1. Ambiente
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Terra + mão de obra = produção abundante.
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Era função dos soldados: conquistar e obrigar as províncias a sustentar a riqueza de Roma; controlar a população [livre e
escrava]; estabelecer a Pax Romana, eliminando os focos de resistência e de rebeliões, garantindo a segura arrecadação de
tributos.
~2~
Mas surge algo novo no chão desta cidade: uma comunidade cristã viva, sensível e que participa
ativamente no trabalho de expansão do Evangelho.
2. A carta
Pesquisadores recentes dizem que Paulo estava em Éfeso [entre os anos 52-54 d.C.] quando
escreveu esta carta. A autoridade paulina no que toca a escrita só é questionada por causa da menção de
cios, segundo estudos, referem-se a uma fase posterior no
desenvolvimento da igreja. Mas esse argumento não é convincente, uma vez que Paulo nomeava cargos nas
comunidades que fundava (At 14,23; 20,17; Tt 1,5).
No conteúdo da carta há rupturas de estilo e tom, o que leva alguns estudiosos a afirmar a
existência de três cartas no escrito de Paulo.
1. Carta A: 1,1-2; 4,10-20 seria a carta mais antiga. Paulo está preso e a comunidade de Filipos lhe
envia ajuda através de Epafrodito. Paulo abre exceção e aceita a ajuda. Logo após ele escreve a carta para
agradecer a ajuda.
2. Carta B: 1,1-3,1ª; 4,2-9.21-23 escrita depois da carta A. Paulo ainda está preso. O tema desses
capítulos é a perseguição sofrida por causa do evangelho e a divisão que existe na comunidade. O hino
cristológico faz parte dessa unidade.
3. Carta C: 3,1b-4,1 última carta. Paulo parece não estar preso, mas estar advertindo a comunidade
contra os adversários, que anunciam um Jesus de milagres e triunfos, diferente de Paulo que anuncia Cristo
crucificado.
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Diz Carlos Mesters que os judeus não permitiam abrir uma sinagoga só de mulheres e exigiam que houvesse pelo menos
dez homens para a sua abertura.
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Uma curiosidade: por que Paulo não cita Lídia? Teria ele se esquecido tão rápido da primeira convertida do ocidente e que
lhe deu hospedagem?
~3~
- na prisão de Éfeso, durante a terceira viagem missionária. Aceitando essa possibilidade a carta teria sido
escrita entre 56 e 57;
- na prisão de Cesaréia. Essa hipótese dataria a carta entre os anos 58 e 60 (cf. At 24,23-26.32);
- na prisão de Roma de 61-63 (cf. At 28,16ss).
Bibliografia consultada
BOSCH, Jordi Sanchez. Escritos Paulinos. Ed. Ave Maria, São Paulo: 2008.
CRB. Viver e anunciar a palavra. As primeiras comunidades. Ed. Loyola, São Paulo: 1995.
VVAA. As cartas de Paulo, Tiago, Pedro e Judas. Ed. Paulinas, São Paulo: 1987.
DVD VÍDEO. Alegrai-vos sempre no Senhor. Uma chave de leitura da carta de Paulo aos Filipenses.
VERBO FILMES. São Paulo: 2009.
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Aqui apenas citarei as possíveis datas e locais, mas sem explicação das razões que levaram os exegetas a fazer estas opções.
Para aprofundamento recomendo o livro de Jordi Sánchez Bosch: Escritos Paulinos. Ed. Ave Maria. São Paulo: 2008, pp.
343-346.