Marília Joffíly P. C. Parahyba* CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE- UNIFOR.
INTRODUÇÃO •RESULTADOS E DISCUSSÃO
A detecção precoce de alterações auditivas nos Realizaram-se 120 Testes da Orelhinha no primeiros anos de vida pelo Exame de Serviço de Fonoaudiologia do NAMI no ano de Emissões Otoacústicas Evocadas (Teste da 2006. Do total de exames realizados 60 (50%) Orelhinha) possibilita uma intervenção médica foram considerados normais e 60 (50%) e/ou fonoaudiológica ainda no período crítico apresentaram alterações. Dos que apresentaram de maturação do Sistema Nervoso permitindo alterações 35 (58,4%) eram de crianças do sexo um prognóstico mais favorável ao masculino e 25 (41,6%) de crianças do sexo desenvolvimento da criança. Sabe-se que a feminino. As crianças do sexo feminino que maturação auditiva do bebê com audição apresentaram alterações no teste, 02 (8%) tinham normal segue uma seqüência padronizada de menos de 12 meses, 13 (52%) tinham mais que comportamentos desde o nascimento até os 12 um ano de idade e 10 (40%) tinham até dois anos meses e são as experiências sonoras e a completos. Dentre as crianças do sexo masculino exposição à fala que modelam o sistema com alterações no teste, 20 (57,2%) tinham até auditivo no primeiro ano de vida. um ano e 15 (42,8%) tinham até dois anos completos. Quanto ao achado de perdas auditivas OBJETIVOS houve predominância da perda auditiva neuro- Analisar o perfil auditivo de crianças menores sensorial bilateral com 39 casos (65%) de 2 anos que realizaram o Teste da Orelhinha diagnosticados, sendo 21 (53,9%) em crianças do em uma unidade de referência no municipio de sexo masculino e 18 (46,1%) em crianças do sexo Fortaleza,Ce., no ano de 2006. feminino.
MATERIAIS E MÉTODOS CONCLUSÃO
Realizou-se estudo transversal, retrospectivo Dos 120 exames realizados em 2006, metade das no Serviço de Fonoaudiologia do Núcleo de crianças apresentavam perda auditiva com Atenção Médica Integrada - NAMI, da predominância de perda auditiva neuro-sensorial Universidade de Fortaleza, em junho de 2007. bilateral. A avaliação auditiva portanto deve ser Analizou-se todos os exames de Emissões realizada em todas as crianças nascidas com ou Otoacústicas Evocadas realizados no serviço sem indicadores de risco, pois, se diagnosticadas no ano de 2006, utilizando para tanto uma ficha e tratadas precocemente, terão um melhor para anotação dos dados. desenvolvimento da linguagem oral. Referências Bibliográficas: 1. Azevedo MF. Avaliação audiológica no primeiro ano de vida. In: Lopes Filho OC. Tratado de Fonoaudiologia. 2ª ed. São Paulo: Rocca; 2005. 2. Costa AS, Azevedo MF, Fukuda Y. Evolução da resposta de movimentação da cabeça em direção ao som, em crianças, no primeiro semestre de vida. Pró-Fono. 2000;12(2); 21-9. 3. Pinheiro MMC, Azevedo MF, Vieira MM, Gomes, M. Crianças nascidas pré-termo: comparação entre o diagnóstico neurológico. Fono Atual. 2004; (27): 4-10. 4. Northern JL, Downs MP. Audição em Crianças. 5ª ed. Rio de Janeiro; Guanabara; 2005. 5. Murdoch BE. Desenvolvimento da fala e distúrbios da linguagem. Rio de Janeiro, Revinter; 1997. 6. Marchesam IQ, Bolaffi C, Gomes ICD, Zorzi JL. Tópicos em Fonoaudiologia. São Paulo, Lovise; 1994. 7. Kaminski JM, Tochetto TM, Mota HB. Maturação da função auditiva e desenvolvimento de linguagem. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2006; 11(1): 17-21. 8. Fichino SN, Meyer EP, Lewis DR. Acompanhamento audiológico de crianças com indicadores de perda auditiva. Distúrbios de comunicação. 2000; 11(2): 313-333.