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Teste de HPV e Prevenção do Câncer de Colo

Uterino
Agora você tem um novo teste para aumentar a sua segurança na prevenção do câncer de colo uterino!

Está comprovado que o câncer de colo uterino ocorre em mulheres com infecção persistente por um vírus chamado
Papilomavírus Humano (HPV).
O HPV é um vírus de transmissão sexual muito comum na população. Na maioria das vezes, a infecção não apresenta
nenhum sintoma e desaparece por ação do sistema imunológico, mas em algumas mulheres, a infecção pode provocar
alterações nas células e persistir por anos. Nestas mulheres, o risco de câncer cervical está aumentado.
O teste de HPV foi desenvolvido para complementar o exame de Papanicolaou que até pouco tempo atrás era o único
exame preventivo de rotina. A associação dos exames aumenta a chance de detectar as lesões precursoras do câncer,
permitindo seu tratamento precoce. Se você tem mais de 30 anos, converse com seu médico e solicite o teste de
HPV!
É importante lembrar:
• O HPV é um vírus sexualmente transmissível. O uso do preservativo é recomendado como método de
prevenção para a infecção por HPV e outras DSTs.
• A infecção por HPV é muito comum na população, cerca de 80% das mulheres irão contrair o HPV durante a
vida, entretanto a maioria não perceberá nenhum sintoma clínico
• A infecção por HPV é na maioria dos casos uma infecção transiente, ou seja, regride espontaneamente por
ação do sistema imunológico em 9 a 15 meses
• A infecção por HPV por si só não é considerada uma doença e não existe tratamento contra o vírus somente
para as lesões provocadas por ele
• Uma pequena proporção das mulheres infectadas apresenta infecção persistente, o que aumenta o risco de
desenvolver o câncer cervical
• Mesmo pacientes com relação monogâmica devem realizar os exames preventivos, pois o vírus pode
permanecer latente por muitos anos, até décadas
• Ter HPV não é sinal de infidelidade
• A maioria das mulheres que tem HPV não terá necessariamente alterações celulares ou câncer, mas todas
devem seguir as orientações médicas para prevenção da doença
• A infecção por HPV é muito comum, mas o câncer cervical é raro
• Foi aprovada a primeira vacina de prevenção do câncer cervical. Deve ser utilizada por mulheres entre 9 a
26 anos que ainda não iniciaram a atividade sexual. Mesmo as mulheres vacinadas devem continuar a fazer
os exames preventivos, pois a vacina não previne contra os tipos de HPV menos comuns.
• Consulte um médico ginecologista periodicamente para esclarecer suas dúvidas e realizar os exames de
prevenção

Teste de Papilomavírus Humano (HPV) por


Captura Híbrida
Método: Captura Híbrida 2 v 2 -. Digene Corporation
O Sistema Captura Híbrida consiste na utilização de sondas de RNA que hibridam especificamente com o
DNA alvo, formando híbridos DNA/RNA. Os híbridos são capturados em uma placa por anticorpos
monoclonais e marcados com conjugado anticorpo-enzima. A reação da enzima com seu substrato
produz um composto quimioluminescente que é captado e medido pelo quimioluminômetro. O método é
semi-automatizado e possui alta reprodutibilidade inter-laboratorial.

Sensibilidade Analítica: 1pg/ml DNA HPV


Tipos virais pesquisados: São pesquisados 18 tipos virais de maior relevância clínica, divididos em dois
grupos de acordo com seu potencial oncogênico.
HPV grupo A ou de Baixo Risco: 6, 11,42, 43 e 44
HPV grupo B ou de Alto Risco: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68
Indicação do Teste:
• Diagnóstico de Infecção Sexualmente Transmitida por HPV tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 35, 39,
42, 43, 44, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68
• Monitoramento de pacientes após resultado citológico de ASC-US (Atipia de células escamosas
de significado indeterminado)
• Rastreamento do câncer cervical em mulheres com mais de 30 anos, associado ao Papanicolaou
O teste não é indicado para rastreamento da população em geral. Foi desenvolvido para ser um método
de detecção de doença cervical para ser utilizado em conjunto com os demais métodos existentes e com
informações do exame clínico e histórico médico.

