Materiais de Construção 2
Ligantes
Inertes
Argamassas
Betões
Materiais de Construção 2
Ligantes
Inertes
Argamassas
Betões
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- Gesso
- Aéreos
- Cal aérea
- Argamassas
- Betões
Ligantes:
- Hidrocarbonetos
-Hidrófobos
- Resinas sintéticas
Gesso:
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- Gesso para esboço: gesso escuro resultante de tratamento térmico normal, com
granulometria mais elevada do que o gesso para estuque, e deve ser utilizado em esboço de
paredes;
- Gesso para estuque: gesso branco, resultante do tratamento térmico, utilizado em mistura
com cal ou outro retardador.
Presa do gesso:
O endurecimento do gesso é um fenómeno que prolonga a presa. Depois de rígida, a pasta vai
endurecer ao longo do tempo.
Propriedades:
Resistência mecânica: Na resistência mecânica influem factores como: a pureza do gesso (não
pode conter impurezas); a água de amassadura (quanto mais trabalhável é o gesso, mais água
tem em excesso para além da necessária); a água em excesso, obriga a uma maior
porosidade, logo provoca uma menor compacidade e menor resistência mecânica.
Aplicações do gesso:
As aplicações do gesso são várias: Argamassas de gesso, estuques, estafe (placas de gesso
armado com fibras), gesso cartonado, placas para tectos falsos, gesso projectado.
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Controlo de qualidade:
São realizados vários ensaios físicos, tais como: Granulometria, controlo da água de
amassadura, tempo de presa, ensaio de absorção de água, ensaio de resistência à tracção e à
flexão, entre outros.
Cais:
Cal: Material sob quaisquer formas físicas e químicas em que pode aparecer o óxido de cálcio
e de magnésio, e, ou o hidróxido de cálcio.
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Cal aérea:
Cal hidráulica:
O início de presa da cal hidráulica dá-se quando ela suporta o peso da agulha de Vicat.
Figura 5 – Aparelho de Vicat para a determinação da consistência e do tempo de presa (Coutinho, 1988)
Cimentos naturais:
Os cimentos naturais possuem proporções de argila na ordem dos 20% a 40%, e um fabrico
semelhante às cais hidráulicas.
Cimentos:
O cimento portland artificial, é uma mistura de calcário, argila, substâncias apropriadas ricas
em sílica, alumina ou ferro. A mistura é de seguida reduzida a pó muito fino, seguindo-se uma
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Figura 7 – Esquema de um pré- aquecedor Dopol. Os gases quentes provenientes do forno (A), são
aspirados saindo por (C), para captação e aproveitamento do pó. A alimentação do cru é feita em (B);
este desce até aos dois primeiros ciclones paralelos (4), depois aos outros dois (3), entrando em seguida
na câmara de recolha (2), donde passa para os dois primeiros ciclones paralelos (1). (Coutinho, 1988)
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Álcalis, aumenta a viscosidade e altera a presa, endurecendo, tem reacções expansivas com o
inerte; Óxido de Magnésio, origina expansões (arrefecimento lento do clínquer); Fluoretos,
reduzem a viscosidade, e podem reduzir a resistência; Fosfatos, podem reduzir a resistência
do cimento; Óxidos de chumbo, são nocivos para as propriedades do cimento; Sulfuretos,
reduzem a quantidade de gesso a adicionar posteriormente.
As propriedades do cimento são dominadas pela natureza da estrutura do clínquer, a qual varia
com a matéria- prima, e o modo de fabrico.
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A resistência teórica só se pode atingir nos materiais que são perfeitamente densos, onde não
há poros nem espaços interpartículas, e em que os átomos estão todos a ocupar a sua posição
de equilíbrio, sem defeitos no seu arrranjo.
As reacções do cimento com a água são exotérmicas, este factor tem importância em peças
com dimensões superiores a 1 ou 2 metros, e em barragens.
