À medida que cresce o consumo, aumentam os problemas relacionados com estes produtos,
e no século XX surgem tentativas para a redução da sua presença na sociedade: a proibição
nos Estados Unidos, nos anos 20, e as campanhas de prevenção, a partir dos anos 60, nos
países desenvolvidos.
Vias de administração
Aspectos farmacológicos
Poucos minutos depois da ingestão do álcool, este passa para a corrente sanguínea, onde
pode manter-se várias horas, e a partir da qual exerce a sua acção sobre diversos órgãos do
corpo.
O etanol afecta todo o organismo, sendo o fígado um dos órgãos mais afectados; este tem a
missão de transformar o álcool noutras substâncias pouco perigosas para o indivíduo, mas
tem uma capacidade limitada: pode metabolizar entre 20 a 30 gramas de álcool por hora.
Entretanto, a bebida circula pelo sangue, danificando os outros órgãos por onde passa.
Efeitos
O marcado carácter social desta droga e a grande aceitação de que goza permitem catalogar
como normais padrões de consumo que, na realidade, são claramente exagerados. Estes
geram uma série de consequências adversas que a seguir passaremos a resumir:
- Efeitos imediatos
Os acidentes de tráfego merecem uma menção especial. Uma altíssima percentagem deles
têm relação directa com o consumo do álcool. Há mais mortes por dia causadas pelo álcool
do que por outras drogas. Podemos afirmar que é a primeira causa de morte entre os
jovens.
Fígado: o alcoolismo é uma das principais causas da hepatopatia, que se pode manifestar
em forma de hepatite ou cirrose.
A irritabilidade, a insónia, os delírios por ciúmes ou a mania da perseguição são algumas das
alterações de que, com frequência, sofrem os consumidores crónicos desta substância.
O consumo habitual na mulher grávida pode dar lugar à chamada síndrome alcoólica-fetal,
caracterizado por malformações no feto, baixo coeficiente intelectual, etc.
Trata-se de uma droga capaz de originar tolerância e um alto grau de dependência, tanto
física como psicológica. Muitos alcoólicos apresentam a denominada tolerância negativa:
basta uma pequena quantidade de etanol para que fiquem completamente ébrios.
A planta Nicotina tabacum deve o seu nome ao médico Jean Nicot que popularizou o seu uso
na Europa. Esta planta, juntamente com cerca de mais de cinquenta outras espécies, faz
parte do grupo nicotínico.
É originária da América onde era usada, antes da descoberta deste continente, pelos seus
efeitos alucinogéneos. É difundida na Europa, após a viagem de Colombo, em parte devido à
crença no seu valor terapêutico.
A procura do tabaco fez com que a coroa espanhola se apropriasse do monopólio do seu
comércio. Mais tarde, os franceses e ingleses juntam-se aos espanhóis, contribuindo para a
expansão desta substância.
Na segunda metade do século XIX, o monopólio da fabricação dos cigarros passa a ser dos
anglo-saxões. A partir desta altura, o tabagismo passa a afectar quase metade da população
mundial.
Os malefícios do tabaco
Os fumadores têm em média menos 10 anos de vida do que os não fumadores. Isto porque
as substâncias absorvidas destroem alguns órgãos importantes ao mesmo tempo que
fragilizam o organismo em relação a vírus e a doenças oportunistas.
Nos olhos, o fumo produz a ambliopia tabágica, que representa a debilitação do sentido da
visão e distorção do ponto de foco visual.
Na boca ocorrem os cancros dos lábios, língua, além de enfermidades nas gengivas,
incluindo até perda de dentes.
Na laringe, o fumo dilata as cordas vocais, e produz rouquidão, não sendo raro o cancro
nesse local derivado do uso do cigarro.
Nos órgãos digestivos o fumo produzi a úlcera péptica dado o aumento da acidez, além de
distúrbios vários no duodeno, e cancro do estômago.
No útero, ocorre aceleração das batidas do feto. Os bebés nascem com menos peso e ocorre
probabilidade maior de nascimentos prematuros.
O órgão que mais sofre é o cérebro, que necessita de uma alta concentração daquele
elemento no sangue, a fim de que possa desempenhar todas as suas funções com perfeição.
A doença mais vulgar associada ao consumo do tabaco é o cancro. Este pode ocorrer não
apenas nos pulmões, mas também na laringe, na faringe ou na boca.
No nosso país o consumo de tabaco atinge cerca de 20 por cento da população, com
predomínio de três homens e meio para cada mulher.
Mas são as mulheres que vieram manter os níveis do consumo, pois os homens
presentemente fumam menos; as mulheres, que até há cerca de trinta anos praticamente
não fumavam, começaram a partir de então a consumir cada vez mais tabaco.
Mas estas são apenas os malefícios mais conhecidos, pois a lista de problemas de saúde
associados ao tabaco é extensa. Mais alguns exemplos:
Esta extensa lista de doenças contribui certamente para que um fumador pense duas vezes
no seu hábito e equacione os custos e as consequências para a saúde que ele provoca.
A própria Organização Mundial de Saúde estima que mais de 100 milhões de pessoas irão
morrer devido ao consumo do tabaco nas duas primeiras décadas do séc. XXI.
HEROÍNA (Opiáceo)
Devido ao elevado número de viciados em morfina e
às nefastas consequências que esta droga trouxe à
sociedade no século XIX, impôs-se a necessidade de
encontrar uma nova substância com igual potencial
analgésico, mas que não gerasse dependência.
Durante muito tempo, a heroína foi administrada por via intravenosa. O aparecimento da
SIDA e a sua emergência devastadora entre os heroinómanos explica a tendência actual dos
novos consumidores para fumar ou aspirar o vapor libertado pelo aquecimento da
substância.
Preparar a injecção de heroína transformou-se num ritual: numa colher, ou num objecto
semelhante, coloca-se a droga em pó, mistura-se com água e umas gotas de sumo de limão
e coloca-se sobre uma fonte de calor para facilitar a dissolução.
Aspectos farmacológicos
Ao falar sobre os efeitos da heroína, é importante destacar o facto de estes não serem iguais
no início do consumo ou depois de gerada a dependência: o motivo que leva inicialmente
uma pessoa a injectar-se, deve-se a uma intensa sensação de prazer e euforia.
Posteriormente, o indivíduo vê-se obrigado a consumi-la para evitar o estado de carência
que provoca a ausência da substância. Isto significa que o opiáceo se torna num poderoso
reforço de seu próprio consumo. Isto não se passa com a metadona.
- Efeitos imediatos
- Síndrome de abstinência
http://www.bhservico.com.br/cigarro.htm
http://www.idt.pt/id.asp?id=p1
http://sopostelnik.tripod.com/