Importância Clínica
O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus de transmissão predominantemente sexual que na mulher
pode infectar o colo, a vagina, a vulva, o ânus e a uretra. Dentre as manifestações clínicas da infecção
estão: o condiloma, a papulose bowenóide, a neoplasia intra-epitelial cervical, vaginal, vulvar e o
carcinoma. Atualmente, identificam-se mais de 70 tipos de HPV que são classificados em grupo de baixo
ou alto risco oncogênico, conforme sua associação com o câncer cervical e suas lesões precursoras. A
infecção pelos tipos virais de alto risco é considerada o principal fator de risco para o desenvolvimento
do câncer cervical. A infecção por HPV de alto risco está associada com alterações citológicas e
histológicas que são detectadas no exame de Papanicolaou, colposcopia e biópsia. Os tipos 6 e 11 (baixo
risco) estão associados à verruga genital ou condilomas, mas são infreqüentemente associados com
alterações pré-cancerosas ou com o câncer . Existem muitos outros tipos de HPV de baixo risco que não
estão relacionados com verrugas e nem com o câncer cervical.
Historicamente, os tipos virais 16/18 têm sido considerados como de alto risco por sua associação com o
câncer cervical. Os tipos 31,33 e 35 são considerados como de risco intermediário por serem mais
freqüentes em NIC 2-3 do que no câncer. Esses 5 tipos virais juntos, 16/18/31/33/35, são responsáveis
por aproximadamente 80% dos casos de câncer cervical. Os tipos 39/45/51/52/56/58/59 e 68 têm sido
identificados nos restantes dos casos.

Amostra
As amostras devem ser coletadas em kit coletor digene, composto por uma escova cervical e um tubete
contendo meio conservante (UCM – Universal Collection Médium). São estáveis por 15 dias à
temperatura ambiente e 6 meses sob refrigeração (4-8°C)
Mulher: Escovado ou Biópsia de cérvice uterina, vagina, vulva e ânus
Homem: Escovado ou Biópsia de pênis, uretra e ânus

Interpretação do Resultado
• RLU/PC igual ou maior que um somente para HPV de baixo risco (grupo A): Resultado Positivo
para um ou mais tipos de HPV 6, 11, 42, 43 e 44.
• RLU/PC igual ou maior que um somente para HPV de alto risco (grupo B): Resultado Positivo
para um ou mais tipos de HPV: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68.
• RLU/PC igual ou maior que um para HPV de baixo e HPV de alto risco (grupo A e B): Resultado
positivo para um ou mais tipos de HPV de cada grupo de sonda pesquisada.
• RLU/PC menor que um: Resultado negativo e indica ausência de DNA-HPV dos tipos virais
pesquisados ou níveis abaixo da sensibilidade do teste.

Citologia em Meio Líquido


Método: DNA-Citoliq – Digene Corporation
Esta técnica tem como princípio transferir todo material celular coletado para um meio líquido, que tem
a propriedade de preservar as estruturas morfológicas e as moleculares, como as proteínas e os ácidos
nucléicos. Para a preparação da lâmina citológica, o material é submetido a processos técnico-
laboratoriais, como homogeneização e filtragem, que visam retirar hemácias, debris, muco e infiltrado
inflamatório. Com isso, para a análise citopatológica, o espécime na lâmina se apresenta bastante fino e
uniforme, quase em monocamada e com distribuição celular homogênea. Dessa forma, a citologia em
base líquida deve ser considerada como o aprimoramento do preparado convencional para o estudo
microscópico e a identificação das lesões do colo uterino seguindo os atuais padrões morfológicos.
Importância Clínica:
Há mais de 50 anos, a citologia oncológica cérvico-vaginal é reconhecida como exame importante e
fundamental para identificação de células pré-neoplásicas e neoplásicas do colo uterino, contribuindo
para o controle do câncer. Entretanto, existem limitações relacionadas à baixa sensibilidade (50-60%);
baixa reprodutibilidade, devido à sistemática da coleta e considerável quantidade de alterações
citomorfológicas de resolução diagnóstica imprecisa; sub-representação do real número de células
coletadas, estimando-se até 80% a perda do material coletado; impossibilidade de leitura de nova
lâmina com mesmo espécime coletado; técnica não padronizada, pois a lâmina é confeccionada
manualmente por diversos profissionais.
A citologia em base líquida é uma importante alternativa para o ganho de sensibilidade do exame de
Papanicolaou e apresenta as seguintes vantagens:
• Ganho de sensibilidade: menor perda de material coletado e melhor distribuição das células
• Citologia em monocamada e com fundo mais limpo
• Permite a realização do teste de Captura Híbrida a partir da mesma amostra
• Redução de falsos negativos em até 20%
• Redução de casos insatisfatórios em até 40%
• Sensibilidade de até 86,7% em Lesões de Baixo Grau - contra 63,6% na técnica convencional.
Amostra: As amostras de escovado endocervical devem ser coletadas em kit coletor digene, composto
por uma escova cervical e um tubete contendo meio conservante (UCM – Universal Collection Médium).
São estáveis por 15 dias à temperatura ambiente e 6 meses sob refrigeração (4-8°C)

