Anda di halaman 1dari 6

SaraivaJur

http://saraivajur.com.br/DoutrinaArtigosDetalhe.cfm?doutrina=349
Código: Senha: Esqueceu sua senha? Acesso gratuito por 7 dias
Legislação Jurisprudência Doutrina Catálogo de Produtos Códigos Saraiva Atualize
seu Código Planos de Assinatura Serviços Notícias Agenda Cursos Espaço do Unive
rsitário Espaço do Concursando Espaço do Professor
1 de 4
07/08/2007 00:53
SaraivaJur
Doutrina
Artigos Entrevistas Temas em Discussão Nossos Autores Seja nosso autor
http://saraivajur.com.br/DoutrinaArtigosDetalhe.cfm?doutrina=349
Acompanhe a opinião de renomados autores sobre os mais diversos e atuais temas j
urídicos.
2 de 4
07/08/2007 00:53
SaraivaJur
Desmistificando a contagem de prazos no Código Civil1
25.06.2003 - Direito Civil
http://saraivajur.com.br/DoutrinaArtigosDetalhe.cfm?doutrina=349
Índice
Arruda Alvim PABLO STOLZE GAGLIANO
O Código Civil, em seu art. 2.028, ao disciplinar a solução do conflito intertem
poral de leis, especialmente no que tange aos prazos que já estavam em curso, os
quais foram reduzidos pelo novo diploma legal, dispõe: Art. 2.028. Serão os da
lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua e
ntrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na
lei revogada. Este, sem dúvida alguma, é um artigo que merece a nossa mais detid
a atenção, para que não cheguemos a conclusões absurdas. Uma análise mais acurad
a do referido diploma indicará que o legislador, em inúmeras de suas normas, red
uziu os prazos anteriormente previstos na lei revogada, a exemplo do prazo presc
ricional máximo das pretensões de natureza pessoal, que foram reduzidos de 20 pa
ra 10 anos (art. 177, do CC-1916 e art. 205, do CC-2002), ou os prazos de usucap
ião, que diminuíram para 15 (usucapião extraordinário) ou 5 anos (usucapião ordi
nário). A razão específica da norma sob comento consiste, precisamente, em resol
ver a intrincada questão referente à incidência da nova lei em relação aos prazo
s que, iniciados na lei anterior, ainda estejam em curso na data da vigência do
novo Código, se forem por este reduzidos. Um exemplo irá ilustrar a hipótese. Im
agine-se que determinado sujeito haja cometido um ato ilícito antes da vigência
do novo Código. Passados 12 anos, a vítima (credor) ainda não formulou em juízo,
por meio da conhecida “ação ordinária de reparação civil”, a pretensão indeniza
tória contra o agente causador do dano (devedor). Sob a égide do Código de 1916
pretensões pessoais indenizatórias prescreviam, como se sabe, no prazo máximo de
20 anos (art. 177, do CC-1916). Entrando em vigor a nova lei, que reduziu o pra
zo prescricional de 20 para 3 anos (art. 206, § 3°, V), pergunta-se: quantos ano
s restariam para se completar o prazo máximo, 8 (segundo a lei velha) ou 3 (segu
ndo a lei nova)? O nosso Código estabelece, como visto, que prevalecerá o prazo
da lei anterior, ainda que mais dilatado, se, na data da entrada em vigor da lei
nova, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revoga
da. Pela expressão “mais da metade” entenda-se: “metade do prazo mais um dia”, d
evendo-se advertir que, por se tratar de prazo de direito material, a sua contag
em dar-se-á dia a dia. Dessa forma, no exemplo supra, já havendo transcorrido 12
anos na data da vigência do novo Código, ou seja, mais da metade do tempo estab
elecido pela lei anterior (10 anos), restarão ainda 8 anos para que se atinja o
prazo prescricional máximo extintivo da pretensão indenizatória. Por mais que se
