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O documento discute o trabalho de cuidado e as emoções envolvidas. A autora explica que o trabalho de cuidado envolve interação física e emocional com quem é cuidado, e que depende da pessoa, o trabalho assume diferentes dimensões, como cuidar de idosos ou crianças. Além disso, o trabalho de cuidado começa na esfera privada e requer habilidades sociais. Finalmente, a autora discute dois tipos de trabalho emocional no cuidado - fingir emoções versus experimentá-las de verdade - e argumenta que amor e envolvimento
O documento discute o trabalho de cuidado e as emoções envolvidas. A autora explica que o trabalho de cuidado envolve interação física e emocional com quem é cuidado, e que depende da pessoa, o trabalho assume diferentes dimensões, como cuidar de idosos ou crianças. Além disso, o trabalho de cuidado começa na esfera privada e requer habilidades sociais. Finalmente, a autora discute dois tipos de trabalho emocional no cuidado - fingir emoções versus experimentá-las de verdade - e argumenta que amor e envolvimento
O documento discute o trabalho de cuidado e as emoções envolvidas. A autora explica que o trabalho de cuidado envolve interação física e emocional com quem é cuidado, e que depende da pessoa, o trabalho assume diferentes dimensões, como cuidar de idosos ou crianças. Além disso, o trabalho de cuidado começa na esfera privada e requer habilidades sociais. Finalmente, a autora discute dois tipos de trabalho emocional no cuidado - fingir emoções versus experimentá-las de verdade - e argumenta que amor e envolvimento
Angelo Soares (2010) chama ateno que nas ltimas dcadas o setor de servios teve um salto de crescimento no mundo e que a indstria de care o que ele chama de quinta-essncia do trabalho no setor.
Uma caracterstica fundamental no trabalho de servios e que ainda mais
importante no trabalho com cuidados a interao entre a trabalhadora e o indivduo para quem produz o servio. E que dependendo de quem cuidado, o trabalho assume diferentes dimenses. Por exemplo, cuidar de idoso diferente de cuidar de criana.
Outro ponto importante destacado por Soares, articulando ideias de Gutek e
Goffman, que existiria uma diferena entre encontro e relao. No trabalho de cuidar, as pessoas, a princpio, no se conhecem, mas o encontro fugaz, porque h uma interao fsica. E a partir de ento, aquilo deixa de ser um encontro e vira uma relao.
O trabalho de cuidar tem sua origem na esfera privada e, sendo assim,
cuidar bem cuidar como se fosse da sua famlia (SOARES, 2010). O autor coloca ainda que o cuidado possui vrias dimenses e que elas atuam de maneira simultnea, embora em alguns casos uma ou outra dimenso possa no acontecer. So elas: A dimenso fsica no trabalho, que sustentar, levantar a pessoa que cuidado; Pode possuir tambm uma dimenso sexual e deixa bem claro que no se refere a servios sexuais. A dimenso sexual se refere ao fato de que a trabalho da tem um corpo e precisa fazer uso dele para o trabalho, alm de ter tambm que manipular o corpo de outrem. Isso muitas vezes pode gerar uma situao de constrangimento de ambas as partes. H a dimenso relacional, no sentido de que a trabalhadora precisa de habilidades sociais para realizar o trabalho e conviver no ambiente. A diplomacia, a pacincia, a capacidade de manter o controle emocional so exemplos prticos dessa dimenso. Por fim, h a dimenso emocional. Soares diz que as emoes esto presentes em todas as esferas da nossa vida e que elas tanto podem unir as pessoas, gerando um comprometimento com as estruturas sociais e culturais, quanto podem separ-las, levando a um rompimento com essas mesmas estruturas (SOARES, 2010, p. 9). Definio de emoo: Soares usa a definio de Thoits, entendo que a emoo um fenmeno multifacetado em que ao mesmo tempo que h mudanas fisiolgicas,
corporais, expressivas, comportamentais e cognitiva, h a liberao ou
represso da expresso dos gestos. H tambm uma etiqueta cultural.
Importante:
Sobre as emoes, Soares distingue dois tipos de trabalho emocional: em
um a trabalhadora utiliza o agir em superfcie, e que as emoes so fingidas e no realmente sentidas por quem cuida; e o agir em profundidade, em que as pessoas buscam sentir a emoo e experienciar as regras de expresso exigidas delas publicamente.
Na verdade, o amor e o envolvimento so duas caractersticas vistas como
inevitveis, essenciais e positivas na relao entre quem cuida e quem cuidado. Mesmo quando o trabalho de cuidar pblico, feito mediante um pagamento, o mor e o envolvimento, mesmo no fazendo parte do trabalho prescrito, so presentes no trabalho real escapando assim, de uma certa maneira, da mercantilizao (SOARES, 2010, p. 20-21)