A coilocitose, inicialmente descrita por Leopoldo Koss et al.


em 195616, consiste em células com núcleos picnóticos, contornados por
extensos halos claros com volume geralmente superior ao citoplasma, visto
em lâminas sob microscopia óptica, como pode ser visto na Figura 1.
Segundo alguns autores17,18, a coilocitose constitui sinal patognomônico de
infecção por HPV, servindo como base para os estudos de biologia
molecular.
Ensino e Formação
Características do HPV

O HPV pertence à Família Papillomaviridiae e ao Género Papillomavirus. Actualmente já se identificaram


cerca de 120 tipos virais. De acordo com o seu potencial oncogénico e associação com o carcinoma do
colo do útero é possível classificá-lo em:
HPV de alto risco/oncogénicos: HPV16, 18, 31, 33, 34, entre outros. Os tipos 16 e 18 são de maior
potencial oncogénico.
HPV de baixo risco/não oncogénicos: HPV6, 11, 42, etc.
A relação entre o HPV e o hospedeiro é altamente específica, sendo muito difícil a sua propagação em
culturas celulares in vitro, pois a sua replicação depende da diferenciação celular e da estratificação do
epitélio. Os HPV de alto risco são epitéliotróficos, isto é, estão confinados às camadas basais do epitélio
pavimentoso do colo do útero e a sua replicação ocorre no núcleo das células do hospedeiro.

Estrutura

Possui capsídeo viral icosaédrico com 50 – 55nm de


diâmetro, composto por 72 capsómeros formados por
2 proteínas estruturais - L1 e L2 - sendo que a primeira
corresponde a 90% do conteúdo proteico do vírus.

Genoma
O seu genoma é constituído por cerca de 8000 pares de base distribuídos num duplo
filamento circular sendo que apenas o filamento positivo contém os genes principais: 2 genes
estruturais tardios (L1 e L2) envolvidos na estrutura do capsídeo; e 7 ou 8 genes
funcionais precoces dependendo do tipo viral (E1 a E8) relacionados com os processos de
replicação.

