precedente
bblico
Essas idias foram popularizadas pelo livro Em Seus Passos que Faria
Jesus? (1897), do pastor congregacional Charles Sheldon. O evangelho
social tendia a dar uma nfase excessiva transformao da sociedade, via
a misso crist no mundo principalmente em termos de ao social e tinha
um otimismo pouco realista em relao ao ser humano.
Na mesma poca surgiu nos Estados Unidos um outro movimento o
fundamentalismo caracterizado por forte averso ao liberalismo. Por causa
das ligaes do evangelho social com a teologia liberal e suas nfases
diferentes do protestantismo conservador, os fundamentalistas rejeitaram
no s o novo movimento, mas a prpria noo de envolvimento social como
algo incompatvel com a vida crist e a pregao do evangelho. A partir de
ento, os evanglicos afastaram-se da rea social em que haviam atuado
por tanto tempo ao lado de cristos com outras convices. Somente com o
Congresso Mundial de Evangelizao, em Lausanne, Sua, em 1974, os
evanglicos voltariam a interessar-se mais amplamente pelas questes
sociais.
4.
A
teologia
de
libertao
Na Amrica Latina de meados do sculo 20, durante um perodo de grandes
tenses polticas, econmicas e sociais, em que populaes inteiras
experimentavam injustias e excluso social, telogos catlicos e
protestantes articularam uma nova teologia centrada no conceito bblico de
Deus como libertador. Seus principais proponentes foram, do lado catlico,
Gustavo Gutirrez, Juan Luis Segundo, Jon Sobrino, Jos Porfrio Miranda,
Hugo Assmann, Henrique Dussel, Leonardo Boff e outros. Entre os
protestantes, alguns pensadores influentes foram Rubem Alves, M. Richard
Shaull e Jos Miguez Bonino.
A teologia da libertao acabou sendo rejeitada por um grande nmero de
catlicos e protestantes, em virtude de algumas de suas nfases: a
tendncia de encarar o reino de Deus somente da perspectiva da libertao
poltica e social, a utilizao de categorias do pensamento marxista para
analisar as realidades da Amrica Latina, o apoio tcito ou explcito a
movimentos da esquerda radical e o desprezo da teologia e piedade
tradicionais, acusadas de serem alienantes. O liberacionismo acabou
perdendo o mpeto como movimento articulado, mas intensificou as