A corrosão pode ser definida como deterioração de um material pela ação
química ou eletroquímica do meio, associada ou não a esforços mecânicos.
Cada metal ou liga apresenta sua particularidade no processo de corrosão, devido aos componentes de sua origem e o meio a que esta exposta. Embora a corrosão seja vista como algo destrutivo, deve-se levar em conta a camada de oxido que se forma, impedindo assim o contato entre o metal e o ambiente. Para que o processo de corrosão possa ser entendido, alguns conceitos básicos devem ser analisados. Vamos considerar como exemplo, a imersão de um metal em uma solução eletrolítica, este conjunto metal/solução eletrolítica é chamado de eletrodo e determina a ddp entre as fases sólidas e liquidas. O processo corrosivo não atinge o equilíbrio em equações químicas, pois isso cessaria o processo corrosivo. Quando temos dois eletrodos separados por um eletrólito, chamamos de células eletroquímicas, ocorre nestes casos o processo de oxidação-redução. A reação química em uma célula é representada por duas reações que descrevem as mudanças dos eletrodos. A sobretensão de um eletrodo corresponde à variação do potencial em função da presença de uma corrente. A variação do potencial de corrosão, também chamado de polarização, ocorre por ativação, quando a cinética do processo é limitado pela taxa de reação (esse tipo de polarização ocorre com freqüência em eletrodos que se envolvem no processo de redução de H+ e desprendimento de O2 , o tempo necessário para que o processo se conclua é maior que a velocidade de difusão da espécie iônica na solução, deste modo ocorrendo um acumulo de íons na interface metal/solução provocando uma ddp entre o metal e a camada adjacente à superfície), por concentração quando a taxa é controlada pelo coeficiente de difusão( A difusão é menor que a taxa de reação, sendo assim, o processo é controlado pelo coeficiente de difusão. Aumentando a densidade de corrente, aumenta a concentração de íons próximos ao anodo, esse acumulo de íons gera uma ddp), ou ainda polarização por resistência, que é causada pela queda ôhmica na superfície do eletrodo. Como o oxigênio reage com o hidrogênio ele é considerando como um agente despolarizante, diante disso podemos notar que a corrosão é mais intensa em materiais aerados. Chamamos de passivação a perda de atividade química de certas ligas ou metais sob certas condições Ocorre corrosão galvânica quando dois metais de potenciais eletroquímicos diferentes se encontram imersos em um mesmo eletrólito e mantém contato galvânico entre si. O mesmo processo pode realizar-se no caso de metais de igual potencial imersos em eletrólitos diferentes ou no caso de metais diferentes em eletrólitos diferentes. Diversos processos são utilizados para eliminar ou reduzir a corrosão galvânica. Como regra geral, deve-se evitar, dentro das possibilidades do projeto e da operação, o contato galvânico entre metais que apresentem grande diferença de potencial eletroquímico. Isso obtém-se pelo uso de materiais isolantes como borracha, pela aplicação de camadas protetoras (tintas, plásticos, etc.) e em alguns casos por um rearranjo do projeto. Outro sistema de medidas consiste na remoção do eletrólito, sobretudo quando de natureza incidental (água de chuva, acúmulos de agentes corrosivos, etc.)