Arma letal
Testes confirmam que vacina contra alguns tipos de HPV previne câncer de colo do útero
A
vaci
na,
que
já é
com
erci
aliza
Médicos e biólogos de várias instituições de pesquisa do mundo comemoram o da
resultado dos testes da vacina contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do papiloma vírus no
humano (HPV), detectado em 10% a 20% da população sexualmente ativa Bras
il,
entre 15 e 50 anos. No Brasil os trabalhos foram realizados em vários com
laboratórios, entre eles o do Centro de Estudos e Pesquisas Médicas bate
(Cepeme), de Curitiba, coordenado pelo ginecologista Rosires Pereira de o
Andrade. cânc
er
de
colo
“Temos em mãos uma poderosa arma contra a maioria dos cânceres de colo do
do útero relacionados com os vírus HPV 16 e 18 e contra as verrugas genitais úter
o
causadas pelos tipos 6 e 11 do vírus”, disse Andrade, co-autor de um artigo caus
que relata essa investigação na prestigiosa revista inglesa The Lancet ado
Oncology . pelo
s
tipos
A primeira fase da pesquisa em seres humanos, iniciada no final da década de 1990, 6,
envolveu apenas os Estados Unidos; a segunda começou em 2000, com a participação 11,
do Brasil, Estados Unidos e alguns países da Europa; a terceira etapa teve início em16 e
2002, com a participação de mais de 30 países. A eficácia da vacina continua sendo 18
do
avaliada, mas em 2006 os resultados já foram suficientes para que agências reguladoras
víru
de vários países, inclusive o Brasil, a aprovassem e autorizassem sua comercialização.
s
Em humanos, já foram descritos mais de cem tipos de HPV, dos quais cerca de 30 HPV
.
infectam a mucosa genital.
Ima
gem
“Por envolver nova droga contra uma doença que ainda não contava com medicamento extr
de eficiência comprovada, o estudo comparou os resultado dos testes feitos com dois aída
de
grupos de voluntários: um que havia recebido a vacina ativa e o outro, apenas placebo”,
ww
conta Andrade. Durante seis anos o Cepeme testou a vacina – produzida pelo w.pi
laboratório americano Merck Sharp & Dohme – em mais de 500 mulheres adultas e em ms
adolescentes dos dois sexos na região metropolitana de Curitiba. multi
med
ia.co
Em todo o mundo, foram selecionados cerca de 30 mil voluntários, 2 mil deles m/g
brasileiros. Além do Cepeme, também participaram da investigação o Instituto arda
Brasileiro de Combate ao Câncer, de São Paulo, e instituições da Universidade Estadual
sil.

de Campinas (Unicamp) ligadas à saúde da mulher (Ver ‘Anti-HPV: a hora do ajuste’,


em Ciência Hoje , nº. 193 , p.47).

Ameaças do HPV
A vacina foi desenvolvida com o objetivo principal de proteger as mulheres contra o
câncer de colo do útero, mas combate também as verrugas genitais que acometem tanto
homens quanto mulheres. “A infecção pelo HPV está ligada também ao
desenvolvimento de formas menos comuns de câncer, como o anal, vulvar, vaginal e de
pênis”, lembra o ginecologista. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer
de colo uterino é o terceiro mais freqüente entre as mulheres no Brasil, perdendo apenas
para os cânceres de mama e de pele (exceto o melanoma).

A vacina foi produzida em um sistema heterogêneo, misturando-se os vírus HPV 6, 11,


16 e 18 e a levedura Saccharomyces cerevisae , o popular lêvedo de cerveja. Dessa
associação surge a chamada ‘partícula similar ao vírus’ (PSV), que em seguida é
agregada a uma substância adjuvante de alumínio para produzir anticorpos.
Célu
las
da
vagi
na
cont
ami
Segundo Andrade, o produto oferece 99% de chance de proteção contra as
nad
lesões ocasionadas pelos vírus HPV 6 e 11 e tem 100% de eficácia contra as as
lesões de alto grau de colo do útero, ocasionadas pelos tipos 16 e 18. Essas pelo
lesões são precursoras obrigatórias do câncer nessa região do corpo da papil
oma
mulher. A pesquisa revelou que a taxa de anticorpos produzida pela vacinação víru
é 100 vezes maior que a produzida naturalmente pelo organismo em casos de s
infecção pelo HPV. hum
ano
(HP
Ministrada por via intramuscular em três doses de 0,5 ml, a vacina é indicada V).
para meninas e mulheres na faixa dos 9 aos 26 anos. “Mas nada impede que O
meninos e homens dessa faixa etária e mulheres e homens mais velhos víru
possam ser imunizados”, lembra o ginecologista. Os estudos prosseguem s
nor
agora com pessoas com mais de 30 anos. mal
men
Pronta para comercialização te
se
A vacina foi aprovada para comercialização nos Estados Unidos em junho de
aloja
2006. No Brasil, o Ministério da Saúde autorizou sua venda em agosto em
daquele ano, mas apenas em clínicas especializadas, com o acompanhamento tecid
de profissionais capacitados para administrar o medicamento. o
epit
elial
Após receber a primeira dose da vacina, o paciente deve tomar a segunda dois meses muc
mais tarde obrigatoriamente; a terceira dose deve ser administrada seis meses após a oso.
inoculação da primeira. “Entre os efeitos colaterais, estão vermelhidão, inchaço e dor no Ima
gem
local da aplicação, podendo ocorrer também febre”, explica Andrade. extr
aída
A dose da vacina custa atualmente cerca de R$ 440,00. Por ora, esse custo inviabiliza a de
distribuição ampla da vacina para a população. Os estudos em curso mostram que os ww
w.da
níveis de anticorpo circulante naqueles que receberam as três doses da vacina continuam c.ue
elevados durante até seis anos, mas os pesquisadores acreditam que ela proteja por um m.br
período ainda maior. /lanc
ame
nto_
Na opinião de Andrade, o papilomavírus humano é um sério problema de saúde pública, edr
já que 70% da população mundial sexualmente ativa deverão ser infectados por ele ao m.ht
longo de sua vida. O pesquisador destaca que o HPV é “muito democrático”, tendo sido m.

identificado em povos de todos os continentes do globo.


HPV Comportamento Biológico
Apresenta um tropismo para pele e mucosas.
Está associado particularmente, na pele, a verrugas simples que são lesões resultantes de
hiperplasia papilomatosa da epiderme associadas a paraceratose e atipias coilocitóticas.
Estas mesmas lesões também ocorrem nas mucosas do colo uterino, vulva e verruga viral da
pele.
Nas mucosas também está associado às lesões planas observadas somente com auxílio do
colposcópio e com recursos indiretos como análise das células descamadas (citologia
esfoliativa de colo uterino também vulgarmente conhecida como exame de Papanicolaou) ou
de DNA viral com técnicas de Biologia Molecular (PCR).
Esta técnica de PCR identifica e subtipa os vírus de acordo com a seqüência de bases de
nucleotídeos que constituem os mesmos.

Morfologia do HPV
É um vírus circular com cerca de 8.000 pares de bases nitrogenadas (8.000 bp).
Veja ao lado uma representação esquemática
do genoma do HPV-16. Onde:
L (Late) - Genes que se expressam
tardiamente no ciclo vital do vírus.
E (Early) - Genes que se expressam
precocemtne no ciclo vital do vírus.
LCR (Long Controll Region) - Gene que fica
entre o final de L1 e início de E6.

Genoma do HPV- 16

Existem diferenças entre as seqüências de bases nitrogenadas observadas em algumas


regiões deste vírus os quais são classificados em subtipos específicos de acordo com estas
seqüências.
O vírus deverá ser classificado como sendo um subtipo diferente se ele possuir mais que
10% de bases em sua seqüência diferentes da seqüência de qualquer outro subtipo
existente.
Estas diferenças conferem especificidade em relação ao comportamento biológico viral de
cada subtipo.
Alguns subtipos virais se incorporam ao genoma de células alterando a engenharia celular
sendo um dos principais fatores que contribuem para transformar uma lesão benigna em
maligna. Estas mesmas lesões também ocorrem nas mucosas do colo uterino, vulva e
cavidade oral.
Outros sobrevivem no interior da célula, livres no citoplasma, sob a forma de plasmídeos e
não têm qualquer relevância no processo de indução ao câncer.
Os primeiros são chamados de alto risco carcinogênico e estes últimos de baixo risco,
reservando-se o risco intermediário para os vírus com potencial incerto de malignidade.

