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MIE – Metodologias de Investigação em Educação

Métodos de Recolhas de Dados - Entrevista

Professora Alda Pereira


Mestrando João Monteiro

OBJECTIVOS DA ENTREVISTA

1. Conhecer o que pensam esses professores sobre as redes sociais


2. Identificar o modo de participação (hipotética ou real) numa rede social
3. Evidenciar as expectativas que estes têm sobre o seu uso no ensino
Transcrição da entrevista do dia 19/01/2010

Entrevistador – João Monteiro (J.)


Entrevistada – Ana Catarina Carmona (C.)

J. Olá bom dia!


C. Bom dia!
J. Como estás? Tudo bem?
C. Tudo bem.
J. Olha, gostaria de te fazer uma entrevista sobre as redes sociais.
C. Óptimo!
J. Sobre a utilização ou não das redes sociais, e algumas perguntas de opinião.
C. Ok
J. Deduzo que saibas o que é uma Rede Social…
C. Sim, sim. Estou em algumas delas.
J. Fantástico. E das que existem, quais as que conheces?
C. Conheço… o Hi5, o Facebook, o Tweeter e… MySpace. Mas o MySpace não uso.
J. Huhum.
C. As outras sim.
J. Outras que não utilizes mas que tenhas ouvido falar.
C. Redes Sociais? Não…
J. Não?
C. …não, eu só conheço essas.
J. Ok, muito bem.
C. Não conheço…
J. Ok. E dentro dessas redes, consegues indicar um objectivo específico de cada rede,
se há um público específico, há um…
C. Eu acho que o Hi5 e o Facebook aproximam-se em termos de… aproximam-se.
Embora ache que em termos de linguagem… dirigem-se a alvos muito diferentes. O
Hi5 parece-me mais infantil, também é mais fácil de manipular e de personalizar e o
Facebook menos. O tweeter é totalmente diferente. Penso que é totalmente diferente.
A actualização é ao segundo…
J. Sim sim
C. … é … o acompanhar … ao momento…
J. E é muito mais simples em termos gráficos
C. Sim. Totalmente totalmente.

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J. Tem um objectivo diferente.
C. Sim, penso que sim.
J. Mensagens curtas, os tais tweets
C. Sim, pois, exacto. De resto acho que sim.
J. Ok, e o MySpace…
C. O MySpace … vou lá normalmente ou porque me indicam… aquilo com um link,
para visitar ou uma banda… normalmente é bandas, normalmente funciona-se com
músicas, as minhas visitas ao MySpace têm que ver com músicas, o acesso a
músicas e portanto… Ah! – também já me aconteceu para perceber o calendário,
quando é que estão onde e quando mas sempre…
J. De eventos
C. De eventos sim
J. As agendas culturais... culturais, agendas de… huhum
C. Mas sempre bandas, bandas ou… sim, sempre música.
J. Portanto esse será um domínio, uma Rede Social muito mais dedicada… a essa
parte.
C. Para mim sim. Porque também é o contacto que tenho com ela.
Ou pelo menos… exacto.
Também não consigo avaliar de outra forma.
J. Muito bem.
C. Poderá ter outras aplicações , ou até ser usada de outra maneira, mas eu não
conheço.
J. E em termos etários, portanto, há aquela distinção do Hi5…
C. Eu acho que sim, eu noto isso. O Hi5 parece-me mais infantil, embora eu até esteja
nos dois, mas noto… acho… e mais agora ainda com o Facebook. E o Facebook
parece-me…até por uma questão de linguagem gráfica, não é, graficamente são
bastante diferentes, parece-me mais…
J. Para uma camada mais jovem.
C. Sim, o Hi5, e o Facebook se calhar é mais versátil. Dá mais para ambas, ou para
todas as faixas, ou se calhar até mais para adultos.
J. Huhum.
C. Penso eu. Ou até jovens adultos.
J. Hum… Estas redes sociais, as que falámos, e outras que existem… hum… têm ou
não têm, ou melhor, poderão ou não contribuir para um melhor conhecimento dos
utilizadores, maior facilidade de comunicação, entrosamento…