afigure estranho o fato de a lei revogadora reduzir o prazo para 3, e, ainda as
sim, remanescer o lapso de 8 anos, esta foi a opção do legislador, que entendeu
por bem manter a incidência da lei superada, se já houvesse transcorrido mais da
metade do tempo previsto. No entanto, se somente houvessem transcorrido sete an
os (menos da metade do prazo estabelecido pela lei revogada), fica claro que fal
tariam três a contar da vigência da lei nova. Nesse sentido, WILSON DE SOUZA CAM
POS BATALHA, analisando o Código Civil alemão, sugere: “Se a lei nova reduz o pr
azo de prescrição ou decadência, há que se distinguir: a) se o prazo maior da le
i antiga se escoar antes de findar o prazo menor estabelecido pela lei nova, ado
ta-se o prazo estabelecido pela lei anterior; b) se o prazo menor da lei nova se
consumar antes de terminado o prazo maior previsto pela anterior, aplica-se o p
razo da lei nova, contando-se o prazo a partir da vigência desta”2 (grifamos). A
única conclusão a que o intérprete não deve chegar, na hipótese supra, é afirma
r que a prescrição já se havia operado, sob pena de cometer o grave erro de imag
inar que o Código estava vigente na data da consumação do ilícito. Ademais, esta
r-se-ia imprimindo uma retroatividade “astronômica” à lei nova, fulminando compl
etamente a pretensão da vítima. Tal aspecto poderia ter sido melhor explicitado
pelo Código, estabelecendo-se um parágrafo único ao referido art. 2.028, que rea
lçasse a contagem do prazo menor, a partir da lei nova. Todavia, mesmo na falta
deste dispositivo, a contagem do prazo menor, a partir da vigência do novo Códig
o Civil é imperativo lógico, derivado das mais comezinhas regras de direito inte
rtemporal, dispensando profundas reflexões por parte do aplicador do direito.
Alimentos no Código Civil -Francisco José Cahali -Rodrigo da Cunha Pereira 1 Ed
ição
Cessão da posição contratual -Hamid Charaf Bdine Júnior 1 Edição
LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS COMENTADA -Walter Ceneviva 17 Edição
1. Artigo desenvolvido a partir dos originais dos Comentários ao Código Civil (F
orense) aos arts. 2.028 a 2.046, por PABLO STOLZE GAGLIANO, obra sob a coordenaç
ão cientifica do DR. ARRUDA ALVIM. 2. BATALHA, Wilson de Souza Campos, Lei de In
trodução ao Código Civil, apud 2002, p. 508. GAGLIANO,
Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil, 3. ed. São P
aulo: Saraiva,
Arruda Alvim Desembargador aposentado do TJSP. Professor titular da PUCSP.
visite a página do autor
PABLO STOLZE GAGLIANO Mestre em Direito Civil pela PUCSP, Especialista em Direit
o Civil pela Fundação Faculdade de Direito da Bahia, Professor de Direito Civil
da Universidade Federal da Bahia, da Escola de Magistrados da Bahia, do Curso Ju
s-Podivm e da Rede Jurídica Telepresencial IELF-LFG e Juiz de Direito.
Os artigos publicados são de responsabilidade de seus respectivos autores, não r
efletindo, necessariamente, a opinião da Saraiva. É vedada sua reprodução, total
ou parcial, Obras Relacionadas salvo se com prévio consentimento do autor.
« [Voltar]
visite a página do autor
3 de 4
07/08/2007 00:53
SaraivaJur
http://saraivajur.com.br/DoutrinaArtigosDetalhe.cfm?doutrina=349
Copyright © 2000-2007, Saraiva S/A Livreiros Editores. Todos os direitos reserva
dos Para melhor visualização, recomendamos Internet Explorer 5.0, resolução 800x
600 px. Política de Privacidade | Informações Legais | Créditos
maq8
4 de 4
07/08/2007 00:53

Anda mungkin juga menyukai