HPV, sexo oral e câncer


Não chega a ser motivo para alarme, mas para informar-se e, se achar o caso, prevenir-se:
estudo publicado hoje no periódico New England Journal of Medicine, como parte de um pacote
sobre o papilomavírus humano (HPV), associa a prática de sexo oral com múltiplos parceiros a um
risco até 32 vezes maior de desenvolver câncer na base da língua, nas amídalas e na garganta.
Uma constatação importante do estudo é que a presença do HPV se revelou um fator de risco dez
vezes mais potente que outros mais divulgados, tabagismo (aumento de 3 vezes) e alcoolismo
(2,5 vezes).
O grupo de pacientes acompanhado no estudo tinha 300 pessoas, 100 com câncer e 200 de
controle. O aumento do risco vale tanto para mulheres quanto para homens. Isso sugere que as
novas vacinas contra o HPV, dirigidas primariamente ao combate contra o câncer de colo de útero,
podem ser úteis também na prevenção masculina.
Uma das autoras do estudo, Maura Gillison, do Centro de Câncer Kimmel da Universidade Johns
Hopkins (EUA), ressalvou que esses tipos de tumores são relativamente raros e que pessoas com
infecção oral por HPV não vão necessariamente desenvolver tumores.
"Embora uma relação de causa-e-efeito não possa ser inferida de um único estudo", escreveram
os autores, "nossos achados confirmam e ampliam os de outros estudos de caso com controle."
De todo maneira, o método indicado para quem pratica sexo oral com muitos parceiros é mesmo a
velha camisinha.
Figure 1. Representative Case of Oropharyngeal
Squamous-Cell Carcinoma That Was Positive for HPV-16
on In Situ Hybridization.

Panel A shows fronds of in situ carcinoma, and Panel C shows


nests of deeply invasive tonsillar carcinoma (both panels,
View larger hematoxylin and eosin). HPV-16 is visualized as hybridization
version (102K):
signals (brown dots) within the tumor-cell nuclei in the
corresponding right-hand images (Panels B and D, respectively).
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Outro artigo de hpv


cancro do colo do útero ou carcinoma cervical é o 2.º que mais afecta as mulheres, sendo
particularmente comum entre as mais jovens. É, por isso, motivo de preocupação crescente e
foco de muitas campanhas de prevenção. As mulheres entre os 35 e os 55 anos são
consideradas um importante grupo de risco e, por isso, o principal alvo de muitas destas
campanhas.

O cancro do colo do útero é causado pelo vírus do Papiloma Humano (HPV) sendo, por isso,
as relações sexuais uma forma de transmissão. Apesar de cerca de 40% das pessoas
sexualmente activas serem infectadas por diferentes variantes deste vírus, na maioria dos
casos o sistema imunitário é capaz de combater de forma eficiente a infecção, sem que se
manifestem sintomas e eliminando o vírus.
A maioria dos cancros uterinos atingem as células escamosas que revestam a porção exterior
do colo interno do útero. Uma pequena percentagem pode afectar as células glandulares ou
ambas. Este tipo de cancro dissemina-se rapidamente às várias partes do corpo, depois de
alcançar os vasos sanguíneos que vascularizam o útero ou os linfáticos aqui presentes. Uma
vez tendo sido criadas metástases, considera-se que o cancro é invasivo (maligno).

Entre os principais sintomas incluem-se as perdas entre as menstruações ou eventuais


hemorragias após o acto sexual. Muitas vezes, a doença só se manifesta já num estágio
avançado, o que traduz a importância de uma prevenção e diagnósticos precoces para
assegurar um prognóstico mais favorável. A melhor prevenção é a realização do exame do
papanicolau de forma regular, já que este permite detectar as fases inciais da doença (cerca
de 90% de eficiência). O primeiro exame deve ser realizado quando a mulher inicia a sua
actividade sexual ou aos 18 anos. Deve então ser realizado periodicamente de 2 em 2 ou de 3
em 3 anos.
Geralmente, quando encontrada alguma massa suspeita, é realizada uma biópsia para
confirmação do diagnóstico.
Desde a infecção da pessoa pelo vírus, até aos estágios mais avançados decorrem geralmente
vários anos.
Entre os factores que aumentam a probabilidade de desenvolver esta doença podem destacar-
se um número elevado de gestações, o uso de contraceptivos orais, os hábitos tabágicos e a
infecção por outras DST (doenças sexualmente transmissíveis).
Além disso, pensa-se que há uma relação entre a idade da primeira relação sexual e o número
de parceiros e o risco de ser contagiado por este vírus. Quanto mais precoce essa idade e
maior o número de parceiros, mais aumentada está a possibilidade de desenvolver este
carcinoma.
O tratamento depende do estágio da invasão dos tecidos. Se estivermos numa situação de
carcinoma in situ, ou seja, se este estiver restringido aos tecidos epiteliais, por vezes, basta
apenas extrair parte do colo do útero. Quando a doença se encontra numa fase mais avançada
(carcinoma invasivo), tendo já metastizado, é necessária uma histerectomia (remoção do
útero), o que impossibilita a mulher de engravidar posteriormente. Este procedimento pode
ser apenas parcial, total ou mesmo radical (além do útero são removidos outros anexos
envolventes). A radioterapia também pode constituir uma opção terapêutica. Como
consequência desta, os ovários perdem geralmente a função e podem surgir complicações na
bexiga, recto e vagina. A quimioterapia é recorrente quando o cancro se propagou além da
pélvis.

