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O documento resume um livro escrito por Agostinho dos Reis Monteiro sobre a história da educação no Ocidente. O livro traça a transição entre dois paradigmas: o antigo "direito de educação", onde o bem da comunidade prevalece sobre o indivíduo, e o novo "direito à educação", focado no indivíduo. O resumo explora as ideias de autores como Platão, Rousseau e Paulo Freire sobre este tópico ao longo da história.
Deskripsi Asli:
fg
Judul Asli
História Da Educação Do Antigo Direito de Educação Ao Novo Direito à Educação
O documento resume um livro escrito por Agostinho dos Reis Monteiro sobre a história da educação no Ocidente. O livro traça a transição entre dois paradigmas: o antigo "direito de educação", onde o bem da comunidade prevalece sobre o indivíduo, e o novo "direito à educação", focado no indivíduo. O resumo explora as ideias de autores como Platão, Rousseau e Paulo Freire sobre este tópico ao longo da história.
O documento resume um livro escrito por Agostinho dos Reis Monteiro sobre a história da educação no Ocidente. O livro traça a transição entre dois paradigmas: o antigo "direito de educação", onde o bem da comunidade prevalece sobre o indivíduo, e o novo "direito à educação", focado no indivíduo. O resumo explora as ideias de autores como Platão, Rousseau e Paulo Freire sobre este tópico ao longo da história.
Red de Revistas Cientficas de Amrica Latina, el Caribe, Espaa y Portugal
Sistema de Informacin Cientfica
Grecco dos Santos, Rita de Cssia
HISTRIA DA EDUCAO: DO ANTIGO "DIREITO DE EDUCAO" AO NOVO "DIREITO EDUCAO" Revista Histria da Educao, vol. 12, nm. 24, enero-abril, 2008, pp. 251-255 Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao Rio Grande do Sul, Brasil Disponvel em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=321627130010
Revista Histria da Educao,
ISSN (Verso impressa): 1414-3518 rhe.asphe@gmail.com Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao Brasil
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HISTRIA DA EDUCAO: DO ANTIGO "DIREITO DE EDUCAO" AO NOVO "DIREITO EDUCAO" Rita de Cssia Grecco dos Santos
MONTEIRO, Agostinho dos Reis. Histria da Educao: do
antigo "direito de educao" ao novo "direito educao". So Paulo: Cortez, 2006. 200 p.
Agostinho dos Reis Monteiro Professor no
Departamento de Educao da Faculdade de Cincias da Universidade de Lisboa e membro do respectivo Centro de Investigao em Educao (CIE) e do Conselho Internacional do Frum Mundial de Educao (FME). Doutor no domnio do Direito Internacional da Educao pela Universidade de Paris 8 e pela Universidade de Lisboa, tendo sido bolsista do Conselho da Europa e feito estgios oficiais na UNESCO (Paris) e nas Naes Unidas (Genebra), designadamente. Alm da obra acima referida que passaremos a resenhar que Monteiro recomendou a manuteno da ortografia vigente em Portugal o autor escreveu entre outros tantos trabalhos os seguintes livros lanados por editoras como Porto, Lisboa e CIE: "Educao, acto poltico" (1975), "O direito educao" (1998), "Educao para a cidadania Textos internacionais fundamentais" (2001), "Sobre o direito educao" (2001), "A revoluo dos direitos da criana" (2001), "Deontologia das profisses da educao" (2005) e "Histria da Educao Uma perspectiva" (2005). H que se destacar a dedicao do autor aos estudos relacionados Histria da Educao como um direito e um ato poltico, opo cunhada ao longo de sua trajetria. Histria da Educao: do antigo "direito de educao" ao novo "direito educao" sua mais recente obra em Histria da Educao, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, v. 12, n. 24, p. 251-255, Jan/Abr 2008 Disponvel em: http//fae.ufpel.edu.br/asphe
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consonncia com suas publicaes anteriores, Monteiro ao trazer
uma abordagem historiogrfica problematiza uma perspectiva da histria da educao ocidental abordagem jurdica da educao identificando-a como uma lenta e inacabada transio entre dois paradigmas poltico-pedaggicos: - do "direito de educao", em que o bem do Todo (a comunidade) prevalece sobre o bem das partes (os seus membros); - do "direito educao", em que o valor principal o indivduo como sujeito tico. Nesse sentido, chama a ateno, mais que isso, denuncia que "[...] a educao continua dominada pela tradicional mentalidade pedaggica, conservadora e repressiva" (p. 10) e que um anacronismo falar de "direito educao" antes de meados do sculo XX, posto que havia apenas um "direito de educao". A fim de abordar a historicidade destes dois paradigmas, define como suas coordenadas tericas duas categorias sociopolticas: holismo e individualismo, apresentando como suas principais referncias clssicas a Repblica de Plato e o Emlio de Rousseau, respectivamente. Para tanto, neste livro organizado em onze captulos, Monteiro dedica os dois primeiros compreenso das concepes de educao e direito e dos principais contrapontos entre os dois paradigmas mencionados. Quando enfatiza que a educao sempre foi objeto de alguma forma de regulao social e considerada direito natural da famlia, sendo que somente com o advento do moderno Estado-Nao tornou-se um interesse pblico e um direito poltico do Estado. Destaca que apenas no sculo XIX ocorre a conquista da consagrao constitucional do princpio da escola obrigatria e que o direito educao foi reconhecido pela primeira vez, no plano universal, atravs da "Declarao Universal dos Direitos do Homem", de 10 de dezembro de 1948. Tambm apresenta um questionamento tenaz acerca de como aconteceu essa transio de paradigmas do holismo ao individualismo em sociedades eminentemente holistas, apresentando como possvel justificativa [...] Que o homem no nasce acabado, que a sua existncia evolui, eis a sua dignidade! (BLOCH, 1972, 5-15). Histria da Educao, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, v. 12, n. 24, p. 251-255, Jan/Abr 2008 Disponvel em: http//fae.ufpel.edu.br/asphe
