Sistemas paralelos
São cada vez mais comuns os sistemas computacionais que contam com mais de uma
UCP. São denominados como sistemas multiprocessador. Estes têm mais de uma
UCP, ou processador, em comunicação ativa, compartilhando barramento, clock e até
mesmo memória e dispositivos periféricos. Estes são chamados sistemas fortemente
acoplados ou tightly coupled.
Com o maior número de processadores, espera-se a execução de mais tarefas, em
menos tempo. Este acréscimo na produtividade dos sistemas (escalabilidade) não é
diretamente proporcional ao acréscimo de número de processadores. Existem perdas
relacionadas aos esforços necessários para a manutenção harmoniosa do trabalho
entre os processadores e para contornar disputas por recursos compartilhados.
Estes sistemas geram economia pelo compartilhamento de periféricos, memória
primária e secundária e fontes de alimentação. São convenientes pois possibilitam
armazenamento mais centralizado de dados.
Este sistema fornece maior disponibilidade que é a probabilidade de um sistema
estar operando corretamente e disponível para uso em um dado instante de tempo,
mesmo na ocorrência de falhas, defeitos físicos ou imperfeições que ocorram em
algum componente de hardware ou de software em um dado sistema.
Outro benefício é a confiabilidade. A falha de um processador irá diminuir a
eficiência do sistema, mas não o interromperá. Esta capacidade é conhecida como
degradação normal e os sistemas que a implementam são conhecidos por ser
tolerantes a falhas. A operação contínua na presença de falhas requer mecanismos
que detectem, façam o diagnóstico e correção das falhas.
Convém esclarecer que estas falhas equivalem à expressão em inglês fault, cuja
tradução recomendada pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) é
“falha” mas pode ser encontrada na literatura como “defeito”. Trata-se de
problemas em um componente de um sistema computacional. Se este problema
levar a geração de um dado incorreto ou inexato, dá-se um erro (error). Ao
causar a indisponibilidade de um programa ou mesmo do sistema este erro cria
uma failure, interpretada como “defeito” pela SBC, “falha” em determinados
casos, “avaria” em Portugal. Para minimizar possíveis confusões, talvez seja
recomendável utilizar tanto as expressões “falha” ou “defeito” para fault, “erro”
para error e disfunção para as failures.
Sistemas distribuídos
As redes de computadores, em especial a Internet, rompeu o limite de pessoalidade
dos computadores pessoais. Uma rede de computadores pode ser vista como uma
coleção de processadores que não compartilham memória ou clock. Nela os
processadores comunicam-se entre si por várias linhas de comunicação que podem
ser barramentos ou linhas telefõnicas. Estes são conhecidos como sistemas
fracamente acoplados, loosely coupled systems ou ainda sistemas distribuídos.
Como as linhas de comunicação entre os processadores não são compostas
exclusivamente de barramentos, a eficiência desta comunicação é menor do que a dos
sistemas fortemente acoplados.
Um sistema fracamente acoplado com todos os hosts executando um mesmo grupo de
aplicações é um cluster, onde dois ou mais servidores são interligados, normalmente,
por algum tipo de conexão de alto desempenho. O usuário não conhece os nomes dos
membros do cluster e nem sabe quantos são. Estes sistemas também são chamados de
Beowulf. Sistemas em cluster são utilizados para serviços de bancos de dados,
garantindo alta disponibilidade, escalabilidade e balanceamento de carga.
Um formato específico de cluster é a computação em grade (grid computing) onde
são utilizados recursos heterogêneos (diferentes plataformas, arquiteturas de software
e hardware e sistemas operacionais), localizados em diferentes lugares, conectados
por redes com padrões abertos.
Graças aos recursos de rede surgiu o conceito de sistema operacional de rede, que
fornece métodos de compartilhamento de arquivos e dispositivos. Eles implementam
a troca de mensagens entre diferentes computadores.
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