INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: Esttica PROFESSORA: Cibelly Miranda Turma: 020
Resenha : Iniciao esttica
Belm 2015
SUASSUNA, Ariano. Iniciao Esttica Captulo I e II. p. 21 - 40.
Tradicionalmente a esttica era definida como filosofia do Belo, captado e estudado. No belo cogitava-se tanto o belo da arte como o da natureza, conforme o pensamento platnico, no entanto, o belo da natureza tinha primazia sobre o da arte. Isso muda a partir do idealismo germnico que, segundo o Hegel a Beleza artstica tem mais dignidade do que a da natureza. Por influncia de Kant, o belo deixa de ocupar uma posio isolada e passa a ser uma categoria, dando espao para o sublime, por exemplo. Seria valido definir a esttica como filosofia do belo, se o campo esttico inclui categorias como o cmico as quais nada tm a ver com o Belo? Propuseram ento o nome esttico para denominar todos os campos e substituir a palavra Belo. Esttico passou a designar o campo geral da esttica, que inclua Trgico, sublime, o gracioso, o risvel, o humorstico e caracterizando o Belo para coisas harmnicas, senso de medida. Houve uma necessidade de fragmentar o campo esttico e dessa forma o Belo entra apenas para uma de suas categorias. Kainz em seu texto Esttica inclina-se a adotar o critrio ps-kantiano, mas chega evidncia de que definir a Esttica como cincia do Esttico por ser tautolgica no dizer nada e acaba voltando ao velho critrio tradicional. A Esttica como filosofia da Beleza leva em considerao as advertncia de Kainz e a fora dos critrios tradicionais, mas tambm temos que definir a Esttica pelo Belo, considerar todas as observaes da Esttica ps-kantiana e a respeito da importncia da Filosofia da Arte na Esttica, temos as palavras de Bergson, citando que e enquanto na Natureza, a Beleza encontrada por acaso, na Arte ela deliberadamente procurada e realizada. A Esttica pode ser definida assim como a Filosofia da Beleza, sendo a Beleza algo que como o esttico dos ps-kantianos, inclui amargor e aspereza. A esttica como decorrncia de sua natureza ento uma espcie de reformulao da Filosofia inteira em relao Beleza e Arte. Por isso temos que verificar a questo do mtodo a ser nela seguido, como uma introduo crtica ao estudo do campo da Esttica. A esttica uma reformulao da filosofia em relao Beleza e por isso estudada as relaes entre Arte, o conhecimento e a Natureza. Temos de empreender na Esttica uma verdadeira viso do mundo em relao Beleza. E em vista da complexidade do campo esttico, no admira que o grande problema com que nos defrontamos ao enfrent-lo, primeira grande opo ante a qual temos de nos decidir, seja aquela criada pela tentao irracionalista. O irracionalismo esttico somente um dos aspectos do irracionalismo adotado para a viso filosfica geral. Quanto ao irracionalismo esttico dos filsofos, preciso que se diga, de incio que o verdadeiro racionalismo no disseca friamente nada, nem comprime a vida e o mundo em frmulas mesquinhas. Num caso e noutro, porm, inteligncia e a uma Esttica que artistas e filsofos tm de pedir socorro para combater as duas (Inteligncia e Esttica)
A outra grande opo que temos a fazer na Esttica entre o objetivismo e o
subjetivismo. No ocorria para Plato e para Aristteles que a Beleza no uma propriedade do objeto, algo que se encontra no objeto, e sim uma construo do esprito do contemplador colocado diante do objeto. De acordo com Kant em Critica del Juicio alm da inteligncia existe um juzo de gosto atravs da qual se discerne se uma coisa bela ou no. Dessa forma a Beleza uma construo que se realiza dentro do contemplador onde a beleza do objeto pura e exclusiva do esprito do sujeito. Dentre as contribuies de Kant na esttica, foi atentar que a fruio da beleza no puramente intelectual nem puramente sensvel. Depois de Kant, o panorama da Esttica, com algumas raras excees, este: os estetas, ou afirmam decididamente que a Beleza algo que se constri no esprito do sujeito, ou ento optam por uma soluo de meio-termo, de compromisso objetivistasubjetivista. Para ns, a Beleza uma luz do ser, do objeto. Se a Beleza uma propriedade do objetivo, nos objetos que formam o vastssimo campo esttico que deve ser estudada e pressentida a essncia da Beleza. Existe a opo de seguir pelo caminho lgico-filosfico ou pelo caminho cientficoexperimental, Esttica Filosfica ou Esttica Cientifica. Baseados na idia kantiana de que a Beleza no uma propriedade do jeito, mas sim uma construo do esprito do sujeito. Um fato esttico fundamental, sendo a experincia pessoal de cada um. H dois lados com ideias diferentes, enquanto os psiclogos eram defensores da ideia que os princpios axiolgicos seriam fornecidos pela Psicologia, os socilogos alegaram que o mais importante era a experincia coletiva. As divises e oposies foram tantas, que os estetas contemporneos esto procurando um denominador comum. Esto voltando a reconhecer a necessidade de religar a Esttica Filosofia. Apesar de os realistas e objetivistas negarem-se sempre a abandon-la e a Esttica lgica ser vista como um meio-termo, ligao entre a Esttica filosfica e a cientfica. Esta reconhece a necessidade de se conhecer pelas essncias e a partir do objeto esttico. Em outro extremo h aqueles que reconhecem a esttica como uma disciplina filosfica, que procura captar as essncias a partir do objeto esttico. Sustentam que a Esttica s tem um caminho para se sobrepuser confuso, que seria religar a Esttica Filosofia, fazendo dela uma Filosofia da Beleza. No tpico sobre Esttica Filosfica e Mtodos da Esttica, as Estticas filosfica e cientfica entendem-se num ponto: a Esttica til e no constitui nenhuma ofensa Arte e Beleza, apenas diferem escolha dos meios a empregar em seu estudo.
O tratado do belo na odontologia contemporânea: a filosofia na formação do conceito estético das diferentes áreas do conhecimento humano. Proporção áurea, Fibonacci e as percepções do belo X beleza na odontologia