Numa altura em que tanto se fala da vacina do cancro do colo do útero é importante
salvaguardar que a prevenção passa também pelo uso do preservativo e pelos exames de
rastreio (para um diagnóstico precoce). A vacina é particularmente recomendada para as
jovens entre os 9 e os 26 anos e vai fazer parte dos planos de vacinação.
Mulheres mais protegidas
O vacina contra o câncer de colo do útero deve chegar ao mercado em
poucos dias. HC- FMRP participou dos testes da vacina aprovada pela
Anvisa e já inicia testes para uma vacina mais potente
Rosemeire Soares Talamone
Deve chegar ao mercado em outubro a vacina contra o HPV (papilomavírus
humano) e que tem como alvo mulheres entre 9 e 26 anos de idade. A previsão
é do professor Rui Alberto Ferriani, chefe do Departamento de Ginecologia e
Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). No final de
agosto, foi anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a
liberação para comercialização da vacina contra o HPV.
A vacina é fruto de uma pesquisa que envolveu, no Brasil, 3 mil mulheres em
16 centros de testes, entre eles a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,
através de seu Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, que acompanhou
120 mulheres, entre 16 e 23 anos de idade. No mundo, foram 27 mil mulheres
participantes da pesquisa e a vacina, preventiva, se mostrou 100% eficaz. São
cerca de cem tipos do vírus HPV e a vacina aprovada pela Anvisa é eficaz para
quatro subtipos, 6, 11, 16 e 18. Desses, os 16 e 18, estão diretamente
relacionados ao câncer de colo do útero, e outros dois, 6 e 11, a verrugas
vaginais. Segundo o professor Ferriani, coordenador da pesquisa em Ribeirão
Preto, o ideal é utilizar a vacina antes da primeira relação sexual.
O HPV está mais presente em países menos desenvolvidos, assim como
câncer de colo do útero que mata mais em países pobres. "No Brasil o câncer
de colo do útero é a segunda causa de mortalidade entre as mulheres, e na
África é a primeira causa. Nos Estados Unidos, não aparece nem entre as sete
primeiras causas e na Europa está em sexto lugar. Essa diferença mostra
claramente que o câncer uterino é uma doença passível de prevenção, basta o
exame anual de papanicolau", alerta Ferriani.
Ele lembra ainda que em Ribeirão Preto os exames preventivos são eficazes,
mas no Brasil, ainda existem regiões em que as mulheres não fazem um único
exame ao longo da vida e que esse vírus não está relacionado somente ao
câncer de colo do útero, mas também ao câncer de vagina, anal, de pênis, que
são menos comuns.
A pesquisa apontou que de 70% a 80% das mulheres que têm contato com o
vírus, o eliminam naturalmente, entretanto, naquelas em que ele fica, favorece
a lesão do colo do útero. O pesquisador lembra que a lesão do colo uterino é
progressiva, pode levar cerca de um ano para desenvolver a infecção que se
tornará uma neoplasia, as feridinhas, e depois o câncer. Até a neoplasia grau 1
ela pode ser eliminada espontaneamente. Todo o processo até o câncer pode
levar 20 anos.
Ferriani explica que para a elaboração dessa vacina não foi utilizado o vírus
atenuado. "Utilizou-se a capa do vírus, chamada de partícula pequena, é como
uma casca da laranja, sem o bagaço. Essa capa o organismo reconhece como
sendo o vírus e vai produzir anti-corpos para neutralizar a sua ação".
Dados de Ribeirão Preto surpreenderam
Em agosto passado, o professor Rui Alberto Ferriani esteve em uma reunião na
Grécia com outros 450 pesquisadores de todo o mundo que participaram dos
