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O sacrifício do Ego

Alguma vez você já se perguntou, quem é este ser que fala ao seu coração, que
compreende que é hora de mudar e que está conduzindo esse processo de mudança
interior? Seria seu eu superior, ou o seu ego quem faz esse trabalho?

Sabemos que Deus está presente em tudo, quer visto como humano, quer visto como
animais e plantas, a natureza, o universo. Apesar disso, aquilo que ouvimos,
degustamos, cheiramos e vemos é produto da mente humana, um conceito finito,
material, daquilo que é Eterno. O mundo se molda conforme nossa percepção dele.
Quando começamos a nos dar conta disso, escolhemos nos deixar guiar pelo nosso ser
mais elevado, aquele que está acima dessa realidade tangível. Para isso, entendemos que
é preciso silenciar o ego e abrir caminho para o EU superior, e fazemos uso da
meditação para se chegar a isso.

Quando você se silencia e dá início à meditação, está em busca de quem você realmente
é. Para muitos, é um enorme esforço parar com o turbilhão de pensamentos,
especialmente se recorreu à meditação para se acalmar e encontrar seu centro a fim de
resolver um problema específico. É um esforço hercúleo, baixar a presença humana e se
elevar à presença do Eu, do Cristo, de Deus.

No processo de meditação, rumo à percepção do EU, pressentimos que ainda não é o


nosso EU SUPERIOR que está no comando porque quando ele chega não há dúvidas
que se manifestou - tudo passa a ser visto de uma nova perspectiva, você passa a ver o
mundo com “olhos divinos”. Uma alegria lhe inunda a alma e a calma eterna se apodera
de você. Então, se não é Ele, quem é que está dizendo ao ego para silenciar-se,
acomodar-se no seu canto e deixar espaço para presença de Deus? Não pode ser outro,
além do próprio ego, mas um ego bastante evoluído, sem dúvida, que agora reconhece
sua posição de ferramenta de um ser superior.

Aquele que procura silenciar as emoções e percepções do seu lado humano, do


personagem moldado segundo as circunstâncias, é ainda ele mesmo que, de livre e
espontânea vontade, se anula para dar lugar ao verdadeiro EU. Quando você se dá conta
disso, passa a olhar seu ego com outros olhos e agradece a longa jornada desse ser
especial que compreende sua real posição e que decide abrir mão do controle absoluto.
Parece conversa de louco, mas é importante olhar para esse ego que lhe trouxe até aqui.
Esse ser curioso, que não se deixou moldar pelos padrões limitados e que está disposto a
permitir que seu EU verdadeiro assuma a liderança para que, juntos, vocês possam viver
a plenitude de Deus na Terra. É preciso reconhecer quão nobre ele é, pois ele chegou a
um ponto onde abre mão da existência; ele sabe que vai morrer para dar lugar ao ser que
somos verdadeiramente e essa luta, nesse processo de evolução, turbilhona os sentidos
do aprendiz de Deus.

Parece haver uma enorme luta entre o ego e o ser superior a todos os que procuram a
iluminação. E para o ego, essa luta existe de verdade. É uma batalha mitológica, onde o
herói terá que dar sua vida pelo Rei. Na verdade, não há luta, porque nosso EU sempre
esteve presente, mas só pode se manifestar quando o EGO o permite. E, apenas um ego
evoluído está disposto a mergulhar numa jornada onde ele reconhece que a alma, o
espírito, não é esse personagem humano, mas um ser superior, imagem e semelhança de
Deus e o único capaz conduzir sua existência aqui na terra. Entretanto, para que isso
aconteça, o ego deverá abrir mão da sua realidade. Até aqui ele acreditava ser real, o
João, a Maria, o Caio, a Juliana, filho de pai e mãe, nascido e criado sob as leis, cultura,
contexto e a história de um lugar específico. Mas agora, esse ego deve aceitar a
realidade de ser apenas o corpo e personagem a serviço do ser maior; do único EU
manifestado de forma individualizada.

Esse morrer como humano e nascer como ser divino tem, então, um lado trágico. Mas
nem tudo são perdas. Quando o ego abre mão da existência, também se liberta da culpa
e da responsabilidade. Entende que não é o ego que tem o poder e o dever de ver o
mundo com “olhos divinos”. Sobre isso, ele nada pode fazer. O ego não é mesmo capaz
de ver o outro como irmão, pois enquanto ego, ele não é irmão de ninguém, afinal ele se
vê separado de tudo o mais. O ego não é mesmo capaz de curar o mundo, de trazer a paz
verdadeira, pois o mundo humano, fracionado, não está sob o controle de ninguém, é
uma ilusão criada coletivamente. O Esse não é o seu papel, o ego é apenas a ferramenta.
Enquanto você estiver tentando fazer do seu ego um ser iluminado, apenas conseguirá
torná-lo um ser humano melhor, o que já é alguma coisa, mas ainda estará longe de ser
o SER que você realmente é. Apenas o EU cura, apenas o EU é capaz de ver o Deus em
cada um de nós e somente ELE pode trazer a realidade de Deus para a Terra. O ego não
pode salvar o mundo, ele só pode salvar a si mesmo. Ego não é capaz de fazer milagres,
apenas o ser superior pode fazer isso. Tudo o que o Ego pode fazer é reconhecer seu
lugar e aprender a silenciar-se de forma que possa, finalmente, “vencer o mundo”.

É um processo diário, a luta interna é árdua, mas pouco a pouco vamos despertando
para a nossa verdadeira realidade. Daqui para frente, reconheça o seu herói, console-o e
aceite que alcançar a iluminação, apesar de muito simples, exige um sacrifício e este
personagem que você escolheu viver, nesta vida, é grande o bastante para fazê-lo.

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