humanizado
Muitas so as dimenses com as quais estamos comprometidos no
trabalho em sade: prevenir, cuidar, proteger, tratar, recuperar, promover,
enfim, produzir sade.
Muitos so os desafios que aceitamos enfrentar quando estamos lidando
com a defesa da vida e com a garantia do direito sade.
Participando do percurso de construo do SUS, alcanamos avanos que
nos alegram, acompanhamos o surgimento de novas questes que
demandam outras respostas, mas tambm vemos problemas e desafios que
persistem, impondo a necessidade seja de aperfeioamento do sistema, seja
de mudana de rumos.
A mudana das prticas de acolhida aos cidados-usurios e aos
cidados- trabalhadores nos servios de sade um destes desafios.
O acolhimento como postura e prtica nas aes de ateno e gesto nas
unidades de sade, a partir da anlise dos processos de trabalho, favorece a
construo de relao de confiana e compromisso entre as equipes e os
servios. Possibilita tambm avanos na aliana entre usurios, trabalhadores
e gestores da sade em defesa do SUS como uma poltica pblica essencial
para a populao brasileira.
Apesar de o acolhimento ser constituinte de todas as prticas de ateno
e gesto, elegemos os servios de urgncia como foco para este texto, por
apresentarem alguns desafios a serem superados no atendimento em sade:
superlotao, processo de trabalho fragmentado, conflitos e assimetrias de
poder, excluso dos usurios na porta de entrada, desrespeito aos direitos
desses usurios, pouca articulao com o restante da rede de servios, entre
outros. preciso, portanto, repensar e criar novas formas de agir em sade
que levem a uma ateno resolutiva, humanizada e acolhedora a partir da
compreenso da insero dos servios de urgncia na rede local.