Stratton, líder britânico da equipa que realizou o trabalho, esta descoberta
muda a forma como os cientistas olham para a doença: "Este é um momento fundamental na
história da investigação do cancro", afirmou o académico, citado pela BBC.

O Instituto Sanger usou tecnologia sofisticada para identificar as sequências de genes nos tecidos
do tumor e nos tecidos das células normais. A comparação dos dois permitiu identificar milhares de
diferenças, mas para encontrar aquelas que verdadeiramente matam os doentes serão necessários
anos de trabalho adicional.

A identificação do código genético de duas formas de cancro é ainda um passo na procura de curas
para a doença. Há equipas em dez países que, integrados num consórcio internacional do genoma
do cancro, tentam completar as sequências de ADN de todos os tipos da doença existentes. Os
americanos concentraram-se em várias sequências (cérebro, ovários), os ingleses estão a estudar o
cancro da mama, os japoneses concentram-se no do fígado e a China está a investigar a genética
do cancro do estômago. A conclusão deste trabalho levará pelo menos mais cinco anos.

A tarefa parece gigantesca: em Agosto, uma equipa americana conseguira decifrar o código
genético de um doente com leucemia, mas as sequências de mutações eram totalmente diferentes
daquelas que tinham sido identificadas um ano antes, noutro doente. Identificar as mutações que
são verdadeiramente perigosas não é fácil e, por exemplo, das 23 mil presentes no cancro do
pulmão, a maioria parece ser inofensiva.

No entanto, o estudo detalhado dos catálogos de cada forma da doença poderá levar os cientistas a
perceber no futuro o impacto dos factores ambientais na base das mutações. Os benefícios
potenciais destes avanços serão recolhidos pela próxima geração da humanidade, avisam os
cientistas.

Cura para cancros do pulmão e pele ainda está "muito longe"


por ELISABETE SILVA

A descoberta do código genético destes dois tipos de cancro é vista como um passo para
a compreensão da doença, mas os especialistas dizem que é cedo para se falar de novos
tratamentos.

O decifrar do código genético do cancro do pulmão e da pele é visto como um passo importante na
compreensão destas doenças, mas os especialistas alertam que falta percorrer um longo caminho
para que se possa falar numa cura. Por isso, a principal recomendação mantém-se: é preciso
apostar na prevenção.

Este dois cancros são daqueles que mais pessoas atingem e o do pulmão é um dos mais mortais. O
conhecimento do código genético destes tumores , divulgado na revista Nature, deixa antever o
aparecimento de novos meios de tratamento e diagnóstico. No entanto, ainda há que esperar. "Não
podemos fazer a festa", defendeu ao DN Manuel António Silva, médico do Instituto Português de
Oncologia de Coimbra. "Estes estudos têm de ser feitos e foi um passo importante, mas nesta fase
ainda estamos longe de uma cura. Mas vamos lá chegar e saber qual o medicamento indicado para
tratar estes tipos de cancro", salientou.

A opinião é partilhada por Jorge Espírito Santo, presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos
Médicos. "Seria óptimo que se pudesse falar em curas, principalmente no que diz respeito ao cancro
do pulmão, mas estamos muito longe dessa realidade", referiu ao DN. Descobertas como esta
"podem significar uma melhor compreensão de como funciona o tumor, o que levará a um melhor
meio terapêutico, a novas formas de tratamento".

Segundo o estudo realizado pelo Instituto Wellcome Trust Sanger de Cambridge, no Reino Unido, a
identificação das mutações que ocorrem em células saudáveis será uma forma de compreender
mais detalhadamente a doença, o que poderá significar que com uma simples análise de sangue se
perceberá quais os tratamentos mais adequados para cada doente. "Este é um momento
fundamental na história da investigação do cancro", disse o líder da equipa, Mike Stratton.

Manuel António Silva afirmou que das cerca de 23 mil mutações das células saudáveis no tumor dos
pulmões e das mais de 33 mil do melanoma de pele, a maioria não tem efeitos malignos. "O
problema é descobrir qual é [maligna]", frisou. O clínico alertou para a necessidade de se continuar
a promover a prevenção junto das pessoas, ou seja, evitar comportamentos de risco que podem
levar ao aparecimento de tumores que poderão ser mortais.

Os casos destes cancros em Portugal continuam a crescer de ano para ano. A última publicação do
Instituto Oncológico Nacional revelava que em 2005 haviam sido registados 2709 novos casos de
cancro de pulmão (2107 homens) e 2941 de cancro da pele (1549 mulheres).

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