A priori (do latim, « partindo daquilo que vem antes »), é uma
expressão filosófica que designa uma etapa para se chegar ao
conhecimento, que consiste no pensamento dedutivo. Mais
especificamente, o conhecimento proposicional não pode ser
adquirido através da percepção, introspecção, memória ou
testemunho. É, assim, uma anterioridade lógica e não cronológica
que é designada na noção "a priori". O conhecimento a priori se
complementa com o conhecimento a posteriori, aquele que se
adquire com a experiência.
Índice
[esconder]
• 1 Concepção clássica do a
priori
• 2 Racionalismo
• 3 Empirismo
• 4 Concepção kantiana do
a priori
• 5 Apriorismo
• 6 Kripke
• 7 Concepção jurídica
[editar] Empirismo
John Locke, admitindo que a reflexão é parte da experiência, deu uma
base para o abandono da noção de conhecimento a priori.
[editar] Apriorismo
O apriorismo é uma teoria explicativa da origem do conhecimento,
inserida nas concepções clássicas (fundadas num modelo
fenomenológico), elaborada por Kant.
Define que a elaboração do conhecimento científico é fruto de, numa
primeira fase, captação sensorial da realidade - númeno - de forma
limitada (pelos nossos próprios sentidos) - fenómeno - através de
estruturas a priori no indivíduo (formas a priori da sensibilidade -
espaço e tempo) elaborando-se assim percepções, isto é, sensações
estruturadas pelas formas a priori. Estas percepções irão depois
passar à fase do entendimento, onde, pela ascensão ao longo de 12
categorias (as formas a priori do entendimento), aproximarão esta
percepção de um verdadeiro conhecimento científico. De notar que as
formas organizadoras não mais são que estruturas do sujeito
desprovidas de qualquer valor material, que serão "preenchidas"
pelos dados recolhidos pelos sentidos. Estabelece-se igualmente a
distinção entre conhecimento científico e razão, visto que este último
refere-se a idéias, localizadas num plano eidético, inteligível.
[editar] Kripke
Em Naming and necessity Saul Kripke argumenta, contra Kant, que a
aprioridade é uma propriedade puramente epistemológica, e por isso
não deve ser misturada com a necessidade, a qual é uma
propriedade metafísica. Por exemplo:
http://www.tiosam.net/enciclopedia/?q=Apriorismo
Define que a elaboração do conhecimento científico é fruto de, numa primeira fase,
captação sensorial da realidade - númeno - de forma limitada (pelos nossos próprios
sentidos) - fenómeno - através de estruturas a priori no indivíduo (formas a priori da
sensibilidade - espaço e tempo) elaborando-se assim percepções, isto é, sensações
estruturadas pelas formas a priori. Estas percepções irão depois passar à fase do
entendimento, onde, pela ascensão ao longo de 12 categorias (as formas a priori do
entendimento), aproximarão esta percepção dum verdadeiro conhecimento
científico. De notar que as formas organizadoras não mais são que estruturas do
sujeito desprovidas de qualquer valor material, que serão "preenchidas" pelos
dados recolhidos pelos sentidos. Estabelece-se igualmente a distinção entre
conhecimento científico e razão, visto que este último refere-se a idéias, localizadas
num plano eidético, inteligível. por tal deve fazer umas pesquisa alargada sobre o
assunto se pretender saber mais coisas sobre ele meu ganda BURRO!!
ou não o caminho seguro de uma ciência, isso deixa-se julgar logo a partir do
resultado (...) tal estudo acha-se ainda bem longe de ter tomado o caminho
Immanuel. Crítica da Razão Pura – Coleção “Os Pensadores. Ed. Nova Cultural.
Pág. 35).
Com a idéia do cogito cartesiano, o pensamento filosófico passa a
trabalhar com um conceito de subjetividade altamente intenso.
Distinto de qualquer outra época da história, o conhecimento agora
se instala na subjetividade humana, reacendendo o debate sobre as
origens do conhecer. No entanto, e cada vez mais, as ciências foram
se distanciando das questões humanas, voltando-se para questões de
ordem objetiva. Onde estava a redenção prometida pela Modernidade
e pelo Iluminismo? Por que motivo era constatado o avanço
vertiginoso das ciências exatas e uma dificuldade em se aplicar o
pensamento ético? Qual a importância da filosofia? O que fazer com a
metafísica? Essa foi a preocupação de Kant que, notando esse
desequilíbrio, decidiu empreender uma filosofia que pudesse analisar
quais eram, de fato, as possibilidades reais de conhecimento. No
Prefácio à Segunda Edição da Crítica da Razão Pura, obra
fundamental para a compreensão do pensamento do filósofo, lê-se:
“A Metafísica, um conhecimento da razão inteiramente isolado e especulativo
experiência , na qual portanto a razão deve ser aluna de si mesma, não teve
até agora um destino tão favorável que lhe permitisse encetar o caminho
seguro de uma ciência, não obstante ser mais antiga do que toda as demais e
que não for encontrada nada pertencente à sensação (...) Essa forma pura de
Razão Pura – Coleção “Os Pensadores. Ed. Nova Cultural. Pág. 72).
Kant define o espaço como o sentido externo que nos representa os
objetos como fora de nós. Já o tempo é definido como o sentido
interno onde a mente consegue intuir a si mesma, de modo a tudo
representar em relação ao tempo. “O tempo não pode ser intuído
externamente, tampouco quanto o espaço como algo em nós”, alerta
o filósofo. Os fragmentos abaixo, retirados da Estética
Transcendental, servem para ilustrar ambos os conceitos:
Espaço
referida representação;
universal de relações das coisas em geral, mas sim uma intuição pura (...) O
Tempo
fenômenos;
geral. Ele possui uma única dimensão: diversos tempos não são simultâneos,
mas sucessivos (assim como diversos espaços não são sucessivos, mas
simultâneos);
subjacente.
(KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura – Coleção “Os Pensadores. Ed. Nova