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C. Eu acho que as redes sociais são mais uma forma de conhecer pessoas. Há o
encontrar-se no emprego, há o encontrar-se num bar… e há o encontrar-se na
internet. Eu vejo assim. Eu já fiz muitos amigos, de verdade, e pessoas que estão na
minha vida, através das redes sociais. E não estou a falar de casos amorosos.
Pessoas, amigos.
J. Huhum
C. E acho que é mais uma forma de conhecermos outras pessoas. E mais… é só mais
uma. Não é A forma, e depois há imensas… há a distorção, não é, há perfis que são
perfeitamente fantasmas…
J. Claro
C. …perfeitamente forjados.
J. Mas uma vez criada essa ligação, esse conhecimento, será que a rede permite
aumentar esse conhecimento, manter relações sociais.
C. Acerca dessa pessoa?
J. Sim, acerca dessa pessoa. Continuar uma relação com essa pessoa, através da
internet, exclusivamente?
C. Exclusivamente penso que não. Exclusivamente… uma relação de qualquer
natureza viver exclusivamente da internet não me parece. Da rede social não, mas é
um complemento.
J. Um complemento.
C. Sim, mas exclusivamente penso que não.
J. E estas redes sociais, são coisas relativamente recentes, tal como a maioria das
tecnologias Web… Alteraram de alguma maneira a forma como os jovens e mesmo os
adultos se ligam à Web, se ligam à internet, utilizam a internet?
C. Ah sim, sem dúvida.
É criares… Eu pelo menos penso isso. Quando nós nos inscrevemos numa dessas
redes, nós estamos a criar-nos nela, não é? É um bocadinho nós transportarmo-nos
para ela, enquanto que se usarmos a net para pesquisar, para ler o jornal, é diferente.
Ali nós existimos. Nós existimos ali.
J. Estamos a ligar mais.
C. Estamos sim, eu encaro assim. Tu crias ali o teu alter-ego, se for caso disso, ou
não, ou então és mesmo tu. Pronto, é um bocadinho de ti que está ali, através do
perfil. Tens os teus amigos, e tens… acho que sim… é completamente diferente.
J. Terá aumentado, então, a utilização da internet.
C. Sim sim, sem dúvida.
J. Obriga as pessoas a utilizarem com mais frequência…

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C. Não obriga e as pessoas acho que querem, pelo menos por mim falo. Dou
comigo… tenho assim um bocadinho… Bem, vou até… vou lá ver o que é que se
passa.
J. Substitui alguns passatempos que as pessoas tinham…
C. Sim, sim. E não sei se isso é positivo ou não, mas sem dúvida.
J. Muito bem. Em termos das relações dentro das redes sociais, entre alunos e
professores, será… será que isso tem uma vantagem pedagógica, será que isso tem
algum potencial para a utilização num ambiente de ensino-aprendizagem?
C. Poderá ter. Eu não me consigo desviar de mim própria, é-me difícil, mas… poderá
ter, mas tem que ser filtrado. Eu acho que têm de ser uns perfis totalmente filtrados.
Eu tenho alguns amigos, por exemplo, na rede social, que foram meus alunos. Eu
penso que… eu não me sentia muito capaz, de ver só o que é mais pessoal, aceder
àquilo que eu faço, de ver as minhas fotografias, não é? Eu acho que tinha que ser…
filtrado.
É possível, é possível uma turma criar o seu perfil, várias turmas criarem os seus
perfis, interagirem entre si. Penso que sim.
Porque é mais de relações humanas, eu encaro isso mais assim. Relações de
amizade intra-turma e inter-turma.
J. Mas poderá ter uma vantagem em termos pedagógicos?
C. De transmissão de conhecimentos?
J. Sim… actividades que possam ser desenvolvidas na própria rede social… usar a
rede social como um espaço de aprendizagem.
C. Como um espaço de aprendizagem… (pausa) Só se pudermos fazer jogos,
perguntas, respostas, nesse sentido, por exemplo, usando esse tipo de aplicação?
J. Sim. Transferindo trabalhos, questionários…
C. Ai, trocar informação, como troca de informação…
J. Sim, porque muitas redes permitem já a transferência de ficheiros e a partilha de
ficheiros…
C. Sim, sim.
J. … publicados online, e recursos de aprendizagem abertos, disponíveis online.
C. Sim
J. Será que isso poderá contribuir para uma melhor prática pedagógica e relação
pedagógica com os aluno?
C. Sim, nesse sentido sim.