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Ligantes hidráulicos:
Quando mais fino o cimento, mais elevada é a resistência inicial, mas menor será o
crescimento das resistências a longo prazo. Os cimentos tipo I, são de classes de resistência
mais elevadas (logo implica possuírem uma maior finura).
Inertes:
Propriedades a exigir:
Os inertes a usar devem ter uma forma adequada, e dimensões proporcionadas segundo
determinadas regras.
De salientar que em último caso a escolha de um tipo de inerte deve ser efectuada tendo em
conta as propriedades do betão onde vai ser aplicado, e não exclusivamente a partir de
ensaios isolados.
Há determinados constituintes cuja presença é indesejável; são eles a Sílica; certos calcários,
feldspatos, sulfuretos, gesso, óxidos de ferro, e minerais argilosos, entre outros.
Resistência mecânica:
À medida que cresce a dosagem de cimento, a tensão de ruptura do betão tende para um valor
constante.
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Quando se utiliza inertes com uma tensão de ruptura elevada (60 / 70 MPa), a resistência do
betão só depende da resistência da pasta de cimento.
Quando se utiliza inertes com uma tensão de ruptura baixa (inferior a 2 vezes a tensão de
ruptura da pasta de cimento – inertes leves), a resistência do betão depende da resistência do
inerte.
Para avaliar a resistência mecânica dos inertes temos vários ensaios à disposição, tais como:
- Ensaios sobre a rocha originária, ou sobre o próprio inerte; Ensaio de Dorry (amostra
comprimida contra um disco metálico em rotação); Ensaio de Deval (desgaste recíproco do
inerte – 5h, 10 000 rotações); Ensaio de Los Angeles (tambor cilíndrico, com esferas de aço, é
um ensaio de desgaste do inerte).
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Não sendo possível realizar algum destes ensaios, pode-se determinar a resistência de um
betão fabricado com o inerte a testar, e comparar com os resultados de um betão padrão.
- Interferem quimicamente, partículas que dão origem a reacções químicas expansivas com o
cimento, impurezas de origem orgânica e mineral.
A presença de cloretos não é desejável no betão armado, pois provoca a oxidação das
armaduras. Em betão simples não há limitações.
Inertes leves:
Os inertes leves tem como objectivo fabricar betões leves, e baixar o coeficiente de
condutibilidade térmica.
Os materiais a utilizar podem ser; o poliestireno expandido (possui uma absorção praticamente
nula, e é um inerte bastante leve); o vidro expandido (é um vidro corrente, moído e misturado
com um agente de expansão, não há ataque do vidro pelo cimento); a argila expandida (é um
inerte leve muito aplicado); a escória de alto- forno (obtida por lançamento sobre jacto de água
à saída do forno).
- massa das partículas: É a relação entre a massa de um corpo e o seu volume (referente às
partículas individuais).
Para o estudo da composição do betão não se deve considerar o inerte seco, pois num inerte
seco, ele absorve água da pasta de cimento, e não contribui para as reacções de hidratação;
enquanto que num inerte saturado, mas sem água na superfície, não aumenta nem absorve a
água de amassadura.
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A humidade dos inertes obriga às seguintes correcções; correcção do volume de água dos
inertes, sendo que este volume deve ser diminuído da água adicionada. Quando a medição do
inerte para a amassadura é ponderal, a massa do inerte húmido deve ser aumentada da massa
correspondente à água que contém.
Quando a medição é volumétrica, a baridade do inerte húmido deve ser reduzida no peso seco
e o volume da areia deve ser corrigido do seu “empolamento”.
Análise granulométrica:
Numa análise granulométrica, deve-se secar a amostra, agita-se o inerte através de uma série
de peneiros, pesa-se o material retido em cada peneiro, e calcula-se posteriormente, a
percentagem de material retido em cada peneiro, a massa retida em cada peneiro, a
percentagem total que passa através do peneiro (acumulada), e a percentagem total que fica
retida no peneiro (complemento do anterior).
