separado das foras produtivas ou da diviso social do trabalho que lhe d forma, ou do
Estado e das superestruturas da sociedade. Contudo, Lefebvre (1979, p. 52) avana ao
afirmar que mais que isso, o espao deve ser considerado como uma das foras
produtivas. O domnio do espao confere uma posio na estrutura econmica, por isso
afirma que mesmo quando uma parte do espao no tem contedo, seu controle pode
gerar poder econmico, porque pode ser preenchido com algo produtivo, ou porque
pode precisar ser atravessado por produtores. Assim, afirmar que o espao uma fora
produtiva implica dizer que parte essencial do processo.
O capitalismo, como modo de produo, sobreviveu pela utilizao do espao
como reforador das relaes sociais necessrias a essa sobrevivncia. Harvey (2003,
2000, 1981), influenciado por Lefebvre (1994), afirma que o capitalismo conseguiu
escapar das crises de sobreacumulao atravs da produo do espao. Obviamente no
se referia apenas a novos espaos, j que a refuncionalizao tambm tem que ser
considerada.
REFERNCIAS BIBLLIOGRFICAS
GOTTDIENER, Mark. A produo social do espao urbano. 2. ed. So Paulo: Edusp,
1997. 310p.
HARVEY, David. The new Imperialism. New York: Oxford Press, 2003.
HARVEY, David. Spaces of Capital: towards a Critical Geography. New York:
Routledge, 2000.
HARVEY, David. O trabalho, o capital e o conflito de classes em torno do ambiente
construdo nas sociedades capitalistas avanadas. Espao & Debates, So Paulo, n. 06,
ano II, 1982, p. 06-35.
HARVEY, David. The spatial fix: Von Thnen and Marx. Antipode, 1981.
HARVEY, David. A justia social e a cidade. So Paulo: Hucitec, 1980. 291p.
LEFEBVRE, Henri. The production of space. Oxford, UK: Blackwell, 1994. 454p.
LEFEBVRE, Henri. Space: social product and use value. In FREIBERG, J. (ed.)
Critical Sociology: European Perspective. New York: Irvington Publishers, 1979.