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Sim… se todos puderem aceder a ela (a rede). Porque há sempre alguém que não
tem em casa (internet), há sempre alguém que não pode, há sempre alguém que vai
ser infoexcluído, não é?
J. Há sempre limitações …limitações técnicas.
C. Pois. Mas isso ultrapassar com o carro de cima. Qualquer troca é válida, é positiva.
J. Muito bem. Em termos de relação interpessoal… que tipo de actividades se podem
desenvolver…
C. Numa rede social?
J. Numa rede social.
C. Em contexto de período escolar?
J. Não, em contexto geral, com outras pessoas, que tipo de actividades é que essas
redes nos podem permitir desenvolver. Uma opinião.
C. Podemos falar de encontros, de reunião, não sei… não sei se estou a perceber
bem o alcance…
J. Quero eu perceber que tipo de… de potencialidades é que tu vês nas ferramentas
redes sociais, para essas tais relações interpessoais, portanto, para o conhecimento já
vimos, e depois do conhecimento? Que mais se pode fazer com os nossos amigos da
rede social virtual?
C. Podemos reaproximar, pode haver o fenómeno da reaproximação. Encontrei
imensas pessoas que eu já não via há imenso tempo, não sei, esse fenómeno da
reaproximação, da família, de familiares, o contacto com familiares distantes, que
também o meu caso… eu não sei se é isto…
J. Eu estou a tentar perceber o que é que a rede nos permite em termos da relação
com outras pessoas. Neste caso, partilha de informação…
C. Sim, partilha de informação.
J. Manter um contacto…
C. Manter o contacto.
J. … mais frequente, com as pessoas distantes… (pausa). Na tua prática de utilização
do Facebook…
C. Eu não sei se farei muito mais do que isso, além de deitar conversa fora, além da
parte da baboseira, que também é uma diversão, não é?
J. Claro, também é um momento…
C. É um momento de diversão, sem dúvida, pronto, essa é outra aplicação, aí está.
J. Exactamente, o humor…
C. É desconversar, desconversar uns com os outros…
:: Entretanto fomos interrompidos ::

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J. Portanto, estávamos a falar de…?
C. Utilizações, diferentes utilizações.
J. De utilizações que podemos dar…
C. À rede social, sim.
J. Essa utilização da rede social, é uma utilização muito frequente, pouco frequente,
diária, mensal…?
C. No meu caso?
J. Sim.
C. No meu caso, diária, diária, sim.
J. Todos os dias…
C. Sim!
J. A uma ou a várias redes?
C. A várias. Eu visito os meus perfis…
J. Diariamente.
C. Sim.
J. Em termos da utilização da rede social aqui na escola, na prática pedagógica, no
ensino, verifica-se alguma utilidade? Já falámos há bocadinho sobre isso, mas…
C. Falámos na troca de conteúdos, usar documentos…
J. Isso será um meio útil, será um bom veículo para isso?
C. Poderá ser UM veículo, poderá ser mais um veículo. Claro que… mas tem que ser
sempre muito filtrado. É fácil, é fácil perder-se. Eu acho assim. Mas sim, poderá ser
mais um…
J. Colocando as redes sociais ao lado do e-mail, por exemplo, qual terá mais adesão
por parte dos alunos?
C. Se calhar, a rede social poderá ser mais apelativa. Poderá. Aquela questão da foto
da turma, isso tudo é muito apelativo, não é? As diferente aplicações que aquilo
permite, o que permite fazer, e por aí penso que poderá ser mais apelativo.
J. Mas ao mesmo tempo também poderá ser distractivo.
C. Mas depois, facilmente, exacto. Facilmente se perde ali o controlo daquilo, não é? E
podem procurar vários caminhos… Se várias pessoas tiverem acesso podem até…
podem haver ali quebras de comunicação, sabes, pode haver alguma contaminação.
Não sei… tem de ser muito… Alguém que gere aquilo, tem que vigiar muito… não sei.
J. Tem que ser uma utilização cuidada.
C. Sim.
J. Então, assim só para terminar, e resumindo um bocado o que estivemos a falar,
pedia-te duas vantagens e duas desvantagens… ou mais…

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C. Das redes sociais?
J. …da utilização das redes sociais, sim.
C. Duas vantagens: Encontrar/reencontrar pessoas e… (pausa) Sei lá… e
desconversar. (risos) Sim, aquilo para mim é lúdico, sim, é um momento de diversão.
Vantagens.
Desvantagens… desvantagens… talvez… pode-nos tornar um pouco… perseguidores
de alguém. (risos) Aquilo cria dependência, é isso que quero dizer. (mais risos).
J. Ah, ok! (risos) Eu já estava a ver o stalker através da rede social.
C. Não, mas aquilo cria dependência, começas depois a querer acompanhar, não é, e
vicia, aquilo é um bocado viciante, pronto. Também queres acompanhar (risos). Se
calhar não me exprimi bem. (risos) Desvantagem. E outra desvantagem… Também
me parece que é fácil cair na mentira, criar uma pessoa que não somos nós, não é,
correr o risco de contactar com pessoas que não são elas, não é, pronto, e isso
poderá ser a desvantagem… a desvantagem do não contacto pessoal, pronto. É por
aí.
J. Mas isso existe tanto na rede social como…
C. Como na realidade, sim, sim, no contacto físico…
J. Sim, mas seja na rede social seja noutra tecnologia Web, isso pode acontecer…
C. Claro.
J. Por e-mail, no IRC, nos antigos chats.
C. Sim sim, nos chats, mas eu não sou… acho que isso já passou um pouco.
J. Não, ainda há muitos utilizadores, curiosamente. Aqui, no nosso meio, não se utiliza
muito, mas ainda há grandes comunidades de IRC.
C. Ai é?
J. IRCmaníacos. (sorriso)
C. Ah… eu apanhei o final do mIRC, agora é o MSN, mas também não sou grande
utilizadora do MSN.
J. Nem de outros “messengers”?
C. Nem outros, nem outros, nem outros.
J. Ok. Só para terminar, em relação à tua actividade profissional, trabalhas há menos
de cinco anos.
C. Há menos de cinco anos, sim.
J. Tens uma licenciatura.
C. Sim, em Professores do Ensino Básico, variante de Educação Tecnológica.
J. Que é o grupo…?
C. Duzentos e quarenta, ou cento e dez, mas neste caso é o duzentos e quarenta.

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J. E estás a leccionar…?
C. Educação Visual e Tecnológica.
J. E à parte isso, tens outra actividade profissional?
C. Profissional não, não, trabalho em exclusivo para o Ministério da Educação. (risos)
J. E nos tempos livres, além de visitares, diariamente, …
C. Diariamente!
J. …os vários perfis… (risos)
C. (risos) Eu também faço ginástica, pratico desporto, sempre que posso vou ao
ginásio, gosto de passear, gosto de… sou uma grande fã das séries… portanto gosto
muito de ver televisão, filmes, cinema… Eu gostava muito de poder dizer: viajar, mas
como só posso viajar uma vez por ano… (risos) mas vá, fica a intenção.
J. Mas o desejo está lá, o bichinho está lá.
C. Sim sim, sempre sempre. É difícil contrariá-lo.
J. Muito obrigado pela tua ajuda, pela tua participação.
C. Obrigada eu!

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