Argamassas:
Resistência à compressão:
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Quantidade de água:
A quantidade de água a utilizar numa argamassa será tanto maior, quanto maior a quantidade
de cimento e a finura da areia.
Aderência:
Quanto mais água, melhor será a aderência, mas em consequência menor será a resistência.
A aplicação de uma argamassa sobre pedras ou tijolos implica a molhagem prévia das
superfícies; pretende-se com este método evitar que as superfícies não “roubem” a água de
hidratação do cimento.
Uma argamassa é tanto mais aderente quanto mais resistente for (2/3 grossos + 1/3 finos).
Para obter uma boa aderência é importante que as superfícies também estejam limpas.
Retracção:
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1:n
Onde:
1 – 1volume de cimento;
n – n volumes de areia;
Betão:
Água de amassadura:
Todas as águas potáveis e ainda as que não o sendo não tenham cheiro nem sabor, podem
ser utilizadas na amassadura do betão.
A água do mar provoca resultados normais. Por vezes ocorre uma ligeira aceleração de presa,
com aumento das tensões de ruptura iniciais e diminuição das finais.
A água do mar pode-se usar em betão simples, mas com fortes restrições em betão armado.
Em nenhum caso se deve usar em betão pré- esforçado.
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Adjuvantes:
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modificar certas propriedades destes materiais, quer no estado fluido, quer no estado sólido,
quer ainda no momento da passagem de um estado para outro.
Aditivos:
Superplastificantes:
Tem como objectivo reduzir a dosagem de água de 30 a 40 litros por metro cúbico, mantendo a
mesma trabalhabilidade.
Introdutores de ar:
Tem por objectivo introduzir microbolhas de ar, uniformemente distribuídas e mantidas depois
do endurecimento que ligam os canais capilares entre si, podendo assim interromper-se o
percurso capilar da água e diminuindo portanto a permeabilidade.
Aceleradores de presa:
Permitem diminuir o tempo de transição do estado plástico para o estado rígido do betão.
São utilizados em trabalhos urgentes (estancar fugas de água e obturar veios de água em
trabalhos subterrâneos; obras marítimas realizadas entre duas marés; pré- fabricação,
betonagens em tempo frio).
As tensões de ruptura são mais baixas, quanto mais rápida for a presa.
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Retardadores de presa:
Permitem aumentar o tempo de transição do estado plástico para o estado rígido do betão.
Aceleradores do endurecimento:
São também conhecidos como “anticongelantes”. Estes permitem betonar até -10ºC desde que
o betão comece o endurecimento antes de a sua temperatura descer abaixo de 0ºC. Se a
congelação se dá no momento da presa e antes do endurecimento, parte da estrutura do
cimento é destruída, originando resistência finais muito baixas.
Figura 16 – Efeitos da corrosão da armadura: (a) fendilhação; (b) descamação; (c) delaminação; (d) efeito
nos cantos
Hidrófugos:
Hidrófugos de massa:
O betão não fica completamente estanque á água sob pressão. São hidrófugos utilizados em
estanquidade de canais, reservatórios, piscinas, túneis, esgotos, etc.
Hidrófugos de superfície:
Este tipo de hidrófugos combate a capilaridade, utilizando para isso pinturas com silicones
(dificultam a molhagem da superfície, não obturando os poros).
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Combatem também a acção da água sob pressão, utilizando-se para isso, pinturas superficiais.
Expansivos:
São produtos que melhoram a homogeneidade, e provocam ao mesmo tempo uma ligeira
expansão que contraria os efeitos da exsudação da água e o assentamento das partículas do
inerte e do cimento.
São produtos que se misturam no betão com o objectivo de contrariar o risco de corrosão das
armaduras pelo ião cloro. Alguns destes produtos reduzem a resistência mecânica.
Pigmentos:
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