testes da vacina contra o HPV. Nessa reunião foram analisados os resultados
de todas as regiões e países. Segundo Ferriani, os dados de Ribeirão Preto
surpreenderam. Entre as mulheres participantes, de 16 a 23 anos, 8%
apresentaram algum tipo de lesão cervical. "Se não estivessem no estudo,
essas lesões passariam despercebidas e elas poderiam desenvolver um
câncer de colo do útero no futuro. Os resultados surpreenderam pois elas são
consideradas de baixo risco. Logo no primeiro dia dos testes 26% das
pacientes já tinham tido algum contato com o HPV".
O pesquisador lembra ainda que o Brasil tem prevalência de HPV mais alto que
muitos países asiáticos e que Ribeirão Preto segue o padrão do país. Esse
vírus é muito freqüente e a transmissão é pela relação sexual". Nos países
mais desenvolvidos a prevalência é menor. "Analisando por regiões, a maior
prevalência é do continente africano, seguido do asiático, da América Latina,
Europa e Estados Unidos. Fica claro que essa é uma doença de país
subdesenvolvido. Daí a importância de participarmos dessa pesquisa. Nossa
realidade é diferente dos Estados Unidos, por exemplo. O objetivo, do ponto de
vista médico, é tentar cobrir principalmente a população de baixa renda, que é
aquela que tem menos acesso a exames preventivos".
Ministério depende de estudos para disponibilizá-la na rede pública
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, até o final do ano
devem ser iniciados os estudos para avaliar a possibilidade de inclusão dessa
vacina no calendário da rede pública. Ainda de acordo com a assessoria, serão
analisados dados como a garantia de produção e fornecimento, de efetividade
e eficácia, e de transferência de tecnologia para produção nacional pois, por
ser um medicamento de alto custo, se não houver condições de acesso a um
custo menor ela se tornará inviável para o sistema público.
FMRP se prepara para testar mais uma vacina contra o HPV
A vacina aprovada pela Anvisa contra o HPV, chamada quadrivalente, é eficaz
para quatro subtipos do vírus, 6, 11, 16 e 18. São mais de uma centena deles e
uma segunda fase de testes, agora para oito subtipos do vírus já está em
andamento. "A meta agora é testar uma vacina para oito tipos de vírus, os 4 da
quadrivalente e mais 4 subtipos. Foram selecionados somente cinco centros no
Brasil para participar dessa fase e o Departamento de Ginecologia e
Obstetrícia da FMRP é um deles", explica o professor Ferriani. Na segunda
parte do estudo não será utilizado placebo, pois já se conhece a eficácia da
vacina. Serão dois grupos de pacientes, um receberá a quadrivalente e outro a
vacina para oito vírus. "Se 70% dos cânceres estão relacionados aos subtipos
16 e 18, ampliaremos o leque com essa nova fórmula".
Os Centros para testes são escolhidos por critérios de excelência e por
capacidade de recrutamento de pacientes. Segundo Ferriani, o Departamento
de Ginecologia e Obstetrícia da FMRP tem uma equipe profissional em
pesquisa clínica, com funcionários exclusivos para essa finalidade e o Centro
de Saúde Escola da Rua Cuiabá, vinculado à FMRP, é um excelente local de
recrutamento, pois as pacientes estão mais próximas de casa, favorecendo
uma maior interação. "Lá já foram realizadas pesquisas com anticoncepção e
terapia de reposição hormonal, além dos testes da vacina quadrivalente",
finaliza.

Célula infectada pelo HPV e o cólo do útero com lesão causada pelo vírus, fase pré-
cancerígena

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