3 DO RITUAL PERFORMANCE
Pensando a teatralidade nas apresentaes das quadrilhas juninas
possvel observar que os performers juninos experimentam ocasies
significativas baseadas na simbologia das festas juninas. Estas esto repletas
de significados, os quais, segundo Bauman (2008, p. 3) so corporificados,
performados
exibidos
perante
uma
audincia
para
contemplao,
Nesse sentido o performer junino o prprio sujeito ritual e transformase de individuo cotidiano no quadrilheiro junino, executando dessa maneira, um
ritual baseado em um processo performtico.
de preparao, a qual est centrada nos ensaios. Assim sendo, nas palavras
de Schechner (2012, p. 70), o performer deixa o mundo do seu dia a dia e, por
meio da preparao e do aquecimento, entra no performar. Quando a
performance termina, o performer se acalma (esfria) e entra novamente no
seu cotidiano.
Nesse sentido, h uma continuidade em todo o processo performtico
que envolve as performances das quadrilhas juninas, pois na maior parte do
tempo, o performer jogado para fora de onde ele entrou. Ele foi transportado,
levado a algum lugar, no transformado ou permanentemente mudado.
(SCHECHNER, 2012, p. 70).
Assim sendo importante relatar que as transformaes a que sofre o
performer junino so construdas em consonncia com as atividades
ritualsticas dos grupos juninos. A coletividade promove ento, uma
estruturao contnua no processo performtico das quadrilhas juninas e
utiliza-se de uma criatividade transformadora que concebe a oportunidade da
experincia junina.
Jean
Langdon
verton
Lus
Pereira,
organizadores.
Florianpolis: