134
RELATRIO E VOTO.
Trata-se de recurso de apelao interposto de sentena
proferida em requerimento de habilitao de crdito promovido por
ALBERTO RUI MACHADO RAMOS em face de CASA DE
PORTUGAL EM RECUPERAO JUDICIAL, em que foi julgado
extinto o processo sem exame do mrito, na forma do artigo 267, VI do
CPC, condenada a parte autora ao pagamento de custas, ressalvada a
gratuidade de justia deferida (fls. 42/43).
Opostos embargos de declarao (fls. 47/49), foram rejeitados
(fls. 74).
Inconformado, recorre o autor (fls. 77/81), aduzindo, em
sntese, questionar a forma da verificao das condies da ao,
conclamando um pronunciamento jurisdicional sobre a competncia para
habilitao e execuo de seu crdito, sob pena de recarem nica e
exclusivamente sobre o apelante as consequncias prejudiciais de uma
deciso sem resoluo do mrito.
Argumenta tambm entender ser seu crdito extraconcursal,
pois proveniente de acordo homologado aps o pedido de recuperao
judicial, contudo a Justia do Trabalho entendeu de forma diversa,
determinando sua habilitao e execuo perante o Juzo recuperatrio, o
que acarretou um conflito de competncia entre as Justias Estadual e do
Trabalho.
Ressalta ter a apelada adotado posturas antagnicas e desleais,
ao afirmar no processo trabalhista que o crdito deve ser perseguido
perante o juzo recuperatrio, e aqui na recuperao judicial, alegar que o
crdito deve ser perseguido perante a Justia do Trabalho.
135
136
137
138
Acr/1610