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Do terceiro ao quinto captulo trata especificamente do
entendimento do "direito de educao", abordando inclusive o posicionamento bifronte de Comnio precursor do direito universal a uma educao nova em relao aos dois paradigmas. Sinaliza que Plato foi o primeiro a conceber um sistema completo de educao obrigatria, justamente por conceber que o aperfeioamento moral e poltico principalmente obra da educao e que a polis essencialmente uma cidade educativa, criada pois pela educao. "[...] uma educao que no tem em vista o aperfeioamento individual, mas est inteiramente ao servio da cidade, garante da felicidade dos seus cidados enquanto estes lhe permitem encarnar a justia" (HUMMEL, 1992, p. 352). Por extenso, podemos compreender porque em seus Dilogos sobre a Educao h que se considerar trs dimenses: o ngulo Metodolgico, a Poltica da Educao e a Filosofia da Educao. Nos captulos seis a dez apresenta a trajetria constitutiva do "direito educao" desde a contribuio rousseauniana como fundador da pedagogia moderna, atravs do clebre clssico Emlio construo histrica do Movimento da Educao Nova (MEN), quando destaca alguns dos seus principais expoentes e seus respectivos contributos, enfatizando sobremaneira o papel desempenhado por Paulo Freire, quem considera o intrprete mais insigne deste Movimento na segunda metade do sculo XX. Ao explicar a revoluo pedaggica proposta por Rousseau, de carter psicolgico, tico e jurdico-poltico, sobretudo, ao questionar "Com que direito educar?", constata que o holismo do velho direito de educao absorveu a nova seiva do individualismo do direito educao reclamado por Emlio, portanto, no conseguiu revolucionar a educao. Quanto ao MEN, alm de classificar suas tendncias como da rea da Psicologia (preponderante), da Poltica e Libertria, descreve a gnese do Bureau International d'Education BIE (1925), da "Declarao Universal dos Direitos do Homem" (1948), a articulao da "Conveno sobre os direitos da criana" (1989), a "Carta dos direitos fundamentais da Unio Europia" Histria da Educao, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, v. 12, n. 24, p. 251-255, Jan/Abr 2008 Disponvel em: http//fae.ufpel.edu.br/asphe
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(2000), alm do prprio "Manifesto dos Pioneiros da Educao
Nova" no Brasil (1932), e conclui que "Por um triste paradoxo, o insucesso da sua obra, to ousada e to simples ao mesmo tempo, que ela continue a parecer de vanguarda!" (DUBREUCQ, 1994, p. 275). Por fim, no ltimo captulo, numa declarada campanha pelo respeito dignidade humana e, sobretudo, aos direitos das crianas, torna presente a discusso sobre o percurso dos castigos corporais nos espaos de escolarizao, relacionando diretamente a punio com o mtodo da Pedagogia do "direito de educao". Denuncia que a prtica dos castigos continua enraizada nos costumes, na maior parte do mundo e que a infelicidade da infncia uma das fecundas inspiraes da moderna literatura infantil. Ao concluir a obra, o autor enfatiza que a Histria da Educao pode ser interpretada como um processo de lento reconhecimento do educando como ser humano de pleno direito, culminando na proclamao dos "direitos da criana", entre os quais o "direito educao", e que Plato, Comnio, Rousseau e Paulo Freire, entre outros clssicos ou imortais do Panteo da Histria da Educao como categoriza Monteiro tm em comum os princpios que distinguem os gnios da educao: - Conscincia do primado humano da educao; - Sentido dos pormenores e da totalidade; - Viso da dialtica entre educao e poltica e da sua natureza positivamente utpica. O livro configura-se como um atraente convite aos pesquisadores da rea de Histria da Educao, especialmente aqueles que como Monteiro compartilham da crena que "A elevao da educao categoria de "direito do homem" e o desenvolvimento do direito educao representam um captulo novo na Histria da Educao" (p. 183), pois h muita histria ainda para fazer, at que a educao se converta efetivamente num direito do homem.
Histria da Educao, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, v. 12, n. 24, p. 251-255, Jan/Abr 2008
Disponvel em: http//fae.ufpel.edu.br/asphe
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Rita de Cssia Grecco dos Santos. Doutoranda e Mestre em
Educao Histria da Educao pelo Programa de PsGraduao em Educao da Universidade Federal de Pelotas UFPEL e Professora no Departamento de Educao e Cincias do Comportamento da Fundao Universidade Federal do Rio Grande FURG. E-mail: ritagrecco@yahoo.com.br
Recebido em: 14/10/2007
Aceito em: 20/01/2008
Histria da Educao, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, v. 12, n. 24, p. 251-255, Jan/Abr 2008